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ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS

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ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS  
Os antagonistas adrenérgicos são medicamentos que bloqueiam tanto ação alfa quanto a ação 
beta, sendo os beta-bloqueadores os mais utilizados a nível ambulatorial. Quase todos os fármacos 
antagonistas adrenérgicos são competitivos; uma importante exceção é a fenoxibenzamina, um 
antagonista irreversível que se liga de modo covalente aos receptores α. Existem importantes 
diferenças estruturais entre os vários tipos de receptores adrenérgicos. Com o desenvolvimento de 
compostos que possuem diferentes afinidades pelos vários receptores, é possível interferir de 
modo seletivo nas respostas que resultam da estimulação do sistema nervoso simpático. 
 
 
Bloqueadores alfa-adrenérgicos 
Muitas das ações importantes das catecolaminas endógenas são mediadas pelos receptores 
α-adrenérgicos. As principais ações consistem em contrações dos músculos lisos arterial, venoso e 
visceral pelos receptores α1. Os receptores α2 estão envolvidos na supressão da descarga 
simpática, no aumento do tônus vagal, na promoção da agregação plaquetária, na inibição da 
liberação de NE e ACh das terminações nervosas e na regulação dos efeitos metabólicos. Esses 
efeitos incluem a supressão da secreção de insulina, redução da liberação de glicose e inibição da 
lipólise. 
Alguns dos efeitos mais importantes dos agonistas dos receptores α são observados clinicamente 
no sistema cardiovascular. Esses fármacos atuam no SNC e na periferia, e o resultado depende do 
1 
 
estado cardiovascular do paciente por ocasião da administração do medicamento e da seletividade 
relativa do agente pelos receptores α1 e α2. 
Os receptores α2 contribuem para a contração do músculo liso na veia safena humana, enquanto 
os receptores α1 estão mais proeminentes nas veias dorsais da mão. Os efeitos dos antagonistas 
receptores α2 no sistema cardiovascular são dominados pelas ações no SNC e nas terminações 
nervosas simpáticas. 
Propriedades farmacológicas gerais: ​o bloqueio dos receptores adrenérgicos α1 inibe a 
vasoconstrição induzida por catecolaminas endógenas; pode ocorrer vasodilatação nos vasos de 
resistência arteriolar e veias. O resultado é redução da pressão arterial devido a diminuição da 
resistência periférica. Para a maioria dos antagonistas de receptor α, a queda da pressão arterial 
sofre oposição de reflexos barorreceptores que causam aumento da frequência e débito cardíaco, 
bem como retenção de líquidos. Estes reflexos são exagerados se o antagonista também bloqueia 
os receptores α2 nas terminações nervosas simpáticas periféricas levando a maior liberação de NE 
(pelo feedback negativo) e aumento da estimulação de receptores β1 no coração e células nas 
justaglomerulares. 
O padrão do efeito depende do agonista adrenérgico administrado: a resposta pressora da 
fenilefrina pode ser suprimida completamente; a da NE é bloqueada incompletamente devido a 
estimulação residual dos receptores β1 cardíacos e a resposta pressora da epinefrina pode ser 
transformada em efeito vasodepressor devido a estimulação residual de receptores β2 nos vasos 
com vasodilatação. 
Existem antagonistas de três tipos: 
1. Não seletivos​ (atuam em alfa 1 e alfa 2), como​ fenoxibenzamina​ - uma halo alquilamina -, 
fentolamina​ e​ tolazolina​ (imidazolinas). 
A fenoxibenzamina é um inibidor IRREVERSÍVEL (se liga covalentemente ao receptor e por 
isso seu efeito é muito mais prolongado) de receptores tanto alfa 1 quanto alfa 2. Quando 
falamos em receptores alfa instantâneamente a doença alvo mais associada é a hipertensão 
arterial, visto que alfa 1 reduz RVP e retorno venoso. Então, reduz elementos que 
contribuem para a HAS e por um longo período de tempo, o que seria um ótimo ponto 
positivo deste medicamento. Porém, como, esse exemplo é de um fármaco não seletivo, ele 
também vai atuar em alfa 2 e este receptor tem a característica de modular as respostas 
simpatomiméticas, ao bloqueá-lo consequentemente iria aumentar a FC, DC e força de 
2 
 
contração do miocárdio. Portanto, esse não é um medicamento utilizado no tratamento de 
HAS. 
É utilizada no tratamento do feocromocitoma (tumor de adrenal que faz com que haja uma 
hipersecreção de epinefrina na zona medular da glândula).O resultado usual é hipertensão 
que pode ser episódica e grave. A maioria dos feocromocitomas é tratada cirurgicamente, 
contudo, a fenoxibenzamina é usada com frequência na preparação do paciente para a 
cirurgia, pois somente a manipulação da glândula durante o ato cirúrgico pode causar uma 
grande descarga de catecolaminas na circulação. Pode ocorrer taquicardia reflexa devido a 
ativação do sistema barorreceptor devido a queda da PA provocada pela inibição de alfa 1. 
A fentolamina realiza um bloqueio competitivo (por esse motivo suas ações não são tão 
evidentes quanto as da fenoxibenzamina) e atua não só nos receptores alfa como também 
nos serotonérgicos. Sua absorção é limitada pela via oral, sendo a via de escolha a IV. É 
utilizada também no tratamento de feocromocitoma. A fentolamina é usada localmente para 
prevenir a necrose dermal após o extravasamento inadvertido de um agonista α.Também 
pode ser útil no tratamento de crises hipertensivas que se seguem a retirada abrupta de 
clonidina ou que podem resultar da ingestão de alimentos contendo tiramina durante o uso 
de inibidores de MAO não seletivos. 
Hipotensão postural é um resultado com o uso destes fármacos e, acompanhado de 
taquicardia reflexa que pode precipitar arritmias cardíacas, limita gravemente o uso destes 
fármacos para tratar a hipertensão. 
2. α1 seletivos​, como ​prazosin, doxazosin, terazosin, alfuzosina ​etc. 
A prazosina é interessante a nível ambulatorial justamente por ser um antagonista alfa 1 
seletivo e por isso atuar eficazmente na diminuição da pressão arterial através do 
mecanismo de vasodilatação. Possui uma biodisponibilidade de 50 a 70% e uma meia vida 
de 2 a 3 horas após administração VO (devido a essa característica de T ½ curto é que ela é 
utilizada em casos de emergência). O fármaco liga-se fortemente às proteínas plasmáticas 
(primariamente à glicoproteína α1 ácida), e apenas 5% encontram-se livres na circulação. 
As doenças que modificam a concentração dessa proteína podem alterar a fração livre do 
fármaco. É extensamente biotransformada no fígado, e apenas uma pequena quantidade 
inalterada é excretada pelo rim. 
Seu mecanismo anti-hipertensivo consiste na minimização dos efeitos de alfa 1: 
vasodilatação arteriolar, diminuição da RVP e do retorno venoso. Não produz efeitos 
3 
 
significativos sobre a FC - teoricamente, uma diminuição na PA ativa o reflexo barorreceptor 
para que haja elevação da PA, mas a prazosina reduz também a atividade a atividade 
barorreceptora, caso ela esteja presente (pois o paciente hipertenso já apresenta uma 
diminuição significativa desse reflexo). Como a prazosina tem pouco ou nenhum efeito 
bloqueador dos receptores α2 nas concentrações terapêuticas, é provável que não promova 
a liberação de NE das terminações nervosas simpáticas no coração. Além disso, ela diminui 
a pré-carga cardíaca e, portanto, tem pouca tendência a aumentar o débito e a frequência 
cardíacas. Embora a combinação de redução da pré-carga e bloqueio seletivo dos 
receptores α1 possa ser suficiente para explicar a relativa ausência de taquicardia reflexa, a 
prazosina também pode atuar no SNC, suprimindo a descarga simpática. 
Além disso, a diminuição da PA realizada por esse medicamento não é suficiente para 
alterar o fluxo renal; melhora o perfil lipídico por alterar o catabolismo das lipoproteínas, o 
que eleva o HDL e diminui o LDL e a taxa de triglicerídeos; pode sofrer alguma tolerância 
quando sofrer ativação do sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. ​Esse medicamento 
deve ser utilizado associado a diuréticos ou iECA. 
Um dos seus efeitos adversos mais comuns consiste na hipotensão postural na primeira 
dosagemdo medicamento, cerca de 30-40min após a ingestão. Por esse motivo é 
recomendado iniciar o tratamento pela noite e ir aumentando a dosagem gradativamente. 
Doxazosin e terazosin são medicamentos que possuem não só uma biodisponibilidade 
maior como também um T ½ maior que a prazosina, e por isso são utilizados no tratamento 
da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). 
A terazosina é mais hidrossolúvel do que a prazosina, e sua biodisponibilidade é alta (> 
90%). A sua meia-vida de eliminação é de cerca de 12 h, e a sua ação estende-se 
habitualmente por mais de 18 h (por isso possui a vantagem de só precisar de uma única 
dosagem por dia). Apresenta menos efeitos colaterais e responde melhor ao tratamento de 
HPB. Um aspecto interessante da ação da terazosina e da doxazosina no tratamento de 
distúrbios do trato urinário inferior em homens com HPB consiste na indução da apoptose 
das células musculares lisas da próstata. Esse processo de apoptose pode diminuir os 
sintomas associados à HPB crônica ao limitar a proliferação celular. 
A doxazosina possui a maior T ½ dentre todos (cerca de 22h) e a sua ação pode 
estender-se por 36 h. Por esse motivo é utilizado para pacientes com HPB que relatam que 
4 
 
acordam a noite e não conseguem urinar. Os metabólitos da doxazosina são eliminados, em 
sua maior parte, nas fezes. 
A alfuzosina também é utilizada no tratamento de HPB, relaxa o músculo liso tanto da 
próstata quanto da bexiga o que facilita a micção. Sua biodisponibilidade é de cerca de 64%, 
com meia-vida de 3-5 h. A alfuzosina é substrato da CYP3A4 e a administração simultânea 
de inibidores de CYP3A4 (p. ex., cetoconazol, claritromicina, itraconazol, ritonavir) é 
contraindicada. A alfuzosina deve ser evitada em pacientes com risco de síndrome de QT 
prolongado. 
A Tansulosina é um medicamento mais recente, possui uma meia vida de 9 a 15 horas. 
Apresenta uma grande potência na inibição da contração da musculatura lisa da próstata 
sem refletir na musculatura lisa vascular, ou seja, sem interferir na PA do paciente. É 
extensamente biotransformada por CYPs. 
3. α2 seletivos​, como a​ ioimbina. 
A ativação dos receptores α2 pré-sinápticos inibem a liberação de NE e outros 
cotransmissores pelas terminações nervosas simpáticas periféricas. A ativação dos 
receptores α2 na região pontomedular do SNC inibe a atividade do sistema nervoso 
simpático e causa a redução da pressão arterial; estes receptores são o local de ação de 
fármacos como a clonidina. 
Bloqueadores α2 podem aumentar o efluxo simpático e potencializar a liberação de NE do 
terminal nervoso levando a ativação dos receptores α1 e β1 no coração e vasos periféricos 
com consequente aumento da pressão arterial. 
A ioimbina não é muito utilizada atualmente, mas pode ser utilizada para reverter os efeitos 
dos agonistas alfa 2, como a clonidina. Entra facilmente no SNC, onde atua produzindo 
elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca; além disso, intensifica a atividade 
motora e provoca tremores. Essas ações opõem-se às da clonidina. 
O ​uso terapêutico​ desses medicamentos consiste no tratamento da HAS, hipertensão secundaria 
ao feocromocitoma, disfunção sexual (não é muito utilizado) e HPB. 
Os ​efeitos adversos​ mais comuns observados são: tontura (hipotensão ortostática), fraqueza, 
sonolência, cefaléia, palpitação, congestão nasal e ejaculação retrógrada. Embora aconteça em 
menos de 0,5% dos pacientes, pode ocorrer um quadro de síncope. 
 
5 
 
Bloqueadores beta-adrenérgicos  
Os beta bloqueadores possuem algumas características diferenciais que tornam bastante comum o 
seu uso clínico. São elas: cardiosseletividade (atuam preferencialmente em receptores presentes 
no coração), atividade simpaticomimética intrínseca, lipossolubilidade e farmacocinética favorável. 
O propranolol é um antagonista puro, que não tem a capacidade de ativar os receptores β. Vários 
bloqueadores β (p. ex., pindolol e acebutolol) ativam parcialmente os receptores β na ausência de 
catecolaminas; entretanto, as atividades inerentes desses fármacos são menores que a de um 
agonista total, como o isoproterenol. Esses ​agonistas parciais​ apresentam atividade 
simpaticomimética intrínseca. A existência de uma ligeira atividade residual pode, por exemplo, 
evitar a ocorrência de bradicardia profunda ou de inotropismo negativo no coração em repouso. 
Esses fármacos incluem o propranolol, o acebutolol e o carvedilol. 
Além disso, foi constatado que outros antagonistas dos receptores β têm a propriedade do 
denominado ​agonismo inverso​. Esses fármacos podem diminuir a atividade basal da sinalização 
dos receptores β ao desviar o equilíbrio dos receptores espontaneamente ativos para o estado 
inativo. Vários desses antagonistas também exibem atividade anestésica local ou de estabilização 
da membrana, semelhante à lidocaína, que não depende do bloqueio β. 
Os antagonistas β podem ser distinguidos pelas seguintes propriedades: afinidade relativa pelos 
receptores β1 e β2, atividade simpaticomimética intrínseca, bloqueio dos receptores α, diferenças 
na lipossolubilidade, capacidade de induzir vasodilatação e propriedades farmacocinéticas. 
Propriedades farmacológicas 
➔ Sistema cardiovascular: ​ diminuem a frequência cardíaca (cronotropismo) e a 
contratilidade do miocárdio (inotropismo). Em um indivíduo normal em repouso o efeito 
desse medicamento é mínimo, mas quando o simpático é ativado, como durante o exercício 
ou o estresse, os antagonistas β atenuam a elevação esperada na frequência cardíaca. 
A administração a curto prazo de antagonistas dos receptores β, como o propranolol, diminui 
o débito cardíaco; a resistência periférica aumenta proporcionalmente para manter a 
pressão arterial, em consequência do bloqueio dos receptores β2 vasculares e dos reflexos 
compensatórios, como aumento da atividade do sistema nervoso simpático, resultando em 
ativação dos receptores α vasculares. Porém, com o uso prolongado dos antagonistas β, a 
resistência periférica total tende a retornar a seus valores iniciais ou diminui em pacientes 
com hipertensão. No caso de antagonistas β que também atuam como antagonistas dos 
6 
 
receptores α1, como o labetalol, o carvedilol e o bucindolol, o débito cardíaco é mantido, 
com maior redução da resistência periférica. Essa situação também é observada com 
antagonistas β que atuam como vasodilatadores diretos. 
Foram identificados receptores β3 no tecido miocárdico normal de várias espécies, incluindo 
os humanos. A transdução de sinal dos receptores β3 é complexa e inclui Gs e Gi /Go; a 
estimulação de receptores β3 cardíacos inibe a contração e o relaxamento cardíacos. 
Os antagonistas dos receptores β reduzem a frequência sinusal, diminuem a velocidade de 
despolarização espontânea de marca-passos, diminuem a velocidade de condução nos 
átrios e no nodo AV e aumentam o período refratário funcional desse nodo. 
➔ Atividade anti-hipertensiva 
● Produção de vasodilatação 
periférica (as propriedades 
que contribuem para esse 
efeito incluem a produção de 
óxido nítrico, a ativação dos 
receptores β2, o bloqueio dos 
receptores α1, o bloqueio da 
entrada de Ca2+, a abertura 
dos canais de K+ e a 
atividade antioxidante) que acentua a hipotensão, ao aumentar o fluxo sanguíneo periférico 
e diminuir a pós-carga. 
● Bloqueio da liberação de renina do aparelho justaglomerular. 
 Labetalol e Carvedilol (promovem bloqueio do alfa 1) = vasodilatação = diminuição da PA. 
➔ Sistema pulmonar 
Os antagonistas não seletivos, como o propranolol, bloqueiam os receptores β2 no músculo 
liso brônquico, importante em pacientes com asma e DPOC pois pode causar uma 
broncoconstrição fatal. Não tem importância significativa na função pulmonar de pessoas 
saudáveis. 
➔ Efeitos metabólicos 
Retardam a recuperação da hipoglicemia no diabetes melito tipo 1 (dependente de insulina), 
porém raramente no diabetesmelito tipo 2. A DM II provoca um aumento de FC e de PA em 
uma tentativa de conseguir aumentar a chegada de sangue e, consequentemente, de 
7 
 
glicose no tecido. Com o beta bloqueador não acontece esse aumento de FC e nem a 
glicogenólise hepática promovida pelas catecolaminas. Contudo, na DM II a resposta é mais 
simples pois ainda acontece uma interação entre fígado e pâncreas, diferente da DMI que 
não possui mais essa interação. 
Ainda, podem interferir nos efeitos contra reguladores das catecolaminas secretadas durante 
a hipoglicemia ao atenuar a percepção de sintomas, como tremor, taquicardia e nervosismo. 
Por isso, se um fármaco desse tipo for indicado, prefere-se um antagonista β1-seletivo, visto 
que esses têm menos tendência a retardar a recuperação da hipoglicemia. 
Os receptores β medeiam a ativação da lipase sensível a hormônio nas células adiposas, 
portanto, a ação de β bloqueadores resultam em uma menor liberação de ácidos graxos 
livres dessas células, que é usado pelo músculo como fonte de energia em momentos de 
atividade. 
Os antagonistas dos receptores β não seletivos reduzem o HDL-colesterol e aumentam o 
LDL e os triglicerídeos. Em contraste, os antagonistas β1-seletivos, incluindo o celiprolol, o 
carteolol, o nebivolol, o carvedilol e o bevantolol, melhoram o perfil lipídico de pacientes com 
dislipidemia. Enquanto certos fármacos, como o propranolol e o atenolol, aumentam os 
triglicerídeos, os níveis plasmáticos de triglicerídeos são reduzidos com o uso crônico de 
celiprolol, carvedilol e carteolol. 
Os antagonistas β vasodilatadores (ou seja, os que antagonizam alfa 1 também) aumentam 
a sensibilidade à insulina em pacientes que apresentam resistência à insulina. A melhora da 
sensibilidade à insulina por antagonistas β vasodilatadores pode contrabalançar 
parcialmente o risco de agravamento das anormalidades dos lipídeos associadas ao 
diabetes. Se houver necessidade de administrar bloqueadores β, os antagonistas 
β1-seletivos ou dos receptores β vasodilatadores são preferidos. 
Essa classe de medicamentos possuem o intuito de diminuir o gasto cardíaco, a secreção de 
renina (através da melhora do sistema cardiovascular faz com que os rins recebam mais sangue e 
consequentemente diminui a expressão do sistema RAA) e a liberação de norepinefrina. 
São muito utilizados em pacientes que já sofreram um IAM pois ao​ reduzirem o gasto cardíaco​, 
de acordo com a lei de oferta e demanda do coração, diminuem a demanda de oxigênio do 
miocárdio a nível fisiológico - dentro de sua limitação - para que ele se torne o mais eficiente 
possível no processo de ejeção ao proporcionar um maior tempo para as câmaras cardíacas se 
encherem e fazendo com que o coração se 
8 
 
contraia menos vezes, o que consequentemente faz com que o músculo trabalhe menos e, assim, 
não necessite de tanto oxigênio como necessita em indivíduos saudáveis. 
O fluxo sanguíneo nas artérias coronárias aumenta durante o exercício ou o estresse para atender 
às demandas metabólicas do coração. Ao aumentar a frequência cardíaca, a contratilidade e a 
pressão sistólica, as catecolaminas aumentam a demanda de oxigênio do miocárdio. Todavia, em 
pacientes com coronariopatia, a estenose fixa desses vasos atenua o aumento esperado de fluxo, 
com consequente isquemia do miocárdio. Os antagonistas dos receptores β diminuem os efeitos 
das catecolaminas sobre os determinantes do consumo de oxigênio do miocárdio. O efeito final 
consiste em melhorar a relação entre o suprimento e a demanda de oxigênio do coração; ocorre 
geralmente uma melhora da tolerância ao exercício em pacientes com angina, cuja capacidade de 
efetuar um exercício físico é limitada pelo desenvolvimento de dor torácica. 
 
O mecanismo de ação consiste na inibição competitiva com agonistas (NE principalmente). Por 
esse motivo, a recomendação feita ao paciente é evitar estresse, ou seja, evitar situações que 
elevem a taxa de NE no organismo, para evitar que ela “ganhe” a competição contra o beta 
bloqueador. Uma vez que a NE ganha essa competição, para que o beta bloqueador volte a 
apresentar os mesmos efeitos, é necessário um aumento da dose, o que também aumenta os seus 
efeitos colaterais. 
Fisiologia do beta 1​: a ativação da ptn Gq/Gs (excitatória) resulta em um aumento da 
concentração de AMPc que aumenta a condutância de cálcio para dentro da célula. Assim, facilita 
a contração e o relaxamento é antecipado. Então, quando hiper ativado ocorre um aumento da FC. 
Dentro dos beta bloqueadores, existem 4 subtipos PRINCIPAIS: 
1. Antagonistas beta 1 e beta 2 
Propranolol:​ reduz FC e tem efeito anti-hipertensivo. Porém como ele também tem ação no 
beta 2 - presente principalmente no pulmão e vasos da musculatura esquelética 
(relaxamento) - é preciso saber se o paciente apresenta asma pois no pulmão o beta d2 
9 
 
promove broncodilatação, que possibilita uma maior captação de oxigênio, e ao antagonizar 
esse receptor ocorre a piora do quadro asmático e também pode acontecer descontrole do 
quadro de um paciente que já estava controlado. Uma desvantagem clínica consiste na 
possível necessidade de múltiplos aumentos da dose com o decorrer do tempo. 
Farmacocinética: biodisponibilidade de cerca de 25% pois grande parte é biotransformado 
pelo fígado durante a primeira passagem pela circulação porta; é bastante lipossolúvel (sofre 
absorção quase completa após administração oral); e possui T ½ de 3 a 5h. 
Timolol: ​ é usado para tratar hipertensão, ICC, IAM e profilaxia da enxaqueca. Em 
oftalmologia o timolol tem sido usado no tratamento do glaucoma de ângulo aberto e 
hipertensão intraocular. 
Pindolol:​ é um agonista parcial (faz com que aquela região onde ele atua mantenha uma 
atividade intrínseca sem permitir com que haja evidência do efeito), ou seja, apresenta uma 
atividade simpatomimética intrínseca. É o beta bloqueador mais indicado para grávidas, mas 
NÃO É a opção de escolha. 
Farmacocinética: biodisponibilidade de cerca de 75%, médio lipossolúvel e T ½ de 3 a 4h. 
Também há o nadolol que tem biodisponibilidade de 35%, pouco lipossolúvel e T ½ de 
10-20h. 
2. Antagonistas seletivos b1 (cardiosseletivos) 
São preferíveis para pacientes com broncoespasmo, diabetes, doença vascular periférica ou 
fenômeno de Raynaud. 
Metoprolol, bisoprolol, atenolol e acebutolol: ​menor impacto no pulmão, mas em uma 
dosagem alta pode ter efeito beta 2 e se o paciente tiver comprometimento pulmonar a 
indicação é para começar o tratamento com a menor dose possível, mesmo que este seja 
um seletivo beta 1. 
O metoprolol é utilizado para o tratamento da hipertensão essencial, angina de peito, 
taquicardia, insuficiência cardíaca, síncope vasovagal, como prevenção secundária após 
infarto do miocárdio, como auxiliar no tratamento do hipertireoidismo e na profilaxia da 
enxaqueca. 
O ​atenolol ​pode ser usado para tratar hipertensão, doença coronariana, arritmias, angina de 
peito e para tratar ou reduzir o risco de complicações cardíacas que seguem ao infarto do 
miocárdio. Também é usado para tratar a doença de Graves até que a medicação anti 
10 
 
tireoide produza seu efeito. Foi constatado que o atenolol é eficaz se associado a um 
diurético, para pacientes idosos com hipertensão sistólica isolada. O atenolol causa menos 
efeitos adversos no SNC (depressão, pesadelos) do que a maioria dos β-bloqueadores e 
poucas reações broncoespásticas devido ao perfil farmacológico e farmacocinético (sofre 
absorção incompleta, cerca de 50%, porém a maior parte da dose absorvida alcança a 
circulação sistêmica). *O atenolol acumula em pacientes com insuficiência renal, devendo-se 
ajustar a dose em pacientes cuja depuração de creatinina é inferior a 35 mL/min. 
Esmolol ​é a opção injetável​, então é muito utilizada em hospitais. Possui baixa solubilidade 
lipídica e tem um T ½ de 10 min. 
Nebivolol:​ além de ter ação betabloqueadora, potencializa a ação do NO (vasodilatador). 
Algumas vantagens da seletividade pelos receptores beta 1 são: bradicardia, inotropismo (-), 
diminuição da PA, broncoespasmo e diminuição de RVP. 
Farmacocinética: biodisponibilidade de cerca de 40 a 50%, são em geral, medianamente 
solúveis e com T ½ de 3-4h (propranolol), 5-8h (atenolol) e 2-4h (acebutolol). 
3. Antagonistas beta 1,beta 2 e alfa 1 
Esses efeitos são produzidos por uma variedade de mecanismos, incluindo bloqueio dos 
receptores α1-adrenérgicos (labetalol, carvedilol, bucindolol, bevantolol, nipradilol), aumento 
da produção de NO (celiprolol, nebivolol, carteolol, bopindolol e nipradilol), propriedades 
β2-agonistas (celiprolol, carteolol e bopindolol), bloqueio da entrada de Ca2+ (carvedilol, 
betaxolol e bevantolol), abertura dos canais de K+ (tilisolol) ou ação antioxidante (carvedilol). 
Carvedilol: ​bloqueia os receptores β1, β2 e α1 de modo semelhante ao labetalol, porém 
exerce também efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Possui atividade estabilizadora de 
membrana, mas carece de atividade simpaticomimética intrínseca. O carvedilol produz 
vasodilatação. As propriedades adicionais (p. ex., efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios) 
podem contribuir para os efeitos benéficos observados no tratamento da insuficiência 
cardíaca congestiva e nos seus efeitos cardioprotetores. Muito utilizado para abaixar a PA 
em pacientes refratários a propranolol e atenolol - não só pelo seu efeito b1 de diminuir FC, 
mas também por atuar em alfa e diminuir a RVP e retorno venoso. Uma taquicardia reflexa 
não acontece pois o b1 também está bloqueado. Também é preciso ter cuidado com os 
asmáticos. Farmacocinética: biodisponibilidade de cerca de 25%, média solubilidade lipídica 
e T ½ de 6h. 
11 
 
Labetalol: ​ as propriedades da mistura incluem bloqueio seletivo dos receptores α1 (em 
comparação com o subtipo α2), dos receptores β1 e β2, atividade agonista parcial nos 
receptores β2 e inibição da captação neuronial de NE (efeito semelhante ao da cocaína). 
Nebivolol: ​é um antagonista seletivo do receptor β1 de terceira geração com atividade 
vasodilatadora mediada por NO endotelial. O nebivolol diminui a pressão arterial reduzindo a 
resistência vascular periférica e aumenta significativamente o volume sistólico preservando o 
débito cardíaco, o fluxo sistêmico e o fluxo de sangue aos órgãos-alvo. 
4. Antagonistas beta 1 e alfa 1 
Bevantolol​: é para o paciente que necessita de um maior efeito anti-hipertensivo, mas 
apresenta asma. 
5. Antagonistas b1 e agonistas b2 
 
Com relação a lipossolubilidade: 
● Alta: propranolol, metoprolol e acebutolol => conseguem atravessar a BHE. O propranolol 
pode ser usado para o tratamento de enxaqueca. 
● Baixa: atenolol, nadolol e carvedilol => não atravessam a BHE. 
Os efeitos produzidos por esse antagonismo são: 
● Beta 1: efeitos inotrópico (força de contração), cronotrópico (FC) e dromotrópico (condução 
AV) negativos. 
● Beta 2: aumento da RVP e broncoconstrição. Caso seja utilizado em uso crônico, a RVP 
pode voltar ao normal. 
● Alfa 1: diminuição da RVP. 
Os beta bloqueadores de 1ª geração são o timolol e o propranolol. Os de 2ª geração são 
metoprolol, atenolol, bisoprolol e esmolol, apresentam vantagens como: aumento de RVP pelo 
bloqueio de beta 2 e são um pouco mais seguros quando usados em asmáticos pois atuam 
preferencialmente no beta 1. Os de 3ª geração são o pindolol, penbutolol, acebutolol, celiprolol, 
labetalol e carvedilol que são fármacos que não atuam mais só em beta, mas também em alfa e 
suas aplicações terapêuticas consistem em tratar pacientes que são propensos a bradicardia ou 
queda na reserva cardíaca. 
As principais vias de eliminação são o fígado e os rins. O propranolol, metoprolol, labetalol e 
bevantolol são 100% eliminados pelo fígado, enquanto atenolol, nadolol e sotalol são 100% 
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eliminados pelos rins. Pacientes que possuírem alguma disfunção hepática devem evitar o uso dos 
medicamentos que são eliminados apenas por esta via. 
Indicações terapêuticas 
As indicações terapêuticas consistem em angina estável e instável; IAM; HAS; arritmias; 
insuficiência cardíaca congestiva; prolapso de valva mitral; aneurisma de aorta; glaucoma de 
ângulo aberto crônico; hipertireoidismo; ansiedade; tremor essencial; e profilaxia de enxaqueca. 
Os antagonistas β1-seletivos são preferíveis para pacientes com broncoespasmo, diabetes, 
doença vascular periférica ou fenômeno de Raynaud. Além disso, os antagonistas β de terceira 
geração que bloqueiam os receptores α1, estimulam os receptores β2, potencializam a produção 
de NO, bloqueiam a entrada de Ca2+, abrem os canais de K+ ou exibem propriedades 
antioxidantes podem oferecer vantagens terapêuticas. 
O uso de beta bloqueadores é indicado para: pacientes com menos de 40 anos (+ eficaz), 
pacientes do sexo masculino, pacientes de raça branca e pacientes com HA com renina elevada. 
Além disso, também é indicado para pacientes com HAS associada a DC elevado, taquicardia, 
cardiopatia isquêmica e insuficiência cardíaca leve. No caso das mulheres grávidas é necessário 
um cuidado redobrado ao utilizar esse tipo de medicamento pois ele aumenta a contratilidade 
uterina além de promover hipoglicemia e bradicardia fetal. 
Efeitos adversos 
Incluem ​broncoespasmo​. Como a seletividade dos β bloqueadores pelos receptores β1 é 
modesta, estes fármacos devem ser evitados o quanto possível em pacientes com asma. Contudo, 
em certos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e doença cardiovascular 
(hipertensão, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana), a vantagem potencial de usar 
antagonistas β1 após infarto do miocárdio pode superar o risco de agravar a função pulmonar. 
bradicardia ​é a resposta normal ao bloqueio β. contudo, em pacientes com defeito de condução 
atrioventricular, parcial ou completa, os antagonistas β podem causar bradiarritmias. Cautela 
particular deve ser dada aos pacientes que estão sob tratamento com outros fármacos, como 
verapamil ou vários fármacos antiarrítmicos, que podem impedir a função seio-nodo ou a condução 
AV. 
hipotensão; fadiga; vasoconstrição periférica; retarda a recuperação da hipoglicemia; no SNC pode 
gerar distúrbios do sono e depressão; e disfunção erétil. 
Contraindicações 
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As principais contraindicações ao uso são: bradicardia grave, bloqueio AV, asma grave, DPOC 
grave, depressão, vasculopatias periféricas e fenômeno de raynaud. 
 
Interações medicamentosas 
● Beta bloqueador associado a ​verapamil​: potencialização do inotropismo e cronotropismo 
negativos devido ao verapamil diminuir a concentração de cálcio no miocárdio. 
● Beta bloqueador associado a​ digoxina​: aumento de riscos de bradicardia e bloqueio AV 
pois a digoxina compete pelo sítio do K+ na bomba de Na+/K+ ATPase no miocárdio, que 
faz com que haja um menor efluxo de potássio e menor influxo de sódio, o que afeta na 
despolarização das células cardíacas. Ainda, esse efeito não é seletivo para células 
cardíacas, então pode prejudicar outros processos homeostáticos do organismo também. 
● Beta bloqueador não seletivo associado a​ agonistas beta 2​: inibição do efeito 
broncodilatador pois ocorre uma competição pelo sítio de ligação. 
● Beta bloqueador associado a​ AINES ​(anti-inflamatórios não esteroidais): redução do efeito 
de hipotensão por diminuição na síntese de PGI2 (prostaglandina 2). 
● Beta bloqueador + NORA: ocorre um acúmulo de nora na fenda, estimulando receptores alfa 
2 e fazendo feedback negativo para a menor liberação de nora. 
● Sais de alumínio, a colestiramina e o colestipol podem diminuir a absorção do 
β-bloqueadores. 
● Fármacos, como a fenitoína, a rifampicina e o fenobarbital, assim como o tabagismo, 
induzem as enzimas de biotransformação hepática e podem diminuir as concentrações 
plasmáticas de antagonistas β que sãoextensamente biotransformados (p. ex., propranolol). 
● A cimetidina e a hidralazina podem aumentar a biodisponibilidade de fármacos como o 
propranolol e o metoprolol, afetando o fluxo sanguíneo hepático. 
● Os antagonistas dos receptores β podem comprometer a depuração da lidocaína. 
 
Dosagem excessiva 
As manifestações dependem das propriedades farmacológicas do fármaco ingerido, 
particularmente de sua seletividade β1, atividade simpaticomimética intrínseca e propriedades de 
estabilização da membrana. As manifestações comuns de dosagens excessivas consistem em 
hipotensão​, ​bradicardia​, ​prolongamento do tempo de condução AV​ e ​alargamento dos 
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complexos QRS.​ Podem ocorrer convulsões e depressão, bem como hipoglicemia e 
broncoespasmo. 
A bradicardia significativa deve ser tratada inicialmente com ​atropina​, mas com frequência é 
necessário o uso de marca-passo cardíaco. Podem ser necessárias grandes doses de 
isoproterenol ou de agonista dos receptores α ​para o tratamento da hipotensão. O ​glucagon​, 
que atua em seu próprio GPCR e independente do receptor β-adrenérgico, tem efeitos 
cronotrópicos e inotrópicos positivos, de modo que o fármaco tem sido útil em alguns pacientes que 
receberam dose excessiva de antagonista β. 
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