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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO Faculdade de Direito – Direito Tributário São Paulo, 12 de outubro de 2020 Profª Julcira Vanessa Nascimento da Cruz – RA00218841 Ficha de Leitura Terceira Parte, capítulo II: Tributos não Vinculados Consiste o imposto em um tributo não vinculado, ou seja, é um tributo no qual a hipótese de incidência não possui vínculo algum com uma atuação estatal. Depreende-se da Constituição Federal que o fato descrito pela hipótese de incidência do imposto possuí, necessariamente, um fato de conteúdo econômico. O qual, por sua vez, sempre irá demonstrar a capacidade contributiva do sujeito frente ao Estado. De forma alguma irá se tratar de imposto a h.i. da obrigação tributária consistir em uma atuação estatal, de acordo com os arts. 145, inc. II e III e art. 49, da Constituição Federal. Sendo assim, qualquer tributo não vinculado será considerado imposto, visto ser ele o único que não possui a h.i. relacionada a uma atuação estatal. Disto conclui-se que o intérprete do direito deve analisar os critérios científico e objetivo de cada espécie de tributo para classificá-lo. Uma vez que, por vezes, o legislador confere a uma espécie nome diverso do que realmente possui, por ignorância ou por malícia, a fim de isentá-lo de certas obrigações que lhe serão conferidas por ser reconhecido como este ou aquele tipo tributário. No entanto, a nomenclatura do tributo não altera a sua natureza, sendo assim, somente o seu conteúdo é essencial para a classificação deste. Importante classificação dos impostos os diferencia entre pessoais e reais. Segundo ela, são impostos reais aqueles em que o aspecto material da h.i. não se leva em consideração quem será o eventual sujeito passivo da obrigação, ou seja, descreve unicamente um fato ou estudo de fato. Já nos impostos pessoais, a h.i. leva em consideração certas qualidades, juridicamente qualificadas, dos possíveis sujeitos passivos da obrigação tributária. Sendo assim, os impostos pessoais estabelecerão diferenças na base imponível e na alíquota de acordo com as características pessoais, juridicamente qualificadas, de cada sujeito passivo submetido aquela tributação. Por fim, os impostos podem ser classificados também como diretos e indiretos. Essa classificação é puramente econômica e pode variar de acordo com a conjuntura econômica a que é aplicada. No Brasil, ela é pouco eficaz sendo utilizada apenas para a interpretação de algumas normas de imunidade ou isenção, pela consideração substancial sobre a carga tributária, em relação ao sujeito passivo que a suportará. Referências bibliográficas: ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 6º Ed. São Paulo: Malheiros Editores LTDA, 2000.
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