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BIOSEGURANÇA E ARQUITETURA EM LABORATÓRIOS DE SAÚDE PÚBLICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA
DISCIPLINA: BIOSSEGURANÇA E ERGONOMIA
PROFESSORA: MARIA BETÂNIA MELO
DATA: 22/12/2016
EQUIPE:
	ADNA SANTOS
	ANA HELOISA DE MELO
	BRUNELLE COSTA
	BEATRIZ NEVES
	DANILO PORTO
	DÉBORA MARTINS
	HENRIQUETA NÚBIA PEREIRA
 
INTRODUÇÃO
Laboratório de Saúde Publica
Local equipado para estudo experimental em uma ciência ou para testes e análises.
Além de oferecer oportunidade para experimentação, observação prática em um campo de estudo ou onde se elabora, é onde se transforma alguma coisa em outra. 
Uma de suas funções primordiais é a proteção da saúde de populações de cidades, municípios e estados.
Nas atividades laboratoriais que envolvam materiais infecciosos, avaliação de risco é um parâmetro essencial para definição de todos os procedimentos de Biossegurança. 
Os riscos presentes na atividade envolvendo agentes biológicos irão determinar os Níveis de Biossegurança a serem adotados em uma edificação laboratorial.
O laboratório de saúde pública, como órgão integrante do serviço nacional ou estadual de saúde, tem como função primordial contribuir para o estudo e a solução de todos os problemas importantes de saúde apresentados, fornecendo uma informação precisa e fidedigna para que o pessoal da assistência médico-sanitária possa adotar medidas adequadas.
As atividades mais complexas geralmente ocorrem nos hospitais maiores, que funcionam como centro de concentração regional, geralmente situados nas grandes cidades e junto às Universidades.
 
As tarefas mais simples são executadas por pequenos hospitais locais que oferecem serviços de medicina e cirurgia gerais e de obstetrícia a uma comunidade.
Os tipos de atividades desenvolvidas nos laboratórios de saúde pública, logicamente dependerão de muitos fatores, destacando-se entre eles, as enfermidades prevalentes na região e os recursos disponíveis, principalmente em termos de pessoal e fundos.
O planejamento deverá começar com uma análise da eficiência, custo e estrutura dos serviços de laboratório existentes e procurar atender a futuras necessidades dentro dos limites dos recursos.
Desenvolvimento do Trabalho
	Neste trabalho, apresentaremos de maneira esclarecedora, informações necessárias para cumprimento das exigências dos níveis de biossegurança laboratoriais, juntamente com a necessidade de maior reconhecimento da importância dos serviços e alguns fatores básicos a serem considerados no planejamento e organização de um sistema nacional unificado de serviços de laboratório de saúde pública.
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA LABORATORIAIS
	Devem estar em consonância com os riscos provocados pelos agentes biológicos. Regidos pelas Diretrizes Gerais para o Trabalho em contenção a esses agentes biológicos. 
	
	NB 1	NB 2	NB 3	NB 4
	Nível adequado à manipulação de agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em adultos sadios	Nível adequado a manipulação de agentes biológicos com riscos moderados. Porém com medidas terapêutica e profilática conhecidos.	Nível moderado de letalidade dos agentes biológicos, no entanto havendo medidas de tratamento e imunização.	Nível perigoso e de alta letalidade dos agentes biológicos. Não havendo medidas profilática ou terapêutica.
LOCALIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS NB 1 e NB 2
NB 1
NB 2
LOCALIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS NB 3 e NB 4
NB 3
NB 4
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA LABORATORIAIS
Simas e Cardoso, 2008 Utilizaram as seguintes simbologias:
“X” 				 Obrigatório
“0” Recomendado 
“ + ” Requisito usando mesmo sem necessidade
LOCALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
	Níveis de Biossegurança				Localização do Laboratório 
	1	2	3	4	
	X	X	X	X	Sala separada das áreas de público por porta mantida fechada
		X	X	X	Afastado das áreas de público, escritórios em geral e áreas de cuidados a pacientes
		0	X	X	Afastado das áreas de trabalho, em geral, e circulações, com acesso restrito aos técnicos
			0	X	Fisicamente separado de outros laboratórios, ou contido em uma zona isolada, hermeticamente vedado, com acesso limitado só a autorizados
Organização funcional do laboratório
Laboratórios requer uma arquitetura que visualize as inter-relações e alternativas envolvidas nos arranjos físicos do projeto;
Os elementos organizacionais da edificação devem ser agrupados de acordo com suas funções;
Os acessos aos quatro níveis de contenção laboratorial devem ser diferenciados e dotados de barreiras físicas (câmaras de passagem, áreas de transferência de materiais, autoclaves e outros equipamentos de segurança). 
Características construtivas 
 Algumas características:
Superfícies lisas, impermeáveis e resistentes a diversos fatores, tais como umidade e peso, entre outros.
No laboratório, tanto o material de construção quanto o de revestimento do perímetro de contenção são importantes no controle da disseminação de material infeccioso.
 Uso de paredes Removíveis e piso falso( piso sobre piso).
 Níveis de Biossegurança
Exemplos
Sistemas de segurança, comunicação e monitoramento
Os sistemas devem ser adequados para cada tipo de nível de biossegurança dos laboratórios (NB1 a NB4);
Deve-se manter a segurança e proteção da pesquisa e do pesquisador;
O sistema deve ser do mais básico ao mais avançado a depender do tipo de laboratório;
Símbolo de risco biológico internacional fixado na porta de acesso + classe de risco do agente biológico + nome do pesquisador + telefone do pesquisador. 
Especificidades dos laboratórios NB3 e NB4
Os laboratórios NB3 e NB4 devido aos agentes biológico de alto risco com que são trabalhados neles, devem possuir:
sistemas de monitoramento automatizados 
Circuitos elétricos separados 
Sistema auxiliar de emergência integrado ao sistema de segurança do prédio (detectado visualmente ou sonoramente).
Tabela que mostra cada nível de biossegurança quanto a segurança e monitoramento. O “X” indica obrigatoriedade e o “O” indica recomendação.
Instalações de higiene e segurança
A higiene é necessária em qualquer nível de biossegurança; 
Lavatórios próximos aos locais de saída de preferência com ativação automática;
Cubas para a higienização dos materiais utilizados localizados nas extremidades da bancada; 
Chuveiros de emergência instalados em locais de circulação ou próximo as portas de acesso, sem que haja a obstrução da passagem;
O lava-olhos deve estar junto a pia de higienização, próximo as bancadas ou acoplados ao chuveiro de emergência.
Especificidades dos laboratórios NB3 e NB4
A segurança na hora da higiene nos laboratórios NB3 e NB4 deve ser muito mais rigorosa do que os laboratórios NB1 e NB2, portanto deve ser:
Feita a limpeza das mãos e dos materiais em uma sala de contenção que esteja adjacente ao laboratório e com os devidos equipamentos sanitários, esses devem ser acionados automaticamente;
A troca da roupa por um jaleco e todo o material de proteção deve ser colocado em uma antessala com o número igual ao de técnicos que irão se dirigir ao laboratório;
Os chuveiros de emergência e o lava olhos devem estar localizados na sala de contenção e sempre devem ser acionados automaticamente. 
Tabela que indica as instalações de higiene e segurança de acordo com cada tipo de nível de biossegurança. 
23
 Equipamentos de proteção individual (EPI)
* São todos os dispositivos de uso individual destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador
*Barreira de proteção primária
Equipamentos de proteção coletiva (EPC)
*São aqueles que tem função de proteção do ambiente e a manutenção da saúde, além da integridade dos ocupantes de uma determinada área.
*Barreira de proteção secundáriaEquipamentos de proteção individual(EPI)
Ambientes não-laboratoriais
 EPC de uso rotineiro
EPC de situação emergencial 
EPI e EPC dos laboratórios de acordo com os níveis de biossegurança
 
Nível de Biossegurança 1
* Uso de EPI como: jaleco, luvas, Sapato fechado etc.
Nível de Biossegurança 2
 Cabine de biossegurança biológica classe I ou II
 Outros itens usados no NB1 
Nível de Biossegurança 3
Autoclave para descontaminação de EPI 
Autoclave para o pré tratamento dos resíduos
Além dos outros equipamentos dos níveis 1 e 2 
 Nível de Biossegurança 4
( laboratório de contenção máxima)
*Laboratório do tipo cabine de segurança biológica classe III 
*Laboratório com vestimentas de pressão positiva
Trazendo para nossa realidade.....
Quais medidas de biossegurança devem ser tomadas no consultório odontológico?
Biossegurança no consultório odontológico
Limpeza,descontaminação, e deposito de substâncias químicas (amálgama, revelador, fixador etc)
Consultório odontológico integrado com as áreas de suporte laboratoriais(área contaminada e área descontaminada
Arquitetura e biossegurança no consultório odontológico
Preparo, esterelização e estocagem do material
38
Características Ambientais
A visualização dos riscos de acidentes e de exposição ocupacional associados ao ambiente de trabalho requer um levantamento minucioso de desiquilíbrios ambientais, cujos agentes causais são variáveis de origem biológica, química, inertes e funcionais. 
Fontes de contaminação na área interna
Usuários: pacientes infectadas ou não,profissionais e visitantes;
As poeiras: (materiais particulados), e os aerossóis(materiais orgânicos) provenientes do mobiliário;
Equipamentos e outros componentes do sistema de climatização adotados, assim como de plantas,vaso com flores,pias,toalhas,nebulizadores,umidificadores e aspiradores presentes no ambiente.
Fatores de contaminação na área externa
São provenientes de construções e reformas (matérias e particuladas);
Tráfego intenso e outras poluições ambientais veiculadas pelo ar, solo e água (matérias orgânicas),incluindo torres de resfriamento do sistema de climatização da edificação 
Alguns aspectos construtivos, equipamentos e métodos operacionais:
As instalações de climatização 
Observar os requisitos de filtragens, trocas de ar, renovação de ar, níveis de ruído, vibração e de setorização para o sistema de ar-condicionado.
Instalações Prediais
Deve-se observar as normas de projeto para as instalações elétricas e eletrônicas;
Os sistemas a serem adotados devem levar em conta o alto percentual de custo, algumas vezes acima da metade (50 por cento) do custo total de todo projeto de construção; 
REFERÊNCIA
 
SIMAS, C.M.; CARDOSO, T.A.O., Biossegurança e arquitetura em laboratórios de saúde pública, pós v. 15, p.108-124 São Paulo, dez 2008

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