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Estudo Dirigido - Reparo tecidual

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PERGUNTAS – REPARO TECIDUAL: REGENERAÇÃO E CICATRIZAÇÃO
1-O que é o reparo tecidual?
R: O reparo tecidual, também chamado de cura, é a restauração da arquitetura e da função do tecido após a lesão. O reparo pode ocorrer de dois modos dependendo da extensão e intensidade da lesão e do tipo de tecido que foi atingido: regeneração tecidual e celular e a cicatrização.
2-Descreva o processo de Regeneração Tecidual e Celular.
R: O processo de regeneração vai ocorrer quando a lesão for de baixa intensidade e extensão e ocorrer em tecidos lábeis e estáveis, ou seja, que possuem a capacidade de se regenerarem já que a eficiência desse mecanismo de reparo está intimamente ligada com a capacidade das células de se proliferarem, tanto as células que permaneceram intactas, quanto as células-tronco, respondendo aos estímulos dos fatores de crescimento que são produzidos, por exemplo, pelas células do mecanismo de inflamação. A manutenção da matriz extracelular (MEC), a qual forma a membrana intersticial e a membrana basal, é de grande importância para que a regeneração aconteça, pois é a MEC que vai oferecer o suporte mecânico para a ancoragem e migração celular, controle da proliferação celular pelo fato de possuir também os fatores de crescimento.
3- Em relação a capacidade de regeneração, quais são os 3 tipos de tecidos?
· Tecidos Lábeis: tecidos com alta capacidade de regeneração devido a intensa proliferação das células. Exemplo: células hematopoiéticas e epitélio de superfície.
· Tecidos Estáveis: quando o tecido está no estado normal as células se encontram quiescentes, porém, quando ocorre uma lesão essas células passam a ter a capacidade de proliferação. Exemplos: rim, pâncreas, células endoteliais, fibroblastos, células musculares lisas e fígado (mas o fígado tem uma elevadíssima capacidade de proliferação, diferente dos outros tecidos).
· Tecidos permanentes: nesse tipo as células se encontram terminalmente diferenciadas e não mais se proliferam, como é o caso de alguns neurônios e células musculares cardíacas. É por isso que quando ocorre lesão no cérebro ou no coração o reparo é tipicamente por formação de cicatriz.
4-Quando que ocorre o processo de reparo por cicatrização? 
R: Acontece quando a lesão for muito grave lesando células do parênquima e do tecido conjuntivo ou quando essa lesão for em células que não se dividem mais (células permanentes), o que acaba levando a deposição de tecido conjuntivo para substituir as células que foram lesadas.
5-Quais são as etapas na formação da cicatrização?
R: O processo de cicatrização pode ser dividido em Cura por Primeira Intenção que ocorre principalmente em cortes cirúrgicos, então são em lesões menos intensas, com a manutenção da membrana basal e com mínima chance de estar infeccionada, e Cura por Segunda Intenção que ocorre em lesões com intensidades bem maior e geralmente infeccionais. Porém, tanto na cura por primeira intenção, quanto na cura por segunda intenção, as etapas de cicatrização são as mesmas. 
A cicatrização ocorre após a inflamação pois o local precisa ser limpo e são as células que participam da inflamação que liberam as moléculas necessárias para que a reparo aconteça. Com isso, acontece o processo de angiogênese com a formação de novos vasos, além da migração e proliferação de fibroblastos para a lesão, onde vai poder fazer a deposição dos componentes da matriz extracelular, como fibrilas de colágenos. Então tem-se a formação do tecido de granulação (aparência granular e rósea) que nada mais é do que vários fibroblastos que estão depositando tecido conjuntivo frouxo, além de vários vasos e leucócitos. No entanto, a partir do momento que se inicia a maturação da cicatriz ocorre regressão vascular, deixando a cicatriz avascular e pálida, além da presença de fibroblastos fusiformes e também podem adquirir características de células musculares possuindo filamentos de actina para realizar o processo de contração das células, ainda mais, acontece também a deposição de fibras de colágeno do tipo I, ou seja, a cicatriz começa a se tornar mais firme. Por fim, o tecido conjuntivo depositado na cicatriz será modificado e remodelado pelas metaloproteinases (MMPS).
6-Quais são as anormalidades que podem acontecer no processo de reparo tecidual?
R: Pode ocorrer uma deficiência do reparo tecidual levando a deiscência da ferida (a lesão se abre) ou a ulcerações. Ou o processo pode vir a ser excessivo provocando cicatriz hipertrófica ou queloide. Além disso, principalmente em lesões feitas devido queimaduras, pode acontecer um excesso de contração das células levando a contratura.

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