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Saúde da População em Situação de Rua Discentes: Caio Erick; Edson Santana; Vanessa Macena 1 População em situação de rua Pessoas que ficam na rua Pessoas que estão na rua Pessoas que são da rua Quem são? População heterogênea Múltiplas morbidades Mortalidade precoce Portaria nº 69, de 14 de maio de 2020 Aprova recomendações gerais para a garantia de proteção social à população em situação de rua, inclusive imigrantes, no contexto da pandemia do covid-19 Portaria MS nº 188, de 4 de fevereiro de 2020, que declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV); Portaria MC nº 369, de 29 de abril de 2020, dispõe sobre o repasse financeiro emergencial de recursos federais para a execução de ações socioassistenciais e estruturação da rede do Sistema Único de Assistência Social – SUAS; Portaria MC nº 378, de 7 de maio de 2020, que dispõe sobre repasse de recurso extraordinário do financiamento federal do Sistema Único de Assistência Social para incremento temporário na execução de ações socioassistenciais nos estados. Quem são? Imigrantes, que chegam nas cidades em busca de emprego ou tratamento Vítimas de violência e perseguição extrema, como por exemplo, os dependentes químicos Pessoas desempregadas Mulheres que sofreram de violência doméstica Pessoas com transtornos mentais graves em abandono Ocupantes de áreas de moradia degradadas Quem são? MARGINALIZAÇÃO Perfil Estudo realizado em 2008, envolvendo 71 municípios do Brasil 82% são homens 80% faz ao menos uma refeição por dia 89% não recebem auxílio 53% possui entre 25 e 44 anos 67% são pardas/negras 36% problemas com álcool e drogas 30% desemprego Fatores Competição acirrada no mercado de trabalho; Fragilização dos vínculos trabalhistas pela não capacitação profissional; Inserção em atividades com grande potencial de substituição e com rendas limítrofes para a subsistência; Estigmatização pelas posições de ocupação no trabalho e o desemprego. Viver em situação de rua é um problema que vai além da moradia, já que, ter uma casa significa, ter raízes, identidade, segurança e bem estar emocional Por que moram na rua? Fatores Fatores [PORCENTAGEM] [PORCENTAGEM] [PORCENTAGEM] Alcoolismo/droga Desemprego Desavença com pai/mãe/irmãos 0.35499999999999998 0.29799999999999999 0.29099999999999998 Principais acometimentos de saúde Saúde mental Doenças infectocontagiosas Cardiovasculares Ferimentos Traumatismos no rosto, nos braços e nas pernas Saúde bucal Universalidade Equidade Como atender? SUS Acolhimento; Estabelecer conexão entre profissional e paciente; Cuidado humanizado. Atendimento Como atender? Realização de procedimentos que não demandem muita privacidade Entrevista inicial para anamnese Atendimento em conjunto com os profissionais da equipe, com as equipes das UBS e com os NASFs Orientação e promoção de saúde Atendimentos/avaliações clínicas não invasivas Curativos de pequeno porte Direitos/acesso Geralmente não reconhecem seus direitos; Os serviços de saúde limitam o acesso; Restringem o acolhimento; Não atendem às necessidades desse público. Exclusão Desigualdade Essas pessoas com diferentes condições socioeconômicas teriam as mesmas condições de ACESSO ao sistema de saúde? Desigualdade Alienados Drogados Violentos Antissociais Indignos Consultório na rua Formados por equipes multiprofissionais da atenção básica e devem seguir os atributos desse ponto de atenção Atendimento das demandas espontâneas ou identificadas pelo profissional/equipe; Ter boa capacidade de estabelecer contatos e vínculos; Adequação da linguagem, utilizando discursos apropriados à realidade do usuário; Atuar sempre com disponibilidade para a escuta de forma ampliada e diferenciada; Articulação com as equipes das UBS referentes ao território de abordagem para encaminha mento e acompanhamento das demandas de saúde do usuário; Atuar de forma proativa, estimulando o usuário ao autocuidado; Desenvolver atividades de educação em saúde; Observar o relato verbal e a comunicação não verbal do usuário. Consultório na rua A equipe do Consultório na Rua deve organizar seu processo de trabalho prevendo momentos de reuniões de equipe da ECR e interequipes (NASF, CAPS etc.), realizar planejamentos, discussão de casos, elaboração e acompanhamento de projetos terapêuticos singulares, fundamentais para a atenção integral à saúde, a resolutividade das ações e a gestão do cuidado. Referências AGUIAR, Maria Magalhães Jorge; IRIART, Alberto Bernstein. Significados e práticas de saúde e doença entre a população em situação de rua em Salvador, Bahia, Brasil. Caderno de Saúde Pública, v. 28, n. 1, p. 115-124, 2012. CANÔNICO, Rhavana Pilz, et al. Atendimento à população de rua em um Centro de Saúde Escola na cidade de São Paulo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, [S.I], v. 41, n. (Esp), p. 799-803, 2007. Secretaria-Geral da Presidência da República: Imprensa Nacional. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-69-de-14-de-maio-de-2020-257197675. Acesso em: 12 outubro 2020 CORTIZO, Roberta Mélega. População em situação de rua no Brasil: o que os dados revelam. Ministério de Cidadania Brasília/DF. Disponível em: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/Monitoramento_SAGI_Populacao_situacao_rua.pdf. Acesso em: 12 outubro 2020. ROSA SILVA, Anderson; CAVICCHIOLI, Maria Gabriela Secco; BRÊTAS, Ana Cristina Passarella. O processo saúde-doença-cuidado e a população em situação de rua. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto (SP), v. 13, n. 4, p. 576-582, 2005 SILVA, Carolina Cruz; CRUZ, Marly Marques; VARGAS, Eliane Portes. Práticas de cuidado e população em situação de rua: o caso do Consultório na Rua. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 39, n (Esp.), p. 246-256, 2015. FLEURY, Sonia. Desigualdades injustas: o contradireito à saúde. Psicologia & Sociedade, [S.I], v. 23, n. (Esp.), p. 45-52, 2011. AGRADECEMOS PELA ATENÇÃO!
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