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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - RESUMO

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Direito Administrativo 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
Elaborado por: Giovanna Calvano 
Fonte: Dizer o Direito e GranCursos Online (Direito Administrativo de um jeito fácil – Vandré Amorim e Direito 
Administrativo – Keity Satiko) 
Legenda: 
 
 
● CONCEITO: Obrigação Estatal de indenizar os danos patrimoniais, morais ou estéticos que seus agentes, 
atuando nessa qualidade, venham a causar. Divide-se em: 
a. CONTRATUAL: decorre de contratos administrativos, relação jurídica prévia; 
b. EXTRACONTRATUAL ou AQUILIANA; 
● ESPÉCIES DE RESPONSABILIZAÇÃO: 
a. Funcional ou Administrativa; 
b. Civil - danos patrimoniais/morais etc; 
c. Penal - sujeição à possibilidade de privação de liberdade; 
● INDEPENDÊNCIA DE INSTÂNCIAS - É a regra, MAS pode ser excepcionada nos casos: 
a. Absolvição CRIMINAL por: 
i. Negativa de AUTORIA; 
ii. Inexistência do fato; 
b. Algumas condenações específicas que influenciam: 
i. Tortura - implica a perda automática do cargo (agente público); 
ii. ORCRIM - implica a perda automática do cargo (agente público); 
c. EXCLUDENTE DE ILICITUDE - NÃO exclui a responsabilidade civil do Estado; 
 
● EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESP. CIVIL DO ESTADO: 
a. Teoria da IRRESPONSABILIDADE: Baseada na premissa “The king can’t wrong” - o rei não erra, 
portanto, não se pode responsabilizar o soberano. 
b. Teoria CIVILISTA: permitiu a responsabilização do Estado, mas com fundamento em normas de 
direito privado; 
i. Teoria dos ATOS DE IMPÉRIO e GESTÃO: 
● Atos de Império - atuação com supremacia inerente à administração, “The king can’t 
wrong”, não há responsabilidade; 
● Atos de Gestão - atuação equiparada ao particular, responsabilização na modalidade 
subjetiva (dolo ou culpa); 
1. Exigia CONDUTA - responsabilidade comissiva; 
2. Exigia NEXO CAUSAL; 
3. Exigia CULPA ou DOLO; 
ii. Teoria da CULPA CIVIL ou RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: 
● Afastou a análise de ato de gestão e ato de império; 
● Basta a comprovação de nexo de causal e conduta dolosa/culposa; 
 
 - Exemplo ou Macete 
 - Importante 
 - Prazo 
 - Jurisprudência 
 - MUITO importante 
 - Enunciado 
 - Exceção 
 - VEDADO 
 - Divergência 
Teoria da CULPA CIVIL ou 
RESPONSABILIDADE 
SUBJETIVA 
Teoria dos ATOS DE IMPÉRIO e 
GESTÃO 
 
Comprovação de nexo de causal e conduta dolosa/culposa 
Dispensa a análise do tipo de ato ATO DE IMPÉRIO ✖ 
ATO DE GESTÃO ✔ 
 
c. Teorias PUBLICISTAS: responsabilização do Estado com fundamento em normas de direito Público; 
i. Teoria da CULPA ADMINISTRATIVA ou CULPA ANÔNIMA ou CULPA DO SERVIÇO 
PÚBLICO: 
● Não era necessário averiguar se a conduta decorria de ato de gestão ou império; 
● Fundada na análise da prestação do serviço público - inexistente, 
defeituosa/inadequada ou à destempo; 
1. OMISSÃO do Estado; 
2. Dispensa a identificação do agente causador; 
● FALTA DO SERVIÇO PÚBLICO (faute du service) em si mesmo como gerador da 
obrigação de indenizar; 
● Embora publicista, ainda exige análise da conduta subjetiva (dolo/culpa); 
ii. Teoria do RISCO ADMINISTRATIVO: 
● Adotada na CF/88; 
● Estado deve suportar os danos decorrentes de sua conduta de forma OBJETIVA pelo 
resultado danoso; 
● ELEMENTOS: 
1. Conduta; 
2. Resultado; 
3. Nexo causal; 
● Admite causas excludentes ou redutoras da responsabilidade civil; 
iii. Teoria do RISCO INTEGRAL: 
● NÃO admite a incidência de excludentes de responsabilidade; 
● Exige apenas a comprovação de conduta, resultado e nexo causal; 
● Aplicável aos casos de: 
1. Dano ambiental; 
2. Dano nuclear; 
3. Atos terroristas; 
4. Materiais bélicos 
 
RISCO ADMINISTRATIVO RISCO INTEGRAL 
PUBLICISTA 
CONDUTA, NEXO CAUSAL e RESULTADO 
É possível a incidência de excludentes de 
responsabilidade 
Inaplicável qualquer excludente 
Aplicada como regra geral Atos terroristas, materiais bélicos e danos 
ambientais ou nucleares. 
 
● RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA NO DIREITO BRASILEIRO: 
a. Previsão CONSTITUCIONAL - art. 37, §6º; 
i. Danos praticados por AGENTES PÚBLICOS no exercício da função; 
● Inclui particulares (permissionários, delegatários, concessionários); 
● Atuação na condição de agente público; 
● Polo passivo da ação indenizatória (Info 947/STF): A teor do disposto no art. 37, § 
6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente público deve ser 
ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço 
público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
● Direito de REGRESSO - conduta CULPOSA ou DOLOSA (SUBJETIVA); 
➢ Teoria da DUPLA GARANTIA: 
■ Garantia de que o lesado não precisará comprovar dolo ou culpa para 
ser indenizado; 
■ Garantia ao agente que praticou a conduta só será demandado no pelo 
Estado e se tiver atuado como dolo ou culpa. 
● EXCLUDENTE DE ILICITUDE - Não elide a responsabilidade do Estado: 
➢ Jurisprudência em Teses: 7) A Administração Pública pode responder 
civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam 
amparados por causa excludente de ilicitude penal. 
● Dano a Terceiros: Usuários ou Não usuários? 
1. Posição Antiga - não alcançava terceiros não usuários; 
2. Posição ATUAL - usuário ou não usuário; 
● Legitimidade para estar no polo passivo: Administração Direta/Indireta ou Prestadora 
de Serviço Público; 
● DENUNCIAÇÃO DA LIDE: 
➢ Jurisprudência em Teses: 18) Nas ações de responsabilidade civil do Estado, 
é desnecessária a denunciação da lide ao suposto agente público causador do 
ato lesivo. 
ii. Responsabilização OBJETIVA - em regra; 
iii. Princípio da Igualdade dos Ônus e Encargos Sociais; 
b. ABRANGÊNCIA: 
i. Pessoas Jurídicas de DIREITO PÚBLICO; 
ii. Pessoas Jurídicas de DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO 
(permissão, concessão); 
● RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA do Estado: Não há solidariedade entre o 
Poder Público e as entidades da Administração Indireta ou empresas por ele 
contratadas. A responsabilidade do Estado, nesses casos, é eventual e subsidiária. 
(Q1615962) 
● Cuidado! 
1. Concessão comum de serviço público - responsabilidade subsidiária; 
2. Contrato de parceria público-privada - responsabilidade solidária), 
c. ELEMENTOS: 
i. CONDUTA: atos lícitos ou ilícitos; 
● COMISSIVA: responsabilidade civil na modalidade objetiva. 
● OMISSIVA: deve-se analisar se a omissão constitui ou não fato gerador do dever de 
indenizar. Somente quando o Estado se omitir diante do dever legal de impedir a 
ocorrência do dano é que será responsável civilmente e obrigado a reparar os prejuízo. 
1. Modalidade subjetiva - devem ser provados os elementos que caracterizam a 
culpa; regra geral na modalidade de omissão. 
2. Omissão específica - exceção à responsabilidade subjetiva; ocorre nos casos 
quando o Estado tem a obrigação de evitar o dano, sendo a responsabilização 
na modalidade objetiva. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/4bc0549a-11
 
OMISSÃO ESPECÍFICA OMISSÃO GENÉRICA 
responsabilidade OBJETIVA responsabilidade SUBJETIVA 
Estado se encontra na condição de garante 
e, por omissão, cria situação propícia para a 
ocorrência do evento em situação em que 
tenha o dever de agir para impedi-lo. 
 
Pressupõe um dever específico do Estado, 
que o obrigue a agir para impedir o 
resultado danoso. 
Situações em que não se pode exigir do 
Estado uma atuação específica. A inação 
do Estado não se apresenta como causa 
direta e imediata da não ocorrência do 
dano, razão pela qual deve o lesado provar 
que a falta do serviço (culpa anônima) 
concorreu para o dano. 
Ex.: morte de detento em rebelião em 
presídio; suicídio cometido por paciente 
internado em hospital público, tendo o 
médico responsável ciência da intenção 
suicida do paciente e nada feito para 
evitar; paciente que dá entradana 
emergência de hospital público, onde fica 
internada, não sendo realizados os exames 
determinados pelo médico, vindo a falecer 
no dia seguinte; acidente com aluno nas 
dependências de escola pública. 
Ex. queda de ciclista em bueiro há muito 
tempo aberto em péssimo estado de 
conservação, o que evidencia a culpa 
anônima pela falta do serviço; estupro 
cometido por presidiário, fugitivo 
contumaz, não submetido à regressão de 
regime prisional como manda a lei. 
 
ii. DANO - material, moral ou estético; 
iii. NEXO CAUSAL - liame entre a conduta e o resultado 
d. EXCLUDENTES: 
i. Força Maior ou Caso Fortuito: 
ii. Culpa da Vítima: 
iii. Fato de Terceiro: 
 
● ENTENDIMENTOS CASUÍSTICOS: 
a. Responsabilização Objetiva por danos causados por NOTÁRIOS: 
i. Info 932 (STF): Tema 777, STF: “O Estado responde objetivamente pelos atos dos tabeliães 
registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem danos a terceiros, assentado o 
dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade 
administrativa”. 
b. Teoria do Risco Integral em caso de DANO NUCLEAR; 
c. Responsabilidade civil envolvendo DETENTOS: 
i. Situação DEGRADANTE (Info 854/STF) - Considerando que é dever do Estado, imposto 
pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos 
no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, §6º, da CF, a 
obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos 
em razão da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. 
ii. MORTE de detento (Info 819/STF): Em caso de inobservância de seu dever específico de 
proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de 
detento. 
iii. SUICÍDIO do detento (REsp 1305259/SC - 2018): SOMENTE ocorre quando houver 
inobservância do dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da 
Constituição Federal. Não haverá responsabilidade civil se, com base nas provas apresentados, 
não for comprovado que a morte foi decorrente de omissão do Poder Público e que o Estado 
não não tinha como montar vigilância a fim de impedir que o preso ceifasse sua própria vida. 
iv. FUGA de detento: Jurisprudência em Teses 11) O Estado não responde civilmente por atos 
ilícitos praticados por foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem 
direta ou imediatamente do ato de fuga. 
● Tema 362 (Set/2020) - Responsabilidade civil do Estado por ato praticado por 
preso foragido. Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se 
caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de 
crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o 
nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. 
d. Responsabilidade de CONCESSIONÁRIAS: 
i. Furto ocorrido no PÁTIO de rodovia (Info 901/STF): A pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviço público possui responsabilidade civil em razão de dano decorrente de 
crime de furto praticado em suas dependências, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88. 
ii. ROUBO e SEQUESTRO1 (Info 640/STJ): Concessionária de rodovia NÃO RESPONDE 
por roubo e sequestro ocorridos nas dependências de estabelecimento por ela mantido para 
a utilização de usuários. A segurança que a concessionária deve fornecer aos usuários diz 
respeito ao bom estado de conservação e sinalização da rodovia. Não tem, contudo, como a 
concessionária garantir segurança privada ao longo da estrada, mesmo que seja em postos de 
pedágio ou de atendimento ao usuário. 
iii. CADÁVER em decomposição em reservatório de água de Empresa Pública concessionária: 
Ficou configurada a responsabilidade SUBJETIVA por omissão decorrente de falha no dever 
de efetiva vigilância e na prestação do serviço. Configuração de dano moral in re ipsa. (REsp 
1492710/MG - 2014) 
e. Erro Médico - SUS (Hospital CREDENCIADO): União não tem legitimidade passiva; a 
responsabilidade pela fiscalização dos hospitais credenciados ao SUS é do MUNICÍPIO. (EREsp 
1388822/RN) 
f. Dano moral/estético decorrente de sessão de treinamento - militar das FORÇAS ARMADAS 
(AgRg no AREsp 29.046/RS - 2013): Não é cabível indenização por danos morais/estéticos em 
decorrência de lesões sofridas por militar das Forças Armadas em acidente ocorrido durante sessão de 
treinamento, salvo se ficar demonstrado que o militar foi submetido a condições de risco excessivo e 
desarrazoado. 
g. Demora injustificada na concessão de APOSENTADORIA: A demora injustificada da 
Administração em analisar o pedido de aposentadoria do servidor público gera o dever de indenizá-lo, 
considerando que, por causa disso, ele foi obrigado a continuar exercendo suas funções por mais tempo 
do que o necessário. (AgInt no AREsp 483.398/PR - 2016) 
h. Prescrição: 
i. IMPRESCRITÍVEIS: 
● Atos de TORTURA na ditadura (Info 523/STJ): As ações de indenização por danos 
morais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o Regime Militar de 
exceção são imprescritíveis. Não se aplica o prazo prescricional de 5 anos previsto no 
art. 1º do Decreto 20.910/1932. 
● São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato 
doloso tipificado na LIA (Lei de Improbidade Administrativa.) (RE 852475/SP - 2018) 
ii. Termo INICIAL (Info 507/STJ): O termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de 
ação de indenização contra ato do Estado ocorre no momento em que constatada a lesão e os 
seus efeitos, conforme o princípio da actio nata. 
iii. Indenizações contra a FAZENDA PÚBLICA: O prazo prescricional aplicável às ações de 
indenização contra a Fazenda Pública é de 5 (CINCO) anos, conforme previsto no Decreto 
20.910/32, e não de três anos (regra do Código Civil), por se tratar de norma especial, que 
prevalece sobre a geral. (REsp 1251993/PR - 2012) 
 
1 O roubo com emprego de arma de fogo é considerado um fato de terceiro equiparável a força maior, que exclui o dever de 
indenizar. Trata-se de fato inevitável e irresistível e, assim, gera uma impossibilidade absoluta de não ocorrência do dano. 
 
 
iv. Pessoa Jurídica de direito PRIVADO: (TEORIA DA VIA DE MÃO DUPLA) É de 5 anos o 
prazo prescricional para que a vítima de um acidente de trânsito proponha ação de indenização 
contra concessionária de serviço público de transporte coletivo (empresa de ônibus). O 
fundamento legal para esse prazo está no art. 1º-C da Lei 9.494/97 e também no art. 27 do CDC. 
(INFO 563/STJ) 
v. Prisão e tortura por policiais (Info 556/STJ): 
● Se tiver sido ajuizada ação penal contra os autores do crime: o termo inicial da 
prescrição será o trânsito em julgado da sentença penal. 
● Se o inquérito policial tiver sido arquivado (não foi ajuizada ação penal): o termo inicial 
da prescrição da ação de indenização é a data do arquivamento do IP. 
 
Ação Penal em curso IP arquivado 
Trânsito em Julgado Arquivamento do IP 
 
i. Vítima de BALA PERDIDA: Jurisprudência em Teses 8) É objetiva a responsabilidade civil do 
Estado pelas lesões sofridas por vítima baleada em razão de tiroteio ocorrido entre policiais e 
assaltantes. 
j. Policial à PAISANA e arma da CORPORAÇÃO: depende da análise da situação; 
i. STF2 e STJ3: se o policial atuar na condição de agente público, a responsabilidade é do Estado 
e objetiva; 
● Voz de Comando; 
k. Atos LEGISLATIVOS - em regra, não há responsabilidade do Estado, exceto nos casos de: 
i. Lei declarada INCONSTITUCIONAL em sede de controle CONCENTRADO (REsp 
571.645/RS) 
● Difuso - NÃO há responsabilização; 
ii. Leis de EFEITO CONCRETO - Atingem pessoas determinadas e casos específicos; ensejam 
indenização; 
● OBJETIVA; 
● Ex.: Decreto de afetação (desapropriação); 
l. Atos JURISDICIONAIS - em regra, não produz danos; 
i. Erro judiciário e prisão por tempo além do necessário: 
● Art. 5º, LXXV - oEstado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
ii. Situação degradante (item ‘c’, ‘i’); 
iii. Prisão PREVENTIVA regularmente decretada + posterior ABSOLVIÇÃO - A regra é que 
não haja direito à indenização, mas excepcionalmente pode ser concedida; 
m. Atos de MULTIDÃO: Quando provada a CULPA, por omissão ou falta de diligência das autoridades 
policiais, o estado responde civilmente pelos danos decorrentes de depredações praticadas pela multidão 
enfurecida. (RE: 17803, 1969) 
 
2 O Estado responde objetivamente pelos danos causados por seus agente, ainda que fora do horário de expediente. I. – Agressão 
praticada por soldado, com a utilização de arma da corporação militar: incidência da responsabilidade objetiva do estado, mesmo 
porque, não obstante fora do serviço, foi na condição de policial-militar que o soldado foi corrigir as pessoas. O que deve ficar 
assentado é que o preceito inscrito no art. 37, § 6º, da C.F., não exige que o agente público tenha agido no exercício de suas 
funções, mas na qualidade de agente público. (ARE 644395 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 
04/10/2011) 
3 “(...) No caso vertente, ainda que a paisana, XXXX agiu na condição de agente público, como policial militar e com voz de 
comando e porte de arma da própria Corporação, daí a suficiência da prova do nexo de causalidade entre a conduta do miliciano e 
o dano, donde a responsabilidade objetiva civil do Estado, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição Federal" (REsp 1681170/PI, 
DJe 09/10/2017) 
n. Perda de uma chance: (STJ) o objeto da reparação é a perda da chance, como bem jurídico autônomo, 
ou seja, de um ganho provável. A reparação do dano não ocorre pelos danos sofridos, mas pela chance 
perdida, chance essa que deve ser concreta, real, séria, com alto grau de probabilidade. 
o. Dano AMBIENTAL: Jurisprudência em Teses 6) Há responsabilidade civil do Estado nas hipóteses 
em que a omissão de seu dever de fiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento 
de danos ambientais. 
p. Linha FÉRREA: Jurisprudência em Teses 12 e 13: 
i. A despeito de situações fáticas variadas no tocante ao descumprimento do dever de segurança 
e vigilância contínua das vias férreas, a responsabilização da concessionária é uma constante, 
passível de ser elidida tão somente quando cabalmente comprovada a culpa exclusiva da 
vítima. 
ii. No caso de atropelamento de pedestre em via férrea, configura-se a concorrência de causas, 
impondo a redução da indenização por dano moral pela metade, quando: (i) a concessionária 
do transporte ferroviário descumpre o dever de cercar e fiscalizar os limites da linha férrea, 
mormente em locais urbanos e populosos, adotando conduta negligente no tocante às 
necessárias práticas de cuidado e vigilância tendentes a evitar a ocorrência de sinistros; e (ii) a 
vítima adota conduta imprudente, atravessando a via férrea em local inapropriado. 
q. Redução das alíquotas do imposto de importação (STJ/2018): Não se verifica o dever do Estado de 
indenizar eventuais prejuízos financeiros do setor privado decorrentes da alteração de política 
econômico-tributária, no caso de o ente público não ter se comprometido, formal e previamente, por 
meio de determinado planejamento específico. 
OBJETIVAMENTE SUBJETIVAMENTE NÃO RESPONDE 
Danos causados por notários Suicídio de detento 
Danos causados por detento foragido 
(exceto se demonstrado o nexo causal 
direto entre o momento da fuga e a 
conduta praticada) 
Morte de detento (omissão específica) 
 
Cadáver em decomposição em 
reservatório de água 
Furto ocorrido no pátio de rodovia 
(concessionária) STF 
demora injustificada na concessão de 
aposentadoria 
Atos de Multidão 
Roubo e sequestro nas dependências 
de estabelecimento mantido por 
concessionária de rodovia STJ 
Atos normativos concretos 
vítima de bala perdida em tiroteio polícia x 
assaltante 
Dano causado em treinamento 
militar 
Prejuízos financeiros do setor privado 
decorrentes da alteração de política 
econômico-tributária, 
Acidentes em linha férrea 
Policial à paisana atuando como agente 
público

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