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EBRADI - Direito Penal e Processo Penal Aplicados - Módulo 04 - Tema 06 - Testemunhas

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Tema 06: Testemunha
Aula I: Conceito e características
Como advogado, você arrola testemunhas de defesa para demonstrar a boa conduta social do seu cliente. O juiz indefere a oitiva, determinando que a apresentação das declarações seja feita por escrito. Está correta a decisão? Justifique.
RESPOSTA ESPERADA
Não. Uma das características da prova testemunhal é a oralidade. O art. 204 do CPP estabelece que “o depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito”. Apenas algumas autoridades têm a prerrogativa de prestarem depoimento por escrito (art. 221, § 1º, do CPP). Na jurisprudência: “Mandado de segurança. Processo penal. Indeferimento da oitiva de testemunhas de defesa. Arguição de nulidade. Ocorrência. Cerceamento de defesa caracterizado. Juiz presidente que indefere a oitiva de testemunhas de antecedentes. Relevância das informações sobre a conduta social do acusado. Art. 59 do Código Penal. Demonstração de direito líquido e certo à oitiva das testemunhas não presenciais. Segurança concedida” (TJSP, MS 2186848-76.2014.8.26.0000, Rel. Otávio de Almeida Toledo, 16ª Câmara de Direito Criminal, j. 16/12/2014, v.u.).
Marque a assertiva CORRETA:
“o juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato
Aula II: Capacidade para ser testemunha
O policial que participou da prisão do acusado pode ser ouvido como testemunha? Qual o valor probatório de suas palavras?
RESPOSTA ESPERADA
Em princípio, o policial que participou da prisão do acusado pode ser ouvido como testemunha. Suas declarações, como quaisquer outras, constituem meio de prova com valor relativo, inexistindo fórmula matemática para a sua valoração, nem peso pré-definido (prova tarifada). Cabe ao julgador, diante do caso concreto e à luz do conjunto probatório amealhado, examinado como um todo, sopesar as provas produzidas e externar o seu convencimento de modo fundamentado. Na jurisprudência: “Policial é testemunha como qualquer pessoa e oposição a sua fala deve ser específica, não genérica pela origem” (TJSP, Ap 0015282-16.2009.8.26.0050 – São Paulo, 3.ª Câmara de Direito Criminal, rel. Ruy Alberto Leme Cavalheiro, 26.05.2015,
Marque a assertiva INCORRETA:
É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, exceto quando autorizado ou solicitado pelo constituinte.
Aula III: Oitiva das testemunhas I
Em que momento da audiência de instrução deve ser arguida a contradita? Quais hipóteses legais permitem a contradita?
RESPOSTA ESPERADA
Nos termos do art. 214 do CPP, as partes poderão contraditar a testemunha antes de iniciado o depoimento. Nesse sentido: “O art. 214 do CPP estabelece que a contradita da testemunha deve ser realizada no momento de prestar compromisso, antes do início do depoimento” (TJSP, ACR 7592252 PR 0759225-2, rel. Macedo Pacheco, DJ 21.07.2011).
A contradita poderá ser aduzida quando presentes as hipóteses dos arts. 207 e 208 do CPP e, se acolhida, provocará, respectivamente, a exclusão da testemunha ou não tomada de seu compromisso.
Outrossim, as partes poderão arguir circunstâncias ou defeitos que tornem a testemunha suspeita de parcialidade (ex.: amizade íntima com o acusado) ou indigna de fé (ex.: já condenada por falso testemunho), situações que, reconhecidas, poderão influenciar na convicção do julgador. (ver art. 214 do CPP)
Marque a assertiva CORRETA:
· Segundo entendimento sumulado pelo STF, é relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha. Outrossim, há súmula do STJ no sentido de que, intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.
Aula IV: Oitiva das testemunhas II
Existe nulidade se houver inversão na ordem de inquirição da testemunha? Se, por exemplo, durante a instrução, o magistrado iniciar a inquirição, abrindo a oportunidade de reperguntas às partes, há nulidade?
RESPOSTA ESPERADA
"A nulidade é relativa, dependendo de demonstração do prejuízo. Nesse sentido, já decidiu o STF: “(...) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que ‘a inobservância da ordem de inquirição de testemunhas não constitui vício capaz de inquinar de nulidade o ato processual ou a ação penal, razão por que a demonstração do efetivo prejuízo se faz necessária para a invalidação do ato’ (HC 114.787, Rel. Min. Luiz Fux). 2. Hipótese em que a nulidade foi arguida apenas em sede de apelação e não houve a devida demonstração de eventual prejuízo suportado pela acusada. Incidência da Súmula 523/STF (‘No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu’). 3. Habeas Corpus extinto sem resolução de mérito por inadequação da via processual” (STF, HC 114789/SP, Rel. Min. Luis Roberto Barroso, 1ª T., j. 19/08/2014, v.u.). No mesmo sentido, confira-se a posição do STJ: "Este Sodalício Superior possui entendimento de que, não obstante a nova redação do art. 212 do Código de Processo Penal tenha estabelecido uma ordem de inquirição das testemunhas, a não observância dessa regra acarreta, no máximo, nulidade relativa. É necessária, ainda, a demonstração de efetivo prejuízo, por se tratar de mera inversão, visto que não foi suprimida do juiz a possibilidade de efetuar perguntas, ainda que subsidiariamente, para a busca da verdade" (...) (STJ, AgRg no REsp 1653371/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6a. T., j. 04/05/2017, v.u.)."
São consequências aplicáveis à testemunha que não comparece à audiência sem justo motivo, embora regularmente intimada: I. Condução coercitiva II. Multa III. Responsabilização por crime de desobediência IV. Pagamento das custas da diligência Estão corretas:
 I, II, III e IV

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