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Fecundação e primeira e segunda semanas do embrião

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Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 
 
1 
 
Fecundação e primeira e segunda 
semanas do embrião 
Fecundação 
 Um zigoto é um oócito fecundado por um 
espermatozoide, e é uma célula totipotente que 
contém cromossomos do pai e da mãe, que se 
diferencia, migra, divide e cresce para formar um 
ser humano multicelular 
 Ocorre na ampola da tuba uterina (normalmente) 
 Os espermatozoides são atraídos por 
quimiotactismo (há uma substância no líquido 
folicular liberado pelos folículos de Graaf) 
 Demora 24 horas e ocorre em movimento pelas 
tubas uterinas 
 
Fases 
 Capacitação: remoção da capa glicoproteica dos 
espermatozoides por enzimas vaginais, tornando-
o mais ativo 
 Reação acrossômica: passagem do 
espermatozoide através da corona radiata do 
oócito a partir da enzima hialuronidase (liberada 
pelo rompimento do acrossomo do 
espermatozoide). As enzimas da mucosa da tuba 
e os movimentos caudais do espermatozoide 
também ajudam na penetração 
 O receptor ZP3 (espécie-específica) recebe 
espermatozoide, e com a enzima acrosina 
(esterases e neuroaminidases também), abre-se 
um “túnel” na zona pelúcida 
 Fusão das membranas plasmáticas: grânulos 
corticais liberados no espaço perivitelino pelo 
oócito, causando mudanças na zona pelúcida e 
impedindo entrada de novos espermatozoides. A 
cabeça e cauda dos espermatozoides entram no 
citoplasma do oócito, mas a membrana e as 
mitocôndrias não. 
 Finalização da segunda meiose do oócito (que 
estava parada em metáfase), tornando-se um 
oócito maduro, e seu núcleo, um pró-núcleo 
 Formação do pró-núcleo masculino: o núcleo do 
espermatozoide cresce formando e recebe 
glicoproteínas. A cauda se degenera. A célula que 
contém os dois pró-núcleos se chama oótide 
 Durante o crescimento, os pró-núcleos replicam 
seus DNAs 
 As membranas pró-nucleares se rompem, os 
cromossomos se condensam e se rearranjam 
(pareiam) para a divisão mitótica (há 46 
cromossomos, 23 de cada antecessor) 
 
 
Resumo 
 Capacitação dos espermatozoides 
 Reação acrossômica: espermatozoides passam 
pela corona radiata (hialuronidase) 
 Espermatozoides passam pela zona pelúcida 
(acrosina). Ao chegar no oócito as membranas se 
fundem e cabeça e a cauda passam, mas a 
membrana e as mitocôndrias não 
 Grânulos corticais alteram a zona pelúcida 
impedindo a entrada de novos espermatozoides 
 Formam-se os pró-núcleos (célula se chama 
oótide): feminino ao finalizar a segunda meiose e 
masculino ao crescer e a causa desaparecer. 
Eles replicam seus DNAs 
 As membranas dos pró-núcleos desaparecem e 
os cromossomos se rearranjam para se dividir 
 
Clivagem e nidação 
 Clivagem: primeiras divisões do zigoto, formando 
blastômeros cada vez menores. Ocorre até a fase 
de mórula (3 dias após a fecundação) 
2 
 
 Nidação: processo de fixação do blastocisto no 
endométrio, o que começa em torno do dia cinco 
a em torno do dia 10 
 
Primeira semana de desenvolvimento 
embrionário 
Processo 
 Cada célula formada chama-se blastômero, que 
ficam cada vez menores (o tamanho do embrião, 
por enquanto, não muda devido à presença da 
zona pelúcida) e mais aderidos/unidos 
(compactação: mediada por glicoproteínas de 
adesão da superfície celular, o que possibilita 
melhor adesão célula-célula e é pré-requisito para 
segregação das células que formam o 
embrioblasto). 
 Mórula: embrião que se dividiu ao ponto de 
chegar ao número de 12-32 blastômeros. Esse 
estágio ocorre cerca de três dias após a 
fecundação. 
 Ao chegar no útero, a mórula passa a ser invadida 
por líquido formando a cavidade blastocística. 
Passa a se chamar blastocisto 
 
 
 
 O blastocisto é dividido em embrioblasto, 
primórdio do embrião, e o trofoblasto (secreta 
fator precoce da gravidez, que pode ser detectado 
no soro materno) 
 O blastocisto flutua no líquido uterino por dois dias 
e a zona pelúcida desaparece, permitindo o 
rápido crescimento. Nesse período, o embrião é 
nutrido pelas glândulas uterinas 
 Blastocisto se adere ao endométrio pela região do 
embrioblasto (polo embrionário) e o trofoblasto se 
diferencia em uma camada mais interna ao útero, 
o citotrofoblasto, uma mais externa ao útero, o 
sinciciotrofoblasto (massa multinucleada sem 
limites observáveis pois resulta da fusão de 
células), que invade, por meio de enzimas e 
apoptose das células endometriais, o tecido 
conjuntivo do endométrio de forma a se fixar nele 
e dele retirar nutrientes. 
 O embrioblasto se diferencia em hipoblasto, que 
está na superfície voltada para a cavidade 
blastocística do embrioblasto 
 
 
 
 
Resumo 
 Dia 1: início da fecundação 
 Dia 2: término da fecundação 
 Dia 3: inicia a divisão do zigoto (30 horas após 
fecundação) até a fase de mórula 
 Dia 4: mórula chega ao útero. Forma blastocisto 
 
3 
 
 Dia 6: implantação do blastocisto no endométrio 
(já existe sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto) 
 Dia 7: formação do hipoblasto 
 
 
Segunda semana de desenvolvimento 
embrionário 
Processo 
 Implantação do blastocisto: 
 O citotrofoblasto sofre mitoses formando novas 
células, que migram para o sinciciotrofoblasto, 
que está crescendo, invadindo e se nutrindo das 
células deciduais do endométrio (e também 
secretando hCG – gonadotrofina coriônica 
humana, que mantém o corpo lúteo) 
 Ocorre por completo no décimo dia 
 Dia 8: 
 O embrioblasto se diferencia e forma uma placa 
achatada e bilaminar de células, o disco 
embrionário 
 Epiblasto: voltado para a cavidade amniótica, 
mais espesso, com células cilíndricas 
 Hipoblasto: voltado para a cavidade 
exocelômica (princípio da vesícula umbilical), 
células cúbicas 
 Uma cavidade (primórdio da cavidade 
amniótica) aparece no embrioblasto, revestida 
pelo âmnio (formado por amnioblastos) 
 Há células que formam a membrana 
exocelômica que estão interiores ao 
citotrofoblasto, delimitando a cavidade 
exocelômica 
 
 
 Dias 9/10: 
 Formação de tecido conjuntivo, o mesoderma 
extraembrionário, separando o citotrofoblasto da 
cavidade exocelômica (que passa a se chamar 
vesícula umbilical primitiva) e cavidade 
amniótica 
 No décimo dia, o blastocisto está 
completamente implantado no endométrio 
 Formação de lacunas dentro do 
sinciciotrofoblasto que contém sangue materno 
e restos celulares das glândulas uterinas 
(embriotrofo), que passam para o disco 
embrionário por difusão. 
 
 
 Dias 11/12: 
 Aparecem lacunas no mesoderma 
extraembrionário: espaço celômico 
extraembrionário, que se fundem e formam o 
celoma extraembrionário (grande cavidade que 
4 
 
isola o disco bilaminar e a vesícula umbilical 
primitiva) 
 Diferenciação do mesoderma extraembrionário: 
 Somático: reveste a cavidade amniótica e o 
citotrofoblasto 
 Esplâncnico: reveste a vesícula umbilical 
primária 
 Forma-se o saco coriônico, cujas paredes são o 
córion (formado por mesoderma somático 
extraembrionário, pelo citotrofoblasto e o 
sinciciotrofoblasto). O celoma extraembrionário 
passa a se chamar cavidade coriônica. 
 Pedículo de conexão une cavidade aminiótica e 
a vesícula umbilical secundária/saco vitelino ao 
saco coriônico 
 Formam-se redes lacunares (primórdio dos 
espaços intervilosos da placenta). Os capilares 
endometriais tornam-se sinusoides e conectam-
se com as lacunas para nutrir o embrião. 
 
 
 
 Dias 13/14: 
 Início da formação de vilosidades coriônicas 
primárias, que são o primeiro estágio da 
formação das vilosidades coriônicas da placenta 
 Formação de uma pequena vesícula umbilical 
secundária (saco vitelínico) por células 
endodérmicas que migram do hipoblasto para a 
vesícula umbilical primitiva, que se destaca e 
desaparece. A vesícula umbilical não contém 
vitelo, mas é o local de onde surgem células 
germinativas primordiais 
 Formação da placa pré-cordal: o hipoblasto do 
disco embrionário bilaminar forma uma área 
circular espessa. É o futuro local da boca e um 
importante organizador da região cefálica 
 
 
Resumo 
 Aumentodo sinciciotrofoblasto e produção de 
hCG 
 Diferenciação do embrioblasto em epiblasto 
(voltado para a cavidade amniótica) e hipoblasto 
(voltado para a cavidade exocelômica), formando 
o disco embrionário bilaminar 
 Formação da cavidade amniótica, revestida por 
âmnio (formado por amnioblastos) 
 Formação da cavidade exocelômica, revestida 
pela membrana exocelômica 
 Dia 10: implantação completa do blastocisto 
5 
 
 Aparecimento do mesoderma extraembrionário 
(cavidade exocelômica passa a se chamar 
vesícula umbilical primária) 
 Surgimento de espaços celômicos no mesoderma 
extraembrionário 
 Espaços celômicos se unem formando o celoma 
extrambrionário 
 Ocorre a diferenciação do mesoderma em 
esplâncnico (vesícula umbilical primária) e 
somático (cavidade amniótica e citotrofoblasto) 
 Forma-se o saco coriônico: citotrofoblasto + 
sinciciotrofoblasto + mesoderma somático 
extraembrionário 
 Celoma extraembrionário passa a se chamar 
cavidade coriônica 
 Início da formação das vilosidades coriônicas 
 Vesícula umbilical primária diminui de tamanho e 
se forma uma pequena vesícula umbilical 
secundária 
 
Referências 
Moore, K. L.; Persaud, T. V. N.; Torchia, M. G. 
Embriologia Básica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2012 
Moore, K. L.; Persaud, T. V. N.; Torchia, M. G. 
Embriologia Clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2012

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