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DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA E DO LIVRAMENTO CONDICIONAL

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DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA E DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
Alexis Raizer Guanabens[footnoteRef:0] [0: Graduando em Direito pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí. Código Acadêmico: 33948. E-mail: alexis.guanabes@unidavi.edu.br] 
Djulia Cristina Moretti[footnoteRef:1] [1: Graduanda em Direito pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí. Código Acadêmico: 1012403. E-mail: djuliamoretti@unidavi.edu.br] 
Jane Cristina Santos[footnoteRef:2] [2: Graduanda em Direito pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí. Código Acadêmico: 16668. E-mail: jane.santos@unidavi.edu.br] 
Júlia Mara Mendonça[footnoteRef:3] [3: Graduanda em Direito pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí. Código Acadêmico: 1011819. E-mail: julia.mendonça@unidavi.edu.br] 
Tuany Veronica Assing[footnoteRef:4] [4: Graduanda em Direito pelo Centro Universitário de Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí. Código Acadêmico: 1011839. E-mail: tuany.assing@unidavi.edu.br] 
RESUMO
O presente trabalho acadêmico de Direito Penal II tem por objetivo destacar o estudo da suspensão condicional da pena e do livramento condicional. O trabalho foi fundamentado em um estudo onde apresenta entendimentos doutrinários do Direito Penal Brasileiro, entendimentos jurisprudenciais e texto de lei do ordenamento jurídico brasileiro. 
Palavras-chave: Direito Penal. Suspensão Condicional da Pena. Livramento Condicional.
THE CONDITIONAL SUSPENSION OF THE PENALTY AND CONDITIONAL LAW
ABSTRACT
The present academic work of Criminal Law II aims to highlight the study of the conditional suspension of sentence and conditional release. The work was based on a study that presents doctrinal understandings of Brazilian Criminal Law, jurisprudential understandings and text of law of the Brazilian legal system.
Keywords: Criminal Law. Conditional Suspension of Penalty. Conditional Release
1 INTRODUÇÃO
O objeto do presente trabalho acadêmico da disciplina de Direito Penal II é apresentar de forma informativa os institutos da suspensão condicional da pena e o instituto do livramento condicional no Direito Penal Brasileiro. 
O seu objetivo institucional é a produção do trabalho acadêmico como requisito parcial para a aprovação na fase corrente da graduação em Direito pelo Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí- UNIDAVI- Campus de Rio do Sul. 
O objetivo geral deste trabalho acadêmico é aprofundar o conhecimento sobre a suspensão condicional da pena e do livramento condicional no Direito Penal Brasileiro 
O Método de abordagem a ser utilizado na elaboração desse trabalho de curso será o indutivo; o Método de procedimento será o monográfico. O levantamento de dados será através da técnica da pesquisa bibliográfica. 
Trata o estudo dos institutos da suspensão condicional da pena e do livramento condicional no Direito Penal Brasileiro, apresentando argumentos de doutrinadores e jurisprudências.
 Principia–se, no Capítulo 1, o instituto da suspensão condicional da pena no Direito Penal Brasileiro, apresentando textos legais, entendimentos doutrinários e jurisprudências.
 O Capítulo 2 trata do instituto do livramento condicional no Direito Penal Brasileiro, apresentando textos legais, entendimentos doutrinários e jurisprudências.
O presente trabalho acadêmico da disciplina de Direito Penal II da 3ª fase do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí- UNIDAVI encerrar-se-á com as Considerações Finais nas quais serão apresentados pontos essências destacados dos estudos e das reflexões.
2 DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
A suspensão condicional da pena ou sursis é um instituto pelo qual a execução da pena privativa de liberdade é suspensa sob certas condições, e durante determinado período de tempo, extinguindo-se a pena ao término do prazo.
O instituto da suspensão condicional da pena encontra amparo legal entre os arts. 77 a 82 do CP.
Fernando Capez conceitua o instituto da Suspensão Condicional da Pena como sendo “direito público subjetivo do réu, preenchidos todos os requisitos legais, ter suspensa a execução da pena imposta, durante certo prazo e mediante determinadas condições”. [footnoteRef:5] [5: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral: 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 515.] 
O art. 77 do nosso Código Penal dispõe destas condições:
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:  
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;  
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.  
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. [footnoteRef:6] [6: BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>. Acesso em: 18 jun 2019.] 
Concluindo pela prática da infração penal, o juiz condenará o réu e dará início à aplicação da pena, atendendo ao critério trifásico previsto pelo art. 68 do Código Penal. Se o quantum da pena total aplicada se encontrar nos limites previstos pelo art. 77 do Código Penal, deverá o juiz analisar os requisitos necessários à concessão do sursis.[footnoteRef:7] [7: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, parte geral. 18ª e. Rio de Janeiro: Impetus,2016, p. 756.] 
Se presentes tais requisitos, concederá a suspensão condicional da pena e, na própria sentença condenatória.
A Suspensão Condicional da Pena é mero instrumento alternativo de sanção penal, que tem por objetivo a suspensão da execução da pena privativa de liberdade, mediante compromisso prestado pelo apenado cumprir com as condições estipuladas pelo magistrado, após o preenchimento de determinados requisitos legais, de ordem objetiva e subjetiva, pelo condenado. 
2.1 ESPÉCIES DE SUSPENSÃO CONDICIONAL
Fernando Capez apresenta as quatro espécies de sursis: a) etário; b) humanitário; c) simples e, d) especial.
“Etário é aquele em que o condenado é maior de 70 anos à data da sentença concessiva. Nesse caso, o sursis pode ser concedido desde que a pena não exceda a 4 anos”.[footnoteRef:8] [8: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral: 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 520.] 
Há de se mencionar que este benefício se estende para condenados cujo estado de saúde justifique a suspensão. 
“Humanitário é aquele em que o condenado, por razões de saúde, independentemente de sua idade, tem o direito ao sursis, desde que a pena não exceda a 4 anos, aumentando-se, em contrapartida, o período de prova para um mínimo de 4 e um máximo a 6 anos”. [footnoteRef:9] [9: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral: 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 521.] 
Essa é uma nova modalidade que foi acrescida pela Lei n. 9.714/98, no qual deixa claro em sua redação constante no § 2º do art. 77 que “razões de saúde” podem ser o motivo da concessão do sursis. 
No que dispões a espécie simples de suris, Fernando Capez relatar ser “aquele em que, preenchidos os requisitos mencionados, fica o réu sujeito, no primeiro ano de prazo, a uma condição previstas no art. 78, § 1º do CP”.[footnoteRef:10] [10: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral: 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 521.] 
Esta é a espécie tradicional e mais frequente de suspensão condicional no Direito brasileiro.
Por fim, a quarta espécie se caracteriza como especial, onde “o condenado fica sujeito a condiçõesmais brandas, previstas cumulativamente”. [footnoteRef:11] [11: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral: 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 521.] 
2.2 REQUISITOS E CONDIÇÕES DO SURSIS
As condições da sursis podem ser legais ou judiciais, dizem-se legais aquelas em que a própria lei designa definindo sua natureza e conteúdo[footnoteRef:12]. [12: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, s/p.] 
O condenado deverá submeter-se a limitações e condições para manter a concessão do benefício, nas formas legais e judiciais.
Para sursis simples as condições legais são que o condenado no primeiro ano preste serviços à comunidade art. 46, CP ou submeta-se a limitação de final de semana art. 48 e art. 78 §1ª, do CP) e judiciais podendo a sentença especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e a situação pessoal do condenado art. 79 do CP.
Para sursis especial nas condições legais são que o condenado ao contrário da sursis simples, não se submeta a prestação de serviços para a comunidade ou limitação de fim de semana, sendo a ele atribuídas condições mais brandas que se somam, no primeiro ano do prazo tem a proibição de se ausentar da comarca onde reside sem autorização do juiz e frequentar determinados locais, devendo obrigatoriamente comparecer pessoalmente em juízo mensalmente para informar e justificar suas atividades (Art. 78§2, do CP).
“Além das condições previstas no art. 78, o juiz pode impor outras “desde que adequadas ao fato e situação do condenado””[footnoteRef:13](FRAGOSO,2006) [13: FRAGOSO, Heleno Cláudio. LIÇÕES DE DIREITO PENAL, Parte Geral.17 ºed.Rio de Janeiro: Forense 2006, p.488] 
Os Requisitos objetivos referem-se a natureza e a quantidade da pena (art.77 caput do CP), logo a espécie de pena será privativa de liberdade (detenção, reclusão ou prisão simples (nas contravenções), para a espécie de sursis simples e especial o quantun de pena concreta será igual ou inferior a (2) dois anos, para o sursis etário ou humanitário a pena será igual ou inferior a 4 (quatro) anos, entretanto em crimes ambientais a pena deverá ser igual ou inferior a 3 (três) anos.
Requisitos subjetivos referem-se a necessidade e suficiência da reprovação e prevenção do crime, devendo ser o condenado não reincidente em crime doloso art. 77, II do CP ou seja, réu primário ou reabilitado, tendo a seu favor as circunstâncias judiciais favoráveis art. 59 do CP e o não cabimento ou indicação da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (art.77, III do CP).
2.3 PERÍODO DE PROVA E PRORROGAÇÃO 
Período de prova é o lapso de tempo ou período em que o condenado fica disposto para averiguação do cumprimento das medidas impostas para garantia da sua liberdade.
De acordo com a ideologia proposta por Nucci:
O período de prova em três patamares: a) de 2 a 4 anos para penas que não ultrapassem 2 anos; b) de 4 a 6 anos para penas superiores a 2 anos, que não ultrapassem 4 (sursis etário ou para enfermo); c) de 1 a 3 anos para penas provenientes de contravenções penais. A fixação do prazo, feita acima do mínimo permitido, deve ser devidamente justificada pelo magistrado, sob pena de ser reduzida pelo tribunal.[footnoteRef:14] [14: NUCCI, Guilherme de Souza,CURSO DE DIREITO PENAL vol.1, Parte Geral. Rio de Janeiro: Forense, 2017.p.999] 
 Se o condenado está sendo processado por outro crime ou contravenção penal, considera-se prorrogado, o prazo da suspensão até o julgamento definitivo[footnoteRef:15] [15: JESUS, Damásio. CÓDIGO PENAL ANOTADO. 21 ºed. São Paulo: Saraiva 2012 p.343] 
 Se o réu vir a ser condenado, haverá revogação obrigatória: terá que cumprir a pena que estava suspensa e a nova sanção, caso absolvido o juiz determinará a extinção da pena que se encontrava suspensa.[footnoteRef:16] [16: JESUS, Damásio. CÓDIGO PENAL ANOTADO. 21 ºed. São Paulo: Saraiva 2012 p.343] 
2.4 CAUSAS DE REVOGAÇÃO
O art. 81 do CP elenca as causas de revogação da suspensão condicional da pena.
	Rogério Greco conta:
“Se o condenado já estava sendo processado por outro crime ou se cometeu outro delito após ter iniciado o período de prova da suspensão condicional da pena, tal fato fará com que este seja prorrogado até o julgamento definitivo. Sobrevindo nova condenação por crime doloso, o sursis será revogado, devendo o condenado dar início ao cumprimento de ambas as penas privativas de liberdade. Contudo, se for condenado a uma pena de multa ou, mesmo, a uma pena privativa de liberdade que foi substituída pela pena de multa, entendemos que, mesmo havendo essa nova condenação por crime doloso, tal fato não terá o condão de obrigar a revogação”.[footnoteRef:17] [17: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, parte geral. 18ª e. Rio de Janeiro: Impetus,2016, p. 761] 
 
Em segunda hipótese, Alberto Silva Franco a afirmar que:
"Se prevalece a regra da inconversibilidade da multa, não há como subsistir a frustração de sua execução como causa obrigatória de revogação do sursis de que trata a primeira parte do inciso li do art. 81 do Código Penal. Há, como se percebe, evidente incompatibilidade entre o sistema inovado do art. 51 com o do art. 81, li, em sua primeira parte, não mais se cogitando de 'frustração da execução' como causa de revogação obrigatória do sursis, subsistindo tão somente a parte segunda deste dispositivo que trata da ausência injustificada da reparação do dano."[footnoteRef:18] [18: SILVA FRANCO, Alberto. Código penal e sua interpretação jurisprudencial- Parte geral, v. 1, t. 1, P· 1323.] 
A revogação obrigatória é quando o juiz não tem o poder discricionariedade, sendo esta automática, quando constatado a hipótese de revogação, deve compulsoriamente proferir decisão de revogação do sursis, sendo estas causas elencadas no art. 81, CP.
A revogação facultativa, verificada umas das situações previstas em lei, caberá ao juiz de acordo com as circunstâncias em concreto, proferir decisão revogando o sursis, mantendo-o ou, ainda, prorrogando o período de prova até seu limite máximo, se este ainda não foi o fixado na sentença art. 81, §3ª, do CP.
A possibilidade de vedação que pode ser citada é o Art.44 da Lei n. 11.343/06[footnoteRef:19] sobre o tráfico de drogas, e tem efeito polêmico em âmbito jurídico, muitos destes afirmando que a possibilidade da aplicação da sursis para a modificação da aplicação penal seria sim constitucional. [19: BRASIL, Lei 11.343/06, de 26 de agosto de 2016. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2006. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm >. Acesso em: 24 jun 2019] 
A posição adotada pelo STJ e STF no sentido de considerar a privilegiadora como condição de afastamento da hediondez do crime de tráfico de drogas, torna a aplicação do sistema penal racional e condizente com os princípios constitucionais. Neste sentido, a jurisprudência:
CANCELAMENTO DO ENUNCIADO Nº 512 DA SÚMULA DO STJ.
1. O Supremo Tribunal Federal, no recente julgamento do HC
118.533/MS, firmou entendimento de que apenas as modalidades de
tráfico ilícito de drogas definidas no art. 33, caput e § 1°, da Lei
nº 11.343/2006 seriam equiparadas aos crimes hediondos, enquanto
referido delito na modalidade privilegiada apresentaria "contornos
mais benignos, menos gravosos, notadamente porque são relevados o
envolvimento ocasional do agente com o delito, a não reincidência, a
ausência de maus antecedentes e a inexistência de vínculo com
organização criminosa."
(Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgado em 23/06/2016).
2. É sabido que os julgamentos proferidos pelo Excelso Pretório em
Habeas Corpus, ainda que por seu Órgão Pleno, não têm efeito
vinculante nem eficácia erga omnes. No entanto, a fim de observar os
princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da
isonomia, bem como de evitar a prolação de decisões contraditórias
nas instâncias ordinárias e também no âmbito deste Tribunal Superiorde Justiça, é necessária a revisão do tema analisado por este
Sodalício sob o rito dos recursos repetitivos (Recurso Especial
Representativo da Controvérsia nº 1.329.088/RS - Tema 600).
3. Acolhimento da tese segundo a qual o tráfico ilícito de drogas na
sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é
crime equiparado a hediondo, com o consequente cancelamento do
enunciado 512 da Súmula deste Superior Tribunal de Justiça.[footnoteRef:20] [20: BRASIL. Superior Tribunal de Justiça, PETIÇÃO Nº 11.796 - DF (2016/0288056-2) . Requerente: Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Requerido Superior Tribunal de justiça. Relatora: Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Distrito Federal, 29 de novembro de 2016.DJe 29/11/2016 RJTJRSvol.304p109 RSSTJ vol. 44 p. 13. Disponível em: < https://scon.stj.jus.br/SCON/> Acesso em 24 de jun. de 2019
] 
A Lei 3688/1941 art. 11, permite o benefício quando reunidas as condições estabelecidas no art. 77, CP. No tocante a execução, causas de revogação e prorrogação, dentre outras aplica-se os mesmos dispositivos do Código Penal, em razão de não haver regramento especial. Desta forma, a jurisprudência:
Processo: 0004362-60.2015.8.24.0039 (Acórdão)
Relator: Sidney Eloy Dalabrida
Origem: Lages
Orgão Julgador: Quarta Câmara Criminal
Julgado em: 21/06/2018
Classe: Apelação Criminal
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. CONTRAVENÇÃO PENAL DE VIAS DE FATO. INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA (ART. 21 DO DECRETO-LEI N. 3.688/41, C/C ART. 7º, INCISO I, DA LEI N. 11.340/06). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
PRETENDIDO O AFASTAMENTO DA APLICAÇÃEXCLUSIVA DA PENA DE MULTA. ACOLHIMENTO. VEDAÇÃO EXPRESSA CONTIDA NO ART. 17 DA 
LEI N. 11.340/06. ADEQUAÇÃO PARA PRISÃO SIMPLES. CONCESSÃO DE SURSIS, NOS TERMOS DO ART. 77 DO CP.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.[footnoteRef:21] [21: BRASIL. Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Apelação Criminal n. 0004552-10.2015.8.24.0011. Relator: Desembargador Sidney Eloy Dalabrida, Lages, 15 de março de 2018. TJ-SC - APR: 00045521020158240011 Brusque 0004552-10.2015.8.24.0011 Disponível em <https://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/557121527/apelacao-criminal-apr-45521020158240011-brusque-0004552-1020158240011> Acesso em: 24 de jun. de 2019] 
3 LIVRAMENTO CONDICIONAL
Nos ensinamentos de Fernando Capez, o livramento condicional incide na execução da pena privativa de liberdade, consiste em uma antecipação provisória da liberdade do condenado, satisfeitos certos requisitos e mediante determinadas condições[footnoteRef:22]. [22: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral: 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 531.] 
Rogério Greco corrobora no mesmo sentido:
 Durante o cumprimento de sua pena, o condenado poderá fazer jus a uma série de benefícios legais, podendo destacar-se, dentre eles o livramento condicional. Como medida de política criminal, o livramento condicional permite que o condenado abrevie sua reinserção no convívio social, cumprindo parte da pena em liberdade, desde que presentes os requisitos de ordem subjetiva e objetiva, mediante o cumprimento de determinadas condições.[footnoteRef:23] [23: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, parte geral. 18ª e. Rio de Janeiro: Impetus,2016, p. 767. ] 
O livramento condicional é a etapa final da execução da pena privativa de liberdade[footnoteRef:24] que permite a desinstitucionalização, ou seja, o cumprimento fora do cárcere sob determinadas condições[footnoteRef:25]. [24: LYRA, Roberto. Comentários ao Código Penal. 03 ed. v. II. Rio de Janeiro: Forense, 1955, p. 274.] [25: BUSATO, Paulo César. Direito Penal: parte geral. 01 ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 957.] 
	Deve-se distinguir o sursis do livramento condicional, o livramento condicional exige o início da pena privativa de liberdade. Atingindo posteriormente, o direito de cumprir o restando em liberdade. No sursis o condenado não inicia o cumprimento da pena imposta a ele, a execução da pena torna-se suspensa. 
O pedido de livramento condicional deverá ser dirigido ao juiz da execução, que, depois de ouvidos o Ministério Público e o Conselho Penitenciário, deverá concedê- lo, se presentes os requisitos do art. 83, incisos e parágrafo único do Código Penal.
O art. 83, incisos e parágrafo único do Código Penal traçam os requisitos necessários à concessão do livramento condicional, sendo possível dividir em espécies, tais como a comum ou ordinário (art. 83, II, CP); especial (art. 83, I, CP); e extraordinário (art. 83, V, CP). 
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:   
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;  
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;         III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;   
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;     
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.           
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir.[footnoteRef:26] [26: BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>. Acesso em: 19 jun 2019.] 
3.1 REQUISITOS
Os requisitos para a concessão do livramento condicional são classificados em objetivos, subjetivos e específicos. Estes, referentes à pena que haverá de ser imposta, assim como com a reparação do dano causado pela prática delituosa. Aqueles, referentes à própria pessoa do condenado.
3.2.1 Objetivos
Cezar Roberto Bitencourt apresenta os seguintes requisitos objetivos: a) Natureza e Quantidade da pena, b) Cumprimento de parte da pena, c) Reparação do dano causado, salvo impossibilidade de fazê-lo.
“Quantidade da pena tal como ocorre com a suspensão condicional, somente a pena privativa de liberdade pode ser objeto do livramento condicional.” [footnoteRef:27] [27: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 302.] 
Esse instituto somente poderá ser concedido à pena privativa de liberdade igual ou superior a dois anos (art. 83 do CP).
As penas privativas de liberdade, ainda que somadas, que não atingirem o mínimo de dois anos e que não puderem se beneficiar com outras alternativas, tampouco poderão se beneficiar como livramento condicional, devendo ser cumpridas integralmente.
“Cumprimento de parte da pena, para fazer jus ao livramento condicional, o apenado deve, obrigatoriamente,cumprir uma parcela da pena aplicada.” [footnoteRef:28] [28: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 302-303.] 
Os não reincidentes em crime doloso e com bons antecedentes deverão cumprir mais de um terço da pena imposta, e o reincidente mais da metade.
 	Reparação do dano causado, um dos efeitos da condenação é a obrigação de reparar o dano causado pela infração penal(art. 91, I, do CP). [footnoteRef:29] [29: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 303.] 
3.2.2 Subjetivos
“Referem-se à pessoa do condenado, pois é pressuposto básico do livramento condicional que o liberado reingresso na sociedade livre em condições de tornar-se membro útil, produtivo e em reais condições de reintegrar-se socialmente.”[footnoteRef:30] [30: BITENCOURT,Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 303.] 
Na mesma linha de raciocínio, Bitencourt corrobora apresentando os seguintes requisitos subjetivos: bons antecedentes, comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho atribuído e aptidão para o trabalho. [footnoteRef:31] [31: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 303.] 
a) Bons antecedentes:
Devem ser considerados como antecedentes, para essa finalidade, aqueles fatos ocorridos antes do início do cumprimento da pena, mesmo que tenham ocorrido após o fato delituoso que deu origem à prisão. 
b) Comportamento satisfatório durante a execução:
Refere-se à conduta do condenado durante a execução da pena, sua relação com os demais presos, o efetivo cumprimento de suas obrigações. Bitencourt define:
 “A boa conduta foi aqui imaginada como indício de readaptação social, mas é bastante claro que o comportamento do condenado no ambiente carcerário pode não ter qualquer relação com a sua recuperação social. Trata-se de ambiente autoritário e anormal, que deforma a personalidade.” [footnoteRef:32] [32: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 304.] 
c) Bom desempenho no trabalho:
“Esse requisito, preocupa-se com o desenvolvimento da capacidade do indivíduo de autogerir-se, aptidão que lhe será indispensável na vida livre.” [footnoteRef:33] [33: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 304.] 
d) Aptidão para prover a própria subsistência com trabalho honesto:
Requisito este, que é uma continuação do anterior. Avalia-se o desenvolvimento obtido no trabalho durante a fase de execução, pode-se chegar a conclusões sobre as condições do sentenciado para a subsistência de sua família mediante atividade lícita.[footnoteRef:34] [34: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 304.] 
3.3 CONDIÇÕES
 Ao analisar o pedido de livramento condicional, o condenado deve preencher os requisitos objetivos e subjetivos que estão previstos no art.83 do Código Penal
3.3.1 Condições Legais Obrigatórias
	Há duas espécies de condições do Livramento Condicional. As condições legais obrigatórias e as condições judiciais facultativas.
	O Art. 132, LEP § 1º  apresenta em sua redação as condições obrigatórias/legais: 
Art.132. Deferido o pedido, o juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste[footnoteRef:35] [35: BRASIL. LEP - Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984. Lei de Execução Penal.l. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso em: 19 jun 2019.] 
3.3.2 Condições Judiciais Facultativas
No parágrafo §2°, estão elencadas as condições facultativas/judiciais.
§2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não freqüentar determinados lugares.[footnoteRef:36] [36: BRASIL. LEP - Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984. Lei de Execução Penal.l. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso em: 19 jun 2019.] 
3.4 CAUSAS DE REVOGAÇÃO E SUSPENSÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
“Para que a imposição de condições não se tornasse inócua era indispensável que fossem dotadas de coercibilidade: o descumprimento das mesmas pode levar à revogação da liberdade conquistada.”[footnoteRef:37] [37: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 306.] 
As causas de revogação estão completamente integradas ao sistema progressivo, do qual o livramento condicional, constitui última etapa, e assim, pode determinar a regressão do liberado, levando-o a cumprir a pena em regime mais rigoroso. Nas hipóteses de revogação facultativa, o liberado deve ser ouvido antes da revogação, refere-se à condenação, por crime ou contravenção a pena que não seja privativa de liberdade. Nas causas de revogação obrigatória (decisão condenatória irrecorrível) previstas no art. 86, é desnecessária e inócua a ouvida do liberado.  
Bitencourt discorre sobre o tema:
“Embora nosso ordenamento jurídico preveja a revogação somente quando houver condenação irrecorrível, admite, contudo, a “suspensão do exercício do livramento”(art. 145 da LEP). Essa suspensão não se confunde com a revogação, porque esta é definitiva e aquela é provisória, e ficará no aguardo da decisão final sobre o novo crime, que, se for condenatória, aí, sim, determinará a obrigatória revogação do benefício.”[footnoteRef:38] [38: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 307.] 
A terceira seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou a Súmula nº 441, que consagrou esse entendimento: “ A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.”[footnoteRef:39] [39: BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 441. Terceira Seção. 2010.] 
De acordo com esta ideia, a jurisprudência referida:
HC 169414 / SP - SÃO PAULO
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. EDSON FACHIN
Julgamento: 28/03/2019
 Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática, proferida no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, que, no HC 499.885/SP, indeferiu o pedido liminar.
 Narra o impetrante que: a) o paciente foi condenado pela prática dos delitos previstos nos arts. 33, caput, da Lei 11.343/06 e 12 da Lei 10.826/03, na forma do art. 69 do Código Penal, à pena de 05 (cinco) anos de reclusão e 01 (um) ano de detenção,
em regime fechado; b) o regime foi alterado para o semiaberto, em 20.03.2018; c) em razão de cometimento de falta grave, foi imposto novamente o regime fechado, em 26.07.2018; d) diante do pedido de livramento condicional realizado pela defesa, o Juízo da Execução Penal requisitou cópia do procedimento disciplinar referente à falta grave, que até a presente data não foi juntada aos autos; e) foi determinado o sobrestamento do feito até o julgamento da falta disciplinar; f) a falta grave não interrompe o prazo para a concessão de livramento condicional, conforme preceitua a Súmula 441 do STJ; g) considerando o período em que permaneceu segregado, o paciente já cumpriu os requisitos objetivos para a concessão do benefício. À vista dos argumentos acima, pugna pela superação da Súmula 691/STF, a fim de “deferir ao paciente o ingresso ao Livramento Condicional”. É o relatório. Decido.[footnoteRef:40] [40: BRASIL. Supremo Tribunal Federal, Habeas Corpus n. 0019681-03.2019.1.00.0000. Relator: Ministro Edson Fachini, São Paulo. 23 de março de 2019.. STF-SP. Disponível em <http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudenciaDetalhe.asp?s1=000403619&base=baseMonocraticas> Acesso em: 24 de jun. de 2019.] 
3.5 EFEITOS DE NOVA CONDENAÇÃO 
Para melhor compreensão recomenda-se que se dividam em quatro hipóteses os efeitos da condenação: 
1)Condenação irrecorrível por crime praticado antes do livramento, “a revogação ocorre por circunstâncias alheias ao seu procedimento e  ao uso que fez da liberdade provisoriamente conquistada.” [footnoteRef:41] [41: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 308.] 
2) Condenação irrecorrível por crime praticado durante o livramento condicional “é o resultado do fracasso da tentativa de possibilitar ao apenado o retorno antecipado ao convívio social.”[footnoteRef:42] [42: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 308.]3) Descumprimento das condições impostas “só haverá uma pena, a que estava sendo cumprida e que fora suspensa.” [footnoteRef:43] [43: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 308.] 
4) Condenação por contravenção penal “também poderá levar à revogação do livramento (art. 87 do CP), terá os mesmos efeitos que a revogação decorrente do descumprimento das condições.” [footnoteRef:44] [44: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 308.] 
3.6 PRORROGAÇÕES DO LIVRAMENTO E EXTINÇÃO DA PENA
O art. 90 do Código Penal e o art. 146 da Lei de Execução Penal afirmam que, se até o término do período de provas o livramento condicional não tiver sido revogado, considerar-se-á extinta a pena privativa de liberdade. 
Bitencourt se posiciona sobre:
Os doutrinadores têm sustentado que haverá prorrogação do livramento, enquanto estiver correndo processo por crime cometido durante a vigência daquele. Esclarecem, imediatamente, que se prorroga somente o período de provas, até decisão final, que, se for condenatória, revoga o livramento.” [footnoteRef:45] [45: BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 309.] 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objeto central o estudo dos institutos da suspensão condicional da pena e o instituto do livramento condicional no Direito Penal Brasileiro
O primeiro capítulo do presente estudo aborda de forma informativa a suspensão condicional da pena, apresentando conceitos doutrinários, características, suas espécies bem como jurisprudências. 
Dado o segundo capítulo, onde se identificou de forma informativa o instituto do livramento condicional apresentando conceitos doutrinários, características, suas espécies bem como jurisprudências. 
Denotou-se no presente estudo acadêmico a importância dos supra institutos no ordenamento jurídico brasileiro, no que pesa no direito penal.
De fato o sursis do livramento condicional são grandes e importantes institutos do direito penal brasileiro. 
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, 17° ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. 
BRASIL, Lei 11.343/06, de 26 de agosto de 2016. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2006 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm 
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 441. Terceira Seção. 2010. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça, PETIÇÃO Nº 11.796 - DF (2016/0288056-2) disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/
BRASIL. Supremo Tribunal Federal, Habeas Corpus n. 0019681-03.2019.1.00.0000. Relator: Ministro Edson Fachini, São Paulo. 23 de março de 2019.. STF-SP. Disponível em <http://stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudenciaDetalhe.asp?s1=000403619&base=baseMonocraticas> 
BRASIL. Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Apelação Criminal n. 0004552-10.2015.8.24.0011. Disponível em: https://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/557121527/apelacao-criminal-apr-45521020158240011-brusque-0004552-1020158240011
BUSATO, Paulo César. Direito Penal: parte geral. 01 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol 1, parte geral. 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. LIÇÕES DE DIREITO PENAL, Parte Geral.17 ºed.Rio de Janeiro: Forense 2006
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, parte geral. 18ª e. Rio de Janeiro: Impetus, 2016.
JESUS, Damásio. CÓDIGO PENAL ANOTADO. 21 ºed. São Paulo: Saraiva 2012
LYRA, Roberto. Comentários ao Código Penal. 03 ed. v. II. Rio de Janeiro: Forense, 1955.
NUCCI, Guilherme de Souza, CURSO DE DIREITO PENAL vol.1, Parte Geral. Rio de Janeiro: Forense, 2017
SILVA FRANCO, Alberto. Código penal e sua interpretação jurisprudencial- Parte geral, v. 1, t. 1.

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