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Livro do professor Livro didático 4 5 Plano cartesiano e funções 29 6 Probabilidade 55 Triângulos 2 9o. ano Volume 2 Matemática Livro do professor Pla fun Pro ©S hu tte rst oc k/B ian ca rdi 4 1. Quais as características da sombra formada pelo gnômon ao longo do dia? 2. Traçando um segmento de reta da extremidade da vara até a extremidade da sombra, qual a figura formada? 1 Comentário. 2. Um triângulo retângulo. © Sh ut te rs to ck /D en is La rk in 2. Um triângulo retângulo. © Sh ut te rs to ck /D en is La rk in O relógio de sol apresentado na foto tem no gnômon a sua ideia original. Na forma mais simples, um gnômon consiste apenas em uma vara fincada no chão. Provavelmente foi o mais antigo instrumento astronômico construído pelo homem. A sombra projetada era suficiente para “marcar o tempo”, como indicado na figura ao lado. Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 1. Ao amanhecer e entardecer, a sombra projetada é maior. Próximo ao meio-dia, a sombra se torna me- nor porque o Sol encontra-se mais alto, afastado da linha do horizonte. 2 Triângulos 3 2 Curiosidade sobre o teorema de Pitágoras. Após o estudo deste capítulo, espera-se que você conheça e obtenha as relações métricas em um triângulo retângulo, entre elas o teorema de Pitágoras, e as razões trigonométricas seno, cos- seno e tangente. Além disso, você deverá resolver situações-problema em contextos variados que envolvam essas relações. Objetivos Teorema de Pitágoras Você viu na abertura deste capítulo que o uso de um gnômon e do triângulo retângulo foi fundamental na construção de relógios de sol. Na verdade, o conhecimento sobre triângulos e, em especial, propriedades do triângulo retângulo auxiliou em várias necessidades da sociedade, desde épocas antigas até os dias atuais. Neste capítulo, você conhecerá um pouco mais sobre essa importante figura geométrica. Os lados de um triângulo retângulo têm nomes especiais: • AB e BC são os catetos. São os lados que formam o ângulo reto. • AC é a hipotenusa. É o lado oposto ao ângulo reto. A hipotenusa é sempre o maior dos lados de um triân- gulo retângulo. Agora, você vai estudar um teorema muito útil para a Matemática: o teorema de Pitágoras. Pitágoras nasceu em Samos, ilha que pertenceu à Grécia, por volta de 572 a.C. Em Crotona, ele fundou a Escola Pitagórica, que era um centro de estudos de Filosofia, Ciências da Natureza e Matemática. Pitágoras é lembrado até hoje pelo teorema que leva seu nome e que estabelece uma relação entre as medidas dos lados de um triângulo retângulo. • Pitágoras de Samos © Sh ut te rs to ck /E ve re tt Hi st or ic al Cateto Hipotenusa Cateto A C B BNCC_SPEmatEF92LA_I004 9o. ano – Volume 24 3 Sugestão de encaminhamento. Vamos descobrir qual é essa relação. Vocês precisarão de lápis, régua, lápis de cor, tesoura e cola. a) Na página 1 do material de apoio, observem a figura, formada por um triângulo retângulo e por quadrados construídos sobre seus lados. b) Utilizando simetria de reflexão, desenhem a imagem do quadrado maior, considerando a hipotenusa do triângulo como o eixo de simetria. Apaguem as linhas que ficarem fora dos quadrados menores. Com isso, o quadrado me- nor ficará dividido em duas partes, e o quadrado médio, em três. Pintem cada uma dessas partes de uma cor. Ve- jam um modelo de como deve ficar. Vocês podem esco- lher outras cores, claro! c) Recortem as cinco partes coloridas e também o quadrado maior. Depois, tentem recobrir o quadrado maior usando as cinco partes coloridas. d) Qual a relação entre a área do quadrado maior e as áreas dos outros dois quadrados? A área do quadrado maior é a soma das áreas dos outros dois quadrados. e) Chamando a medida da hipotenusa do triângulo retângulo de a, qual é a área do quadrado maior? A área do quadrado maior é a2. f) Chamando as medidas dos catetos de b e c, quais as áreas dos quadrados menores? As áreas dos quadrados menores são b2 e c2. g) Com base nas respostas anteriores, escreva uma relação que envolva a medida da hipotenusa e as medidas dos catetos. a2 = b2 + c2 Essa relação é conhecida como teorema de Pitágoras. Em um triângulo retângulo qualquer, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos. a c b a b c2 2 2� � Matemática 5 4 Comentários Matemática em detalhes ROSA, Euclides. Mania de Pitágoras. Disponível em: <http://www.rpm.org.br/cdrpm/74/6.html>. Acesso em: 23 jul. 2018. Elisha Scott Loomis, professor de Matemática em Cleveland, Ohio (Estados Unidos), era realmente um apaixonado pelo Teorema de Pitágoras. Durante 20 anos, de 1907 a 1927, colecionou demonstrações desse teorema, agrupou-as e as organizou num livro, ao qual chamou The Pythagorean Proposition (A Proposição de Pitágoras). A primeira edição, em 1927, continha 230 demonstrações. Na segunda edição, publicada em 1940, esse número foi aumentado para 370 demonstrações. Veja, por exemplo, um triângulo retângulo cujos lados medem 3 cm, 4 cm e 5 cm. 35 4 Note que os quadrados construídos sobre os catetos têm 9 e 16 quadradinhos de 1 cm2 cada, ou seja, o menor tem área de 9 cm2, e o outro, 16 cm2. O quadrado construído sobre a hipotenusa tem área de 25 cm2. Assim, a área do quadrado construído sobre a hipotenusa é a soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos. 52 = 32 + 42 ac b a: medida da hipotenusa b: medida de um cateto c: medida do outro cateto Veja que existem centenas de demonstrações do teorema de Pitágoras. Entre essas inúmeras maneiras de demonstrá-lo, vamos analisar uma baseada no cálculo de áreas de figuras geométricas planas. Consideremos o triângulo retângulo da figura seguinte: 4 Comentários. Uma demonstração do teorema de Pitágoras Observe o quadrado ABCD, dividido em quatro triângulos retângulos cujos catetos medem b e c e em um quadrado cujos lados medem a. Podemos determinar a área do quadrado ABCD somando as áreas dos quatro triângulos retângulos e do quadrado. Área do quadrado MNPQ = a2 Área de cada triângulo retângulo = b c 2 Assim: 2 b cÁrea do quadrado ABCD a 4 2 2Área do quadrado ABCD a 2bc B A M b c C D P b c Nc b Qb c a a a a 9o. ano – Volume 26 Agora, observe o quadrado EFGH, dividido em quatro triângulos retângulos cujos catetos medem b e c e em dois quadrados, um com lados de medida b e outro com lados de medida c. A área do quadrado EFGH é a soma das áreas dos quatro triângulos retângulos e dos dois quadrados. Área do quadrado FRVU = b2 Área do quadrado VSHT = c2 Área de cada triângulo retângulo = b c 2 Assim: 2 2 b cÁrea do quadrado EFGH b c 4 2 Área do quadrado EFGH = b2 + c2 + 2bc Olhe com atenção para os quadrados ABCD e EFGH. Como eles são idênticos, podemos escrever a seguinte igualdade: 2 22 Área do quadrado EFGHÁrea do quadrado ABCD a 2 b 2b c cc b a b c2 2 2�� �� Portanto, em um triângulo retângulo qualquer, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos. 1. Em cada item são apresentadas as medidas dos lados de um triângulo retângulo. Circule a medida da hipotenusa. a) 6 cm 8 cm 10 cm b) 24 cm 26 cm 10 cm c) 13 cm 2 cm 3 cm Atividades 5 Gabaritos. RF E G c U T H b c b b c b c c S b b cV Matemática 7 3. Com o teorema de Pitágoras, pode-se verificar se um triângulo é retângulo ou não. Por exemplo, um triângulo cujos lados medem 5 cm, 12 cm e 13 cm é retângulo, mas um com lados de medidas 3 cm, 5 cm e 6 cm não é. Veja os cálculos que mostram isso. 13 5 12 169 25 144 169 169 2 2 2� � � � � ( )verdadeiro 6 3 5 36 9 25 36 34 2 2 2� � � � � ( )falso Em cada item, são dadas as medidas dos lados de um triângulo. Assinale quais deles são triângulos retân- gulos. a) ( X ) 15 cm, 20 cm e 25 cm b) ( ) 4 cm, 5 cm e 6 cm Não é um triângulo retângulo. c) ( ) 12 cm, 16 cm e 21 cm Não é um triângulo retângulo. d) ( X ) 45 cm, 27 cm e 36 cm4. Na figura a seguir, a área do quadrado amarelo é de 64 cm2 e a área do quadrado verde é de 16 cm2. Qual é a área do quadrado azul? Como 252 = 152 + 202, é um triângulo retângulo. Como 452 = 272 + 362, é um triângulo retângulo. x 12 cm 9 cm Como o triângulo é retângulo, as medidas satisfazem o teorema de Pitágoras. x x x 2 2 2 2 2 9 12 81 144 225 � � � � � Portanto, x 225 15. A medida da hipotenusa é 15 cm. C A B • A área do quadrado construído sobre a hipotenusa é a soma das áreas dos qua- drados construídos sobre os catetos. Chamando de A a área do quadrado azul, temos: 64 16 64 16 48� � � � � � �A A A • Se a área do quadrado amarelo é 64 cm2, a medida do seu lado é 8 cm. Se a área do quadrado verde é 16 cm2, a medida do seu lado é 4 cm. Então, por Pitágoras, a medida do lado do quadrado azul é: 2. No triângulo retângulo da figura, determine o valor de x. 5. Em cada item, determine a medida x. a) √—61 cm 6 cm x b) 12 cm 16 cm x 2 2 2 2 2 8 x 4 x 48 x 48 Logo, sua área é igual a ( 48) 48 Portanto, vimos de duas maneiras que a área do quadrado azul é de 48 cm2. 9o. ano – Volume 28 c) 24 cm18 cm x d) x √—30 cm √—5 cm 6. Analise cada uma das afirmações e assinale V (verdadeira) ou F (falsa). a) ( F ) Se um dos catetos de um triângulo retângulo mede 100 cm e a hipotenusa mede 250 cm, então o outro cateto mede 150 cm. b) ( V ) Se a soma dos quadrados das medidas dos catetos de um triângulo retângulo é igual a 100, sua hipotenusa mede 10. 7. Usando o teorema de Pitágoras, podemos determinar a medida da diagonal de um quadrado qualquer. a) Determine a expressão que representa a medida d de cada diagonal de um quadrado cujos lados medem l. A D B C L L d Uma diagonal do quadrado o divide em dois triângulos retângulos congruentes. Usan- do o teorema de Pitágoras em um desses triângulos, temos: d d d d 2 2 2 2 2 2 2 2 2 � � � � � n n n n n b) Calcule a medida de cada diagonal de um quadrado cujos lados medem 8 cm. Use a aproximação 2 1 41, . d d cm n 2 8 2 Usando a aproximação, temos que d cm cm� � �8 1 41 11 28, , . 8. Observe o triângulo equilátero a seguir. B CH h A l l l a) Explique por que a altura AH, relativa ao lado BC, é também a mediana relativa a esse mesmo lado. Lembre que uma mediana divide um segmento em duas partes iguais. A altura AH divide o triângulo equilátero ABC em dois triângulos retângulos congruentes (ΔABH e ΔACH). Assim, BH CH. Dessa forma, BH CH n 2 . Matemática 9 b) Obtenha uma fórmula para calcular a altura h de um triângulo equilátero cujos lados medem n. Lh A H C L 2 n n n n n n n n n 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 4 3 4 3 4 3 2 �� � � � � � � � � � � � h h h h h Uma altura do triângulo equilátero o divide em dois triângulos retângulos con- gruentes. Usando o teorema de Pitágoras em um desses triângulos, temos: c) Calcule a medida dos lados de um triângulo equilátero com altura de 2 3 cm. h n n n n 3 2 2 3 3 2 4 3 3 4 Os lados do triângulo medem 4 cm. 9. Calcule as medidas das diagonais d e D indicadas no paralelepípedo retângulo representado na figura. Q D NM 5 cm 6 cm 8 cm d P Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. No triângulo retângulo MNP, temos: d d d d cm 2 2 2 2 2 8 6 64 36 100 10 � � � � � � No triângulo retângulo PQN, temos: D D D D cm 2 2 2 2 2 10 5 100 25 125 125 � � � � � � Podemos escrever 125 25 5� � . Assim: D D cm � � � 25 5 5 5 10. (ENEM) Na figura ao lado, que representa o projeto de uma escada com 5 degraus de mesma altura, o comprimento total do corrimão é igual a a) 1,8 m. b) 1,9 m. c) 2,0 m. X d) 2,1 m. e) 2,2 m. 30 cm 24 cm 24 cm 24 cm 24 cm 24 cm corrimão 30 cm 90 c m 90 c m Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 9o. ano – Volume 210 Relações métricas no triângulo retângulo Você já estudou a semelhança de triângulos. Veremos agora que, em um triângulo retângulo, quando traçamos a altura relativa à hipotenusa e obtemos outros triângulos retângulos, podem-se estabelecer propriedades interessantes. 1. Observe o triângulo ABC, retângulo em A, em que AH é a altura relativa ao lado BC, hipotenusa desse triângulo. Veja que o triângulo retângulo ABC ficou dividido. B A H C B A H A H C Assim, podemos destacar três triângulos retângulos. a) Os triângulos ABC e HBA são semelhantes? Justifique sua resposta. Os dois triângulos têm um ângulo reto. O ângulo B é comum aos dois triângulos. Portanto, os triângulos ABC e HBA são semelhantes, pois os ângulos respectivos são congruentes. b) E os triângulos ABC e HAC são semelhantes? Justifique sua resposta. Os dois triângulos têm um ângulo reto. O ângulo C é comum aos dois triângulos. Portanto, os triângulos ABC e HAC são semelhantes, pois os ângulos respectivos são congruentes. c) E os triângulos HBA e HAC são semelhantes? Sim, como os triângulos HBA e HAC são semelhantes ao triângulo ABC, então eles são semelhantes entre si. 11. (CEFET – RJ) O professor pediu a João que cal- culasse a distância entre os pontos A ( , )2 1 e B ( , )6 4 no plano cartesiano. Para isso, João cal- culou a medida do segmento AB, observando um triângulo retângulo que tem AB como hipo- tenusa. Após realizar o esboço ao lado, João fez a seguinte conta: d d2 2 23 4 5� � � . Com base nessas informações, calcule a distância entre os pontos ( , )5 1 e ( , )7 6 . Sugestão de atividades: questões de 1 a 4 da seção Hora de estudo. y 5 d 3 4 A B4 3 2 1 1–1 –1 –2 2 3 4 5 6 7 x 0 0 Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 12. Determine o valor de x, y, z e w na figura a seguir. x y z w 1 1 1 1 1 • Seguindo o mesmo padrão da figura, considere mais dois triângulos retângulos a partir da hipotenusa do triângulo amarelo. Quais as medidas das hipotenusas desses triângulos? B A H C Matemática 11 2. Agora, vamos considerar as medidas dos lados do triângulo retângulo ABC. BC é a hipotenusa de medida a. AB é o cateto de medida c. AC é o cateto de medida b. AH é a altura, de medida h, relativa à hipotenusa. BH, de medida n, e CH, de medida m, são os segmentos que a altura determina na hipotenusa. B A H C c b n m a h Como já sabemos que podemos destacar três triângulos retângulos, semelhantes dois a dois, temos: AB HA AC HC BC AC c h b m a b � � � � � c h b m c m b h c h a b b c a h b m a b b a m � � � � � � � � � � � � � �2 • Triângulos HBA e HAC HB HA HA HC BA AC n h h m c b � � � � � n h h m h n m n h c b b n c h h m c b b h c m � � � � � � � � � � � � � � 2 • Triângulos ABC e HAC • Triângulos ABC e HBA Podemos escrever várias relações entre as medidas dos lados desses triângulos. AB HB AC HA BC BA c n b h a c � � � � � c n b h c h b n c n a c c a n b h a c b c a h � � � � � � � � � � � � � � 2 A B C c b a c h A B H n C h A b H m A B C c b a c h A B H n C h A b H m 9o. ano – Volume 212 Veja outras relações: b2 = a · m c2 = a · n b · c = a · h Veja um exemplo em que podemos usar essas relações. Determine os valores desconhecidos na figura a seguir. B A H C b h 15 25 m n Não existe apenas uma maneira de resolver esse problema. Podemos começar encontrando o valor de n. c a n2 �� � � 15 25 n 225 25 n n 2 � � � � 9 Assim, m = 25 – 9 = 16. Agora, podemos determinar o valor de h. h n2 � � � � � � m h h h 2 2 9 16 144 12 Finalmente, calculamos o valor de b. b = a m2 � � � � � � b b b 2 25 16 5 4 20 Como foi mencionado inicialmente, podemos escolher outros caminhos para determinar as medidas desco- nhecidas. Por exemplo, poderíamos ter começado usando o teorema de Pitágoras para encontrar o valor de b. Depois, com a fórmula b c a h� � � , calcularíamos o valor de h. Poderíamos aplicar novamente o teorema de Pitá- goras no triângulo retângulo ABH para encontrar o valor de n. Daí ovalor de m é imediato, pois a soma de m e n é justamente a medida da hipotenusa. Claro que você ainda pode descobrir outras formas. Note que foram obtidas seis relações diferentes. Vamos destacar algumas delas, com as quais, juntamente com o teorema de Pitágoras, podemos determinar qualquer uma das medidas a, b, c, h, m e n. Veja a primeira relação e a frase que explica seu significado. h2 = n · m O quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das medidas dos segmentos que a altura determina na hipotenusa. Matemática 13 Matemática em detalhes Você já estudou que existem diversas demonstrações do teorema de Pitágoras. Inclusive mostramos uma delas, que usava áreas. Agora, vamos ver uma maneira que aplica algumas das relações que conhecemos. Ob- serve novamente o triângulo retângulo com as medidas indicadas. B A H C c b n m a Já sabemos que: 1) b a m2 � � 2) c a n2 � � Vamos somar essas duas igualdades. b2 + c2 = a · m + a · n Você já conhece a propriedade distributiva da multiplicação em rela- ção à adição. Vamos ver um exemplo: 10 · (2 + 3) Para resolver essa expressão, podemos efetuar a adição e, em seguida, a multiplicação ou utilizar a proprie- dade distributiva. • 10 10( ) = = 502 3 5+ • 10 10 102 3 2 3 20 30 50� � � � � �( )�� �� �� No segundo membro da igualdade b c a m a n2 2� � � � � , faremos o processo inverso da propriedade distri- butiva. Dizemos que o fator a é colocado em evidência. Você aprenderá isso com detalhes em breve. a a am n m n� � ��� ���� ( ) Assim: b2 + c2 = a · (m + n) Como m n a� � , podemos escrever que: b c a a2 2� � � b + c = a2 2 2 1. Em cada triângulo retângulo, determine os valores desconhecidos indicados pelas letras. a) 4 5 m b) h5 12 n m 13 c) 4 3 a 2,4 d) 12 20 h n Atividades 6 Gabaritos. 9o. ano – Volume 214 B A H C n 16 cm 12 cm bc h n m n n n 2 212 16 144 16 9 � � � � � � � Assim, a hipotenusa mede 9 cm + 16 cm = 25 cm. c a n c c c c cm b a m b b b b 2 2 2 2 25 9 5 3 15 15 25 16 5 4 20 2 � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 00 cm Portanto, o perímetro do triângulo é igual a 25 cm + 15 cm + 20 cm = 60 cm. 6. Determine as medidas dos catetos de um triângulo retângulo em que a altura relativa à hipotenusa mede 6 mm e a hipotenusa mede 13 mm. Dica: Antes de calcular a medida dos catetos, você pode obter as medidas dos segmentos que a altura determina na hipotenusa. 2. No triângulo retângulo a seguir, calcule o valor de x. ( ) ( ) ( ) ( ) x x x x x x x x x x x x x x x � � � � � � � � � � � � � � � � � 2 6 2 2 6 2 2 4 6 4 4 6 2 4 2 2 2 2 xx �2 B A H C x x + 6 x + 2 3. Em um triângulo retângulo, a altura relativa à hipotenusa determina nela dois segmentos, um de medida 1,8 cm e outro de 3,2 cm. Faça um esboço desse triângulo e determine: a) a medida da hipotenusa; b) a medida da altura relativa à hipotenusa; c) as medidas dos catetos. 4. (SARESP) Um motorista vai da cidade A até a cidade E, passando pela cidade B, conforme mostra a figu- ra. Ele percorreu: Sugestão de atividade: questão 5 da seção Hora de estudo. A E CB 16 km 25 km Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. a) 41 km b) 15 km c) 9 km X d) 36 km 5. Calcule o perímetro de um triângulo retângulo, sabendo-se que: • a altura relativa à hipotenusa mede 12 cm; • a altura relativa à hipotenusa a divide em dois segmentos, sendo um deles de medida 16 cm. Matemática 15 Razões trigonométricas A palavra trigonometria tem origem grega e significa “medidas de triângulos”: trigono se refere a triângulo e metria, a medida. Trata-se do estudo das relações entre os lados e os ângulos de um triângulo. Com a necessidade do cálculo de grandes distâncias, como a medida do raio da Terra ou a distância entre a Terra e a Lua, ou seja, medidas que não podiam ser determinadas por meio de instrumentos, surge a Trigonome- tria na Antiguidade. A necessidade de relacionar distâncias com ângulos levou astrônomos e topógrafos de di- versos povos e períodos históricos, como os babilônios, gregos, árabes e hindus, a desenvolver a Trigonometria. Já aprendemos as relações métricas em um triângulo retângulo. Agora, vamos estudar as razões que en- volvem medidas dos lados de um triângulo retângulo. Vimos que o maior lado, que é oposto ao ângulo reto, é chamado de hipotenusa, e os outros dois lados, perpendiculares entre si, são os catetos. Observe o triângulo retângulo a seguir. B C Hipotenusa A Cateto oposto a Cateto adjacente a B C Hipotenusa A Cateto adjacente a Cateto oposto a B C Hipotenusa A Cateto Cateto Considere a figura a seguir. E 10 cm F D C OB A D 24 cm 12 cm 7,2 cm 7,8 cm 13 cm 26 cm 5 cm 3 cm • o lado oposto ao ângulo agudo considerado como referência é denominado cateto oposto; • o cateto que está sobre um dos lados do ângulo agudo considerado é chamado de cateto adjacente; • o lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa. Dessa forma, temos que: a) Os triângulos OAC, OBD e OEF são seme- lhantes? Justifique sua resposta. Sim, pois os três triângulos têm os ângulos internos con- gruentes. Os alunos também podem justificar a resposta utilizando outros casos de semelhança entre triângulos. 9o. ano – Volume 216 b) Em cada triângulo, escreva a razão entre a medida do cateto oposto e a do cateto adjacente ao ângulo de medida α. AC OA BD OB EF OE 3 7 2 0 41666 5 12 0 41666 10 24 0 41666 , , ... , ... , .... c) O que você observa em relação às razões determinadas no item anterior? As razões são todas iguais. Chame a atenção dos alunos para o fato de que, apesar de as medidas dos catetos serem diferentes, a razão entre elas é constante. d) Em cada triângulo, escreva a razão entre a medida do cateto oposto e a do cateto adjacente ao ângulo de medida β. OA AC OB BD OE EF 7 2 3 2 4 12 5 2 4 24 10 2 4 , , , , e) O que você observa em relação às razões determinadas no item anterior? As razões são todas iguais. Podemos observar que, em todos os triângulos dados, a razão entre a medida do cateto oposto e a me- dida do cateto adjacente ao ângulo α é a mesma. O mesmo fato ocorre para o ângulo β. De modo geral, temos: A razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a um ângulo agudo de um triângulo retângulo depende somente da medi- da desse ângulo. Essa razão é constante e denominada tangente desse ângulo. Indicamos a tangente de α por tg α. tg medida do cateto oposto a medida do cateto adjacente a tg c b � � � � � � C c B a A b Matemática 17 Além da tangente de um ângulo, destacamos outras duas razões. Veja, em cada triângulo, a razão entre a medida do cateto oposto e da hipotenusa e a razão entre a medida do cateto adjacente e da hipotenusa para cada um dos ângulos agudos. A razão entre a medida do cateto oposto a um ângulo agudo e a medida da hipotenusa de um triângulo retân- gulo é constante e denominada seno desse ângulo. A razão entre a medida do cateto adjacente a um ângulo agudo e a medida da hipotenusa de um triângulo retân- gulo é constante e denominada cosseno desse ângulo. C c B a A b Indicamos o seno de α por sen α e o cosseno de α por cos α. sen medida do cateto oposto a medida da hipotenusa sen c a m � � � � � � �cos eedida do cateto adjacente a medida da hipotenusa b a � �cos � E 10 cm F D C OB A D 24 cm 12 cm 7,2 cm 7,8 cm 13 cm 26 cm 5 cm 3 cm • Razão entre a medida do cateto oposto e da hipotenusa Ângulo α AC OC BD OD EF OF 3 7 8 0 38461 5 13 0 38461 10 26 0 38461 , , ... , ... , .... Ângulo β OA OC OB OD OE OF 7 2 7 8 0 92307 12 13 0 92307 24 26 0 9230 , , , ... , ... , 77... • Razão entre a medida do cateto adjacente e da hipotenusa Ângulo α OA OC OB OD OE OF 7 2 7 8 0 92307 12 13 0 92307 24 26 0 9230 , , , ... , ... , 77... Ângulo β AC OC BD OD EF OF 3 7 8 0 38461 5 13 0 38461 10 26 0 38461 , , ... , ... , ....9o. ano – Volume 218 © Ge tty Im ag es /B et tm an n/ Co nt rib ut or Tabela trigonométrica Para cada medida de ângulo, temos um valor correspondente para as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente. Esses valores (aproximados) podem ser obtidos consultando uma tabela trigonométrica. Supõe-se que a construção dessas tabelas tenha origem na Matemática babilônica. A primeira tabela com os valores do seno de ângulos de 0° a 180° foi construída por Hiparco de Niceia (por volta de 180 a.C.-125 a.C.), astrônomo grego conhecido como pai da Trigonometria. A tabela trigonométrica a seguir contém os valores do seno, do cosse- no e da tangente de ângulos de 1° a 89°, com aproximação na quarta casa decimal. • Hiparco de Niceia (ca. 180 a.C.-125 a.C.) Ângulo sen cos tg Ângulo sen cos tg 1° 0,0175 0,9998 0,0175 46° 0,7193 0,6947 1,0355 2° 0,0349 0,9994 0,0349 47° 0,7314 0,682 1,0724 3° 0,0523 0,9986 0,0524 48° 0,7431 0,6691 1,1106 4° 0,0698 0,9976 0,0699 49° 0,7547 0,6561 1,1504 5° 0,0872 0,9962 0,0875 50° 0,766 0,6428 1,1918 6° 0,1045 0,9945 0,1051 51° 0,7771 0,6293 1,2349 7° 0,1219 0,9925 0,1228 52° 0,788 0,6157 1,2799 8° 0,1392 0,9903 0,1405 53° 0,7986 0,6018 1,327 9° 0,1564 0,9877 0,1584 54° 0,809 0,5878 1,3764 10° 0,1736 0,9848 0,1763 55° 0,8192 0,5736 1,4281 11° 0,1908 0,9816 0,1944 56° 0,829 0,5592 1,4826 12° 0,2079 0,9781 0,2126 57° 0,8387 0,5446 1,5399 13° 0,225 0,9744 0,2309 58° 0,848 0,5299 1,6003 14° 0,2419 0,9703 0,2493 59° 0,8572 0,515 1,6643 15° 0,2588 0,9659 0,2679 60° 0,866 0,5 1,7321 16° 0,2756 0,9613 0,2867 61° 0,8746 0,4848 1,804 17° 0,2924 0,9563 0,3057 62° 0,8829 0,4695 1,8807 18° 0,309 0,9511 0,3249 63° 0,891 0,454 1,9626 19° 0,3256 0,9455 0,3443 64° 0,8988 0,4384 2,0503 20° 0,342 0,9397 0,364 65° 0,9063 0,4226 2,1445 21° 0,3584 0,9336 0,3839 66° 0,9135 0,4067 2,246 22° 0,3746 0,9272 0,404 67° 0,9205 0,3907 2,3559 23° 0,3907 0,9205 0,4245 68° 0,9272 0,3746 2,4751 24° 0,4067 0,9135 0,4452 69° 0,9336 0,3584 2,6051 25° 0,4226 0,9063 0,4663 70° 0,9397 0,342 2,7475 26° 0,4384 0,8988 0,4877 71° 0,9455 0,3256 2,9042 27° 0,454 0,891 0,5095 72° 0,9511 0,309 3,0777 28° 0,4695 0,8829 0,5317 73° 0,9563 0,2924 3,2709 29° 0,4848 0,8746 0,5543 74° 0,9613 0,2756 3,4874 Matemática 19 Os alunos podem recortar a tabela trigonométrica disponível no ma- terial de apoio e colar no caderno ou apenas guardá-la no meio do livro para consultar quando forem resolver as atividades. 30° 0,5 0,866 0,5774 75° 0,9659 0,2588 3,7321 31° 0,515 0,8572 0,6009 76° 0,9703 0,2419 4,0108 32° 0,5299 0,848 0,6249 77° 0,9744 0,225 4,3315 33° 0,5446 0,8387 0,6494 78° 0,9781 0,2079 4,7046 34° 0,5592 0,829 0,6745 79° 0,9816 0,1908 5,1446 35° 0,5736 0,8192 0,7002 80° 0,9848 0,1736 5,6713 36° 0,5878 0,809 0,7265 81° 0,9877 0,1564 6,3138 37° 0,6018 0,7986 0,7536 82° 0,9903 0,1392 7,1154 38° 0,6157 0,788 0,7813 83° 0,9925 0,1219 8,1443 39° 0,6293 0,7771 0,8098 84° 0,9945 0,1045 9,5144 40° 0,6428 0,766 0,8391 85° 0,9962 0,0872 11,4301 41° 0,6561 0,7547 0,8693 86° 0,9976 0,0698 14,3007 42° 0,6691 0,7431 0,9004 87° 0,9986 0,0523 19,0811 43° 0,682 0,7314 0,9325 88° 0,9994 0,0349 28,6363 44° 0,6947 0,7193 0,9657 89° 0,9998 0,0175 57,29 45° 0,7071 0,7071 1 Essa tabela trigonométrica está disponível também no material de apoio. Anderson e Marcelo estão treinando para uma competição de natação e vão atravessar um rio. Anderson nadará de A até B e Marcelo, de A até C. 40 m C A 40° B Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. a) De acordo com o problema, que medidas precisamos determinar? As medidas dos segmentos AB e AC. b) Sem considerar a correnteza e sabendo que os atletas vão se deslocar em linha reta, conforme indi- cado na figura, quantos metros cada um terá de nadar? Para resolver esse problema, consulte a tabela trigonométrica e utilize os valores com aproximação na segunda casa decimal. Anderson terá que nadar aproximadamente 33,6 metros e Marcelo aproximadamente 51,9 metros. tg 40�� � � � � � �� � � AB BC AB AB BC AC AC A 0 84 40 0 84 40 33 6 40 0 77 40 , , , cos , CC � 40 0 77 51 9 , , 9o. ano – Volume 220 1. Para calcular os valores do seno, do cosseno e da tangente do ângulo de 45°, utilizando régua e transferidor, João construiu um triângulo retân- gulo com um dos ângulos medindo 45°. Depois, com o uso de régua, obteve as medidas apro- ximadas dos lados desse triângulo e calculou o valor do seno de 45°. sen 45° 4,1 5,8 sen 45° 0,07 5,8 cm 4,1 cm 4,1 cm 45° 45° a) Calcule os valores do cosseno e da tangente de 45°. Utilize três casas decimais. 4,1 cos 45° 5,8 cos 45° 0,707 4,1 tg 45° 4 ,1 tg 45° 1 b) Da mesma forma como João desenvolveu seus cálculos, determine os valores aproxi- mados de seno, cosseno e tangente de 75° utilizando três casas decimais. Espera-se que os alunos obtenham valores próxi- mos aos que constam na tabela trigonométrica. sen 75° 0,966; cos 75° 0,259; tg 75° 3,732 2. Em um triângulo retângulo, a hipotenusa mede 60 cm e o maior cateto, 48 cm. a) Quanto mede o menor cateto? Usando o teorema de Pitágoras, temos: 60 48 3600 2304 1 296 1 296 36 2 2 2 2 2 � � � � � � � c c c c O menor cateto mede 36 cm. b) Determine o seno, o cosseno e a tangente do ângulo formado pela hipotenusa e pelo maior cateto. 36 cm 48 cm 60 cm sen tg � � � � � � � � � 36 60 0 6 48 60 0 8 36 48 0 75 , cos , , c) Quanto mede o ângulo formado pela hi- potenusa e pelo maior cateto? Consulte a tabela para descobrir a medida aproximada desse ângulo. O ângulo indicado por β mede aproximadamente 37°. 3. Consulte a tabela para determinar a medida do ângulo no triângulo retângulo a seguir. 12 cos 24 cos 0,5 60° √—312 12 24 Atividades 7 Gabaritos. © Sh ut te rs to ck /T er ez a T sy au lo us ka ya Matemática 21 4. Em cada item, calcule a medida de x usando os valores dados na tabela trigonométrica com aproximação na segunda casa decimal. a) x 30 cm 50° x cos 50° 30 x 0,64 30 x 0,64 30 x 19,2 cm b) x 25 cm 35° 25 cos35° x 25 0,82 x 0,82x 25 x 30,49 cm c) 15 cm x 60° 15 sen 60° x 15 0,87 x 0,87x 15 x 17,24 cm d) x 20 cm 70° 20 tg 70° x 20 2,75 x 2,75x 20 x 7,27 cm 5. No hotel-fazenda onde Geraldo trabalha está sendo construído um teleférico, com inclina- ção de 50°, que levará os hóspedes da sede do hotel ao topo de uma montanha. Qual é o comprimento aproximado do cabo desse teleférico? 50° 90 m x 90 sen 50° x 90 0,766 x 0,766x 90 x 117,5 Portanto, o cabo do teleférico mede aproximada- mente 117,5 metros. Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 9o. ano – Volume 222 6. Qual é, aproximadamente, o perímetro do tra- pézio PQRS? Use os valores da tabela com apro- ximação na terceira casa decimal. RS P Q T 4,5 cm 4,5 cm 35° 4,5 cm 4,5 cm Considere o triângulo QRT. Assim: QT sen 35° QR 4,5 0,574 QR 4,5 QR 7,84 0,574 QT tg 35° RT 4,5 0,7 RT 4,5 RT 6,43 0,7 Portanto, o perímetro aproximado do trapézio é 4,5 cm + 4,5 cm + 4,5 cm + 7,84 cm + 6,43 cm = 27,77 cm 7. Nesta atividade, vamos determinar os valores do seno, do cosseno e da tangente de 30°, 45° e 60° na forma exata. a) Observe o quadrado ABCD. A B D C d 45° l l • Determine a expressão que representa a medida d de cada diagonal de um qua- drado cujos lados medem l. Usando o teorema de Pitágoras no triângulo BCD, temos que: d d d d 2 2 2 2 2 2 2 2 2 � � � � � l l n n n • Veja como podemos calcular o seno de 45°. No triângulo retângulo BCD, temos: sen BC BD d 45 2 1 2 � � � � � m m m Podemos racionalizar o denominador. sen45 1 2 2 2 2 2 � � � � Agora, calcule cos 45° e tg 45°. 1 1 2 2 cos 45° d 22 2 2 2 tg 45° 1 n n n n n b) Observe o triângulo equilátero ABC. B CH h A l l l 60° 30° • Determine a expressão que representa a medida h de uma altura de um triângulo equilátero cujos lados medem l. Usando o teorema de Pitágoras notriângulo ACH, temos que: n n n n n n n2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 3 4 3 4 3 2 � �� � � � � � � � � h h h h h Matemática 23 • Calcule sen 60°, cos 60° e tg 60°. 3 h 32sen 60° 2 1 12cos 60° 2 2 3 h 3 22tg 60° 3 2 2 2 n n n n n n n n n n n n No triângulo retângulo ACH, temos: • Agora, calcule sen 30°, cos 30° e tg 30°. 1 12sen 30° 2 2 3 h 32cos 30° 2 2 1 1 3 32 2tg 30° h 2 33 3 3 3 3 2 n n n n n n n n n n n n c) Complete a tabela a seguir. 30° 45° 60° Seno 1 2 2 2 3 2 Cosseno 3 2 2 2 1 2 Tangente 3 3 1 3 8. Na figura a seguir, ABCD é um trapézio retângulo. DEA 4 cm 60° CB √—3 cm2 A área do trapézio é: a) 5 cm2 b) 10 cm2 c) 20 cm2 X d) 10 3 2cm e) 20 3 2cm 9. (USF – SP) As rampas são uma boa forma de assegurar a acessibilidade para cadeirantes e indivíduos com mobilidade reduzida. A acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos é assegurada em lei. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de acordo com a Lei Brasileira de Inclu- são da Pessoa com Deficiência (13.146/2015), regula a construção e define a inclinação das rampas, bem como os cálculos para a sua construção. As diretrizes de cálculo da ABNT indicam um limite máximo de inclinação de 8,33% (proporção de 1:12). Isso significa que uma rampa, para vencer um desnível de 1 m deve ter, no mínimo, 12 m de comprimento e isso define que o ângulo de inclinação da ram- pa, em relação ao plano horizontal, não pode ser maior que 7°. De acordo com as informações anteriores, para que uma rampa, com comprimento igual a 14 m e inclinação de 7° em relação ao plano, esteja dentro das normas da ABNT, ela deve servir para vencer um desnível com al- tura máxima de Use: sen 7° = 0,12; cos 7° = 0,99 e tg 7° = 0,12 a) 1,2 m. b) 1,32 m. c) 1,4 m. d) 1,56 m. X e) 1,68 m. 9o. ano – Volume 224 10. (ENEM) As torres Puerta de Europa são duas torres inclinadas uma contra a outra, construídas numa avenida de Madri, na Espanha. A inclinação das torres é de 15° com a vertical e elas têm, cada uma, uma altura de 114 m (a altura é indicada na figura como o segmento AB). Estas torres são um bom exemplo de um prisma oblíquo de base quadrada e uma delas pode ser observada na imagem. Utilizando 0,26 como valor aproximado para a tangente de 15° e duas casas decimais nas operações, descobre-se que a área da base desse prédio ocupa na avenida um espaço a) menor que 100 m2. b) entre 100 m2 e 300 m2. c) entre 300 m2 e 500 m2. d) entre 500 m2 e 700 m2. X e) maior que 700 m2. Topógrafo ou agrimen- sor é o nome dado ao profissional da área de Topografia, ciência que se ocupa da descrição do relevo de uma loca- lidade. Já o teodolito é um instrumento óptico utilizado na Topografia para realizar medidas de ângulos verticais e hori- zontais com o objetivo de facilitar o cálculo de distâncias e alturas. Sugestão de atividades: questões de 6 a 10 da seção Hora de estudo. 1,60 m 90 m 30° Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Assim, a altura aproximada do edifício é H = 51,9 m + 1,60 m = 53,5 m. 1,60 m 90 m 30° H h 90 m tg h h h h 30 90 3 3 90 3 90 3 90 3 3 90 1 73 3 51 9 �� � � � � � , , 11. Para determinar a altura de um edifício, um topógrafo, usando um teodolito de 1,60 m de altura situado a 90 m de distância do prédio, verificou que a medida do ângulo de visão é igual a 30°. Utilizando seus conhecimentos de trigonometria, calcule a altura aproximada desse edifício. Use 1,73 como aproximação para 3 . tg BC AB BC BC BC 15 0 26 114 0 26 114 29 64 �� � � � � , , , A base da torre, que é quadrada, tem área igual a 29,64 m ∙ 29,64 m = 878,5296 m2. Isso signi- fica que a base desse prédio ocupa um espaço maior do que 700 m2. Lembre aos alunos que um prisma pode ser reto ou oblíquo. Prismas oblíquos são aqueles cujas arestas laterais não são perpendiculares às bases. A 15° C B 114 m 15° 75° Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. © iS to ck ph ot o. co m /K ad m y Matemática 25 Organize as ideias Neste capítulo, estudamos as relações métricas e as razões trigonométricas no triângulo retângulo juntamente com o teorema de Pitágoras. Complete o quadro a seguir. Relações métricas no triângulo retângulo B A H C c b mn a h Relação entre a medida da altura relativa à hipotenusa e as medidas dos segmentos que a altura determina na hipotenusa m . nh2 = Relação entre as medidas dos catetos, da hipotenusa e da altura relativa à hipotenusa b · c = a . h Relações entre a medida de um cateto, da hipotenusa e do correspondente segmento determinado pela altura na hipotenusa c2 = a . n b2 = a · m Teorema de Pitágoras a2 = b2 + c2 Razões trigonométricas no triângulo retângulo A c B a C b sen α = c a sen β = b a cos α = b a cos β = c a tg α = c b tg β = b c 26 Hora de estudo 1. (ENEM) Para decorar uma mesa de festa infantil, um chefe de cozinha usará um melão esférico com diâmetro medindo 10 cm, o qual servirá de suporte para espetar diversos doces. Ele irá retirar uma calota esférica do melão, conforme ilustra a figura, e, para garantir a estabilidade deste suporte, dificultando que o melão role sobre a mesa, o chefe fará o corte de modo que o raio r da seção circular de corte seja de pelo menos 3 cm. Por outro lado, o chefe desejará dispor da maior área possível da região em que serão afixados os doces. Todas as atividades devem ser resolvidas no caderno. Para atingir todos os seus objetivos, o chefe de- verá cortar a calota do melão numa altura, em centímetro, igual a a) 5 91 2 b) 10 91 X c) 1 d) 4 e) 5 2. (ENEM) Quatro estações distribuidoras de energia A, B, C e D estão dispostas como vértices de um qua- drado de 40 km de lado. Deseja-se construir uma estação central que seja ao mesmo tempo equidistante das estações A e B e da estrada (reta) que liga as estações C e D. A nova estação deve ser localizada a) no centro do quadrado. b) na perpendicular à estrada que liga C e D passando por seu ponto médio, a 15 km dessa estrada. X c) na perpendicular à estrada que liga C e D passando por seu ponto médio, a 25 km dessa estrada. d) no vértice de um triângulo equilátero de base AB oposto a essa base. e) no ponto médio da estrada que liga as estações A e B. 3. (CEFET – MG) Duas crianças, cada uma em um prédio diferente, brincam com canetas lasers nas jane- las de seus apartamentos, apontando para um ponto na quadra situada entre os prédios. A criança do prédio A está a uma altura de 10 m, e a do prédio B, a uma altura de 20 m do chão. A distância entre os prédios é de 50 m. Em um determinado momento, os lasers das crianças atingem, simultaneamente, um ponto P do pátio equidistante das crianças, tal como na ilustração abaixo: A distância x, em metros, deste ponto até o prédio B é X a) 22. b) 23. c) 25. d) 28. Gabaritos.8 27 4. (OBMEP) A figura mostra um triângulo retân- gulo ABC e três triângulos retângulos congruen- tes sombreados. O lado BC tem comprimento 1 cm. Qual é o perímetro do triângulo ABC, em centímetros? A C 1 cm B X a) 3 5 b) 2 2 5 c) 5 5 d) 5 e) 6 5. No triângulo retângulo ABC da figura, a razão entre a medida do segmento BD e a medida do segmento CD é igual a 3. A hipotenusa BC mede 16 cm. B A D C Determine: a) as medidas dos segmentos determinados pela altura na hipotenusa; b) a medida da altura relativa à hipotenusa; c) as medidas dos catetos. 6. (IFPE) Um indivíduo encontra-se a 50 metros de distância de um edifício e seus olhos estão a 1,80 metros do chão. Ele avista o topo do edifí- cio segundo um ângulo de 60° com a horizon- tal. A altura aproximada do edifício é: (use a aproximação decimal 3 1 7, .) X a) 87 m b) 85 m c) 50 m d) 52 m e) 30 m 7. (ENEM) A famosa Torre de Pisa, localizada na Itália, assim como muitos outros prédios, por motivos adversos, sofrem inclinações durante ou após suas construções. Um prédio, quando construído,dispunha-se verticalmente e tinha 60 metros de altura. Ele sofreu uma inclinação de um ângulo α, e a pro- jeção ortogonal de sua fachada lateral sobre o solo tem largura medindo 1,80 metro, conforme mostra a figura. O valor do ângulo de inclinação pode ser deter- minado fazendo-se o uso de uma tabela como a apresentada. 1,80 m Prédio Ângulo α (Grau) Seno 0,0 0,0 1,0 0,017 1,5 0,026 1,8 0,031 2,0 0,034 3,0 0,052 Uma estimativa para o ângulo de inclinação α, quando dado em grau, é tal que: a) 0 1 0� �� , b) 1 0 1 5, ,� �� X c) 1 5 1 8, ,� �� d) 1 8 2 0, ,� �� e) 2 0 3 0, ,� �� 28 8. (ENEM) Para determinar a distância de um bar- co até a praia, um navegante utilizou o seguinte procedimento: a partir de um ponto A, mediu o ângulo visual α fazendo mira em um ponto fixo P da praia. Mantendo o barco no mesmo sen- tido, ele seguiu até um ponto B de modo que fosse possível ver o mesmo ponto P da praia, no entanto sob um ângulo visual 2α. A figura ilustra essa situação: Trajetória do barco A B P 2 Suponha que o navegante tenha medido o ângulo α = 30° e, ao chegar ao ponto B, veri- ficou que o barco havia percorrido a distância AB = 2 000 m. Com base nesses dados e man- tendo a mesma trajetória, a menor distância do barco até o ponto fixo P será a) 1 000 m. X b) 1 000 3 m. c) 2 000 3 3 m. d) 2 000 m. e) 2 000 3 m. 9. (ENEM) Uma desenhista projetista deverá dese- nhar uma tampa de panela em forma circular. Para realizar esse desenho, ela dispõe, no momento, de apenas um compasso, cujo comprimento das hastes é de 10 cm, um transferidor e uma folha de papel com um plano cartesiano. Para esboçar o desenho dessa tampa, ela afastou as hastes do compasso de forma que o ângulo formado por elas fosse de 120°. A ponta-seca está representada pelo ponto C, a ponta do grafite está representada pelo ponto B e a cabeça do compasso está repre- sentada pelo ponto A conforme a figura. Após concluir o desenho, ela o encaminha para o setor de produção. Ao receber o desenho com a indicação do raio da tampa, verificará em qual intervalo este se encontra e decidirá o tipo de material a ser utilizado na sua fabricação, de acordo com os dados. Tipo de material Intervalo de valores do raio (cm) I 0 5� �R II 5 10� �R III 10 15� �R IV 15 21� �R V 21 40� �R Considere 1,7 como aproximação para 3. O tipo de material a ser utilizado pelo setor de produção será a) I. b) II. c) III. X d) IV. e) V. 10. (SARESP) Dois irmãos observam a torre reta TU em um terreno plano, conforme esquematizado na figura. Os seus ângulos de visão medem α e β, sendo tg α = 1 3 e tg β = 1 2 . O irmão localizado no ponto P está 30 metros mais afastado do pé da torre do que o localiza- do no ponto Q. P T Q x + 30 xU Desprezando as alturas dos irmãos, pode-se con- cluir que a altura da torre, em metros, é igual a: a) 60 b) 40 X c) 30 d) 20 e) 10 1. Considere que uma pessoa percorre, de carro, 10 km por dia para ir ao trabalho e 10 km para voltar para sua casa e que o preço do litro da gasolina é R$ 4,20. Qual o gasto dessa pessoa, por dia, para ir ao trabalho e voltar para sua casa, sabendo que o carro roda 10 km por litro de gasolina? 2. O gasto mensal com gasolina e a distância percorrida durante o mês são grandezas diretamente ou inversamente proporcionais? 5 Plano cartesiano e funções © Sh ut te rs to ck /F ac to ry _E as y 1. Como a pessoa percorre 20 km, utilizará 2 litros de gasolina por dia. Assim, o gasto diário é 2 ∙ 4,20 = 8,40 reais. 2. São diretamente proporcionais. Comentários.1 © Sh ut te rs to ck /F ac to ry _E as y Uma refinaria tem como função principal a decomposição do petróleo em diferentes produtos, como gasolina, diesel e querosene. Para isso, ela recebe o petróleo na forma do chamado óleo cru das plataformas de extração e o submete a diversos processos químicos. A gasolina é muito utilizada como combustível para automóveis e motocicletas e consome uma parte considerável do orçamento de algumas famílias. 29 Plano cartesiano Você já estudou que o plano cartesiano é um sistema de localização de pontos usado em diversos contextos, como na elaboração de gráfi- cos, no planejamento de construções, em plantas arquitetônicas, como base para serviços de GPS, entre outros. O plano cartesiano é determinado por duas retas perpendiculares, que chamamos de eixos cartesianos. O eixo horizontal é o eixo das abs- cissas (eixo x) e o vertical é o eixo das ordenadas (eixo y). Os eixos dividem o plano em quatro regiões, denominadas quadrantes. No material de apoio, cons- ta uma imagem do plano cartesiano. Se julgar oportu- no, forneça as coordenadas de outros pontos para que os alunos os marquem no plano cartesiano. Em seguida, peça que recortem o plano carte- siano e o colem no caderno. y –2 –4 4 2 7 9F C D E A B –9 –9 4 6 8–5 x0 G Ao final do estudo deste capítulo, espera-se que você determine o ponto médio de um seg- mento de reta e a distância entre dois pontos, dadas as coordenadas desses pontos no plano car- tesiano. Além disso, você deverá compreender a ideia de função como uma relação entre duas variáveis e suas representações numérica, algébrica e gráfica. Objetivos Sugestão de encaminhamento.2 Um ponto do plano cartesiano pode ser indicado por dois números, que chamamos de coordenadas. No plano cartesiano ao lado, o ponto P é indicado por (4, 3). Isso significa que a abscissa (coordenada x) do ponto P é 4 e a ordenada (coordenada y) é 3. • Marque no sistema de coordenadas cartesianas ortogonais os pontos: A (4, 7), B (8, –9), C (–2, 2), D (–5, –4), E (6, 4), F (–9, 9), G (0, 0) y 4 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 2 3 P 4 x0 Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. y 4 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 –4 2 3 4 x0 1o. quadrante2o. quadrante 4o. quadrante3o. quadrante 9o. ano – Volume 230 Na figura anterior, vemos algumas linhas que ligam os pontos A e B. A linha reta, em verde, é a de menor comprimento. Esse comprimento é a distância entre os pontos A e B, que vamos indicar por d(A, B). Distância entre dois pontos Em Geometria, a distância entre dois pontos é o comprimento da menor linha que liga esses pontos. A B d(A, B) A B y A (1, 6) B (1, 1) C (3, 5) D (7, 5) E (6, 2) F (6, –1) H (3, –2)G (–2, –2) x0 É fácil ver que a distância entre os pontos A e B é 5. Repare que, como o segmento AB é vertical, as abscissas dos dois pontos são iguais e a distância entre eles pode ser calculada pela diferença entre as ordenadas. d(A, B) = 6 – 1 = 5 Olhe para os pontos G e H. A distância entre eles também é 5. Como o segmento GH é horizontal, as orde- nadas dos dois pontos são iguais. A distância entre eles pode ser calculada pela diferença entre as abscissas. d(G, H) = 3 – (–2) = 3 + 2 = 5 Calcule agora a distância entre os pontos: • C e D d(C, D) = 7 – 3 = 4 • E e F d(E, F) = 2 – (–1) = 3 Assim, a distância entre os pontos A e B, que será indicada por d(A, B) ou simplesmente por AB, é a medida do segmento de reta que tem os dois pontos como extremidades. Observe alguns pontos em um plano carte- siano, identificados por suas coordenadas. Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. Matemática 31 Junte-se com alguns colegas e pensem em uma forma de determinar a distância entre os pontos P (1, 5) e Q (5, 2). Vocês não podem medi-la diretamente na figura! y 4 5 6 7 3 2 1 1 2 3 P (1, 5) Q (5, 2) 4 5 6 7 x0 3 R 4 Dica: Vocês podem utilizar um triângulo retângulo cuja hipotenusa é o segmento PQ. Para calcular a distância entre dois pontos do plano cartesiano que não estejam em uma mesma linha horizontal nem vertical, podemos formar um triângulo retângulo e utilizar o teorema de Pitágoras. d(A, B)2 = d(A, C)2 + d(B, C)2 Você pôde perceber como é simples determinar a distância entre dois pontos com a mesma abscissa ou com a mesma ordenada: • Dois pontos com a mesma abscissa são extremidades deum segmento vertical. A distância entre eles é a diferença entre a maior e a menor ordenada. • Dois pontos com a mesma ordenada são extremidades de um segmento horizontal. A distância entre eles é a diferença entre a maior e a menor abscissa. E quando dois pontos do plano cartesiano não tiverem a mesma abscissa nem a mesma ordenada? Como podemos calcular a distância entre eles? A partir dos dois pontos, podemos traçar segmen- tos paralelos aos eixos x e y, formando um triângulo y yB yA A B xxA xB d(A, C) C d(B, C)d(A, B) 0 d d d d 2 2 2 2 2 3 4 9 16 25 25 5 � � � � � � � Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. retângulo. As coordenadas do vértice R são (1, 2). Assim, a distância entre os pontos P e R é 5 – 2 = 3, enquanto a distância entre os pontos Q e R é 5 – 1 = 4. Chamando de d a distância entre os pontos P e Q e usando o teorema de Pitágoras no triângulo PRQ, temos: 9o. ano – Volume 232 Saiba + a) A e B; d A B d A B d A B d A B ( , ) ( , ) ( , ) ( , ) 2 2 2 2 2 3 1 9 1 10 10 � � � � � � b) C e D; d C D d C D d C D d C D ( , ) ( , ) ( , ) ( , ) 2 2 2 2 2 3 4 9 16 25 5 � � � � � � c) A e C. d A C d A C d A C d A C ( , ) ( , ) ( , ) ( , ) 2 2 2 2 2 3 6 9 36 45 45 9 5 3 5 � � � � � � � � � Geometria do táxi Na geometria euclidiana, que é aquela que você estudou até hoje, a distância entre dois pontos é dada pela medida do segmento de reta com extremidades nesses pontos, como você acabou de estudar. Porém, há situações em que esse tipo de cálculo não é o mais adequado. Por exemplo, no trajeto percorrido por um táxi, a menor distância de um ponto de partida até o destino final depende das ruas que possibilitam a realização desse trajeto e dificilmente ele será uma linha reta. Geometria euclidiana é a geometria baseada nos es- tudos de Euclides de Alexandria. Euclides realizou um estudo mais aprofundado dos conteúdos que haviam sido estudados até então e os organizou em uma obra conhecida como Os elementos. Marque os pontos A (2, 4), B (5, 5), C (–1, –2) e D (–4, 2) no plano cartesiano e calcule a distância entre: y 4 5 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 –4 2 3 4 5 x0 D C A B Ilu st ra çõ es : J ac k A rt . 2 01 8. D ig ita l. 3 Comentário. Matemática 33 Vamos conhecer agora a chamada geometria do táxi. Observe na figura o plano cartesiano em que as linhas horizontais e verticais representam as ruas de uma cidade. A 0 y x B O ponto A representa uma casa e o ponto B um mercado. Considere que cada quarteirão esteja representado por um quadrado e que se chama de “quadra” a distância entre uma es- quina e outra de uma mesma rua. Perceba que podemos inserir um sistema de coordenadas cartesianas nesse mapa. Assim, a casa se encontra no ponto A (1, 1) e o mercado no ponto B (4, 5). Para ir da casa até o mercado percorrendo pelas ruas a menor distância possível, uma pessoa deve se deslocar 3 quadras na horizontal e 4 quadras na vertical, em um total de 7 quadras. Repare que exis- tem diversas maneiras de partir de A e chegar até B. Na figura a seguir são apresentadas duas dessas maneiras, uma em verde e outra em azul. Para calcular a distância na geometria do táxi, devemos adi- cionar o número de quadras percorridas na horizontal ao número de quadras percorridas na vertical. A 0 y x B Imagine agora que esse trajeto pudesse ser realizado em linha reta. Qual seria a distância percorrida? Observe que, para ir da casa até o mercado, seria percorrida a distância d. Podemos calcular essa distância utilizando o teorema de Pitágoras. d = 3 + 4 d = 9+16 d = 25 d = 5 2 2 2 2 2 A distância igual a 7 quadras corresponde à distância na geometria do táxi, enquanto a distância percorrida em linha reta, igual a 5, corresponde à distância na geometria euclidiana. Perceba que o cálculo da distância entre dois pontos na geometria euclidiana é adequado para algumas situações, enquanto o cálculo dessa distância na geometria do táxi pode ser utilizado em situações que ne- cessitem de um enfoque diferente, como no caso de realizar um trajeto pelas ruas de uma cidade. d A 0 y x B Ilu st ra çõ es : J ac k A rt . 2 01 8. D ig ita l. 9o. ano – Volume 234 Atividades Gabaritos e comentários.4 A (–6, 3) B (7, 6) C (5, 0) D (3, –2) E (0, –3) F (–4, –4) 1. Escreva as coordenadas dos pontos localizados no plano cartesiano. 2. (ENEM) Observou-se que todas as formigas de um formigueiro trabalham de maneira ordeira e orga- nizada. Foi feito um experimento com duas formigas e os resultados obtidos foram esboçados em um plano cartesiano no qual os eixos estão graduados em quilômetros. As duas formigas partiram juntas do ponto O, origem do plano cartesiano xOy. Uma delas caminhou horizontalmente para o lado direito, a uma velocidade de 4 km/h. A outra caminhou verticalmente para cima, à velocidade de 3 km/h. Após 2 horas de movimento, quais as coordenadas cartesianas das posições de cada formiga? X a) (8; 0) e (0; 6). b) (4; 0) e (0; 6). c) (4; 0) e (0; 3). d) (0; 8) e (6; 0). e) (0; 4) e (3; 0). Após 2 horas, a formiga que caminhou horizontalmente para o lado direito se deslocou 8 km (velocidade de 4 km/h). Assim, suas coordenadas são (8, 0). Após 2 horas, a formiga que caminhou verticalmente para cima se deslocou 6 km (velocidade de 3 km/h). Assim, suas coordenadas são (0, 6). y 4 5 6 7 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 –4–5–6–7 –4 –5 –6 –7 2 3 4 5 6 7 8 x0 D C A B F E Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Matemática 35 3. Calcule a distância entre os pontos dados. a) A (5, 2) e B (1, 3) 5 1 4 3 2 1 4 1 16 1 17 17 2 2 2 2 � � � � � � � � � � d A B d A B d A B ( , ) ( , ) ( , ) b) C (–1, 4) e D (–2, –3) � � � � � � � � � � � � � � � 1 2 1 4 3 7 1 7 1 49 50 50 25 2 2 2 2 ( ) ( ) ( , ) ( , ) ( , ) d C D d C D d C D 22 5 2� c) E (–4, –3) e F (0, 0) 0 4 4 0 3 3 4 3 16 9 25 25 5 2 2 2 2 � � � � � � � � � � � � � ( ) ( ) ( , ) ( , ) ( , ) d E F d E F d E F d) G (–5, 4) e H (2, –5) 2 5 7 4 5 9 7 9 49 81 130 130 2 2 2 2 � � � � � � � � � � � � ( ) ( ) ( , ) ( , ) ( , ) d G H d G H d G H 4. Na figura, EFG é um triângulo retângulo. Calcule: y 4 5 3 2 1 1 –1 –2 –3 –4 2 4 5 6 7 8 x0 E F G 3 a) as medidas dos lados EF, FG e EG. Utilize 3,6 como aproximação para 13 ; Considerando E (1, 3), F (1, –3) e G (5, –3), temos: 2 2 2 2 d(F, G) 5 1 4 d(E, F) 3 ( 3) 6 d(E,G) 4 6 d(E,G) 16 36 52 d(E,G) 52 4 13 2 13 2 3,6 7,2 b) o perímetro aproximado do triângulo EFG; 6 + 4 + 7,2 = 17,2 c) a área do triângulo EFG. b h 4 6 Área 12 2 2 Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 9o. ano – Volume 236 5. Na figura, ABCD é um trapézio isósceles. Obtenha: y 4 5 6 3 2 1 1–1–2–3–4–5–6–7 2 4 5 x0 E A B C 3 D a) as medidas dos lados AB, BC, CD e DA. Utilize 2,24 como aproximação para 5. Como A (–4, 5), B (1, 5), C (3, 1) e D (–6, 1), temos: d A B d C D d C E d B E ( , ) ( ) ( , ) ( ) ( , ) ( , ) � � � � � � � � � � � � � � 1 4 5 3 6 9 3 1 2 5 1 4 2 2 2 2 d(B, C) 2 4 d(B, C) 4 16 20 d(B, C) 20 4 5 2 5 2 2,24 4,48 d(D, A) d(B, C) 4,48 b) o perímetro aproximado do trapézio ABCD. 5 + 9 + 4,48 + 4,48 = 22,96 6. Os vértices de um triângulo são A (2, 2), B (–4, –6) e C (4, –12). a) Calcule as medidas dos lados do triângulo ABC. b) Indique o tipo de triângulo quanto aos lados (equilátero, isósceles ou escaleno). c) Mostre que esse triângulo é retângulo. Dica: Utilize o teorema de Pitágoras. d) Calcule o perímetro e a área do triângulo ABC. 7. O centro de uma circunferência é o ponto C (–1, 3). Sabendo que o pon- to P (2, 5) pertence a essa circunferência, represente no plano cartesiano essa circunferência e determine: a) o raio da circunferência; O raio da circunferência é a distância entre os pontos C e P. 2 1 3 5 3 2 3 2 9 4 1313 2 2 2 2 � � � � � � � � � � � ( ) (C, P) (C, P) (C, P) d d d Portanto, o raio da circunferência é 13. b) o comprimento aproximado da circunferência. Use 3,14 como aproximação para e 3,61 como apro- ximação para 13 . O comprimento de uma circunferência é igual a C = 2πr, em que r é o raio da circunferência. Assim: C 2 13 C 2 3,14 3,61 C 22,67 y 5 3 2 x0 C P –1 Sugestão de atividades: questões 1 e 2 da seção Hora de estudo. Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. Matemática 37 y 4 5 3 2 1 1 –1 2 4 5 6 7 8 9 x0 A M B 3 b) Ponto médio de um segmento de reta Você já estudou que dois pontos determinam um segmento de reta e que a medida desse segmento é a dis- tância entre esses pontos. Dos infinitos pontos desse segmento, temos um em especial que é o seu ponto médio. O ponto médio de um segmento é o ponto que divide o segmento ao meio. A M B AM BM A seguir, são apresentadas algumas questões para que você compreenda como podemos fazer para obter as coordenadas do ponto médio de um segmento. Observe cada segmento a seguir e responda às questões. y 4 3 2 1 1 –1 –1 –2 –2–3–4 2 4 5 x0 C N D 3 5 y 4 3 2 1 1 –1 –1–2–3–4 2 4 5 x0 E P F 3 5 • Marque na figura o ponto médio M do segmento AB e determine suas coordenadas. (5, 4) • Determine a média aritmética das abscissas dos pontos A e B. • Determine a média aritmética das ordenadas dos pon- tos A e B. • Marque na figura o ponto médio N do segmento CD e determine suas coordenadas. (–3, 1) • Determine a média aritmética das abscissas dos pon- tos C e D. • Determine a média aritmética das ordenadas dos pon- tos C e D. • Marque na figura o ponto médio P do segmento EF e determine suas coordenadas. (3, 4) • Determine a média aritmética das abscissas dos pon- tos E e F. • Determine a média aritmética das ordenadas dos pon- tos E e F.Ilus tra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. c) 2 8 2 5 � � p 4 4 2 4 � � éd é d d d d � � � �� 3 3 2 3 ( ) 3 1 2 1 � � � ( ) 1 5 2 3 � � p 3 5 2 4 � � a) 9o. ano – Volume 238 d) Analise os resultados obtidos nos itens anteriores. O que você observa? A média aritmética das abscissas e a média aritmética das ordenadas dos pontos que são extremidades de um segmento são as coordenadas do ponto médio desse segmento. Será que para qualquer segmento é válido o que pudemos observar nos exemplos anteriores? Vamos mos- trar que sim! Para isso, considere: • um segmento com extremidades A x y ( , )1 1 e B x y ( , )2 2 ; • o ponto M x yM M ( , ), ponto médio do segmento AB. y y2 x2 yM xM y1 B2 B1 M2 M1 A2 A1 x1 x0 B M A Sabe-se que AM MB 1, pois, como M é o ponto médio do segmento AB, então AM MB. Aplicando o teorema de Tales, temos: AM MB A M M B x x x x x x x x x x x x x x M M M M M M � � � � � � � � � � � 1 1 1 1 1 2 2 1 1 2 1 2 1 2 2 AM MB A M M B y y y y y y y y y y y y y y M M M M M M � � � � � � � � � � � 2 2 2 2 1 2 2 1 1 2 1 2 1 2 2 Dado um segmento de extremidades A (x1, y1) e B (x2, y2), temos que: • a abscissa x M do ponto médio é a média aritmética das abscissas dos pontos A e B, ou seja, x x x M � �1 2 2 ; • a ordenada y M do ponto médio é a média aritmética das ordenadas dos pontos A e B, ou seja, y y y M � �1 2 2 . Agora é sua vez! Determine o ponto médio do segmento de extremidades A (1, –7) e B (3, –5). O ponto médio do segmento AB é M (2, –6).x x M M � � � 1 3 2 2 y y M M � � � � �� 7 5 2 6 ( ) Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Matemática 39 Atividades 1. Determine o ponto médio do segmento AB em cada item. a) A (3, 2) e B (4, 5) b) A (3, –2) e B (–1, –6) c) A (0, 7) e B (6, 3) d) A 1 2 1 3 ,� � � � e B � � � � �1 2 3 , 2. Uma das extremidades de um segmento é o ponto A (–2, –2). Sabendo que M (3, –2) é o ponto médio desse segmento, calcule as coordenadas do ponto B (x, y), que é a outra extremidade do segmento. 3. Sabe-se que B (4, 3) é o ponto médio do segmento AC, em que A é um ponto do eixo das abscissas e C é um ponto do eixo das ordenadas. a) Determine as coordenadas dos pontos A e C. Como A é um ponto do eixo das abscissas, sua ordenada é igual a 0. Como C é um ponto do eixo das ordenadas, sua abscissa é igual a 0. Assim, A (x, 0) e C (0, y). Além disso, o ponto médio do segmento AC é B (4, 3). x x y y � � � � � � � � 0 2 4 8 0 2 3 6 Portanto, A (8, 0) e C (0, 6). b) Calcule a distância entre os pontos A e C. C 6 O 8 A x d(A,C) y d A C d A C d A C ( , ) ( , ) ( , ) 2 2 2 2 8 6 64 36 100 100 10 � � � � � � � A distância entre os pontos A e C é 10. 4. Os pontos A (1, 1), B (–1, 6) e C (7, 2) são vértices de um triângulo. Determine o comprimento da mediana AM, relativa ao lado BC. y x0 A C MP B Observe no plano cartesia- no que M (3, 4) e A (1, 1). O comprimento da media- na AM é a distância entre os pontos A e M. Assim: d d (A, P) (M, P) d(A, M) d(A, M) d(A, M) � � � � � � � � � � � � 4 1 3 3 1 2 3 2 9 4 13 2 2 2 2 113 O comprimento da mediana AM é 13 . 5. (ENEM) Foi utilizado o plano cartesiano para a representação de um pavimento de lojas. A loja A está localizada no ponto A (1; 2). No ponto médio entre a loja A e a loja B está o sanitário S, localizado no ponto S (5; 10). Determine as coordenadas do ponto de localização da loja B. a) (–3; –6) b) (–6; –3) c) (3; 6) X d) (9; 18) e) (18; 9) Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Sugestão de atividades: questões 3 e 4 da seção Hora de estudo. Gabaritos.5 9o. ano – Volume 240 A ideia de função Quando relacionamos grandezas variáveis, esta- mos tratando, muitas vezes, do conceito de função. Uma turma do 9º. ano vai fazer uma viagem de ônibus. Para isso, o custo total do transporte será de R$ 1.800,00. Esse valor será dividido entre os alunos que viajarem. A turma tem 36 alunos e a viagem só acontecerá com pelo menos a metade deles. Se os 36 alunos forem viajar, cada um deles pagará R$ 50,00 pelo transporte, pois R R $ . , $ , 1 800 00 36 50 00. Complete a tabela ao lado, que mostra os valores que cada aluno deverá pagar para algumas quantida- des de alunos presentes na viagem. Observe que o valor que cada aluno vai pagar depende do número de alunos. Assim, se o número de alunos mudar, o valor do transporte para cada aluno também mudará. A ideia de função está justamente associada à dependência entre grandezas. Quando dizemos que uma grandeza está “em função” de outra, isso significa que ela depende da outra. Nesse exemplo, o valor que cada aluno deve pagar está em função do número de alunos ou, ainda, o valor é função do número de alunos. Veja mais um exemplo em que uma grandeza depende de outra. Priscila fez uma viagem para a Itália e precisou deixar seus pertences em um guarda-volumes para apro- veitar um passeio em Veneza. A tabela a seguir mostra os valores em euros cobrados para esse serviço. Primeiras 5 horas € 6 Da 6ª. à 12ª. hora € 1 por hora A partir da 13ª. hora € 0,50 por hora Número de alunos Valor para cada aluno 36 R$ 50,00 30 R$ 60,00 25 R$ 72,00 24 R$ 75,00 20 R$ 90,00 18 R$ 100,00 © Sh ut te rs to ck /G iv ag a 41 1. Um parque cobra R$ 6,00 por hora pelo aluguel de uma bicicleta. Caso a pessoa permaneça com a bi- cicleta por 1 hora e 12 minutos, por exemplo, deverá pagar R$ 6,00 pela primeira hora e mais um valor proporcional pelos 12 minutos. a) Qual é o preço cobrado por minuto para alugar uma bicicleta? b) Qual é o preço para alugar uma bicicleta por 2 horas e 17 minutos? c) Uma pessoa que pagou R$ 26,00 pelo aluguel de uma bicicleta ficou por quanto tempo com ela? a) Quais as grandezas envolvidas nessa situação? Tempo em que seus pertences permanecem no guarda-volumes e valor cobrado. b) Se os pertences de Priscila ficarem guardados durante 7 horas, qual valor deverá serpago? 6 euros pelas primeiras 5 horas e 2 euros pela 6ª. e 7ª. horas. Portanto, deverá ser pago um total de 8 euros. c) Para um período de 50 horas, qual valor deverá ser pago? 6 euros pelas primeiras 5 horas, 7 euros da 6ª. a 12ª. hora e 19 euros pelas 38 horas restantes. Portanto, deverá ser pago um total de 32 euros. O valor cobrado para deixar os pertences no guarda-volumes está em função do tempo em que eles per- manecem guardados. Observe agora as quatro primeiras figuras de uma sequência. Note que: A figura 1 tem 3 bolinhas. A figura 2 tem 5 bolinhas. A figura 3 tem 7 bolinhas. A figura 4 tem 9 bolinhas. Assim, cada figura tem 2 bolinhas a mais do que a anterior. Podemos escrever uma fórmula que fornece a quantidade Q de bolinhas em função do número n da figura. Q = 2n + 1 Essa fórmula mostra como as variáveis Q e n estão relacionadas. Com ela, fica fácil determinar a quantidade de bolinhas de qualquer figura. Por exemplo, a figura 10 tem 2 ⋅ 10 + 1 = 21 bolinhas, enquanto a figura 37 tem 2 ⋅ 37 + 1 = 75 bolinhas. A quantidade de bolinhas está em função do número da figura. Isso quer dizer que a quantidade de bolinhas depende do número da figura. Dizemos, portanto, que Q é a variável dependente, enquanto n é a variável independente. A fórmula que relaciona Q e n é denominada lei de formação da função. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Atividades Gabaritos.6 9o. ano – Volume 242 2. Marcos trabalha em uma padaria. a) Levando em consideração a quantidade de quilogramas de pão francês, registre, na tabela, o valor a ser pago em cada caso. Pão francês (quilogramas) Preço a pagar (reais) 1 8,50 2 17,00 2,5 21,25 3 25,50 3,8 32,30 b) Podemos dizer que o preço a pagar depende da quantidade de pão. Essas grandezas são diretamente proporcionais? Sim. Note que, por exemplo, se duplicarmos a quantidade de pão, o preço a pagar também dobra; se triplicarmos a quantidade de pão, o preço a pagar também triplica; e assim por diante. c) Qual é a fórmula que relaciona a quantidade x de pão francês, em quilogramas, e o preço a pagar y, em reais? y x� �8 5, d) Em um dia em que o faturamento da padaria com pão francês foi de R$ 474,30, qual foi a quantidade vendida? y x x x � � � � � � 8 5 474 3 8 5 474 3 8 5 55 8 , , , , , , Portanto, foram vendidos 55,8 kg, ou seja, 55 kg e 800 g. 3. Em cada item, descubra uma fórmula que fornece y em função de x. a) x 1 2 3 4 5 y 4 5 6 7 8 b) x 2 3 4 5 7 y 4 6 8 10 14 c) x 2 3 4 5 7 y 7 9 11 13 17 d) x –6 –3 0 3 6 y –2 –1 0 1 2 y = x + 3 y = 2x y = 2x + 3 y x 3 El ia s. 20 13 . D ig ita l. Matemática 43 4. Observe a sequência de figuras a seguir. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 ... A quantidade Q de bolinhas em função do número n da figura é Q = n2 + 2n + 1. Veja agora esta outra sequência: Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 ... Sobre essa sequência, faça o que se pede. a) Escreva uma fórmula que relacione a quantidade Q de bolinhas azuis e o número n da figura. Dica: Use a fórmula da sequência anterior e observe que em cada figura algumas bolinhas não são azuis. b) Calcule o número de bolinhas azuis da figura 15. c) Calcule o número de bolinhas amarelas da figura 44. d) Escreva o número da figura com exatamente 930 bolinhas azuis. 5. Observe na figura um retângulo. 50 – x x a) Calcule o perímetro P desse retângulo. b) O perímetro do retângulo depende do valor de x? c) Calcule a área A desse retângulo. d) A área do retângulo depende do valor de x? e) Calcule a área do retângulo para x = 10. • Existe outro valor de x para o qual a área do retângulo é a mesma? 9o. ano – Volume 244 6. Você já conhece as escalas Celsius e Fahrenheit. Uma fórmula que relaciona as temperaturas nessas duas escalas é: F C� � �1 8 32, Nessa fórmula, a variável F é a temperatura em graus Fahrenheit; a variável C, a temperatura em graus Celsius. a) Transforme 10 °C e 30 °C em graus Fahrenheit. b) As variáveis F e C são diretamente proporcionais? c) Na imagem ao lado, a temperatura indicada é de 68 °F. Qual é a temperatura correspondente em graus Celsius? 7. Duas variáveis x e y estão relacionadas por meio da fórmula y a x b� � � , em que a e b são números reais. A tabela a seguir mostra dois valores de x e os correspondentes valores de y. x y 1 7 2 10 a) Calcule os valores de a e b. b) Calcule o valor de y para x = 7. c) Calcule o valor de x para y = 0. O que é melhor: lavar o carro com mangueira comum ou lavadora de alta pressão? Uma lavadora de alta pressão gasta até 14% da água que gastaria uma mangueira ligada à torneira totalmente aberta. A máquina tem um sistema dosador que, aliado à pressão, limita a vazão de água, independentemente da abertura da torneira. [...] Já a mangueira, mesmo com meia-volta na torneira ligada à rede pública, gasta cerca de 25 litros por minuto, conforme simulação feita no site da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). [...] O remédio, no caso de optar pela mangueira, é colocar um gatilho na ponta. Mesmo não controlando a vazão como uma lavadora a pressão, ele só funciona ao ser apertado, evitando o desperdício enquanto a pessoa estiver esfregando o carro. Sugestão de atividades: questões de 5 a 9 da seção Hora de estudo. Representação gráfica de uma função Você já aprendeu como marcar pontos em um plano cartesiano e que cada ponto tem duas coordenadas. Estudaremos agora que uma função pode ser representada graficamente. Veremos como fazer isso nas situa- ções a seguir. Primeira situação BONI, Ana P. O que é melhor: lavar o carro com mangueira comum ou lavadora de alta pressão? Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/vitrine/vi2712200808.htm>. Acesso em: 2 ago. 2018. © Sh ut te rs to ck /O liv ie r L e M oa l Matemática 45 Considere que Paulo esteja lavando o carro com uma mangueira que gasta 25 litros por minuto. Complete a tabela a seguir em que está representada a quantidade de água, em litros, que sai pela mangueira em função do tempo, em minutos. Tempo (min) Quantidade de água (L) 0 0 1 25 2 50 3 75 4 100 5 125 Podemos escrever a fórmula y = 25x, que fornece a quantidade de água gasta (y) em função do tempo (x) em que a torneira permanece aberta. Note que podemos usar essa fórmula para obter os mesmos pares de valores da tabela anterior. Veja os pontos obtidos marcados no plano cartesiano. x y = 25x (x, y) 0 y = 25 ⋅ 0 = 0 (0, 0) 1 y = 25 ⋅ 1 = 25 (1, 25) 2 y = 25 ⋅ 2 = 50 (2, 50) 3 y = 25 ⋅ 3 = 75 (3, 75) 4 y = 25 ⋅ 4 = 100 (4, 100) 5 y = 25 ∙ 5 = 125 (5, 125) Além desses pontos obtidos, existem muitos outros. Na verdade, outros infinitos pontos. O menor valor pos- sível para x é 0, que indica que a torneira está fechada. Quando a torneira é aberta e começa a passar o tempo, a quantidade de água gasta é diretamente proporcional a esse tempo. Caso calculássemos a quantidade de água para outros valores de x (0,5 ou 1,2, por exemplo) e marcássemos os pontos no plano cartesiano, veríamos que todos os pontos estão alinhados. Desse modo, o gráfico dessa função é uma linha reta. y 100 125 150 75 50 25 1 2 0,5 1,2 3 4 5 6 x0 y 100 125 150 75 50 25 1 2 3 4 5 6 x0 Explique aos alunos que, nessa representação gráfica, as divisões dos eixos x e y não estão na mesma escala. Ilu st ra C ar to on . 2 01 8. D ig ita l. Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Comente com os alunos sobre o consumo excessivo de água quan- do se utiliza uma mangueira para lavar o carro. Para poupar água, o ideal é realizar a limpeza usando um balde, evitando o desperdício. É interessante também pensar em ideias que envolvem o aproveita- mento da água da chuva para se fazer a lavagem do automóvel. 9o. ano – Volume 246 Segunda situação Vamos agora construir o gráfico de uma função cuja fórmula é y = x2 – 4. Para isso, escolhemos alguns valo- res para x e calculamos os valores de y.x y = x2 – 4 –3 y = (–3)2 – 4 = 5 –2 y = (–2)2 – 4 = 0 –1 y = (–1)2 – 4 = –3 0 y = 02 – 4 = –4 1 y = 12 – 4 = –3 2 y = 22 – 4 = 0 3 y = 32 – 4 = 5 Com isso, formamos os seguintes pares ordenados: (–3, 5), (–2, 0), (–1, –3), (0, –4), (1, –3), (2, 0), (3, 5) Vamos marcar os pontos correspondentes no plano cartesiano. y 4 5 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 –4 2 3 4 5 x0 Assim como o gráfico anterior, esse tem infinitos pontos. Porém, nesse caso não parece tão simples saber como ligar os pontos, pois eles não estão alinhados. Escolhendo outros valores de x, podemos obter quantos pontos desejarmos. Veja como fica o gráfico inserindo mais seis pontos. y 4 5 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 –4 2 3 4 5 x0 Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. Matemática 47 1. Associe cada lei de formação ao gráfico correspondente. a) y = 2x – 4 b) y x � � 2 c) y = 4x d) y = –2x + 4 ( b ) y 3 4 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 2 3 x0 ( a ) y 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –4 –5 2 3 4 x0 ( d ) y 3 4 5 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 2 3 x0 ( c ) y 3 4 5 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 2 3 x0 Repare que agora ficou mais fácil imaginar como é esse gráfico. Ainda neste ano, você vai estudar com mais detalhes como é esse tipo de gráfico. Por enquanto, vamos dizer apenas que é uma curva chamada de parábo- la. Veja como é o gráfico considerando mais pontos. y 4 5 3 2 1 1–1 –1 –2 –2 –3 –3 –4 –4 2 3 4 5 x0 Atividades 7 Gabaritos e comentários. Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. 9o. ano – Volume 248 2. Qual dos gráficos representa a função y = –x2? a) y 4 5 3 2 1 1–1–2 2 x0 X b) y 1–1 –1 –2 –2 –3 –4 –5 2 x0 3. O perímetro P de um hexágono regular é dado em função da medida l dos seus lados. Por exemplo, o perímetro de um hexágono cujos lados medem 1 é igual a 6. Determine: a) a lei de formação dessa função; P = 6l b) no plano cartesiano ao lado, construa o gráfico dessa função. Repare que no ponto (0, 0) existe uma bola “vazia”. Ela indica que esse ponto não faz parte do gráfico, pois não existe um hexágono cujos lados medem 0. 4. (ENEM) Deseja-se postar cartas não comerciais, sendo duas de 100 g, três de 200 g e uma de 350 g. O gráfico mostra o custo para enviar uma carta não comercial pelos Correios: Custo (R$) 4,00 4,45 3,55 3,10 2,65 1,70 1,25 0,80 2,15 50 100 150 200 250 300 350 400 Massa (g) Disponível em: www.correios.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado). O valor total gasto, em reais, para postar essas cartas é de a) 8,35. b) 12,50. c) 14,40. X d) 15,35. e) 18,05. Há comentários nas orientações didáticas. y 24 30 18 12 6 1 2 3 4 5 x0 Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 18 . D ig ita l. Matemática 49 5. (ENEM) Num dia de tempestade, a alteração na profundidade de um rio, num determinado local, foi registrada durante um período de 4 horas. Os resultados estão indicados no gráfico de linhas. Nele, a profundidade h, registrada às 13 horas, não foi anotada e, a partir de h, cada unidade sobre o eixo vertical representa um metro. Registro de profundidade 13 14 15 16 Hora170 Pr of un di da de (m ) Foi informado que entre 15 horas e 16 horas, a profundidade do rio diminuiu em 10%. Às 16 horas, qual é a profundidade do rio, em metro, no local onde foram feitos os registros? X a) 18 b) 20 c) 24 d) 36 e) 40 Entre 15 h e 16 h, a profundidade diminuiu 2 metros, que representa 10% da profundidade às 15 h. Assim, pode-se concluir que a profundidade às 15 h era de 20 metros (20 ∙ 10% = 2) e às 16 h era de 18 metros. Sugestão de atividades: questões 10 e 11 da seção Hora de estudo. Organize as ideias Neste capítulo, você viu como obter o ponto médio de um segmento e calcular a distância entre dois pontos quando conhecemos as coordenadas desses pontos no plano cartesiano. Aprendeu também que uma função é uma relação entre duas variáveis. Complete as frases a seguir. • O plano cartesiano é determinado por duas retas perpendiculares, que chamamos de eixos cartesianos. • A distância entre dois pontos é a medida do segmento de reta que tem os dois pontos como extremidades. • O ponto médio de um segmento é aquele que o divide em dois outros segmentos congruentes entre si. • A ideia de função está associada à dependência entre grandezas. Quando dizemos que uma grandeza está “em função” de outra, isso significa que ela depende da outra. 9o. ano – Volume 250 Hora de estudo 1. (ENEM) Um construtor pretende murar um terreno e, para isso, precisa calcular o seu perímetro. O ter- reno está representado no plano cartesiano, conforme a figura, no qual foi usada a escala 1 : 500. Use 2,8 como aproximação para 8 . cm cm 6 9 1 1 De acordo com essas informações, o perímetro do terreno, em metros, é a) 110. b) 120. X c) 124. d) 130. e) 144. 2. (UNICAMP – SP) A figura abaixo apresenta parte do mapa de uma cidade, no qual estão identificadas a catedral, a prefeitura e a câmara de vereadores. Observe que o quadriculado não representa os quartei- rões da cidade, servindo apenas para a localização dos pontos e retas no plano cartesiano. Nessa cidade, a Avenida Brasil é formada pelos pontos equidistantes da catedral e da prefeitura, enquanto a Avenida Juscelino Kubitschek (não mostrada no mapa) é formada pelos pontos equidistantes da prefeitura e da câmara de vereadores. y 4 5 6 7 3 2 1 1 2 catedral Avenida Brasil prefeitura câmara 3 4 5 6 7 x0 Sabendo que a distância real entre a catedral e a prefeitura é de 500 m, podemos concluir que a distância real, em linha reta, entre a catedral e a câmara de vereadores é de a) 1 500 m. X b) 500 5 m. c) 1 000 2 m. d) 500 + 500 2 m. 3. (IBMEC – RJ) Considere o triângulo ABC, onde A (2, 3), B (10, 9) e C (10, 3) representam as coorde- nadas dos seus vértices no plano cartesiano. Se M é o ponto médio do lado AB, então, a medida de MC vale: a) 2 3 b) 3 X c) 5 d) 3 2 e) 6 Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. Gabaritos.8 Todas as atividades devem ser resolvidas no caderno. 51 4. Observe no plano cartesiano os pontos A (–4, 1), B (4, 5), C (5, 4) e D (3, –2). Sabe-se que M é o ponto médio do segmento AB e que N é o ponto médio do segmento CD. y x0 A B C D A distância entre os pontos M e N é: a) 6 b) 5 c) 5 X d) 2 5 e) 20 5. A função y = 2x + 3 pode assumir valores positivos e valores negativos. Perceba que, quando x = 2, o valor dessa função é igual a y = 2 ⋅ 2 + 3 = 7, que é um valor positivo. Já quando x = –2, o valor dessa função é igual a y = 2 ⋅ (–2) + 3 = –1, que é um valor negativo. a) Encontre o valor de x para o qual a função é nula, ou seja, o valor de x tal que y = 0. b) Encontre os valores para os quais a função assume valores estritamente positivos. c) Encontre os valores para os quais a função assume valores estritamente negativos. 6. (UEG – GO) No centro de uma cidade, há três estacionamentos que cobram da seguinte maneira: Estacionamento A Estacionamento B Estacionamento C R$ 5,00 pela primeira hora, R$ 3,00 por cada hora subsequente R$ 4,00 por hora R$ 6,00 pela primeira hora, R$ 2,00 por cada hora subsequente Será mais vantajoso, financeiramente, parar a) no estacionamento A, desde que o automóvel fique estacionado por quatro horas. b) no estacionamento B, desde que o automóvel fique estacionado por três horas. c) em qualquer um, desde que o automóvel fique estacionado por uma hora. X d) em qualquer um, desde que o automóvel fique estacionado por duas horas. e) no estacionamento C, desde que o automóvel fique estacionado por uma hora. Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 52 7. (ENEM) Os consumidores X, Y, e Z desejam trocar seus planos de internet móvel
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