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TCC O Lúdico na Educação Infantil

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSAL – UNINTER
Nome do Aluno (a): MENEZES, Cristiane Fagundes
RESUMO
As brincadeiras fazem parte do dia a dia de todas as crianças, e tem que ser levada a sério, pois são indispensáveis para seu desenvolvimento da percepção, imaginação, comunicação e criatividade.
Este presente artigo trata da necessidade do lúdico na educação infantil, a importância do Professor como mediador das brincadeiras e jogos, sabendo da importância da ludicidade para o processo ensino- aprendizagem.
Palavras Chave: Lúdico. educação infantil. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A infância é a idade das brincadeiras. Quem de nós não nos recordamos de brincarmos quando crianças de pega-pega, bolinhas de sabão, coelho sai da toca e dentre outros e tantas atividades. A educação Infantil é um momento único na vida da criança, de acordo com a LDB:
“A educação infantil – primeira etapa da educação básica – tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seus cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social”. (LDB, 9394/96).
E então através da ludicidade, acredita-se que a criança reflete a forma de como ela se vê e como percebe o mundo pelo qual está inserida, e por consequência mostrando suas emoções como o entusiasmo, a alegria, a contradição nas interações interpessoais, e as atitudes mediante os conflitos.
As brincadeiras dentro da educação infantil é um momento privilegiado de interação entre as crianças, pois elas socializam-se em grupo e elas acabam aprendendo e por muitas das vezes ensinando as regras das brincadeiras e dos jogos. 
A Palavra lúdico vem do latim Ludus, que significa brincar. E neste brincar estão incluídos os jogos, brincadeiras, brinquedos e divertimentos.
Este artigo tem por finalidade mostrar a importância da ludicidade na educação infantil através do simples ato de brincar.
Brincadeiras e jogos podem e devem ser utilizados como uma ferramenta importante para o auxílio do ensino aprendizagem bem como para que se estruturem os conceitos de interação e cooperação.
Vamos mostrar através deste trabalho sobre a necessidade dos jogos e brincadeiras no processo de ensino aprendizagem, sobretudo na Educação Infantil que visa a ludicidade como caminho para a aprendizagem e a construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos.
E também a importância do professor na inclusão das atividades lúdicas em sua prática de ensino diária com os seus alunos. 
O JOGO E O BRINQUEDO
O jogo e o brinquedo estão presentes no cotidiano de todas as crianças. Os brinquedos não precisam ser sempre industrializados. Pelo contrário quanto mais diversificados melhor. É muito prazeroso para a criança se seus pais ou professores puderem confeccionar com ela, por exemplo, um jogo de boliche utilizando material reciclável, com garrafas plásticas, jornal e meias velhas. Além de tudo ainda estará desenvolvendo a consciência sobre a preservação do meio ambiente, algo tão discutido atualmente.
A infância, o jogo, o brinquedo e as brincadeiras estão inteiramente ligados, sendo que desde muito cedo somos aconselhados a brincar com jogos e objetos, seja para aprendermos ou simplesmente para nos distrairmos, mas estas palavras fazem parte e grande significado do mundo infantil e que quando adultos irão ter como recordações marcantes em suas vidas adultas a época da inocência, dos brinquedos, dos jogos, das atividades lúdicas.
Piaget (apud WAJSKOP, 1995, p. 63) nos diz que: “Os jogos fazem parte do ato de educar, num compromisso consciente, intencional e modificador da sociedade; educar ludicamente não é jogar lições empacotadas para o educando consumir passivamente; antes disso é um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo”.
Assim como o autor Piaget explica, os jogos devem ser considerados como uma algo importante para o crescimento da criança e não somente algo para o entretenimento ou para passar o tempo, cada atividade deve ser avaliada como um benefício para os pequenos. Ouve-se falar através de diversos autores que uma criança que brinca quando for adulta será um adulto feliz e mais seguro de si, e com certeza estas teorias estão completamente corretas.
Pois conforme Nogueira relata que: 
As experiências com outras crianças, adultos, professores e irmãos, por exemplo, a manipulação de objetos variados como brinquedo, jogos, blocos e, principalmente, o contato com os meios escolar e familiar, com suas variedades de interações e vivências no dia a dia, são bases fundamentais para o desenvolvimento intelectual, racional, moral e lingüístico, o que aponta para a interação social como condição necessária para a evolução mental da criança. (Nogueira, 2015, p.130)
Pois o jogo e o brinquedo são fatores predominantes para o desenvolvimento da criança, porque através deles, irão exteriorizar os seus conhecimentos adquiridos, a sua criatividade, usam a sua imaginação, a sua capacidade de raciocínio e a interação com o meio em que vive.
Vygotsky (apud OLIVEIRA, 1997,P.67) nos aponta que: No Brinquedo a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também aprende a separar objeto e significado.
Para Vygostsky, o brinquedo na realidade éum espaço de transição para a criança. Entende-se que acriança através de um determinado brinquedo ou jogo, ela consegue mostrar de qual forma ela enxerga o mundo que a rodeia, como exemplo uma criança que brinca com uma boneca, ela está demonstrando afeto, atenção, proteção e carinho para com o brinquedo, situações que normalmente são avaliadas através do brinquedo pelo qual a criança está manipulando no exato momento.
Na escolha de um determinado jogo ou brinquedo, é indispensável avaliar primeiramente a faixa etária se está de acordo com a própria idade da criança, pois alguns brinquedos e jogos possuem peças pequenas e por exemplo para uma criança de apenas 2 anos de idade torna-se perigoso, sendo que nesta idade o pequeno pode colocar na boca e engolir, portanto, quanto menor a idade da criança, o brinquedo ou jogo deve ser maior.
O QUE É BRINCAR
O ser humano nasce e cresce com a necessidade de brincar, sendo uma das atividades mais importantes na vida do indivíduo. Por meio das brincadeiras, sabe-se que a criança trabalha as suas potencialidades, limitações, habilidades sociais, afetivas, cognitivas e físicas.
Geralmente fala-se que brincar é onde as crianças atuam espontaneamente e de forma natural, e que está sempre relacionada ao mundo infantil, onde as fantasias se tornam mais evidentes entre os pequenos, onde podem interagir, fazer amizades com outras crianças da mesma idade, aprendem a trabalhar em grupo ou individualmente, usar a sua criatividade e como se vêem diante da sociedade pela qual vivem.
De qualquer modo, é através do brincar que a criança aprende a se preparar para o futuro e para enfrentar direta ou simbolicamente dificuldades do presente. Brincar, além de ajudar a descarregar o excesso de energias, é agradável, dá prazer à criança e estimula o desenvolvimento intelectual da mesma.
Vygotsky (apud OLIVEIRA, 1997,P.67) fala que: A Promoção de atividades que favoreçam o envolvimento da criança em brincadeiras, principalmente aquelas que promovem a criação de situações imaginárias, tem nítida função pedagógica. 
Pois através do brincar segundo o autor, a criança se comporta de forma mais avançada do que em comparação a sua idade atual, como exemplo, brincar de professor e aluno, onde o pequeno tem que exibir atitudes de acordo com a brincadeira pela qual está praticando, o professor escrevendo no quadro e explicando o conteúdo, e o aluno ouvindo e questionando sobre determinado assunto da suposta aula, e com isto, ela está aprendendo os diversos papéis que está desempenhando, como se diz, é aprender brincando e também brincar de ser adulto.
 
 Moyles nos relata que: 
 O comportamento de brincar é uma maneira útil de a criança adquirir habilidades desenvolvimentais-sociais,intelectuais, criativas e físicas. Em primeiro lugar, grande parte do brincar é social. ( Moyles, 2006, p.26)
Assim o brincar torna-se uma atividade prazerosa, pois a criança pode se tornar o que ela quiser, sendo o próprio autor/autora ou ator e atriz de suas próprias brincadeiras; é através do brincar que a criança aprende a se preparar para o futuro e a enfrentar direta ou simbolicamente dificuldades do presente e aprender a como enfrentá-las em seu cotidiano.
Oliveira apud Vigotsky ( 1997, p.66) nos fala que: O comportamento das crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações concretas que elas se encontram. 
Desta forma, a criança poderá apresentar sentimentos evidentes de acordo com determinadas situações que surjam.
Ao brincar, a criança aumenta a sua independência, exercita a imaginação, a inteligência emocional dos pequenos. Buscando novas maneiras de ensinar por meio das brincadeiras que conseguiremos uma educação com mais qualidade.
Precisamos entender mais a criança, saber do que cada uma necessita mais em especial, participar ativamente dos seus sonhos, idéias, receios, para que desta forma possamos contribuir de modo construtivo na formação emocional e cognitiva das crianças.
A NECESSIDADE DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
As brincadeiras e os jogos mostram ser de grande importância na educação infantil, pois através destes, as crianças mostram seu desenvolvimento cognitivo, raciocínio, criatividade e o relacionamento interpessoal com as outras crianças presentes no ambiente.
As crianças que brincam, quando forem adultas serão mais sadias emocionalmente, constatado através de diversos teóricos e Psicólogos. 
Vivemos uma época em que a tecnologia avança aceleradamente inclusive 
na educação, mas as atividades lúdicas não podem ser esquecidas no cotidiano escolar; porque a alternativa de trabalhar de maneira lúdica em sala de aula é muito atraente e educativa.
O Professor deve estar atento a esta atividade de tanta importância para a educação infantil, como nos relata Rau:
O brincar na educação infantil requer espaço e tempo mediados pelo Professor. Quando fazemos referência a mediação queremos dizer que as ações do professor antes e durante as brincadeiras devem considerar um espaço e tempo pensado e organizado proporcionando, assim, interações entre as crianças e objetos. Ao considerarmos que quem brinca está aprendendo, mesmo que não tenha a intenção da aprendizagem, referindo-nos ao tempo, não aquele que corre no relógio, mas ao tempo significativo para a criança. ( Rau, 2011.p.166)
Pois de acordo com RAU, toda a criança tem seu próprio ritmo para o desenvolvimento cognitivo e tem que ser respeitado e acompanhado por um adulto, pois é uma fase de extrema importância na vida da criança, porque através do lúdico, os pequeninos irão explorar, perceber, fazer descobertas, interagir com seus colegas e aprender sobre o mundo através de suas brincadeiras e se descobrir como criança com muita diversão.;
Conforme nos mostra Moyles:
“ O brincar espontâneo passou a ser visto não só como importante, mas também como um componente essencial do desenvolvimento social e intelectual da criança, e de seu desenvolvimento criativo e pessoal”.(Moyles, 2006.p.29).
Assim como Moyles nos relata, o brincar não é simplesmente um “faz de conta infantil” e sim faz parte do processo de aprendizagem e amadurecimento no âmbito emocional, cognitivo, afetivo, interpessoal e de linguagem da criança.
O Adulto e o Professor deve ter um olhar reflexivo quanto as brincadeiras, e não incentivar as brincadeiras somente por distração ou por pura diversão e sim ter uma visão pedagógica, é que na brincadeira, a criança irá experimentar situações novas ou até de seu cotidiano.
Se há alguma criança que não brinca, certamente precisa de ajuda para desenvolver suas potencialidades, porque não é nada saudável que ela não tenha um momento de brincadeiras e imaginação.
 A BRINQUEDOTECA NO AMBIENTE ESCOLAR
Vivemos em uma época em que as crianças não possuem mais liberdade para brincar ao ar livre como nos tempos antigos devido a violência e também por muitas morarem em apartamentos. 
Tempos atrás na época de nossos Pais e Avós, época que as crianças brincavam de forma sadia, tranquilamente e na inocência, de pés descalços na rua com os seus amiguinhos. No intuito de valorizar a brincadeira e fazer dela um ponto importante no desenvolvimento infantil, é que surgiu a brinquedoteca, ajudando a suprir a necessidade de um espaço onde a criança possa se integrar socialmente e vivenciar atividades em um ambiente repleto de ludicidade. A brinquedoteca é um espaço que auxilia na estimulação das crianças para brincar livremente, colocando em prática sua criatividade e aprendendo a valorizar as atividades lúdicas de uma forma diferenciada, além de preparar o espaço de faz de conta para que seu ambiente seja recheado de criatividade.
A estrutura física deve ser bem colorida com cores que chamem a atenção das crianças, e brinquedos e jogos com diversas opções para brincar, um lugar onde a criança se sinta acolhida pelo profissional que atua neste setor, pois muitos dos pequenos são carentes devido também a falta dos pais durante o dia. Assim como Friedmann nos fala:
 Hoje em dia, as crianças se ressentem do vazio causado pela ausência de pais superocupados durante um dos períodos mais preciosos da vida de seus filhos: a infância.
 ( Friedmann, 2006, p.17)
A maioria dos Pais precisam trabalhar para garantir o sustento da família, onde por consequência infelizmente acabam não desfrutando da participação no desenvolvimento de seus filhos, permanecendo por pouco tempo com as crianças. A Correria faz com que as crianças permaneçam por longo tempo do dia sem a presença dos seus pais, e com limitações por maioria das vezes para brincar, a brinquedoteca é uma oficina pedagógica.
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR COMO MEDIADOR NO LÚDICO
O educador não precisa ensinar a criança a brincar, pois este é um ato que acontece espontaneamente, mas sim planejar e organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada, mostrando às crianças a possibilidade de escolher os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar. 
O professor, como mediador da aprendizagem, deve fazer uso de novas metodologias, procurando sempre incluir na sua prática as brincadeiras, pois seu objetivo é formar educandos atuantes, reflexivos, participativos, autônomos, críticos, dinâmicos e capazes de enfrentar desafios. De acordo com Moyles :
 Apesar da diversão e da aprendizagem que podem ocorrer pelo brincar livre, certas formas de brincar podem se tornar muito repetitivas. Portanto, argumenta-se que os educadores têm um papel-chave a desempenhar: ajudar as crianças a desenvolver o seu brincar. O adulto pode, por assim dizer, estimular, encorajar ou desafiar a criança a brincar de formas mais desenvolvidas e maduras. ( Moyles, 2006, p.30)
Criança e brincadeira fazem uma combinação perfeita. É quase impossível imaginar uma criança que não goste de brincar, que não se deixa envolver pela imaginação. Por isso, o brincar consente pensar num ensino e numa aprendizagem mais envolventes e mais próximos do real, pois leva a fazer uma ligação entre a realidade e a fantasia. Por isso, é vital reconhecer a brincadeira como uma estratégia a mais na sala de aula, devemos, pois, sempre tomá-la como mais um instrumento pedagógico, já que sabemos que a brincadeira desenvolve os aspectos físicos e sensoriais, além do desenvolvimento emocional, social e da personalidade da criança. 
Os professores não podem colocar um jogo dentro da sala de aula só por colocar ou para distrair os alunos, precisa ter um objetivo para ter um aprendizado mais direcionado e por isso significativo. Sendo assim, essas crianças aprendem vários conceitos de aprendizagem entre eles estão: raciocínio, linguagem e percepção.
O Educador deve estar sempre atento a diversidade nas atividades lúdicas e ter uma visão além da sala de aula,e sim perceber que simples momentos e oportunidades podem tornar-se atividades para o brincar, como exemplo se há na escola a possibilidade de arrecadar materiais de sucatas, podem ser proporcionado às crianças a confecção de brinquedos de materiais recicláveis como idéia bonecos fantoches, carrinhos, jogos e dentre outros... e também a partir de alguma situação acontecendo como exemplo, uma criança está brincando com areia, derramando-a em um recipiente, o adulto pode se aproximar e oferecer mais recipientes de diferentes tamanhos, proporcionando assim a oportunidade de conversar sobre tamanho e conceitos como cheio, vazio, meio-cheio, são situações que o adulto deve estar observando.
Pois de acordo com Oliveira:
Sendo assim, a promoção de atividades que favoreçam o envolvimento da criança em brincadeiras, principalmente aquelas que promovem a criação de situações imaginárias, tem nítida função pedagógica. A escola e ,particularmente, a pré-escola poderiam se utilizar deliberadamente desse tipo de situações para atuar no processo de desenvolvimento das crianças. ( Oliveira, 1996, p. 67).
Conforme Oliveira nos relata, nós adultos temos que ter uma visão pedagógica com relação às crianças, saber identificar as oportunidades para a aprendizagem dos pequenos através das brincadeiras e da imaginação delas, dar atenção a cada pequeno de acordo com suas necessidades e limitações, interagindo e mostrando- as a importância do brincar.
E também Nogueira nos relata: 
A linguagem possibilitará a troca e a comunicação entre a criança e o seu meio sociocultural, pois permitirá a ela representar o que se encontra ausente e comunicar-se com o ambiente social, expondo seu mundo interior e constituindo-o, simultaneamente. Assim, iniciam-se as relações de subordinação da criança em relação aos adultos, que se tornam modelos a serem copiados, por serem considerados grandes e fortes. ( Nogueira, 2015.p.133)
Assim como Nogueira nos relata,é explicado em inúmeras vezes, que as crianças são como esponjas, absorvem e copiam propriamente dito os adultos, muitas vezes no falar, no comportamento, nas atitudes, na forma de ver o mundo, e vão seguir os princípios e valores que os adultos próximos a eles seguem e não deixa de ser realmente verdadeiro, tem muitos psicólogos que acreditam nesta teoria. Então como adultos e educadores temos uma grande responsabilidade com relação a estes pequenos, pois para eles somos como exemplos a serem seguidos; as crianças estão a todo o momento nos observando no modo de falar, tom de voz e em nosso modo de agir em determinadas situações.
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA HORA DO RECREIO
Algo que serve para divertir; brincadeira; divertimento; folguedo; espaço de tempo concedido às crianças para seus brinquedos nos intervalos das aulas ou do estudo. Estes são alguns dos significados da palavra recreio, segundo o dicionário Houaiss. 
No contexto escolar, o recreio tem um papel fundamental, pois cria condições ótimas para o desenvolvimento integral dos pequenos, promove a sua participação individual e coletiva em ações que melhorem a qualidade de vida a preservação da natureza e afirmação dos valores essências da humanidade. 
Por meio do recreio é possível educar. As crianças buscam em seu interior algo estimulante, que sai da rotina diária, podendo a recreação ser utilizada até mesmo dentro da sala de aula.
O assunto, que não costumava despertar atenção nas escolas, a não ser no sentido de se observar comportamentos indesejados para evitar brigas, passou a despertar o interesse e os estudos de pesquisadores.
O Recreio é um dos momentos mais descontraídos e esperados pelas crianças, pois é nesta hora que os alunos podem brincar fora da sala de aula, ao ar livre com brincadeiras e coleguinhas escolhidos pelos próprios pequenos, mesmo que sob aspectos de forma vigiada dos professores e funcionários da instituição escolar.
O recreio precisa ser compreendido como tempo e espaço possível para a interação com o outro e a manifestação de diferentes formas culturais de agir em contexto e produzir modos de vida. 
O recreio dispõe de um amplo espaço aberto onde na maioria das escolas tem um playground, campo de futebol e um pátio para a realização de diversas brincadeiras de livre escolha para os pequenos explorarem através de suas atividades lúdicas escolhidas.
Dentre as brincadeiras mais realizadas neste momento são as atividades com bola, pular corda, brincar de correr ou de pegar e esconde-esconde. Moyles nos relata que:
 O Padrão de atividade no pátio de recreio não permanece constante. Alguns episódios lúdicos são muito breves, e grupos se formam e se reformam várias vezes durante um recreio. (Moyles, 2006, p.71).
No recreio há diversidade nas atividades, e as crianças estão sempre dispostas a modificar as suas brincadeiras e interações entre elas.
As situações mudam a todo o momento, onde há situações de conflito sobre uma determinada brincadeira ou jogo, brigas que na maioria das vezes é com relação a um determinado brinquedo disputado entre as crianças, onde por muitas das vezes tem que haver uma intervenção de um adulto, mas também muita diversão entre elas durante as suas atividades.
Como nos relata Friedmann:
 Durante a brincadeira espontânea, o educador, para realizar um diagnóstico, deve ser o observador, papel nem sempre simples, já que existe, geralmente, um envolvimento afetivo com as crianças.
( Friedmann, 2006, p.46).
Um olhar atento sobre as relações que se apresentam no recreio ajuda o educador a entender os problemas que acontecem no grupo dentro da sala de aula. Muitas vezes, é só no pátio que se percebe a atuação de um líder ou o isolamento de um aluno, ou até mesmo alguma criança pode estar sofrendo bullyng, que são casos que são mais evidentes no pátio, onde na marioria passa despercebido durante a aula.
O Recreio é de extrema importância para as crianças da educação infantil, pois através dele, conseguimos ter a maior percepção de seu desenvolvimento cognitivo, o de seu relacionamento interpessoal, afetivo, e a forma de organização das regras nas brincadeiras ou jogos, e a de conhecer melhor a criança, de como ela percebe o mundo ao seu redor e como consegue resolver situações de conflitos entre elas, pois está num momento descontraído e fora da sala de aula. É um momento prazeroso, onde há a exploração do ambiente escolar externo e a diversão, onde 20 minutos de recreio tornam-se pouco tempo para as suas atividades infantis. 
Acontece também que muitas das crianças na educação infantil durante o dia vivem em locais fechados, e devido ao nosso cotidiano de violência, muitas moram em apartamentos, ou cercadas de proteção, ocasionando assim, um ambiente mais limitado para as suas brincadeiras, e o pátio do recreio acaba se tornando um dos momentos que muitos destes pequenos conseguem brincar livremente no pátio, este tipo de situação é muito presente em nossas escolas, presencio e já presenciei muito no ambiente escolar.
O importante para todos nós adultos é entendermos que o recreio não trata-se somente de um momento de suprir as necessidades básicas como a de lanchar e ir ao banheiro e sim é um momento para contribuir na formação e interação entre os pequenos no ambiente escolar e que deve sim ser levado a sério e tem um papel fundamental para o desempenho escolar dos alunos na educação infantil.
METODOLOGIA
O Instrumento de coleta de dados consistiu em realizar a pesquisa baseada no referencial teórico:
LDB.Lei De Diretrizes e bases da Educação: Lei: 9394/96
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. 4 ed. São Paulo: Scipione, 1998.
MOYLES, Janet R: A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles: Educação Infantil: práticas Pedagógicas de ensino e aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2011.
FRIEDMANN, Adriana. O brincar no cotidiano da criança. São Paulo: Moderna, 2006. 
NOGUEIRA, Makeliny Oliveira Gomes;Daniela Leal: Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosóficos, pedagógico e psicológico. 2ed. Curitiba: Intersaberes
WAJSKOP, Gisela: O brincar na educação infantil. São Paulo: Cortez, 1995
Estes Teóricos foram selecionados para esta pesquisa, devido ao grande conhecimento e domínio sobre o assunto do lúdico na educação infantil, sendo que eles acreditam que a brincadeira não é somente algo para satisfazer a necessidade e a diversão da criança e sim para oportunizar o seu desenvolvimento social, pessoal, cultural. E que o conhecimento adquirido pelos pequenos, está na variedade de situações concretas que eles presencial cotidianamente.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Através deste presente artigo pode-se constatar que as atividades lúdicas entre as crianças da educação infantil é de extrema importância para o seu desenvolvimento como ser humano e que terá resultados e lembranças durante a sua fase adulta. 
Conclui-se também que as brincadeiras mediante os adultos inclusive os Pais e Professores devem ser vistas de uma forma mais pedagógica, e não somente para que elas possam se divertir e satisfazer as suas vontades naquele instante e sim também entender que cada brincadeira tem a sua influência positiva na vida e no cotidiano das crianças e não somente algo que as crianças fazem para se manterem ocupadas enquanto os adultos estão ocupados em outro lugar.
Muitos especialistas ligados a área da educação vêem o lúdico e em especial o imaginativo como tendo um papel importantíssimo no desenvolvimento da capacidade na solução de problemas, criatividade, afetividade e flexibilidade nas crianças. Pois sempre será na prática que todos nós serem humanos adultos ou crianças aprendemos, e não somente na teoria no papel, então pode-se dizer que o brincar é colocar em prática o que a criança está vivenciando e aprendendo sobre diversos assuntos do seu cotidiano.
REFERÊNCIAS:
LDB.Lei De Diretrizes e bases da Educação: Lei: 9394/96
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. 4 ed. São Paulo: Scipione, 1998.
MOYLES, Janet R: A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles: Educação Infantil: práticas Pedagógicas de ensino e aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2011.
FRIEDMANN, Adriana. O brincar no cotidiano da criança. São Paulo: Moderna, 2006. 
NOGUEIRA, Makeliny Oliveira Gomes; Daniela Leal: Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosóficos, pedagógico e psicológico. 2ed. Curitiba: Intersaberes, 2015.
WAJSKOP, Gisela: O brincar na educação infantil. São Paulo: Cortez, 1995.

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