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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL II Prática nº 7: Determinação da ordem de uma reação: método das concentrações em excesso Alunas: Alice Visentini e Tâmie Duarte 09 de outubro de 2019 Santa Maria/RS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... .. 1.1 Lei de Velocidade..................................................................................................... 1.2 Fatores que influenciam a velocidade da reação................................................... 1.3 Método das concentrações em excesso................................................................. .. 2. OBJETIVO................................................................................................................ .. 3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................ 3.1 Equipamentos............................................................................................................... 3.2 Reagentes...................................................................................................................... 3.3 Procedimento experimental........................................................................................ 4. RESULTADOS............................................................................................................... 5. CONCLUSÃO................................................................................................................. Referências.......................................................................................................................... 3 3 3 4 5 5 5 5 5 6 7 8 1. INTRODUÇÃO Os resultados das medidas para a determinação da velocidade de uma reação mostram que as taxas de variação dependem da concentração de reagentes (e, algumas vezes, produtos). É possível representar essa dependência em termos de equações diferenciais conhecidas como leis de velocidade. As soluções dessas equações são utilizadas para prever as concentrações de espécies, em qualquer momento após o início da reação. A forma da lei de velocidade também fornece certa compreensão sobre a série de passos elementares através dos quais uma reação ocorre. A tarefa fundamental neste contexto é a construção da lei da velocidade a partir de um mecanismo proposto e sua comparação com a experiência. Etapas elementares simples, possuem leis de velocidade simples, e essas leis podem ser combinadas em conjunto, utilizando-se uma ou mais aproximações. Entre essas aproximações estão a etapa determinante da velocidade de uma reação, a concentração em estado estacionário de um intermediário e a taxa de equilíbrio de algumas reações.¹ 1.1 Lei de Velocidade Lei de velocidade de uma reação química é uma equação que relaciona a velocidade de uma reação com a concentração dos reagentes elevadas em certos expoentes. Leis de velocidade são equações diferenciais porque a velocidade de uma reação química é a velocidade de variação de desenvolvimento da reação com o tempo. Para solucionar esta complexidade, medidas quantitativas da velocidade da reação utilizam a forma integral da lei de velocidade.² 1.2 Fatores que Influenciam a Velocidade da Reação Superfície de contato: a superfície de contato é diretamente proporcional à velocidade da reação, quanto maior a superfície de contato, maior será a velocidade da reação. Temperatura: maior temperatura maior a velocidade de uma reação, significa dizer que quanto mais alta a temperatura, maior é a energia cinética das moléculas. Catalisadores: substâncias químicas que possuem a característica de ação no processo de aumento da velocidade de uma reação mesmo sem serem consumidas ao logo do processo químico. Concentração dos reagentes: a concentração dos reagentes é diretamente proporcional ao aumento no número de choques efetivos entre suas partículas constituintes, em razão disso, há um aumento na velocidade de reação. Pressão: quando há o aumento da pressão de um sistema gasoso, aumenta-se a velocidade da reação, essa ocorrência deve-se ao fato de que o aumento da pressão diminui o volume, intensificando então, as colisões entre as moléculas.³ 1.3 Método das concentrações em excesso Para se determinar a ordem da reação por esse método, utilizam-se em excesso todos os reagentes, exceto um. Assim, as concentrações dos reagentes em excesso não sofrem variações muito grandes se comparado ao reagente que não está em excesso, com isso, os reagentes que estão em excesso são considerados constantes. 4 Observando a equação cinética de Maucourt-Fissen: Pode-se dizer que sua velocidade equivale a se for realizada em meio ácido, levando em consideração o excesso de iodeto. Com isso, se a reação for de ordem zero com relação ao H2O2, haverá uma relação linear entre o tempo e [H2O2] 0 - [H2O2]; se caso for de primeira ordem haverá a relação linear entre o tempo e ln [H2O2]/[H2O2] 0 ; se caso for de segunda ordem haverá uma proporção entre o tempo e {1/[H2O2]} – {1/[H2O2] 0 }. Determina-se a velocidade dessa reação a partir do tempo de intervalo entre o início da reação e a mudança de coloração da solução. Isso ocorre devido a adição de pequenas quantidades de íons tiossulfato com concentração conhecida, onde o iodo produzido pela reação rapidamente sofre redução e volta para o iodeto através dos íons tiossulfatos. Assim, a reação continua até que o tiossulfato seja completamente convertido em tetrationato. 2. OBJETIVO Determinar experimentalmente a ordem da velocidade da reação utilizando o método das concentrações em excesso. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Equipamentos - Pipeta 2, 5, 10, 20 mL - Becker 200, 250 mL - Cronômetro - Termômetro - Balão 500 mL - Proveta graduada 100, 200 mL - Agitador magnético + íma 3.2 Reagentes - Água destilada - KI 0,1 M - H2SO4 3M - Na2S2O3 0,1 M - Solução de amido - Água oxigenada PA 3.3 Procedimento experimental Em um bécker, se adicionou: 150 mL de água destilada, 20 mL de iodeto de potássio, 10 mL de ácido sulfúrico, 2 mL de tiossulfato de sódio e 3 gotas de amido (solução 1). Agitou-se lentamente e mediu-se a temperatura, na qual estava à 25,3 ºC. O peróxido de hidrogênio PA foi diluído à 3% (3 mL de H2O2 com 97 mL de água destilada) e destes, transferiu-se uma alíquota de 30 mL para uma balão de 500 mL preenchido com água destilada. Do balão de 500 mL, retirou-se 10, 20, 50, 100 e 200 mL para serem adicionados à solução 1, respectivamente, com leve agitação. Assim que adicionados ligou-se o cronômetro para medir o tempo de viragem (mudança de cor da solução de transparente para verde escuro). 4. Resultados Cálculo da quantidade de H2O2 em 3 mL 1,45 g (densidade H2O2) – 1 mL X – 3 mL X= 4,35 g H2O2 Cálculo da concentração de H2O2 34 g (massa molar H2O2) – 1 mol 4,35 g – 0,1279 mol [H2O2] = 0,1279 mol/0,497 L C1 = 0,257 mol/L [H2O2] Para 10 mL de H2O2: C1xV1 = C2xV2 0,257 mol/L x 0,001 L = C2 x 0,192 L (volume total) C2 = 0,001338 mol/L [H2O2] Para 20 mL de H2O2: 0,257 mol/L x 0,002 L = C3 x 0,202 L (volume total) C3 = 0,00254 mol/L [H2O2] Para 50 mL de H2O2: 0,257 mol/L x 0,005 L=C4 x 0,232 L (volume total) C4 = 0,005538 mol/L [H2O2] Para 100 mL de H2O2: 0,257 mol/L x 0,01 L = C5 x 0,282 L (volume total) C5= 0,00911 mol/L [H2O2] Para 200 mL de H2O2: 0,257 mol/L x 0,02 L = C6 x 0,382 L (volume total) C6= 0,01345 mol/L [H2O2] Gráfico cinética da reação: log [H2O2] versus tempo (s) 5. CONCLUSÃO A ordem de uma reação é uma grandezaque pode se determinar a partir de dados experimentais. Para encontrar a ordem de uma reação, devemos adicionar todos os reagentes em excesso, exceto um, que irá determinar a velocidade com que a y = 0,2559x - 3,3511 R² = 0,9844 -3,5 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0 1 2 3 4 5 6 7 lo g[ H 2O 2] Tempo (s) reação ocorre. A partir disso podemos determinar se a reação é de ordem zero, primeira ou segunda ordem, de acordo com a relação linear. O método empregado das concentrações em excesso deduziu que a ordem da reação do consumo de [H2O2] é de primeira ordem, pois o coeficiente de correlação da figura apresentou uma relação linear entre log [H2O2] versus tempo (s) muito próximo à 1. Para o cálculo da constante de velocidade (k) da reação, utiliza-se o valor do coeficiente angular, ou inclinação da reta, onde apresenta o valor de 0,2559 s -1 . Referências [1] ATKINS P.W. E J. DE PAULA. Atkins, Físico-Química. LTC, Rio de Janeiro. 8ª ed. vol.2, 2008. [2] BASTOS, A. C. L. M.; RODRIGUES, E. M. S.; SOUZA, J. O. I. Físico-Química, EditoraUniversitária. UFPA, Belém, 2011. [3] SILVA, C. A. M.; FERREIRA, J. L.; SILVA, M. V. C.; TORRES, P. W. T.; SILVA, R. A. Determinação da Ordem de uma reação: Método das concentrações em Excesso. Universidade Federal do Pará. Belém, 2010. [4] CASTELLAN, G. W. Fundamentos de Físico-Química. Livros Técnicos e Científicos Editora. 1986.
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