Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 1 Sistema reprodutor feminino Fisiologia do sistema reprodutor feminino Ovários Gônadas femininas localizadas próximo às paredes pélvicas laterais e homólogas aos testículos Produzem os ovócitos (e folículos ovarianos, que nutrem o óvulo) Produzem progesterona e estrogênios, inibina (inibe produção de FSH) e relaxina (distende o útero para crescimento do feto), além dos androgênios, convertidos em estrogênio pela aromatase Camada externa é tecido conjuntivo e a interna é estroma Possui folículos, que nutrem os ovócitos e os expelem na ovulação, além de proliferarem o endométrio (ação dos hormônios) Útero Órgão muscular com formato de pera e paredes espessas levemente inclinado para a frente Dividido em corpo na parte superior (o extremo superior se chama fundo) e colo na parte inferior O colo se comunica com a vagina Local em que o feto se desenvolve Possui três camadas: perimério (mais externa), miométrio (espessa camada de músculo liso) e endométrio (mais interna, pode chegar a 5mm de espessura). O endométrio se divide também em três camadas durante a fase secretora do ciclo menstrual: Compacta: fina camada de tecido conjuntivo disposta em torno dos colos e das glândulas (faz parte do endométrio funcional: descama na menstruação) Esponjosa: espessa camada de tecido conjuntivo com porções tortuosas e dilatadas das glândulas uterinas (faz parte do endométrio funcional: descama na menstruação) Basal: Delgada camada que contém o fundo cego das glândulas uterinas Tubas uterinas Transportam os óvulos do ovário ao útero (tecido ciliado) Possuem 10cm de comprimento e 1 cm de diâmetro Cada tuba abre sua porção distal dentro da cavidade peritoneal Três camadas: serosa (exterior, peritônio), muscular lisa, mucosa (epitélio simples ciliado) Dividida em quatro porções: Fímbrias Infundíbulo Ampola (aqui ocorre a fecundação) Istmo Vagina Entre a bexiga e o reto Local de cópula, saída do fluxo menstrual e do bebê Tubo muscular que se estende do colo do útero ao óstio da vagina Em mulheres virgens, algumas vezes, existe uma prega fina que recobre parte do óstio da vagina, o hímen Ácida: proteção contra microorganismos Revestimentos Túnica mucosa: contínua com o útero. Contém reservas de glicogênio, cuja decomposição produz ácidos orgânicos (acidez protege a vagina) Túnica muscular: músculo liso que se estende na entrada do pênis e saída do bebê Túnica adventícia: tecido conjuntivo que ancora a vagina aos órgãos adjacentes Pudendo/vulva Monte do púbis: à frente da sínfise púbica, nele estão os pelos pubianos. Concentração de tecido adiposo Grandes lábios: laterais. Protegem o clitóris, a vagina e a uretra Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 2 Pequenos lábios: mediais. Circundam o vestíbulo da vagina (local em que estão o óstio da vagina, da uretra e os ductos das glândulas vestibulares) Glândulas de Bartholin/vestibulares maiores: óstio da vagina, secretam muco para lubrificar a região durante a relação sexual Glândulas parauretrais/vestibulares menores: muco (parede da uretra) Clitóris: órgão erétil com muito sensível, cuja função única é a excitação sexual Bulbo do vestíbulo Ovogênese Começa antes do nascimento e termina na puberdade, ocorrendo ciclicamente até que, na menopausa, se encerra. O ovócito secundário é uma célula haploide (23, X) grande e imóvel. É circundado pela zona pelúcida e pela corona radiata (camada de células foliculares) Maturação pré-natal dos ovócitos Células germinativas migram para o ovário Ovogônias (2n) sofrem diversas mitoses Essas ovogônias, então, crescem e passam a se chamar ovócitos primários (2n) Células de tecido conjuntivo rondam os ovócitos primários em uma única camada de células foliculares achatadas, denominada folículo primordial Ovócito primário inicia a meiose e para na prófase I devido a fatores inibidores Maturação pós-natal dos ovócitos Na puberdade, o ovócito primário cresce, e as células do tecido conjuntivo se tornam cuboides e depois, cilíndricas, formando o folículo primário Ovócito primário é envolvido pela zona pelúcida (material glicoproteico acelular amorfo) Inicia-se, na fase de ovócito primário, a primeira divisão meiótica, não sendo completada (para na fase de prófase), pois as células foliculares secretam um inibidor de maturação do ovócito Um folículo por vez (geralmente) amadurece, ocorrendo a ovulação. O ovócito primário cresce, e, imediatamente antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica formando um ovócito secundário (n) e um corpo polar (o ovócito recebe quase todo o citoplasma) Na ovulação, há o início da segunda divisão meiótica, que para em fase de metáfase II Na existência de fecundação do ovócito secundário, a segunda divisão meiótica se completa (com muito citoplasma em uma célula – o ovócito secundário – e pouca na outra – o segundo corpo polar) formando o óvulo Obs.: como todos os ovócitos já existem no nascimento, eles correm riscos de apresentar defeitos quanto mais a idade avança. Por isso, a gravidez tardia apresenta maiores problemas genéticos no bebê. Ciclo menstrual Mensais Hipotálamo produz hormônio liberador de gonadotrofinas, que estimula a produção de FSH e LH pela hipófise FSH: estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos, a produção de estrogênio pelas células foliculares e o crescimento dos folículos ovarianos e do endométrio Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 3 LH: estimula a liberação do ovócito secundário e a produção de progesterona pelas células foliculares e o crescimento dos folículos ovarianos e do endométrio Ciclo ovariano Fase folicular Crescimento folicular mediado pelo FSH: ovócito e células foliculares crescem (folículo primário) Forma-se a teca folicular (interna, que produz estrogênio e progesterona, e externa, que nutre, pois é vascularizada) Ovulação Proliferação das células foliculares e formação de espaços cheios de líquido folicular (antro) Secreção de LH aumenta (feedback positivo com estrogênio) e atinge o pico algumas horas antes da ovulação, que é a ruptura do folículo com a liberação do ovócito. O LH estimula as células da teca e as células foliculares a produzirem progesterona Ciclo que não libera ovócito: anovulatório Fase lútea Após a liberação do ovócito Células da teca (conjuntivo) e da granulosa (foliculares) sofrem luteinização (muito lipídeo) por estímulo do LH, formando o corpo lúteo As células do corpo lúteo começam a produzir 6 Se há fecundação, o corpo lúteo aumenta de tamanho (corpo lúteo gravídico) e de produção hormonal (sua degradação é inibida pelo hCG Se não houver fecundação, o corpo lúteo é absorvido devido aos baixos níveis de FSH e LH (feedback negativo da progesterona e estrogênio na hipófise) Com a degeneração do corpo lúteo acaba a produção de progesterona e estrogênio e a informação de feedback negativo (hipófise volta a produzir FSH e LH, e o ciclo reinicia) Ciclo menstrual Fase menstrual Primeiro dia da menstruação Dura de 4 a 5 dias Contração uterina com descamação do endométrio (devido à queda de progesterona que leva a necrose do endométrio) através da vagina Fase proliferativa Dura aproximadamente 9 dias Crescimento dos folículos ovarianos (controlada pelo estrogênio produzido por eles) Folículos ovarianos secretam muito estrogênio, o que estimula a proliferação das células endometriais, aumentando-o Glândulas aumentam em número e tamanho Fase lútea/secretória Dura aproximadamente 13 dias Formação e crescimento do corpo lúteo Secreção de progesterona e estrógeno pelo corpo lúteo levamao aumento da espessura do endométrio Não havendo fecundação: involução do corpo lúteo, queda de estrogênio e progesterona, menstruação (fase isquêmica: queda de progesterona impede o suprimento sanguíneo do tecido, que necrosa rompimento desses pontos necrosados resulta em sangramento) Referências G. J. Tortora, B. Derrickson. Princípios de anatomia e fisiologia. 14 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Hall. J. E.; Guyton A. C. Tratado de fisiologia Médica. 13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Compartilhar