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LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO: EFUSÕES CAVITÁRIAS; CITOPATOLOGIA DAS LESÕES CUTÂNEAS; CITOPATOLOGIA DAS DOENÇAS NEOPLÁSICAS DA PELE

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P3 Vet 362 
 
Existem três cavidades corpóreas, a peritoneal, a 
pleural e a pericárdica. A quantidade de líquido 
presente nas três é suficiente somente para lubrificar o 
espaço entre as cavidades e as pleuras. 
Efusões cavitárias ocorrem quando a quantidade de 
líquido nas cavidades ultrapassa o valor normal e 
sempre são processos patológicos, exceto no equino, 
que normalmente já possui maior quantidade de líquido 
lubrificante quanto comparado as outras espécies (uma 
das razões é a extensão da alça intestinal). 
 
 INTRODUÇÃO 
 Pouca quantidade de líquido 
 Pleural; 
 Peritoneal; 
 Pericárdio. 
 Revestimento epitelial (mesotélio) 
No tubo é possível observar essas células em 
suspensão. 
 Celularidade normal 
 Células mesoteliais; 
 Fagócitos mononucleares; 
 Linfócitos; 
 Raros neutrófilos. Importante: promovem a retira 
de debris celulares (presentes em processos 
inflamatórios) e estão presentes somente em 
cavalos. 
 
 Distensão abdominal x sedentarismo 
É mais difícil acessar a cavidade de um animal mais 
gordo, por isso, deve-se tomar cuidado para não 
confundir os dois  Realizar o teste do balotamento 
(onda de choque de um lado não deve ser sentida do 
outro, quando ocorre indica a presença de líquido) para 
saber o que tem dentro da cavidade. 
 
 Mecanismos de efusões (capítulo de 
inflamações-Bogliogo??) 
 
Quando o mecanismo fisiológico está equilibrado 
(processo normal): 
 Próximo aos capilares sinusóides (leito arterial) 
a pressão hidrostática (de dentro para fora – 
empurra o líquido) aumenta, promovendo a 
saída de água para o interstício de maneira 
passiva. Próximo as vênulas (leito venoso), a 
pressão hidrostática diminui e a pressão 
oncótica (de fora para dentro do vaso – puxa o 
líquido) aumenta, promovendo o retorno do 
líquido (85%) do interstício para o vaso de 
maneira ativa  Esse processo mantém a 
homeostase  Quando há desequilíbrio entre 
as pressões hidrostática e oncótica há acúmulo 
de líquido intracavitário; 
 15% do líquido fica no interstício e é drenado 
pelo sistema linfático. 
 
Causas de efusões: 
 Aumento da pressão hidrostática; 
 Redução da pressão oncótica. 
Exemplos: 
 Animal com hipoproteinemia/hipoalbuminemia 
(exemplo: verminoses) possui menor 
densidade do sangue  Sangue mais fluido 
promove maior pressão contra a parede do 
vaso devido a maior velocidade de passagem 
(aumento da pressão hidrostática em relação a 
oncótica)  Acúmulo de líquido no abdômen 
(ascite); 
 Animal com hemorragia perde volume total 
(sangue e plasma), o que leva a ativação do 
sistema renina-angiotensina-aldosterona  
Aumenta a quantidade de líquido no vaso e, se 
a medula óssea não responder com a produção 
de células, ocorre aumento da pressão 
hidrostática (aumento da volemia) e da 
velocidade de circulação do sangue para 
compensar a perda  Animal desenvolve 
ascite; 
 Animal com insuficiência cardíaca congestiva 
 Coração não consegue bombear o sangue 
normalmente (redução da fluidez)  Pressão 
hidrostática menor que a oncótica  Se não for 
corrigida, a compensação levará a acúmulo de 
líquido (edema); 
 Animal com cirrose tem menor síntese de 
proteínas plasmáticas  Redução da 
densidade/aumento da fluidez do sangue 
(aumento da pressão hidrostática em relação a 
oncótica)  Acúmulo de líquido (edema); 
 Animal com doença renal crônica perde 
proteína na urina (proteinúria)  
Hipoproteinemia  Redução da 
densidade/aumento da fluidez do sangue 
(aumento da pressão hidrostática em relação a 
oncótica)  Acúmulo de líquido no abdômen. 
 
 SINAIS CLÍNICOS 
 Ascite; 
 Dor abdominal; 
 Dispneia – acúmulo de líquido peritoneal pressiona 
o diafragma diminuindo o espaço torácico, com isso, 
não há movimento respiratória completo. Da mesma 
forma, quando há acúmulo de liquido pericárdico há 
menor espaço para o pulmão trabalhar; 
 Abafamento de ruídos cardíacos; 
 Arritmias cardíacas. 
Importante: quase sempre a distensão abdominal está 
acompanhada de emagrecimento progressivo. 
 
 
 
FLUIDO DE CAVIDADES CORPORAIS 
(EFUSÕES CAVITÁRIAS) 
 COLHEITA E AVALIAÇÃO DE FLUIDO 
Altamente recomendado para avaliação do risco. 
Exemplos: 
 Acúmulo de líquido pericárdico ou peritoneal 
pressionam o diafragma  O aumento de 
pressão no pulmão dificulta a respiração. 
 Cardiopatia/cardiomiopatia, cirrose e doença 
renal crônica  O que tem em comum? São 
doenças crônicas presentes em órgãos vitais 
de animais mais velhos (14-16 anos), onde é 
mais comum ocorrer efusões cavitárias. 
Importante: coletar líquido desses animais exige 
sedação, mas deve-se pesar os riscos de sedar um 
animal em dispneia e se a coleta compensa os 
mesmos, ou seja, se vai ajudar a salvar a vida (retirar 
de uma situação de risco) ou aumentar a sobrevida do 
animal. 
 
 IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA 
Doenças inflamatórias, hemorrágicas, neoplásicas, 
linfáticas e biliosas. 
 Testes diagnósticos adicionais 
(importantes para o prognóstico) 
Características citológicas. 
Importante: 
Dosar ureia e creatinina no líquido peritoneal e do 
sangue para fazer a comparação dos dois visando 
saber a origem do líquido: se é proveniente de 
rompimento da bexiga/ureter ou devido a uma 
insuficiência renal (alteração hidrostática), por exemplo 
 Prognósticos diferentes e tratamentos diferentes. 
Exemplos: 
 Animal que foi atropelado e teve distensão 
abdominal com uroperitônio vai ter os níveis de 
ureia e creatinina muito aumentados no líquido 
peritoneal (compatíveis com o que está no xixi), 
mas no sangue esses níveis estarão normais 
 Indica ruptura do ureter sem lesão renal; 
 Animal sem histórico e com ascite  Dosagem 
de creatinina acusa altos níveis de ureia e 
creatinina no líquido e no sangue  Lesão 
renal crônica (importante dosar também os 
níveis na urina). 
 
 TÉCNICAS DE COLHEITA DO MATERIAL 
 Fluido abdominal 
 Contenção e decúbito lateral; 
 Tricotomia: 
 2 a 3 polegadas; 
 Entre bexiga e umbigo (linha média). 
 Esvaziar bexiga – para evitar a realização de 
cistocentese ao invés de uma paracentese; 
 Botão anestésico – lidocaína no SC e massagear 
(não funciona muito). 
 
 Fluido pleural 
 Animal em estação ou sentado – decúbito lateral 
pode “afogar” o paciente; 
 Tricotomia entre 5 e 11º EIC; 
 Botão entre o 7º e 8ª EIC; 
 Agulha em válvula de 3 vias – acopla-se a agulha 
com cateter em válvula de 3 vias para evitar entrada 
de ar na cavidade torácica; 
 Cuidado com artéria intercostal! – na prática não 
precisa ter tanto cuidado, pois não se consegue 
pegá-la tão facilmente. 
 Fluido pericárdico 
 Sedação – depende do estado geral do paciente; 
 Tricotomia em parte baixa no 4º EIC bilateral; 
 Válvula de 3 vias e seringa de 3 mL. 
 
Importante: 
 Tubos com e sem EDTA, pois a citologia só 
consegue ser feita se o material não estiver 
coagulado e não se sabe o que vai ter no 
líquido. Além disso, o EDTA preserva as 
células; 
 Célula mesotelial tem alta capacidade de 
absorção, por isso, o animal desenvolve 
septicemia muito rápido; 
 EDTA é bacteriostático e não permite o 
crescimento da bactéria in vitro, por isso, deve-
se coletar sem EDTA para fazer cultura e 
antibiograma do líquido; 
 Lipase, creatinina, lactato (cavalo) e outros 
testes adicionais NÃO usam EDTA, mas sim o 
tubo de tampa vermelha; 
 Em animais gordos só se percebe o líquido com 
percussão e ultrassom  Exame utilizado para 
a confirmação de derrame peritoneal e pleural. 
 
 ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DA 
PARACENTESE 
1. Contenção do animal – importante observar se não 
está em dispneia e, caso esteja, evitar decúbito e conter 
com mordaça, pois pode levar a quadro de cianose e 
morte; 
2. Tricotomia – entre linha alba e bexiga; 
3. Assepsia; 
4. Introdução do cateter – beliscar a pele para 
introdução do cateter  Quando o mesmo atravessar a 
parede, retira-se o mandril, acopla-se a seringa e 
começa a punção; 
5. Coleta. 
 
Importante: 
 O exame do líquido cavitário se inicia no 
momento da coleta; 
Fazer exame físico (cor e odor), químico e 
citológico, semelhante ao de urina; 
 Utiliza-se a câmara de Neubauer para contar 
as células de líquido cavitário  O tempo entre 
coleta e processamento da amostra não pode 
ultrapassar 40 minutos (principal fator 
limitante), pois começa a ter aumento da 
atividade enzimática e alterações 
degenerativas  Como minimizar? Além de 
coletar com tubo com e sem EDTA (tubo de 
tampa vermelha), pode-se fazer lâminas com 
líquido fresco e observar rapidamente. 
Também pode-se manter em geladeira, mas 
isso não aumenta muito o tempo para analisar 
o líquido  Para saber se a alteração é 
proveniente do tempo de análise, deve-se 
olhas as lâminas. 
 
 
 Tipos de líquido 
 Ascítico (claro, com hipoproteinemia); 
 Hemorrágico (vermelho); 
 Quiloso (lipêmico) – acúmulo de triglicerídeo; 
 Transudato (amarelo – ictérico). 
 
 MANIPULAÇÃO DA AMOSTRA 
 Observar cor e aspecto; 
 Contaminação iatrogênica – exemplo: na coleta 
de líquido peritoneal, se o líquido claro começar a 
sair avermelhado pode ser devido a sangramento do 
baço (pique da agulha); 
 Tubo com e sem anticoagulante – cultura 
bacteriana; 
 Esfregaço ou “squash” – diferença entre os 
dois: esfregaço possui distribuição homogênea de 
células, já o método “squash” utiliza lâmina sobre 
lâmina, reduzindo a homogeneidade do material; 
 Enviar ao laboratório. 
 
o Preparo da lâmina por citocentrifugação 
Realiza-se o preparo da lâmina utilizando papel filtro 
em um bloco  Após a centrifugação, o líquido na 
lâmina é absorvido pelo papel filtro, aumentando a 
celularidade em um espaço menor (papel)  Esse 
método concentra as células em líquidos de pouca 
celularidade. 
 
 DERRAMES CAVITÁRIOS 
 Exame físico 
 Volume; 
 Cor; 
 Aspecto – límpido, turvo ou ligeiramente turvo; 
 Densidade – uso de refratômetro. 
 Exame químico 
Utilização da fita de urinálise para avaliação de: 
 pH; 
 Proteínas; 
 Fibrinogênio; 
 Glicose; 
 Sangue oculto. 
 Exame citológico 
Total (não diferencia as células) e diferencial (realizado 
no “squash”, diferencia as células). 
 
Importante: 
Todos os testes são agrupados para estabelecer a 
classificação do líquido, que pode ser transudato 
(simples ou modificado) ou exsudato (séptico ou não-
séptico). 
 
CLASSIFICAÇÃO DE EFUSÃO 
 INTRODUÇÃO 
 1ª etapa: coleta; 
 2ª etapa: avaliar o exame; 
 3ª etapa: classificar o líquido em transudato ou 
exsudato (há subclassificações). 
 
Importante: 
 Transudato simples, modificado, séptico ou 
não séptico. Essas classificações têm 
prognósticos e consequências diferentes; 
 A classificação é baseada na concentração de 
proteína e células, no valor de densidade e pH 
e aspecto (turvo ou não). Porém, o que 
determina mesmo é o valor de células e 
proteínas. Além disso, geralmente a densidade 
acompanha o pH. 
 
 TRANSUDATOS 
 Transudatos simples 
Proteína <2,5 g/dl e <1500 células/µl 
Densidade <1.017 e pH alcalino 
Aspecto límpido e discretamente turvo 
 
Presentes nos casos de: 
 Hipoalbuminemia (diminuição da pressão 
oncótica e aumento da pressão hidrostática); 
 Insuficiência hepática; 
 Shunt portossistêmico; 
 Nefropatias; 
 Estágio inicial de insuficiência miocárdica; 
 Desnutrição. 
 
 Transudatos modificados 
Proteína entre 2,5 a 7,5 g/dl e 1.500 a 7.00 
células/µl 
Densidade entre 1.017 e 1.025 e pH alcalino a ácido 
Aspecto discretamente turvo a turvo 
Importante: 
 Quanto mais ácido o pH, mais inflamatório será 
o liquido; 
 Diferentemente do transudato simples, no 
modificado pode haver alterações 
inflamatórias. 
 Geralmente ocorre quando se tem aumento da 
pressão hidrostática. 
 
Presentes nos casos de aumento da pressão 
hidrostática: 
 Cardiopatias; 
 Coagulopatias; 
 Neoplasias (compressivas); 
 Torção de órgãos; 
 Uroperitônio; 
 Peritonite Infecciosa Felina (PIF) – aumento da 
viscosidade (proteína >4,5 g/dl) e relação 
albumina:globulina <0,8 dosadas no líquido. 
Importante: normalmente a % de albumina é 
maior que a de globulina e quando a 
quantidade de globulina é maior que albumina, 
ou seja, a relação está menor do que 0,8, isso 
significa que tem mais anticorpos (globulina) do 
que albumina, por isso, o quadro é mais 
inflamatório  Isso praticamente fecha o 
diagnóstico de PIF em gatos, onde a relação 
<0,8 indica o ápice da inflamação e em 90% 
dos casos está relacionado a PIF. 
 
 Transudatos simples x Transudatos 
modificados 
pH modificado: pH alcalino nos modificados, pois 
quanto mais ácido o pH maior é a inflamação (pH do 
tecido inflamado é mais ácido). 
 
 
 EXSUDATOS 
Grande quantidade de células e proteínas (>3,0g/dl 
e >7000 células/µl) 
Densidade >1.025 e pH ácido 
Aspecto turvo 
Importante: o que muda é a quantidade de células 
nucleares, devido a maior intensidade da inflamação, 
por isso o pH sempre vai ser ácido (nunca terá 
possibilidade de ser alcalino). 
 
 Não sépticos (alteração da permeabilidade 
capilar – PC) 
 Processo inflamatório; 
 Pancreatite; 
 Neoplasias; 
 Corpo estranho; 
 Peritonite Infecciosa Felina (PIF) – líquido 
amarelado, turbo, viscoso com depósito de fibrina 
(inflamação acentuada). 
 
 Sépticos (presença de microrganismos) 
 Bactéria, vírus, fungos ou protozoários; 
 Predomínio de neutrófilos – a reabsorção de células 
epiteliais é muito rápida; 
 Via hematógena ou linfática; 
 Órgãos adjacentes (pulmão e intestino) podem 
colaborar para o líquido se tornar séptico – tecido 
revestido por células mesoteliais com órgãos 
adjacentes (pulmão e intestino)  Quando há 
inflamação e alteração da permeabilidade vascular 
 Há passagem dos agentes patogênicos  
Exsudato fibrinoso cobrindo as serosas com a 
presença de granulomas multifocais; 
 Contaminação externa. 
 
 TESTES ADICIONAIS 
Classificam a efusão: 
 
 
 EFUSÕES 
Classificação da efusão de acordo com os tipos de 
transudato e exsudato. 
 Pericárdicas 
 Geralmente são hemorrágicas, portanto, nunca 
vemos um líquido claro. 
 Podem ser classificadas como: transudato 
simples, modificado ou exsudato; 
 Causas em gatos: 
 ICC em 28% dos casos; 
 PIF em 17% dos casos. 
 Causas em cães: 
 Neoplasias (41% a 58% dos casos); 
 Hemorragia idiopática (45% dos casos) – sem 
causa definida, deve-se descartar todas as 
outras para fechar diagnóstico idiopático; 
 Insuficiência cardíaca; 
 Uremia; 
 Traumatismos; 
 Corpo estranho; 
 Coagulopatias; 
 Pericardites; 
 Hérnia ou ruptura de átrio esquerdo. 
 Sisson (1984): 
 Não detectou características neoplásicas em 
74% de 19 efusões com neoplasia; 
 13% de 31 efusões não neoplásicas foram 
consideradas falso-positivas; 
 Não era confiável! A partir daí, iniciaram-se 
os testes adicionais: US, testes de 
coagulação e avaliação do pH (Edwards, 1996) 
– líquidos pericárdicos de pacientes com 
neoplasia tem pH ≥7 (98-99% de sensibilidade) 
 Nessas condições a chance de não ser 
neoplasia é menor que 1% e a primeira coisa a 
se fazer é a análise do pH do líquido pericárdico 
(somente para ele), que pode fechar 
diagnóstico para neoplasia. 
 
 Quilosas 
 Contém linfa + quilomícrons (produtos da quebra de 
triglicerídeos que turvam o líquido); 
 Triglicérides (promovem a turbidez do fluido); 
 Ruptura de ducto torácico, traumatismo ou 
obstrução linfática. 
Causas: 
 Doença cardiovascular; 
 Neoplasia (exemplo: linfoma); 
 Dirofilariose – coração aumenta, levando a 
aumento da pressão torácica e efusão de 
líquido; 
 Hérnia diafragmática. 
 
 Hemorrágica 
Patológica x Contaminação 
o Hemorragia patológica 
Neoplasia, intoxicação por anticoagulante ou 
traumatismo. 
o Hemorragia iatrogênica 
Plaquetas evidentes e pode haver coagulação (baço). 
Importante: a efusão não coagula em tubo com EDTA, 
porém se for coletado sangue junto com o líquido vai 
coagular, por isso, há como saber se a hemorragia é 
iatrogênica ou não. 
 
 Neoplásica 
 Transudato modificado ou exsudato; 
 Importante analisar o fluido e realizar avaliaçãocitológica (aspiração da massa) 
 Critérios para malignidade: 
 Pleomorfismo celular; 
 Anisocariose; 
 Nucléolos evidentes; 
 Figuras de mitose; 
 Nucleação múltipla. 
 Casos com massas tumorais evidentes: análise 
do fluido + citologia aspirativa; 
 Detecção de tumores malignos através de 
fluidos: sensibilidade de 64% em cães e 61% em 
gatos e especificidade de 99% em cães e 100% em 
gatos. 
 
 Biliosa 
 Fase aguda: 
 Resposta inflamatória estéril; 
 Tendência a se tornar séptica. 
 Intensamente amarelado; 
 Citologia: 
 Neutrófilos discretamente degenerados; 
 Macrófagos; 
 Precipitado intracelular (amarelo a azul-
esverdeado); 
 Comparar bilirrubina do soro e do fluido. 
 
 Uroperitônio 
Urina no espaço peritoneal: 
 Irritação química; 
 PTN reduzida (diluição); 
 Contagem e tipo celular geralmente indicam 
inflamação ou exsudato. 
Fase aguda: 
 Predomínio mononuclear; 
 Transudato modificado. 
Citologia: 
 Pode ou não haver bactéria; 
 Neutrófilos evidenciando cariólise e bordos 
nucleares irregulares; 
 Cristais urinários!! 
 Dosagem de creatinina. 
 
 Eosinofílica 
 Contagem de eosinófilos superior a 10%; 
 Independente do conteúdo proteico ou celular; 
 Coloração esverdeada; 
 Causa geralmente desconhecida; 
 50% dos casos (linfoma ou mastocitose); 
 Outras causas: migração parasitária ou 
parasitoses, hipersensibilidades e granulomatose 
linfomatóide. 
 
 CASOS CLÍNICOS 
 1ª caso 
Era necessário realizar a coleta dos líquidos peritoneal, 
pleural e pericárdico, porém, o animal já estava velho, 
por isso, avaliou-se apenas o pericárdico: Ht 12% 
(normal), coloração xantocrômica (alaranjada) e pH 7,5 
 Neoplasia? Realizou-se citologia das efusões 
peritoneal e pleural, onde foram encontradas células 
mesoteliais e um agrupamento de células 
carcinomatosas (binucleação, multinucleação, 
anisocariose: núcleos de tamanhos diferentes). 
 
 2ª caso 
Efusão pleural: célula mesotelial com binucleação e 
borda mais espessa  Indica reatividade  Neoplasia? 
Anisocariose é um critério de malignidade, porém, 
abriu-se a cavidade torácica e não se achou tumor. 
 
Importante: o exame citopatológico tem o objetivo de, 
através da morfologia das células obtidas das lesões 
cutâneas, dar uma ideia do processo patológico 
(natureza inflamatória, neoplásica, degenerativa ou 
hiperplásica) e dessa forma dar uma ideia da lesão. 
 
 3º caso 
Carina: características de leucemia (quadro 
inflamatório)  Exsudato não séptico. 
 ESTUDO CITOPATOLÓGICO 
 Fácil execução do procedimento; 
 Fácil preparo do material; 
 Pouco investimento material; 
 Mínimo risco ao paciente; 
 Leitura rápida – em relação ao exame 
histopatológico, a leitura do microscópio é mais 
demorada; 
 Ótima relação custo-benefício. 
 
Importante: 
 A interpretação está muito relacionada ao 
técnico que fará a leitura do exame, que deve 
ter um bom conhecimento do tecido normal 
para perceber alterações; 
 Em relação ao exame histopatológico, o 
citopatológico é mais demorado. 
 
 Riscos e vantagens 
o Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) 
Bacteremia, metástases, sangramento e contra 
indicações. 
 
 Exame citopatológico x Exame 
histopatológico 
Exame citológico é menos sensível e menos específico, 
pois não permite a visualização da arquitetura tecidual, 
porém o resulto é mais rápido  Não substitui o exame 
histopatológico. 
 
 COLETA E PREPARO DO ESFREGAÇO 
 Decalque (“imprints”) 
Características: 
 Fácil de ser feito e não causa riscos aos 
pacientes; 
 Menor número de células; 
 Maior contaminação da superfície; 
 Contaminação secundária; 
 Displasia da inflamação – formação anômala 
do tecido (células de diferentes tamanhos, 
formas e perfil) que ocorre com frequência nos 
processos inflamatórios e neoplásicos  Deve-
se diferenciar a displasia do processo 
inflamatório de uma neoplasia inflamada 
secundariamente através de biópsia; 
 Úlcera suja e limpa; 
 Retirar excesso de sangue. 
Exemplos: 
- Células presentes em tecido se desfolham/decalcam 
e ficam aderidos a lâmina, que é corado; 
- Quando feito em lesões papulopustulosas, a pústula 
íntegra deve ser rompida com agulha antes da técnica 
para que se faça decalque do teto da mesma e coleta 
do pus para depois corar. 
 
CITOPATOLOGIA DAS LESÕES CUTÂNEAS 
 Raspados 
Feitos em superfície íntegra, erosada ou ulcerada: 
 Grande número de células – pois é feito na 
superfície da lesão, onde há maior esfoliação 
celular; 
 Contaminação secundária – também devido 
a ser feito na superfície da lesão. Importante: 
pode ser necessário realizar limpeza com 
solução fisiológica e gaze estéril para retirar os 
debris celulares e excesso de contaminação 
superficial  Pode ser feita no próprio raspado, 
desprezando-se os primeiros e escolhendo o 3º 
ou 4º, onde há menos alterações secundárias, 
de necrose e de inflamação; 
 Displasia da inflamação – grande obstáculo a 
definição diagnóstico, pois dependendo do 
caso não se consegue distinguir inflamação 
com displasia tecidual de neoplasia inflamada 
secundariamente  Deve-se realizar o exame 
histopatológico. 
 
 “Swab” 
Serve para citologia e cultivo. É utilizado para áreas 
de difícil acesso, onde as técnicas de decalque e 
raspado são impossibilitadas, como: 
 Tratos drenantes (fístulas); 
 Citologia vaginal; 
 Mucosa oral; 
 Pregas intertriginosas e orelha externa 
(meatos). 
Importante: 
- Umedecer com NaCl 0,9% - permite maior aderência 
do material a ser estudado ao algodão; 
- Rolar algodão sobre a lâmina – rolar o material sobre 
a lâmina e por aposição o material será depositado e 
posteriormente corado. 
 
 PAAF 
 Indicada quando existem placas, massas, nódulos 
ou tumores. Importante: em tumores também pode 
se realizar raspado ou decalque. Deve-se evitar em 
superfícies ulceradas; 
 Contaminação e displasia menores – realizada com 
agulha estéril no centro da massa; 
 Coleta de várias áreas. 
o Agulha e seringa 
 Seringa de 3 a 20 mL – não pode ser muito grossa 
para evitar hemodiluição que dificulta a identificação 
do material; 
 Agulha de 21 a 25 gauge – não pode ser muito 
grossa, pois lesa o centro da massa, gerando 
sangramento e contaminação, dificultando o 
diagnóstico; 
 Tecido mais macio  Agulha mais macia e 
fina/menor (vice-versa); 
 Linfonodos: 3-5 mL; 
 Fibroma ou carcinoma espinocelular: 20 mL. 
 
 PREPARO DO LOCAL 
 Cultura: preparo cirúrgico; 
 Massas cutâneas ou subcutâneas: aplicação de 
medicamentos ou venopunção. 
 PROCEDIMENTO 
 Técnica de aspiração 
 Segurar firmemente a massa; 
 Introduzir a agulha no centro da lesão; 
 Aspirar por pressão negativa; 
 Técnica de aspirar: massa grande x pequena; 
 Evitar ultrapassar e material na seringa; 
 Técnica de retirada; 
 Depósito de material na lâmina; 
 Distância da agulha para a lâmina. 
Etapas: 
 Introdução da seringa na massa com 
realização de pressão negativa, retirada e 
reintrodução da agulha em outra direção (sem 
retirar a agulha toda) para coletar material de 
várias áreas; 
 Para lesões muito vascularizadas não se faz a 
movimentação de retirada e reintrodução da 
seringa na massa e realiza-se a punção 
apenas 1 vez para evitar a contaminação do 
material com sangue (a quantidade de amostra 
é mínima). 
Importante: o objetivo não é preencher a seringa com 
o material, coloca-se o material que suja o barrel da 
seringa na lâmina (deve-se fazer com distância 
pequena, de 2-3 milímetros, entre a agulha e a lâmina 
para que o conteúdo não espirre). 
 Técnicas da não aspiração 
Mais usada do que a técnica de aspiração, devido 
ao menor risco de contaminação: 
 Massas muito vascularizadas – utiliza-se 
apenas a agulha, que funciona como bisturi 
circular, sem a seringa, realizando movimentos 
de retirada e reintrodução. Para colocar na 
lâmina utiliza-se a seringa para empurrar o 
material; 
 Sem pressão negativa – sem aspiração, pois 
quando se aspira aumenta-se a chance de 
contaminação comsangue; 
 Ar na seringa; 
 Vários movimentos de entrar e sair da massa. 
 
 Esfregaço por pressão 
Feito quando o material é muito líquido e pouco 
viscoso: 
 Material mais líquido: esfregaço feito com a 
lâmina extensora (igual ao do hemograma); 
 Material mais viscoso: esfregaço feito com 
lâmina sobre lâmina, com o peso da lâmina 
(evitar colocar muita pressão para não estourar 
as células, já que a ideia é não promover a 
destruição celular como ocorre no esfregaço); 
 Estrela do mar: sangue espalhado sobre a 
lâmina com a própria agulha (deixa o material 
mais fino para a visualização, por isso, é 
utilizado quando o material é muito viscoso). 
 
 TIPOS DE COLORAÇÃO 
O exame citológico necessita de coloração e o material 
precisa passar por fixador (álcool) antes. 
 
 
 
 Romanowsky: Wright, Giemsa, Panótico e 
Leishmann (colorações rápidas) 
Mais usado na rotina veterinária: barato e 
disponível: 
 Valoriza citoplasma e microrganismos 
fagocitados – excelente para processos 
inflamatórios; 
 Núcleo e nucléolo; 
 Esfregaço grosso x fino. 
 Papanicolau (não é muito utilizado na 
rotina) 
 Valoriza mais os resultados nucleares (ótimo 
detalhe nuclear) – mais útil na suspeita de doenças 
neoplásicas; 
 Pouco detalhe citoplasmático; 
 Bactérias e Malassezia sp; 
 Requer fixação prévia do material com etanol. 
 Novo azul de metileno (novo corante de 
Romanowsky) 
Reque fixação prévia com etanol: 
 Bom detalhe nuclear; 
 Pouco detalhe citoplasmático; 
 Cocos e Malassezia sp. (fungo levomiforme). 
 
 PROBLEMAS COMUNS NO EXAME 
CITOLÓGICO 
Fazer um maior número de lâminas diminui as chances 
de erros. 
 Poucas células 
Causas: pouca pressão na aspiração, técnica não 
aspirativa, tumores mesenquimais (lesões muito 
firmes/duras, com pouca celularidade  não pode ser 
feita com pouca pressão de aspiração), necrose e 
inflamação (alterações que deixam poucas células 
viáveis para a identificação). 
Correção: punção e aspiração adequadas a lesão, 
utilizando agulha de calibre correto; coleta de 3 locais 
diferentes; confecção de várias lâminas (4 a 6). 
 Contaminação com sangue 
Causas: agulha muito grossa, aspiração longa ou 
vigorosa e lesões vasculares. 
 Lâminas mal confeccionadas 
 
 AVALIAÇÃO GERAL DO ESFREGAÇO 
 Celularidade, grossura (deixar camada de 
monocélulas, pois ficam individualizadas permitindo 
melhor visualização) e coloração do esfregaço. 
Importante: visualizar em visão panorâmica (menor 
aumento – objetiva de 4x) para identificar os 
melhores campos e se concentrar neles; 
 População celular e processos  Tentar 
definir/diferenciar se o processo é neoplásico, 
hiperplásico, inflamatório, cístico ou degenerativo. 
 
 Processo inflamatórios 
o Neutrofílico (predominância de neutrófilos 
(≥85%) 
Neutrófilos degenerados: infecções bacterianas, 
fúngicas ou protozoárias; piodermites, piogranulomas, 
abcessos; cultura. 
Neutrófilos não degenerados: bactérias gram + ou -; 
Actinomyces, Nocardia; lesão traumática; lesão 
química; paniculite por corpo estranho ou fungo; 
neoplasia. 
Diferenciação: 
Neutrófilos íntegros: processo bacteriano com pouca 
toxicidade, ou processo fúngico ou protozoário; 
Neutrófilos degenerados: núcleo perde sua forma 
(lobulação), basofilia e vacuolização citoplasmática 
(neutrófilos tóxicos), cariólise (excesso de degeneração 
celular neutrofílica  núcleo eosinofílico e inchado) – 
suspeita de infecções bacterianas com componentes 
tóxicos e presença de bactérias livres. 
 
Como se apresentam os neutrófilos em animais que 
possuem bacteremia persistente com sepse? 
Bastonetes (desvio a esquerda), basofilia e 
vacuolização citoplasmática e corpúsculo de Dohle 
(neutrófilo tóxico). 
 
o Macrofágico (predominância de macrófagos 
(>5%) 
Presença de células gigantes multinucleadas 
(células fagocitárias responsável pela fagocitose de 
grandes antígenos): 
 Fungos, protozoários, corpo estranho, 
parasitos, Nocardia sp., Actinomyces sp; 
 A maioria são corados por Romanowsky, 
 
o Eosinofílico (predominância de eosinófilos 
(≥10-15%) 
Alergias, parasitos, doenças imunomediadas, corpo 
estranho e também ocorre em processos inflamatórios 
bacterianos (eosinofilia tissular). 
 
 Bactérias 
 Observar forma e sua localização com relação as 
células; 
 Infecção x Contaminação: 
 Intra x Extracelular; 
 PMNs degenerados x não degenerados. 
↓ 
Poucas bactérias com localização extracelular com 
leucócitos íntegros (sem cariólise)  Contaminação 
bacteriana secundária; 
Muitas bactérias com localização intracelular, 
leucócitos com degeneração nuclear eosinofílica 
(cariólise) e presença de fagocitose  Infecção 
bacteriana. 
 
Importante: citologia permite identificar a quantidade 
de bactérias, a presença de citoplasma reativo e 
fagocitose. 
 
o Tipos de bactérias 
Cocos: Gram +; 
Pequenos bastonetes: Gram -; 
Bastonetes filamentosos: Nocardia, Actinomyces spp. 
Mycobacterium spp (BAAR): filetes brancos que não se 
coram. Utilizar Ziehl-Neelsen (cora-se de Vermelho – 
imagem negativa). 
Dermatophilus congelensis: bactéria cocóide 
causadora da dermatofitose. Crostas: deixar em 
solução salina para amolecer e fazer esfregaço. 
 
 
 
 
 Fungos 
Geralmente não se coram bem em Romanowsky, 
mas coram melhor do que na coloração de gram., 
porém, não são bem visualizados. A citologia 
mostra sua morfologia: 
 Sporothrix schenkii – estruturas 
leveduriformes, ovaladas (em forma de fuso), 
pleomorfismo; 
 Histoplasma capsulatum (2 a 4 µm) – 
estruturas leveduriformes arredondadas com 
halo claro em volta que permite diferenciá-lo de 
Leishmania, também apresenta pleomorfismos 
 Cryptococcus neoformans (8 a 40 µm) – 
produz grande cápsula de lipopolissacarídeos 
que o isola do SI e não se cora (grande halo 
claro ao redor da estrutura fúngica)  
Tamanho da cápsula varia de acordo com o 
status imune do animal: animal 
imunocompetente = cápsula maior; animal 
imunocomprometido = cápsula menor, pois 
percebe que está sendo muito agredido  
Dificulta a diferenciação de Sporothrix; 
 Dermatófitos; 
 Malassezia sp – fungos em forma de pino de 
boliche ou amendoim, se coram bem com 
Romanowsky, mas não vistos em HE; 
 Pythium insidiosum – causa úlceras em 
equinos  Não se cora bem em HE nem no 
Romanowsky, precisa de uma coloração de 
prata. Geralmente está presente dentro de 
células gigantes (células se unem para 
promover a fagocitose do mesmo) que formam 
um halo branco; 
 Leishmania sp (2 a 4 µm) – formas 
amastigotas não tem halo claro e são 
fagocitadas pelo macrófago. 
 
 Lesões inflamatórios não infecciosas 
Ocorrem devido a: 
o Reação a aplicação de medicamentos 
 Bastante células mononucleares; 
 Número pequeno de linfócitos e de neutrófilos; 
 Material homogêneo e eosinofílico (veículo do 
medicamento); 
 +/- fibroblastos reativos. 
 
o Inflamação por corpo estranho 
Muito parecido com a reação a aplicação: 
 Principalmente macrófagos e neutrófilos; 
 Células gigantes multinucleadas fagocitando o 
corpo estranho; 
 Menor número de linfócitos, plasmócitos e 
eosinofílicos; 
 +/- material refrátil (corpo estranho: mineral, 
resto de parasitos etc.). 
 
o Paniculite 
Lesão do panículo adiposo: 
 Depende da etiologia – inflamatória infecciosa 
(paniculite infectada devido a presença de 
bactérias, fungos) ou não (rompimento de 
adipócitos devido a trauma não perfurante  
paniculite estéril)  Principais causas são as 
aplicações de medicação IM; 
 Principalmente macrófagos e células gigantes 
– macrófagos vacuolizados/espumosos devido 
a fagocitose de adipócitos; 
 +/- células fusiformes reativas; 
 Adipócitos; 
 Lipocistos; 
 +/- neutrófilos, plasmócitos e linfócitos. 
 
o Granuloma eosinofílico 
Maior número de eosinófilos, menor número de 
neutrófilos e macrófagos, e quantidade menor de 
linfócitos e plasmócitos. 
 
o Picada de mosquito 
 
 Doenças autoimunes vesicopustulosa 
O pênfigo é um exemplo clássico da presença de 
pústulas sem uma etiologiainfecciosa. 
Doença acantolítica (pústula neutrofílica e 
acantolítica) onde as junções intercelulares dendríticas 
(desmossomos) são destruídas pelas células 
autoimunes, perdendo a coesão celular, e há infiltração 
de neutrófilos. 
Os queratinócitos não estão ligados mais entre si 
devido a perda da junção celular. 
Importante: quando não responde a antibiótico é 
sugestivo de pênfigo. 
 
o Pênfigo superficial 
Forma vesícula, pústulas e bolhas. 
 Pênfigo foliáceo – pústula não infecciosa; 
 Pênfigo eritematoso – pústula íntegra (células 
acantolíticas, neutrófilos e eosinófilos íntegros). 
Importante: ceratinócitos acantolíticos são 
basofílicos e arredondados, e parecem 
macrófagos, mas são menores. 
o Pênfigo pustular panepidérmico 
 
Importante: quando a pústula se rompe, forma-se 
crosta amarelada (melicérica). 
 
 Ouvido 
Citologia importante na detecção de bactérias, 
fungos e celularidade presente (importante para a 
abordagem terapêutica) e no acompanhamento 
(citologia transterapêutica – ver se a medicação está 
funcionando) das otites externas. Utiliza-se otoscópio 
com swab até o meato acústico. 
o Citologia ouvido externo 
 Canal horizontal; 
 Paciente anestesiado; 
 Otoscopio veterinário; 
 Amostras dos ouvidos esquerdo e direito. 
Importante: ao fixar o material a lâmina com fogo ele 
fica mais aderido, além disso, esse procedimento 
substitui a fixação com álcool que pode levar a perda 
de gordura e estruturas leveduriformes (fungos 
lipofílicos como a Malassezia) durante o exame. 
Também pode-se utilizar o novo azul de metileno, que 
não precisa da fixação em álcool e já cora as estruturas 
diretamente. 
 
 
 
o Bactérias 
Podem ser observadas bactérias cocóides (gram +, 
como estafilococos, estreptococos e enterococcus) e 
bastonetes (gram -, como pseudomonas, proteus e 
coliformes). Importante: seleção a partir de esfregaço 
fino. 
 Supercrescimento x Infecção 
Deve-se observar a celularidade, 
presença/ausência de fagocitose, neutrófilos tóxicos, 
cariólise e bastonetes para diferenciar os dois 
processos  Importante para o tratamento e 
prognóstico. 
Não é comum a presença de neutrófilos no cerúmen 
do ouvido externo de maneira fisiológica, caso encontre 
indica supercrescimento bacteriano/disbiose (precede 
a infecção e é mais fácil de tratar)  Ou seja, alterações 
tóxicas e aumento dos neutrófilos = infecção; sem 
alterações tóxicas e neutrofilia = supercrescimento; 
LEUCÓCITOS NÃO ESTÃO PRESENTES NO 
CANAL AUDITIVO NORMAL! 
Neoplasia refere-se à proliferação celular 
desordenada, autônoma, sem função útil para o 
hospedeiro, que ocorre por alteração de eventos 
moleculares envolvidos na divisão mitótica, proliferação 
e diferenciação celular – mutações espontâneas. 
A pele é o principal órgão de ocorrência de 
neoplasias em cães (30%) e gatos (20%)  placas e 
nódulos, tumores ulcerados ou não. 
É importante diferencias neoplasias (benignas ou 
malignas – pouca inflamação) com origem tecidual de 
processos inflamatórios (podem resultar em displasia 
tecidual) e/ou processos hiperplásicos com o uso de 
exames complementares. 
 
 Classificação das neoplasias 
o Benignas 
 Epitelial – adenomas, papilomas; 
 Mesenquimal – fibroma, lipoma, hemangioma; 
 Células redondas – histiocitoma cutâneo. 
o Malignas 
 Epitelial – carcinoma de células escamosas, 
carcinoma basocelular, adenocarcinomas; 
 Mesenquimal – sarcomas fusocelulares de partes 
moles, hemangiossarcoma; 
 Células redondas – mastocitoma, linfoma. 
 
 Avaliação de células neoplásicas 
Qual tecido e atividade biológica (maligna ou 
benigna): 
 Tumores epiteliais; 
 Tumores mesenquimais (células fusiformes); 
 Tumores de células redondas 
(hematopoiéticas). 
 
 
 
 Tipos de neoplasias 
1. Neoplasias epiteliais (granulares): as células se 
apresentam na lâmina de forma agrupada/coesa. Se for 
de origem glandular, observa-se ácinos. Esfoliam 
durante a obtenção da amostra; 
2. Neoplasias de origem mesenquimal: esfoliam menos 
na obtenção da amostra, celularidade aumenta com a 
malignidade, contorno fusiforme, estrelado, com forma 
de gota. O pleomorfismo celular costuma ser mais 
discreto quando comparado com os tumores de células 
epiteliais. Importante: TVT é considerado neoplasia de 
células mesenquimais; 
3. Neoplasias de células redondas: formados por 
células arredondadas, muito parecidas entre si. Os 
tumores podem ser pouco ou bem diferenciados 
 
Importante: 
 Os tumores menos 
diferenciados/indiferenciados/anaplásicos não 
se parecem com o tecido de origem, o que 
dificulta o diagnóstico cito e histopatológico, 
sendo necessário utilizar PCR ou histoquímica 
para identificar a histogênese do tumor. Além 
disso, tendem a ser neoplasias mais malignas 
(agressivas e metastáticas); 
 Existe um grande número de neoplasias 
mistas, que apresentam mistura de origem 
histogênica (vários tecidos). 
 
 Critérios de malignidade 
 Variações no tamanho e forma das células 
(morfologia), núcleo e nucléolo (anisocitose, 
anisocariose, pleomorfismo); 
 Presença de mitoses (ppt atípicas); 
 Aumento da taxa núcleo:citoplasma (normal 1:3 a 
1:8) 
 Padrão de cromatina – grosseiro, densamente 
organizada. 
Três ou mais critérios nucleares sem inflamação 
↓ 
Sugere malignidade 
 
o Critérios citológicos 
Megacariose, células gigantes, amoldamento nuclear, 
macronucléolos (do tamanho ou maior do que uma 
hemácias – é bom ter contaminação por sangue para 
comparar os tamanhos, ppt nos tumores de célula 
redonda, como linfoma), células grandes com 
cromatina grosseira, nucléolos múltiplos com formas 
irregulares, elevada atividade mitótica (melhor observar 
no exame histológico), elevada atividade mitótica com 
presença de mitoses atípicas. 
CITOPATOLOGIA DAS DOENÇAS NEOPLÁSICAS DA PELE 
 
 Três ou mais critérios em muitas células: indica 
malignidade; 
 1 a 3 critérios: sugere neoplasia maligna ou 
neoplasia benigna ou hiperplasia com 
displasia; 
 < 1 critério de malignidade: sugere neoplasia 
benigna ou hiperplasia, mas não descarta 
malignidade – indicar biópsia (coleta) e 
histopatologia (exame a microscopia de luz). 
 
Importante: algumas neoplasias bem diferenciadas 
possuem pouca atipia. Exemplo: carcinoma de células 
escamosas, onde as células são muito parecidas as 
células normais, dificultando a diferenciação em 
neoplasia maligna ou benigna. 
 
 TUMORES DE CÉLULAS REDONDAS 
 Mastocitoma – originado dos mastócitos. Em cães 
é sempre maligno e em gatos pode ou não ser; 
 Histiocitoma – originado das células de 
Langerhans (geralmente benigno); 
 Linfoma – originado de linfócitos (sempre maligno); 
 Plasmocitoma – originado de plasmócitos 
(geralmente benigno); 
 TVT (tumor venéreo transmissível) – pode ser 
agressivo e metastático, mas responde muito bem 
ao tratamento quimioterápico; 
 Melanoma – alguns autores sempre chamam de 
maligno e a versão benigna de Melanocitoma, 
outros chamam de Melanoma benigno ou maligno; 
 Tumor basocelular. 
Importante: melanoma e tumor basocelular são 
imitadores das células redondas. 
 
 Linfoma 
 Núcleos edentados, lobular; 
 > extensão citoplasma basofílico; 
 Linfoma linfoblástico: linfoblastos (células jovens 
e grandes) – crescem rápido, células arredondadas 
com grande relação núcleo/citoplasma, núcleos 
grandes, binucleação, citoplasma bem basofílico; 
 Linfoma linfocítico: pequenos linfócitos; 
 Linfoma intermediário; 
 Pode ser observado no linfonodo, timo, baço, placas 
de Peyer e pele; 
 > relação núcleo/citoplasma que outros tumores; 
 Forma mais frequente em pequenos animais: 
linfoma nos linfonodos; 
 Importante: diferenciar morfologia para obtenção 
de diferentes prognósticos. 
 
 Mastocitoma 
Quando bem diferenciado é um tumor de muito fácil 
identificação, pois as células são arredondadas e 
possuem muitos grânulos arroxeados (basofílicos) 
no citoplasma (ovo frito com pimenta), além disso 
geralmente uma grande população de eosinófilos o 
acompanham: 
 Citoplasmacom granulação vermelho 
arroxeada; 
 Variável granulação: diferenciação; 
 Grânulos soltos; 
 Variável número de eosinófilos; 
 Anisocitose, anisocariose, pleomorfismo. 
Importante: quando mal diferenciado pode ser 
confundido com linfoma. 
 
 Histiocitoma 
No animal jovem é um tumor que cresce muito 
rápido, preocupando o proprietário, porém costuma 
ser benigno: 
 Neoplasia benigna – proliferação de células 
dendríticas (hiperplasia reativa); 
 Núcleo grande, porém, seu contorno varia 
muito (observando células arredondadas, 
ovaladas etc.), não apresenta grânulos 
(diferencia do mastocitoma bem diferenciado), 
citoplasma azul pálido maior do que o do 
linfoma, tumor externo na forma de botão; 
 Lesão única, cães jovens (3 anos) das raças 
Boxer, Dachshund, Cocker Spaniel, Shetland 
sheepdogs, Bull Terrier; 
 Cabeça, pina e membros. 
 Regressão espontânea. 
 
 Plasmocitoma 
Assusta muito devido aos critérios celulares de 
malignidade (variação de forma e tamanho, 
megacariose, alta relação núcleo:citoplasma, 
cromatina grosseira), mas geralmente é benigno 
(apesar de existirem variações malignas): 
 Células espalhadas com variação morfológica; 
 Citoplasma distinto e basofílico; 
 Halo claro no citoplasma quando o tumor está 
bem diferenciado; 
 Núcleos excêntricos; 
 Células bi ou multinucleadas; 
 Aspecto plasmocitóide  Tumor benigno. 
Importante: de 6-8 lâminas para obter a que for mais 
representativa. 
 
 TVT (Tumor venéreo transmissível) 
Muito frequente, a transmissão se dá por relação 
sexual: 
 Boa esfoliação – o que mais esfolia dentre os 
tumores de células redondas; 
 Pleomorfismo celular – núcleos excêntricos u 
centrais (varia de célula para célula) 
 Citoplasma moderadamente basofílico – ajuda 
a diferencias dos outros tumores extragenitais; 
 Vacúolos citoplasmáticos geralmente 
uniformes e espalhados aleatoriamente nos 
tumores diferenciados; 
 Núcleos redondos e uniformes – geralmente 
excêntricos; 
 1 ou 2 nucléolos proeminentes. 
 
 CÉLULAS EPITELIAIS NORMAIS 
 Células escamosas 
Citoplasma azul claro ou água, poligonais; anucleadas 
ou núcleos picnóticos; coloração anfótera (basofílica ou 
eosinofílica). 
 Células basais 
Núcleos menores, basofílico; citoplasma menor; 
cromatina fina ou leve/e granular. 
 TUMORES EPITELIAIS 
 Esfoliam em grupo; 
 Acinar ou ductal; 
 Células grandes, poligonais, com bastante 
citoplasma; 
 Critérios de malignidade são mais expressos – 
aumento grosseiro da cromatina e pleomorfismo; 
 1 ou + nucléolos grandes. 
Importante: 
 Diferenciar malignidade de displasia da 
inflamação  Na maioria das vezes não é 
possível na cito, precisando do exame 
histopatológico; 
 Lesões neoplásicas ulceradas  Coleta por 
punção no interior da massa (exame mais 
fidedigno para obtenção de celularidade 
compatível com o processe). 
 
 Cistos e tumores foliculares 
Lesões muito frequentes, contorno de células 
epiteliais escamosas bem diferenciadas ou células 
basais (se parecem muito com as células normais): 
 Células epiteliais cornificadas ou basalóides 
com ceratina de vários padrões 
 Dentro dos cistos ou tumores: debris amorfos, 
basofílicos (produto de ceratina com glândula 
sebácea) – deve-se realizar a punção no centro 
da massa; 
 Revestimento do cisto: células escamosas bem 
diferenciadas ou células basais (proliferativas); 
 Cristais de colesterol – cristalizam; 
 Variável inflamação piogranulomatosa – 
aumentam de tamanho e rompem, liberando o 
conteúdo serosebáceo na derme (tecido 
subcutâneo panicular) e atua como corpo 
estranho, causando intensa reação inflamatória 
 Principal causa de abcessos na pele de 
humanos. 
 
 Tumor basocelular 
Muito frequente na medicina veterinária e humana. 
Derivado das células basalóides/germinativas 
(núcleo menor e citoplasma maior). Em humanos é 
um tumor comum em pessoas de pele clara com 
alta exposição ao sol. Tumor maligno em baixo grau 
(diagnóstico cirúrgico e posterior fotoproteção é 
suficiente para curar): 
 Vários tipos de tumores; 
 Celularidade semelhante; 
 Células basalóides uniformes ~ Histiocitoma 
 Em grupo, isoladas ou em fileiras; 
 Células coesas (origem epitelial basocelular) – 
se estiverem soltas podem ser confundidas, 
pois são arredondadas; 
 É comum ocorrer desvios de diferenciação 
para outros tipos celulares como glândulas 
sebáceas (sebócitos). 
 
 Carcinoma espinocelular 
Comum em animais de pelagem clara que ficam 
muito tempo expostos ao sol: 
 Celularidade variável; 
 Células normais a pleomórficas (poligonais) 
com pouco e basofílico citoplasma (presença 
de queratina); 
 Nucléolo único ou múltiplos, proeminentes; 
 Critérios de malignidade – ppt nas células bem 
diferenciadas; 
 Ocasionais vacúolos perinucleares 
(citoplasmáticos); 
 Importante: coleta por raspados da superfície 
ulcerada ou por introdução de agulha 
tangencial no centro da massa. 
 
 TUMORES EPITLIAIS DE GLÂNDULAS 
SEBÁCEAS 
 Adenoma sebáceo 
 Citoplasma amplo e espumoso (vacuolização 
devido a presença de gordura) – tumor de 
aspecto claro (gordura não é corada por 
Romanowsky); 
 Núcleo central ou excêntrico; 
 Diminuição do nucléolo; 
 Células basalóides ocasionais; 
 Tumor externo se assemelha a verruga. 
 
 Epitelioma sebáceo 
Muito frequente em cães, ppt na região cefálica 
(palpebral): 
 Grande número de células basalóides (muito 
núcleo e pouco citoplasma); 
 Núcleos grandes; 
 Pequenos sebócitos maduros, isolados ou em 
grupos; 
 Intermediário entre o carcinoma e adenoma. 
 
 Adenoma hepatóide 
Glândula hepatóide é uma glândula sebácea 
modificada, que fica próximo a região do ânus. 
Muito frequente, levando a hiperplasia chamada de 
lesão em donut. Também pode ocorrer na base da 
cauda ou no prepúcio: 
 Alta celularidade em grupos – tumor epitelial 
(células coesas); 
 Citoplasma amplo e cinza azulado, granular; 
 Benigno – raramente há mitose; 
 Núcleos redondos e uniformes; 
 1 ou + pequenos nucléolos, as vezes maiores; 
 Poucas células da reserva; 
 Pouco ou bem diferenciado 
 
 TUMORES MESENQUIMAIS 
 Tumores compostos por células fusocelulares; 
 Difícil diferenciação entre tipos – muitas vezes o 
exame histopatológico é necessário, mas mesmo 
assim pode ser difícil, sendo necessário outros 
exames  maior dificuldade de definir 
comportamento e histogênese; 
 Avaliar grau de malignidade – difícil, pois a diferença 
entre núcleo e nucléolo é discreta em relação aos 
tumores epiteliais; 
 Células individuais ou agrupadas; 
 Benignos (sufixo “oma”) e malignos (sufixo 
“sarcoma”); 
 Citoplasma fusiforme em cauda; 
 Citoplasma estrelado; 
 Citoplasma pouco definido; 
 Núcleo redondo ou ovalado; 
 Alta malignidade  Tamanho de nucléolo. 
 
 Fibroma 
 Pouca esfoliação (benigno); 
 Células uniformes; 
 Citoplasma longo e fusiforme; 
 Nucléolos pequenos. 
 
 Fibrossarcoma 
 Esfoliam mais do que o fibroma; 
 Menos “spindle”; 
 Células ovaladas (citoplasma com aspecto de 
cauda); 
 Ocasional multinucleação; 
 Atipia nuclear com pouca inflamação – se tiver muito 
inflamação: displasia por inflamação  
Histopatologia confirma; 
 Laudo citopatológico: tumor de células fusiformes 
maligno. 
 
 Lipoma 
Fácil fazer diagnóstico, pois a gordura não se cora 
e a lâmina não seca ao ar: 
 Poucos lipócitos – vê apenas os limites 
citoplasmáticos e núcleo na periferia das 
células; 
 Gordura livre; 
 Núcleo picnótico rechaçado para a periferia 
devido a grande quantidade de gordura; 
 Mais frequente que o Lipossarcoma; 
 Igual citologicamente ao tecido adiposo  
Diagnóstico: anatomoquímico  Punção de 
um nódulo indica linfoma, punção de pele 
normal indica o tecido adiposo normal do 
animal. 
 
 Lipossarcoma 
 Gordura livre; 
 Lipócitos maduros; 
 Lipoblastos (células jovens) – geralmente se 
encontram 1 ou 2 e é o critério para suspeitar de um 
Lipossarcoma bem diferenciado; 
 Lipócitos maduros; 
 Variação populacional. Hemangiopericitoma 
A grande maioria dos casos são células de origem 
perineural  Tumores de bainha de nervo 
periférico. Alteração bastante frequente na região 
dos membros: 
 Esfoliam bem, isoladas ou agrupadas; 
 Células fusiformes a pouca cauda – Tumor 
fusocelular de partes moles; 
 Núcleo redondo a oval; 
 Citoplasma com pequenos vacúolos; 
 Linfócitos ocasionais; 
 PROVA: escrever tumor fusocelular de partes 
moles. 
 
 
 Hemangioma (benigno) 
 Muitas hemácias – originado do endotélio vascular; 
 Tumor de origem actínica (solar); 
 Células ovais, fusiformes ou estreladas; 
 Quantidade moderada de citoplasma, relação 
núcleo citoplasma grande; 
 1 ou 2 pequenos nucléolos; 
 Neutrófilos, plaquetas e macrófagos; 
 Punção não aspirativa para reduzir a contaminação 
por sangue; 
 Lesão que sangra muito, animal anêmico, anemia 
regenerativa. 
 
 Melanoma 
 Originário de melanócitos (benigno) – maligno: 
Melanocitoma; 
 Moderada celularidade; 
 Hemácias; 
 Células individuais ou em grupos; 
 Fusiformes, redondas, ovais, estreladas; 
 Moderado citoplasma; 
 Grânulos marrons a verde escuro; 
 Lesões pigmentadas – as que se originam na pele 
(áreas pilosas) na maioria das vezes são benignas, 
já as que se originam nas junções mucocutâneas, 
cavidade oral e leito ungueal são malignas; 
 Melanócitos se originam na crista neural (mistura de 
tecido epitelial com mesenquimal) – pode ser de 
morfologia redonda (epitelial), fusiforme ou 
poligonais (mesenquimais)  Tumor de aspecto 
misto, bi ou trifásico; 
 Quantidade de pigmento: tumores bem 
diferenciados possuem muito pigmento melânico 
(diagnóstico fácil); 
 Melanomas amelanóticos (sem pigmento) – difícil 
diferenciar dos sarcomas ou carcinomas pouco 
diferenciados (diagnóstico difícil)  Histopatologia 
 Imunohistoquímica.

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