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Caso Concreto 10 – Prática Jurídica AO JUÍZO DA ___ VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP Processo nº xxx Juliana Flores, brasileira, solteira, empresária, residente e domiciliada na rua Tulipa 333, Campinas/SP, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, movida por Suzana, já qualificada nos autos, vem, por meio de seu advogado (art 77, V CPC), oferecer CONTESTAÇÃO, pelos seguintes motivos de fato e de direito: DAS PRELIMINARES: (1) Dilatória / (2) peremptória DA ILEGITIMIDADE PASSIVA A parte ré deixou a diretoria do orfanato Semente do Amanhã em 2013 e, portanto, não pode ser considerada como titular do direito material envolvido na presente ação. Por configurar como parte ilegítima, existe carência na ação e, dessa forma, requer o acolhimento da preliminar e, por seguinte, a citação da autora, na forma do art 338 CPC, para apresentar sua réplica, sob pena da extinção do processo sem resolução do mérito, conforme art 337,XI c/c art 485, VI, CPC. DA COISA JULGADA A 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas, em 10 de abril de 2015, já julgou improcedente uma ação idêntica a essa, com mesmas partes, causa de pedir e pedido, configurando, portanto, coisa julgada material. Dessa forma, requer a extinção da presente sem resolução do mérito, na forma do art 337, VII c/c art 485, V, CPC. DA DECADÊNCIA Pelo tempo entre a cessação da coação e a propositura da ação ter sido superior ao prazo legal de 4 (quatro) anos, houve a decadência do direito da autora, conforte art 178, II, CPC. Por esse motivo, deve a ação ser extinção com resolução do mérito, na forma do art 487, II CPC. DA BREVE SINTESE DA INICIAL Suzana, no dia 18 de março de 2012, doou o sítio, localizado na rua Melão 121, Ribeirão Preto/SP, com valor de mercado de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), para o orfanato Semente do Amanhã. Entretanto, a parte autora alega que o negócio jurídico realizado ocorreu devido a coação que sofreu da sócia majoritária e presidente da empresa em que laborava, XYZ Ltda, que, na época, também era diretora do orfanato. Devido as constantes abordagens e com medo de ser demitida de seu emprego, doou o seu imóvel de menor valor. DO MÉRITO A doação realizada pela parte autora ao orfanato Semente do Amanhã foi feito por mera vontade dela, podendo, esse fato ser comprovado através da oitiva dos funcionários do orfanato. Além disso, cabe ressaltar que, apensar do medo da demissão, foi a própria autora quem pediu o seu desligamento, em abril de 2012, a fim de ingressar em um trabalho melhor. Dessa forma, a ré nega o fato constitutivo do direito da autora, pois só existe coação nos casos de temor de dano iminente a sua pessoa, família ou bens, o que não ocorreu no caso concreto, conforme art 151, CC. DO PEDIDO Diante o exposto, a ré requer: (a) Seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva, intimando-se a autora para se manifestar em 15 (quinze) dias, sob pena de extinção; (b) Seja acolhida a preliminar de coisa julgada; (c) Seja reconhecida e pronunciada a decadência do direito da autora, extinguindo-se o processo com resolução do mérito; (d) Ultrapassada as preliminares, que sejam julgados improcedentes todos os pedidos da autora; (e) Seja a autora condenada nos ônus de sucumbência. DAS PROVAS Protesta pela produção de todos os tipos de provas em direito admitidas, na forma do artigo 369, do Código de Processo Civil. Nestes Termos, Pede Deferimento. Local e Data Advogado OAB/UF n.º
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