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uma mulher, do que é ser um homem - não por coincidência, é a idade da alfabetização). Permanecerá assim durante todo o período de latência. PERÍODO DE LATÊNCIA (5 OU 6 ANOS- PUBERDADE) Depois da turbulência decorrente da renúncia e com um superego já formado, a criança entra em um período de diminuição da atividade sexual. A criança renuncia ao seu desejo incestuoso e volta-se para objetos não pertencentes à sua estrutura familiar primária. Há uma repressão das pulsões sexuais e sua energia é canalizada para atividades e interesses sociais. Nesta fase são vivenciados sentimentos contentores da sexualidade, entre eles a vergonha, o pudor, o nojo, a repugnância, etc. FASE GENITAL (PUBERDADE-FIM DA ADOLESCÊNCIA) Para Freud, na adolescência é reativada toda a sexualidade adormecida durante o período de latência e há o reaparecimento dos impulsos sexuais reprimidos, dirigidos ao sexo oposto. O adolescente reativa seu Édipo e desencadeia-se uma maior independência e autonomia dos adolescentes em relação aos pais idealizados da infância, o que culmina em escolhas sexuais fora do mundo familiar. NARCISISMO Antes de formular esta sua teoria sobre o narcisismo, acreditava-se que os investimentos no eu eram relacionados às necessidades de autoconservação, em que a libido se reservava para as relações objetais, mas mais tarde constatou-se que o narcisismo está diretamente vinculado à própria constituição do eu. Num primeiro momento o narcisismo é um aspecto normal e saudável, mas que pode ser tornar patológico. O menino sai do Édipo pela castração; a menina entra no Édipo a partir da castração (percebendo que não tem pênis) 3 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – TEOR PSICAN Ele faz parte do desenvolvimento sexual humano e é fundamental na constituição da vida psíquica. É um estágio necessário entre o auto-erotismo e o amor objetal, em que há duas formas diferentes de investimento libidinal, voltado para si ou para os objetos. De início, Freud associa o narcisismo às disposições patológicas. Mais tarde, constatou que anterior a isso existia o narcisismo primário, que é saudável. É uma forma de investimento libidinal que faz parte do curso regular do desenvolvimento humano. NARCISISMO PRIMÁRIO Necessário ao desenvolvimento, é o investimento da libido no ego, elemento fundamental na constituição da vida psíquica NARCISISMO SECUNDÁRIO Patológico, quando desloco a libido dos objetos e retorno ao meu ego. O auto-erotismo passa a ser narcisismo quando se acrescenta o eu, passando o eu a ser o objeto de amor. Represar a libido somente no ego é desagradável para o sujeito. Uma forma de se livrar dele é usar parte dessa libido para investir em outro objeto. É assim que ocorre a passagem do narcisismo primário para a relação objetal. A perversão é passar pelo Édipo e não completar a formação do superego (tem aspecto que pune e o que protege) - não sente culpa, remorso - e nem abrir mão de seu objeto de desejo. O SURGIMENTO DA TRANSFERÊNCIA – CASO DORA Breuer se enrolou na relação transferencial com Anna O., mas Freud entendia que era um movimento inconsciente, pois após assumir o caso, Anna O. se apaixona por ele também. Com Dora, a transferência acontece de forma muito incisiva. A HISTÓRIA DE DORA Há Dora, seu pai, sua mãe, o sr. K e a sra. K. A mãe de Dora é uma mulher ignorante, e o pai de Dora um homem fraco e hipócrita; O pai de Dora trai sua esposa com sra. K; Sr. K descobre a traição e fica enciumado, depois indiferente; Sr. K se apaixona por Dora e dá em cima dela, que o rejeita; Dora conta sobre a tentativa de sedução para sua mãe, que conta para seu pai; O pai de Dora interroga o Sr. K, que nega tudo; O pai de Dora fica preocupado que essa história prejudique sua relação com sra. K, sua amante, e faz com que Dora passe por mentirosa; A governanta que cuidava de Dora a havia alertado sobre seu pai não prestar e trair a sua mãe, mas Dora não deu ouvidos; Dora é encaminhada a um tratamento psiquiátrico, que dura três nesses e envolve vários distúrbios nervosos, como enxaqueca, tosse convulsiva, depressão, tendências suicidas, etc. Durante esse tempo, Dora teve dois sonhos: Incêndio na residência da família: “Uma casa estava em chamas. Papai estava ao lado da minha cama e me acordou. Vesti-me rapidamente. Mamãe ainda queria salvar sua caixa de joias, mas papai disse: ‘Não quero que eu e meus dois filhos nos queimemos por causa da sua caixa de joias’. Descemos a escada às pressas e, logo que me vi do lado de fora, acordei.” Dora estava com a sexualidade aflorada, a governanta falar para Dora que seu pai não presta a fez acordar. Sua mãe queria proteger sua virgindade, e seu pai covardemente não queria se queimar por causa de Dora e sua sexualidade (abusada pelo sr. K). Descer as escadas no final e acordar significa que o sonho estava caminhando para um conteúdo muito latente. Esse sonho, para Freud, mostrou que Dora era dada à masturbação e era apaixonada pela sra. K, por isso havia pedido que seu pai a protegesse do sr. K (para que ela conseguisse resistir à tentação de amar ao sr. K, pois dessa forma “trairia” a sra. K). Morte do pai: “Eu estava passeando por uma cidade que não conhecia, vendo ruas e praças que me eram estranhas. Cheguei então a uma casa onde eu morava, fui até meu quarto e ali encontrei uma carta de mamãe. Dizia que, como eu saíra de casa sem o conhecimento de meus pais, ela não quisera escrever-me que papai estava doente. ‘Agora ele morreu e, se quiser, você pode vir’. Fui então para a estação e perguntei umas cem vezes: ‘onde fica a estação?’. Recebia sempre a resposta: ‘Cinco minutos.’ Vi depois à minha frente um bosque espesso no qual penetrei, e ali fiz a pergunta a um homem que encontrei. Disse-me: ‘Mais duas horas e meia.’ Pediu-me que o deixasse acompanhar-me. Recusei e fui sozinha. Vi a estação à minha frente e não conseguia alcançá-la. Aí me veio o sentimento habitual de angústia de quando, nos sonhos, não se consegue ir adiante. Depois, eu estava em casa; nesse meio tempo, tinha de ter viajado, mas nada sei sobre isso. Dirigi-me à portaria e perguntei ao porteiro por nossa casa. A criada abriu para mim e Auto erotismo (com a constituição do ego) narcisismo primário amor objetal (relações objetais) 4 Gabriela Gomes da Silva – Resumo P1 e P2 – TEOR PSICAN respondeu: ‘A mamãe e os outros já estão no cemitério’.” Esse sonho remeteu à recusa ao senhor K e à masturbação sem conseguir alcançar o orgasmo. A TRANSFERÊNCIA DE DORA Dora atribui a Freud o lugar de seu pai, e para se vingar dele, abandona o tratamento. Ela não conseguiu se vingar do pai nem do sr. K, mas de Freud sim. Foi a partir da Dora que Freud passou a dar mais importância ao processo transferencial. O QUE É A TRANSFERÊNCIA A transferência se refere a um molde construído nas relações pessoais. Quando não passa pela consciência, a forma de se comportar vai repetindo de geração em geração. Se a necessidade que alguém tem de amar não é inteiramente satisfeita pela realidade, o sujeito está fadado a aproximar-se de cada nova pessoa que encontra com ideias libidinais antecipadas. E é provável que ambas as partes de libido, tanto a parte que é capaz de se tornar consciente quanto a inconsciente, tenham participado da formação dessa atitude. A parte da libido que é capaz de se tornar consciente e se acha dirigida para a realidade é diminuída, e a parte que se dirige para longe da realidade e é inconsciente é proporcionalmente aumentada. Toda uma série de experiências psíquicas prévia é revivida, não como algo passado, mas como um vínculo atual com a pessoa do Freud. TRANSFERÊNCIA POSITIVA Trabalha a favor do processo analítico no consultório, parecida com a transferência afetuosa. De sentimentos amistosos ou afetuosos: são sentimentos admissíveis à consciência;