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ANOMALIAS DENTÁRIAS (PARTE IV) – PATOLOGIA/ESTOMATOLOGIA 4.ESTRUTURA · Alguma alteração que ocorreu durante a formação do esmalte, ou dentina, ou o conjunto dessas estruturas dentárias. · A extensão do defeito depende: · A intensidade do fator etiológico · A duração da presença do fator · O tempo em que ocorre o fator, durante a formação da coroa OBS: As estruturas dentárias têm o registro permanente e vem sendo até utilizado para estudo já que isso não se perde ao longo do tempo. · Dentro das estruturas dentárias, temos as hipoplasias do esmalte e as hipoplasias dentinárias 4.1 HIPOPLASIAS DO ESMALTE Podem ser de ordem hereditária (congênita) e adquirida. Essa diferenciação é feita para que possamos também fazer abordagens seja por aconselhamento ou outras orientações que cabem ao CD ADQUIRIDAS: Trauma e/ou infecção dos dentes decíduos, radiação, hipovitaminose A e C, febre alta, fibras altas, fluorose dentária, nefropatias, endocrinopatias, alergias, traumatismos, cirurgias. EXEMPLOS CLÁSSICOS DE HIPOPLASIA DO ESMALTE DENTES DE TURNER (ADQUIRIDA) Esse exemplo de trauma e infecção dos dentes decíduos leva a formação de um tipo que ficou clássico chamado de ‘’DENTES DE TURNER’’. O paciente apresenta hipoplasia focal/local, isso pode ocorrer em qualquer área, mas principalmente em áreas de maior incidência de traumas e esses traumas de dentes decíduos ocorrem mais na região anterior, em quedas ou em algum acidente doméstico, o dente pode intruir e levar a perturbação da formação daquele dente sucessor. Outra região muito comum de ocorrer, é quando os molares decíduos por caries extensa sofrem necrose ou abcesso (processo inflamatório na região na região apical) e isso vai afetar os PM, então teremos dentes de Turner em dentes locais como os PM, e quando ouvimos a história pregressa trazida pela mãe ela vai contar um trauma ou a presença de uma infecção local gerando as hipoplasias localizadas, também chamadas de dentes de Turner. FLUOROSE DENTÁRIA (ADQUIRIDA) Vai denunciar p período que esse paciente um excesso de flúor durante a sua formação. Portanto, isso vai acontecer principalmente durante a formação e veremos esse registro principalmente nos incisivos, sejam eles centrais, lateais superiores ou inferiores e nos molares. Então, mostra que ele foi exposto por um tempo menor ou maior, gerando essa expressão na estrutura. O mesmo pode ser observado em pacientes com febres altas no tópico de hipoplasias do esmalte adquiridas, ou seja, o paciente que passou por uma doença, algo muito comum em crianças nesse período que teve uma febre alta, ele teve um pico e vamos observar a fluorose nos 4 pontos dos molares identificando essa possiblidade naquele momento de formão uma perturbação pela temperatura aumentada, os ameloblastos (produzem esmalte) são muito sensíveis por isso obtém-se o registro. · O tratamento é estético, é um tratamento que vai depender do grau de expressão da fluorose, tratamento com intuito de devolver a parte estética do paciente. SÍFILIS CONGÊNITA O paciente no período da formação do dente, a mãe teve um quadro de sífilis adquirida, e essa sífilis tem na circulação o Treponema pallidum e ele tem um tropismo pelos dentes, principalmente os incisivos e os molares e uma vez que ele está naquela região há uma inflamação e aí leva a uma má formação da estrutura dentária. · Incisivos em forma de barril · Molares de amora (Dentes de Hutchinson) · Surdez e labirintite OBS: O paciente da sífilis congênita não é portador da doença, ele é uma consequência da sífilis adquirida pela mãe. E serão observadas tais características de forma mais tardia e por isso são chamadas de sífilis congênita tardia AMELOGÊNESE IMPERFEITA HEREDITÁRIA É uma condição hereditária que vai ter expressividade variada, podemos ver pacientes com um acometimento maior da estrutura d esmalte ou com achados mais sutis. · Defeito genético · Afeta todos os dentes (podendo iniciar no dente decíduo e com certeza no dente permanente, ou esse gene só irá se expressar na dentição permanente) · Dentes quebradiços ou amolecidos (a estrutura do esmalte está malformada) · Contorno anormal · Ausência de pontos de contato · Acomete exclusivamente o esmalte, tendo um melhor prognóstico já que a raiz se mantem normal · A amelogenêse imperfeita deve ter o início da sua investigação clínica, mas é importante a imagem radiografia de forma identificar e finalizar o diagnóstico, porque essa constatação por meio de exame radiográfico mostra que as estrutura da cora onde temos a estrutura do esmalte esta alterado porem a raiz está mantida porque a raiz é formada por principalmente pela dentina que não está sendo acometida nesse momento. OBS: O esmalte se solta ou ele está menor, mais poroso e alguns classificam como hipoplásico, hipomineralizado e ele acaba absorvendo os corantes da alimentação do dia a dia. 4.2 HIPOPLASIAS DENTINÁRIAS Quando a dentina sofre alguma alteração · Dentinogênese Imperfeita Hereditária (Tipos I, II, III) · Displasia Dentinária Radicular Coronária EXEMPLOS CLÁSSICOS DE HIPOPLASIAS DENTINÁRIAS DENTINOGÊNESE IMPERFEITA HEREDITÁRIA · Aparência translúcida opalescente (Quem da cor a estrutura dentária é a dentina) · Coloração acinzentada, azulada ou amarelada · Câmara e condutos obliterados · Raízes rombas ou arredondadas esmalte quebradiço · Esmalte quebradiço · Resistentes a cáries · Uma implicação importante da dentinogênese imperfeita está associada a um quadro de ‘’Osteogênese Imperfeita’’. Condição hereditária de maior gravidade onde vai acometer a formação óssea do indivíduo, então esse indivíduo vai ter graus diferentes de osteogênese imperfeita e esse paciente na maioria das vezes apresenta os membros inferiores ou superiores com alguma deformação e fraturas constantes, então são pacientes que tem dificuldade de locomoção em função da osteogênese imperfeita. Caso em que houve uma associação entre osteogênese imperfeita e displasia ectodérmica OBS: É interessante observar que ele se apresenta com o esmalte quebradiço sem o esmalte estar hipoplásico, mas como não tem o suporte da dentina o esmalte também se perde, por isso muitas vezes em um olhar clínico ter essa dificuldade entre amelogenêse e dentinogênese. Por isso deve-se fazer o diagnóstico juntando o clinico com o radiográfico. DISPLASIA DENTINÁRIA TIPO I OU RADICULAR · Paciente apresenta tamanhos reduzidos de raiz ou tamanhos variados. DISPLASIA DENTINÁRIA TIPO II OU CORONÁRIA · Paciente apresenta coroa com uma opacidade devido a diminuição de dentina. ODONTODISPLASIA REGIONAL Quando a estrutura do esmalte e a estrutura da dentina estão alterados, temos todo o dente alterado, conhecido como ‘’DENTES FANTASMAS’’. · Pode estar mais regional (alguns acreditam que pode ser devido a uma falta de inervação em determinada área da face diminuindo esse desenvolvimento, por isso ser regional/focal) · POSSÍVEIS CAUSAS: Traumatismos, deficiências nutricionais, infecções locais, alterações metabólicas
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