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Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 1 Mecânica dos Solos A Estrutura das argilas PRINCIPAIS GRUPOS DE ARGILOMINERAIS Grupo das caulinitas (alumínio hidratado): Esmectita Alta absorção de água e expansão Cor esverdeada Grupo das montmorilonitas (óxido de ferro): Candita Cor esverdeada Elevada expansão (20x) Bentonita Grupo das ilitas (grupo das micas e rica Si): Caulinita Mica não expansiva Branco acinzentado ou prateado Grupo das cloritas (silicato de magnésio): Clorite Esverdeado (raramente vermelho) Lamelares A CLASSIFICAÇÃO DOS ARGILOMINERAIS DEPENDE Da estrutura cristalina Propriedades semelhantes PRINCIPAIS GRUPOS DE ARGILOMINERAIS Caulinita Ilita Montmorilonita ESTRUTURA DOS ARGILOMINERAIS A estrutura dos argilominerais é constituída, em sua essência, de camadas de sílica e camadas de gibsita (hidróxido de alumínio) A unidade cristalina da sílica é um tetraedro: cujos vértices são ocupados por oxigênio e em cujo centro há um silício A unidade cristalina da gibsita é um octaedro: os vértices são ocupados por hidroxilas e o centro pelo alumínio CAULINITA – ARGILOMINERAL 1:1 Uma camada de tetraedros + uma camada de octaedros Substituição parcial de (OH) por O dos vértices dos tetraedros Ligações de H são fracas, mas fortes o suficiente para evitar a penetração de água entre as unidades estruturais Pequena expansão Difícil dispersão em água Baixa plasticidade Frequentemente as caulinitas são constituídas por 6 unidades estruturais Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 2 MONTMORILONITA – ARGILOMINERAL 2:1 Uma camada de octaedros de gibsita entre duas camadas de tetraedros de sílica O Al dos octaedros são substituídos parcialmente ou total por Mg ou Fe Ocorre substituição excesso de carga (camada interna) Apresentam moléculas de H2O entre as unidades estruturais A água penetra facilmente entre as camadas estruturais: Fácil dispersão na água Grande expansão Alta plasticidade Grande capacidade de absorção de água A estrutura das montmorilonitas caracteriza – se por apresentar moléculas de água entre as unidades estruturais ILITA – ARGILOMINERAL 2:1 Estrutura semelhante à da montmorilonitas, mas com substituição parcial de átomos de Si por Al nos tetraedros Possuem cargas negativas nas superfícies das unidades estruturais: Valências livres nas camadas externas que podem ser neutralizadas por cátion K Permitem entrada de água comportamento ≈ a montmorilonita A unidade estrutural básica das ilitas é a mesma das montmorilonitas: Apenas, nas ilitas, os átomos de silício das camadas de sílica são substituídos parcialmente por alumínio Há, portanto, valências livres nas camadas limítrofes das unidades estruturais, que são neutralizadas por cátions de K, dispostos entre as unidades superpostas Classificação dos solos ORIGEM DOS SOLOS Residuais Transportados/ sedimentares Orgânicos CLASSIFICAÇÃO PEDOLÓGICA Solos zonais Solos intrazonais Solos azonais COM BASE NA TEXTURA Tamanho das partículas CLASSIFICAÇÃO VISUAL E TÁCTIL Exame visual e ensaios simples GEOTÉCNICA SUCS HRB/ AASHTO MCT Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 3 PROPRIEDADES Textura Composição granulométrica Plasticidade Consistência Compacidade Estrutura Forma dos grãos Cor Cheiro Presença de outros materiais TEXTURA E DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Grossos: + 50% dos grãos visíveis a olho nu Areias e pedregulhos A textura pode revelar propriedades físicas Finos: + 50% dos grãos não visíveis a olho nu A textura tem pouca importância CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL A partir da curva granulométrica % passa x diâmetro Frações: Pedregulhos Areia (G, M, F) Silte Argila Ex 1.: Pedregulho = 3% Areia = 52% (g = 3%, m = 6% e f = 46%) Silte = 46% Argila = 2% Areia fina siltosa Ex 2: Pedregulho = 0% Areia = 50% (f e g = 0%) Silte = 23% Argila = 27% Areia média argilo – siltosa CLASSIFICAÇÃO TRILINEAR Utilizada na agronomia e ciência do solo Classificação textural Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 4 Franco implica em predomínio Franco argiloso = predomina argila CLASSIFICAÇÃO HRB/ AASHTO Highway Research Board / American Association State Highway Officials Utilizada no meio rodoviário É função: granulometria, limites e índice de plasticidade ( I P) Solos Grossos (PP#200 < 35%) Grupo A1: solos granulares sem finos Grupo A2: solos granulares com finos Grupo A3: areias finas Solos Finos (PP#200 < 35%) Grupo A4: solos siltosos (baixa compressibilidade LL < 40%) Grupo A5: solos siltosos (alta compressibilidade LL > 40%) Grupo A6: argilas siltosas medianamente plásticas (baixa compressibilidade) Grupo A7: argilas plásticas (alta compressibilidade) Nessa classificação foi adicionado outro parâmetro: IG = índice de Grupo I G define a capacidade de suporte do terreno de fundação de um pavimento Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 5 N° 10 – 2,00 mm N° 40 – 0,425 mm N° 200 – 0,075 mm CLASSIFICAÇÃO SUCS Sistema Unificado de Classificação dos Solos (ASTM, 1983) Sistema idealizado por Arthur Casagrande Inicialmente adotado para classificação de solos para construção de aeroportos (atualmente barragens de solo) Depende: da Granulometria, dos Limites, do Índice de Plasticidade Classificação dos solos: Solos grossos Solos finos Solos orgânicos Cada tipo de solo tem um símbolo e um nome (prefixo e sufixo) Os nomes dos grupos são caracterizados por um par de letras Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 6 Solo orgânico: Norma americana LLseca (amostra em estufa) < 75% LLnat (natural) Colocado em mufla a 440°C – determina – se o teor de matéria orgânica 1 - Válido para material passando na peneira de 75mm abertura 2 – Se a amostra contém seixos e matacões acrescentar “com seixos e matacões”, ao nome do grupo para Pp, 200 entre 5 – 12% exigem símbolo duplo 3 – Pedregulhos 4 – Areias 5 – Se % areia ≥ 15, acrescentar “com areia” 6 – Se finos CL – ML usar símbolo duplo: GC – GH; SC - SH 7 – Se finos são orgânicos, acrescentar “com finos orgânicos” 8 – Se % Pedregulho ≥ 15, acrescentar “com pedregulhos” 9 – Se pontos estão na área hachurada CL – ML (argila – siltosa) 10 – Se Pr, 200: 15 – 29%, por “com areia” ou “com pedregulho” 11 - % pedregulho < 15% acrescentar arenoso 12 - % areia < 15% acrescentar pedregulho 𝐶𝑢 = 𝐷60 𝐷10 13 – Para I P > 4 e pontos sobre ou acima da linha A 14 – Para I P < 4 ou pontos abaixo da linha A 15 – Para pontos sobre ou acima da linha A 16 – Para pontos abaixo da linha A Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 7 Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 8 MCT Nogami e Villibor Estuda de solos tropicais Baseada em propriedades mecânicas e hídricas obtidas de corpos de prova (CP) compactados com dimensões reduzidas Possibilita separar os solos tropicais em duas grandes classes: Os de comportamento laterítico Os de comportamento não lateríticos (saprolíticos) Solos lateríticos: Later = tijolo (latim) Solos superficiais Típicos das partes com boas condições de drenagem das regiões tropicais úmidas Resultantes de uma transformação da parte superior do subsolo pela atuação do intemperismo Solos de comportamento laterítico designados pela letra “L” Solos saprolíticos: sapro = podre (grego) São residuais Resultam da decomposição e/ou desagregação in situ da rocha matriz pela ação das intempéries (chuvas, insolação, geadas) Mantém de maneira nítida a estrutura da rocha que lhe deu origem Solos de comportamento não laterítico (saprolíticos) designados pela letra “N”: Determinação de ensaios: compactação Mini – MCV e perda de massa por imersão ATIVIDADE DA ARGILA – ÍNDICE DE ATIVIDADE Influência da parcela da argila no solo Ela depende do percentual de areia e da composição argilo – mineral 𝐼𝑎 = 𝐼𝑃 % 𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎
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