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Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 1 Sistema reprodutor masculino Fisiologia do sistema reprodutor masculino Testículos Par de gônadas (glândulas endócrinas e exócrinas) Formados por túbulos seminíferos (que produzem espermatozoides imaturos). Têm o tamanho de uma castanha e estão localizados no escroto (fora da cavidade abdominopélvica devido à temperatura). Produzem testosterona. Epidídimo Ducto contorcido que recebe os espermatozoides para maturação e armazenamento. Estereocílios: absorvem 70% do líquido testicular e secretam estimuladores de maturação. Conferem mobilidade ao espermatozoide, que saem dos túbulos seminíferos imóveis. Líquido epididimário ainda mantém os espermatozoides relativamente imóveis até a ejaculação (devido ao pH, que é ácido devido à secreção de H+. Para que o espermatozoide tenha mobilidade, o pH deve ser básico.) Ducto deferente Canal muscular liso que conduz os espermatozoides do epidídimo ao ducto ejaculatório (movimentos peristálticos). Pode também armazenar espermatozoides. Pênis Contém a uretra, que é a passagem para a ejaculação do sêmen e excreção da urina Formado por três massas cilíndricas de tecido, cada uma revestida pela túnica albugínea (são tecidos eréteis) Massas dorsolaterais: corpos cavernosos Massa médio-ventrais: corpos esponjosos Vesículas seminais Produzem o líquido seminal alcalino e juntam-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório. Esse conteúdo é liberado no momento da ejaculação logo após a liberação dos espermatozoides na uretra pelo ducto deferente. Maior parte do sêmen Possui frutose (nutri espermatozoide) Glândulas bulbouretrais/Cowper Produzem muco que lubrifica e limpa o canal para saída do sêmen. Par de pequenas glândulas Próstata Glândula que circunda a parte prostática da uretra e que produz o líquido prostático (alcalino) que compõe o sêmen. Lança a secreção pelos ductos prostáticos Uretra Canal que atravessa a próstata, entra no pênis e conduz o sêmen ao meio externo na ejaculação. Túbulos seminíferos Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 2 Estrutura que está nos testículos e que produz os espermatozoides Célula de Sertoli/sustentaculares Fagocitose, nutrição dos espermatozoides, secreção de hormônios (inibidor dos ductos de Müller, estradiol e inibina) espermiação, forma barreira hematotesticular (não permite resposta imunológica aos espermatozoides). Conectadas por junções comunicantes. Célula de Leydig / intersticial Muito REL, secretam testosterona (lipídico), convertem parte da testosterona em estradiol, localizadas no líquido intersticial Espermatogênese Esse processo de maturação das espermatogônias em espermatozoides ocorre a partir da puberdade Fases Germinativo: células germinativas espermatogônias (2n) – presentes na região basal dos túbulos seminíferos – sofrem inúmeras mitoses Espermatogônia A: células tronco que ficam na região basal Espermatogônia tipo B: sofrem mitoses se transformando em espermatócitos I Crescimento: espermatogônias crescem e passam a se chamar espermatócitos I (2n) Maturação: espermatócitos I sofrem a primeira meiose, ou seja, reducional, formando dois espermatócitos II, que são cerca de metade do tamanho dos espermatócitos primários. Eles terminam a meiose formando quatro espermátides Diferenciação: espermátides (n) sofrem espermiogênese: etapa do golgi (aumento da produção, migração dos grânulos acrossômicos para a região anterior e do centríolo para o lado oposto), do acrossomo (forma acrossomo e flagelo, da maturação (espermatozoide pronto) Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 3 Espermatozoides Os espermatozoides maduros entram na luz dos túbulos seminíferos e são transportados para o epidídimo, ducto deferente e uretra Células móveis formadas por cabeça e cauda. Acrossomo: localizado na cabeça, é uma organela formada pelo Golgi e que possui enzimas que ajudam a penetrar pela corona radiata do ovócito secundário Cauda: dividida em quatro partes (colo, peças intermediária, principal e terminal). A peça intermediária possui mitocôndrias que fornecem energia. Como a cauda não participa da fecundação, não há mitocôndrias paternas no embrião Eixo hormonal hipotálamo – hipófise – gônadas O hipotálamo produz (aumenta na puberdade) GnRH, o que estimula a produção de FSH e de LH (liberados pela hipófise anterior) FSH Estimula as células de Sertoli a produzirem as substâncias que realizam a espermatogênese e a liberar estradiol Aumento do nível de estradiol estimula a produção de inibina, que diminui a secreção de FSH no hipotálamo LH Estimula células de Leydig a produzirem testosterona Testosterona determina as características secundárias masculinas O aumento do nível de testosterona suprime a secreção de LH (feedback negativo) Em algumas células, a testosterona pode ser convertida em di-hidrotestosterona (DHT) pela enzima 5-redutase. A DHT é mais eficiente/“forte” que a testosterona Proteína de ligação de androgênios (ABP): produzida pelas células de Sertoli, mantém a concentração de testosterona elevadas Estrogênios Possivelmente formados a partir da conversão de testosterona em estradiol pelas células de Sertoli (com ação da enzima aromatase), quando são estimuladas pelo hormônio folículo-estimulante, são também provavelmente essenciais para a espermiogênese. Também formados a partir da testosterona em outros tecidos GH Promove a divisão precoce das espermatogônias Sua deficiência pode causar infertilidade Ereção e ejaculação Estímulo sexual Glande do pênis: fonte mais importante de sinais sensoriais devido à sensibilidade das terminações Maria Fernanda Brandão – FPP TXIII 4 Também pode ocorrer no epitélio anal, saco escrotal e estruturas perineais Pensamentos, sonhos, etc. podem ser estímulos sexuais Esses estímulos são enviados ao SNC Ereção Primeiro efeito do estímulo sexual Causada por impulsos parassimpáticos, que causam liberação de peptídeo intestinal vasoativo, acetilcolina e óxido nítrico O óxido nítrico causa formação de monofosfato cíclico de guanosina (GMPc), que relaxa as artérias do pênis e as malhas trabeculares das fibras musculares lisas do tecido erétil dos corpos cavernosos e esponjosos do pênis. Esse relaxamento aumenta o fluxo sanguíneo, levando óxido nítrico às células endoteliais vasculares e vasodilatação O aumento da entrada de sangue arterial sob pressão e oclusão parcial da saída de sangue venoso preenche as cavidades que normalmente não têm sangue, deixando o pênis ereto e duro. Os estímulos que causam a ereção também causam a secreção mucosa das glândulas seminais e bulbouretrais, que passam pela uretra limpando-a e lubrificando-a. Ejaculação Estímulo pelo sistema simpático (centros reflexos da medula emitem impulsos simpáticos) É o clímax do ato sexual masculino (o momento mais intenso do estímulo sexual) Emissão: Contração da ampola do canal deferente promovendo expulsão de espermatozoides na uretra Contração da próstata, das vesículas seminais (com liberação dos líquidos prostático e seminal) e da uretra. Os líquidos liberados se misturam ao liberado anteriormente pelas glândulas bulbouretrais e formam o sêmen Ejaculação: O preenchimento da uretra com sêmen dá sensação de plenitude Esse preenchimento também estimula movimentos dos tecidos penianos que ejaculam o sêmen Resolução: após a expulsão do sêmen, a excitação sexual masculina desaparece e a ereção cessa
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