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04-03 Nexo de causalidade; Teoria da equivalência dos antecedentes; Concausa; Teoria da causalidade adequada.

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cursoagoraeupasso.com.br 
 
 
AGORA EU PASSO! 
1 
 
 
SUMÁRIO 
TEORIA DO CRIME ............................................................................................................................................. 2 
NEXO CAUSAL ................................................................................................................................................ 2 
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES (CONDITIO SINE QUA NON) ......................................... 2 
MÉTODO DA ELIMINAÇÃO ........................................................................................................................ 3 
ELEMENTO SUBJETIVO .............................................................................................................................. 3 
CONCAUSAS ................................................................................................................................................... 4 
CONCEITO .................................................................................................................................................. 4 
CONCAUSAS DEPENDENTES ...................................................................................................................... 4 
concausas independentes ......................................................................................................................... 4 
CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE ........................................................................................ 5 
CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE .............................................................................................. 5 
CONCEITO .................................................................................................................................................. 5 
CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE SUPERVENIENTE QUE POR SI SÓ PRODUZIU O 
RESULTADO................................................................................................................................................ 6 
TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA ...................................................................................................... 8 
 
 
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AGORA EU PASSO! 
2 
 
 
 TEORIA DO CRIME 
 
NEXO CAUSAL 
 
Nexo causal, ou causa, é o vínculo formado entre a conduta praticada por seu autor e o 
resultado por ele produzido. 
 
O art. 13 do Código Penal traz o conceito legal de causa: 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente 
é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou 
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
 
Assim, apresenta-se o esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por exemplo, a conduta de atirar contra a vítima levará ao resultado morte, em razão 
dos disparos (nexo causal). 
 
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES (CONDITIO SINE QUA 
NON) 
 
O Código Penal brasileiro adotou a teoria da equivalência dos antecedentes (sine qua non) 
para definir o conceito de causa (nexo causal). 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente 
é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou 
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
 
Nesse sentido, causa é toda a ação/omissão que leva ao resultado, independente do grau 
de sua contribuição, ou seja, há equivalência dos antecedentes. 
 
CONDUTA RESULTADO 
NEXO 
CAUSAL 
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AGORA EU PASSO! 
3 
 
 
 
 
 
OBS: Percebe-se que a intenção do legislador foi criar um conceito abrangente de causa, 
de forma a gerar responsabilização ampla dos envolvidos. 
 
MÉTODO DA ELIMINAÇÃO 
 
A teoria da equivalência dos antecedentes utiliza o método da eliminação para delimitar 
o que seria causa de um crime. 
 
Para tal método, se a eliminação hipotética de determinado fato levar à inexistência do 
resultado, esse fato será causa do crime. 
 
Da mesma forma, caso o resultado permaneça com a eliminação hipotética, o fato não será 
causa do crime. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: João, antes de deitar e com a intenção de se matar, ingeriu 
veneno. Na mesma noite, José entrou na residência de João e disparou diversos tiros contra a 
vítima. Posteriormente, o exame cadavérico comprovou que a morte ocorreu por 
envenenamento. 
 
No exemplo acima, ao se eliminar, hipoteticamente, a conduta de José (tiro), o resultado 
(morte) ainda teria acontecido, o que leva a conclusão de que sua conduta não é causa do crime. 
 
ELEMENTO SUBJETIVO 
 
A aplicação do método da eliminação leva ao inconveniente retrocesso ao infinito. 
 
Por exemplo, para o método da eliminação, a mãe do assaltante, ao dar à luz, também foi 
causa do crime, já que se eliminado hipoteticamente o seu nascimento, não haveria o assalto. 
 
NEXO 
CAUSAL
Teoria da 
equivalência dos 
antecedentes
Causa é toda 
ação/omissão sem a 
qual o resultado não 
teria acontecido
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AGORA EU PASSO! 
4 
 
 
Aliás, se tal raciocínio for aplicado sucessivamente, Adão e Eva seriam responsáveis por 
todos os crimes já praticados sob a face da Terra. 
 
Para evitar a teratologia no método da eliminação, a teoria da equivalência dos 
antecedentes exige que a conduta tenha como elemento subjetivo dolo ou culpa. 
 
 Com isso, no exemplo acima, ainda que o nascimento do assaltante seja “causa” do assalto, 
sua mãe não seria responsabilizada penalmente, já que não agiu com dolo ou culpa na 
concepção. 
 
CONCAUSAS 
 
CONCEITO 
 
A concausa pode ser definida como um acontecimento/fato paralelo à conduta do agente 
e que contribui para o resultado. 
 
CONCAUSAS DEPENDENTES 
 
A concausa dependente é aquela que decorre da conduta do agente, inserindo-se no curso 
normal do desenvolvimento dos fatos. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” acerta uma facada em “B”. Por conta da facada, “B” sofre 
uma hemorragia interna e morre. 
 
Do exemplo acima, é possível afirmar que a hemorragia é uma concausa dependente da 
facada e que contribuiu para o resultado (morte). 
 
CONCAUSAS INDEPENDENTES 
 
A concausa independente é aquela que foge da linha normal de desdobramento da 
conduta, ou seja, é algo imprevisível, mas que corrobora para o resultado. 
 
As concausas independentes são classificadas em: ABSOLUTAS e RELATIVAS. 
 
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AGORA EU PASSO! 
5 
 
 
 
 
CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE 
 
A concausa absolutamente independente tem a característica de romper o nexo causal, 
tornando-se, portanto, a única responsável pelo resultado. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A”, desejando a morte de “B”, coloca veneno em sua refeição. 
Contudo, antes do efeito do veneno, “B” sai com o carro e morre em um acidente 
automobilístico. 
 
No exemplo acima, percebe-se que o acidente automobilístico é uma concausa 
absolutamente independente ao veneno ministrado por “A”, pois é apto, sozinho, a levar ao 
resultado (morte). 
 
CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE 
 
CONCEITO 
 
A concausa relativamente independente, apesar de externa, origina-se da própria conduta 
do agente. 
 
Em regra, por manter um vínculo com a conduta do agente, a concausa relativamente 
independente não tem a aptidão para romper o nexo causal, como ocorre na hipótese de 
concausa absolutamente independente. 
 
Dessa forma, o agente continua a responder pelo resultado do crime. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” é alvejado por disparo de arma de fogo em região do corpo 
não letal, contudo, vem a falecer de hemorragia em razão de ser portador de hemofilia. 
 
No exemplo apresentado, foi o fato de ser hemofílico que levou à morte de “A”, já que não 
suportou a perda de sangue decorrente da hemorragia. 
CONCAUSA 
INDEPENDENTE
Absoluta
Relativa
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AGORA EU PASSO! 
6 
 
 
 
Porém,a hemorragia (causa da morte) só ocorreu porque “A” sofreu um tiro, ou seja, a 
hemofilia foi uma concausa relativamente independente, pois está associada à lesão sofrida 
com o disparo da arma de fogo. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A”, ao ter uma arma apontada contra si, corre em direção a 
uma avenida muito movimentada, vindo a falecer ao ser atropelado por um veículo. 
 
Nesse caso, a morte foi consequência do atropelamento, mas o acidente só ocorreu porque 
a vítima se assustou, ou seja, há relação direta entre o resultado e a conduta do agente de 
apontar a arma de fogo, sendo, portanto, uma concausa relativamente independente. 
 
CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE SUPERVENIENTE QUE 
POR SI SÓ PRODUZIU O RESULTADO 
 
O art. 13, §1º, do CP apresenta a seguinte redação: 
 
Art. 13, § 1º, do CP – “A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o 
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os 
praticou”. 
 
Como dito anteriormente, nas concausas relativamente independentes, pela aplicação da 
teoria da equivalência dos antecedentes, o agente responde pelo resultado, já que não há 
rompimento do nexo causal. 
 
Contudo, o dispositivo legal acima apresenta uma exceção à teoria da equivalência dos 
antecedentes. 
 
A redação do art. 13, §1º, do CP, é de difícil compreensão, portanto, para facilitar o 
aprendizado, é necessário analisar cada um de seus elementos: 
 
 
ART. 13, 
§1º, DO CP
Concausa 
relativamente 
independente
Superveniente
Por si só produz 
o resultado
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AGORA EU PASSO! 
7 
 
 
 
A concausa relativamente independente já foi objeto do tópico antecedente. 
 
Por outro lado, entende-se por superveniente a concausa que se origina após a conduta 
do agente. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” atira em “B”, contudo, este é socorrido por uma ambulância. 
No trajeto até o hospital, a ambulância se envolve em um acidente e “B” morre em decorrência 
da batida. 
 
No exemplo acima, o acidente automobilístico é posterior, ou seja, superveniente à 
conduta de “A” (tiro). 
 
Por fim, a expressão “por si só produz o resultado” está relacionada à eficiência da 
concausa relativamente independente superveniente de produzir o resultado esperado pelo o 
agente. 
 
Nesse sentido, no exemplo acima, o acidente de trânsito causou a morte da vítima, 
independentemente, do tiro, ou seja, produziu, sozinho, o resultado (morte). 
 
Assim, na situação hipotética, “A” não responderá pela morte de “B” (resultado), mas, 
apenas, pelos atos praticados, ou seja, tentativa de homicídio. 
 
Para não restar dúvidas, vamos para um outro exemplo. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” atira em “B”, contudo, este é socorrido por uma ambulância 
e levado para o hospital. Contudo, em razão de uma infecção hospitalar, “B” vem a falecer. 
 
Da mesma forma do exemplo anterior, temos uma concausa relativamente independente 
e superveniente. 
 
Contudo, nesse caso, a concausa não “produziu por si só o resultado”, pois a infecção 
hospitalar não era capaz de causar a morte, mas isso aconteceu porque a vítima estava 
debilitada em razão do tiro. 
 
Assim, “A” responderá pelo resultado morte, ou seja, por homicídio consumado. 
 
MACETE: Para identificar se a concausa “produziu por si só o resultado”, 
imagine, na situação concreta, um terceiro. 
 
Assim, no caso concreto, se a vítima e o terceiro sofreram o resultado esperado 
pelo agente, a concausa produziu por si só o resultado. 
 
Por exemplo, no caso do acidente com a ambulância, a morte não foi apenas 
da vítima, mas de todos os ocupantes do veículo (ou, pelo menos, poderiam morrer), 
assim, tal fato “produziu por si só o resultado”. 
 
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AGORA EU PASSO! 
8 
 
 
Por outro lado, no caso da infecção hospitalar, a morte atingiu apenas a vítima, 
já que um terceiro, saudável (por não ter tomado um tiro), não teria morrido da 
doença. 
 
Nesse caso, a infecção hospitalar (concausa relativamentemente independente 
superveniente), por si só, não produziu o resultado. 
 
 
TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA 
 
Como dito anteriormente, o Código Penal adota, em regra, a teoria da equivalência dos 
antecedentes. 
 
Contudo, no caso do art. 13, §1º, do CP, foi adotada, excepcionalmente, a chamada teoria 
da causalidade adequada, pois permite que o agente responda apenas pela conduta praticada, 
ao invés do resultado efetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
NEXO 
CAUSAL
Regra: Teoria da 
equivalência dos 
antecedentes
Exceção: Teoria 
da causalidade 
adequada
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