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ALUNA: Ludmila Moura Vieira MATRÍCULA: 18.2.000760 Leucoplasia e Ceratose Friccional (+ Doença de Crohn) Lesões Potencialmente Malignas Tecido epitelial é formado principalmente por queratinócitos e sua principal função e proteção. Quando o tecido apresenta alteração citoarquiteturais, as camadas afetam-se na seguinte ordem: I - camada basal, II- camada espinhosa, III- camada granulosa e IV- camada córnea. Quando o epitélio tem muito queratinócitos (muita queratina) pode existir dois motivos gerando essa maior proliferação de ceratina: trauma leve e constante ou mutação no queratinócitos. O tecido conjuntivo, por sua vez, é constituído por células imunológicas e vasos sanguíneos e desenvolve as seguintes funções sustentação, proteção e nutrição. Leucoplasia Configura-se como uma lesão com potencial maligno sem uma causa específica ou como uma placa branca não destacável a raspagem e que não pode ser diagnosticada como qualquer outra lesão. Sua prevalência ocorre em homens acima de 40 anos, muitas vezes tabagistas. Fatores causais: cigarro, álcool, sol, lesões fúngicas e HPV. Características Clínicas: placas levemente elevadas branco-acinzentadas podendo desenvolver caráter eritroleucoplásico, que podem parecer translúcidas, fissuradas ou endurecidas, tipicamente macias e planas, bordas bem definidas, mas podem misturar-se de forma gradualmente a mucosa oral. NEOPLASIA Maligna Mutação Celular Invasão Benigna Lesões Potencialmente Malignas Histopatológico: áreas de hiperceratose, acantose, podendo ser hiper (para/orto) ceratinizada e áreas de displasia (vai da camada basal para a camada córnea) com células e núcleos aumentados e atividade mitótica aumentada I. displasia leve: só na camada basal (1-7%); II. displasia moderada: na camada basal e metade da espinhosa; III. displasia severa: da camada basal até acima da camada média do epitélio (4-15%); IV. carcinoma in situ: da camada até a superfície da mucosa (18-47%). Laudo: não diz o que se trata a lesão (tem que ir por eliminação) “tecido epitelial com hipercetarose e áreas de displasia (leve/moderada/ severa)”. Tratamento: biópsia incisional, acompanhamento, eliminação dos fatores de risco, remoção cirúrgica (podem ter recidiva) com reavaliação a cada 6 meses. Ceratose Friccional Fatores causais: função mastigatória, trauma da dentadura, aparelhos ortodônticos ou hábitos parafuncionais. Características Clínicas: Lesão branca, normalmente, em área traumática que desaparece com a remoção do fator causal/lesão branca de proteção/crônica e de baixa intensidade por trauma contínuo que acelera a taxa de replicação das células epiteliais. Histopatológico: resposta hiperplásica epitelial normal. Tratamento: cura-se com a retirada do fator causal. Doença de Crohn Trata-se de uma doença crônica inflamatória que afeta mais comumente o trato gastrointestinal baixo (intestino grosso), porém toda a extensão do tubo digestivo pode estar associada. Como acorre? Pelo gene CARD15 localizado no lócus IBD. O gene CARD15 codifica uma proteína citoplasmática, a NOD2, que se expressa nos fagócitos mononucleares. Polimorfismos no gene CARD15 inibem a via NOD2, provocando um desvio para a via da resposta imune inata. A mucosa de indivíduos com doença de Crohn é dominada por uma população de linfócitos TCD4, que produzem interferon-gama e IL-2. A ativação da imunidade celular é acompanhada pela produção de ampla variedade de mediadores inflamatórios. Tais mediadores intensificam o processo inflamatório e provocam dano tecidual, que será responsável pelas manifestações clínicas da doença. Fatores causais: sua causa ainda é desconhecida, entretanto, acredita-se que a doença resulte da exposição da mucosa do TI. Há fatores ambientais em um hospedeiro geneticamente susceptível causando resposta do sistema imunológico e provocando inflamação granulomatosa. Prevalência: gêmeos monozigóticos, parentes de primeiro grau de doentes (4-20x mais arriscado). Características da Lesão: ocorre ulcerações transmurais regionais, com formação de fístulas e ulcerações em mucosas. Características histopatológicas: inflamação crônica em placas, irregularidade focal das criptas e granulomas não caseosos. Tratamento: a doença de Crohn não tem cura. Medicamentos como esteroides e imunossupressores são utilizados para retardar a progressão da doença. Se essas medidas não forem eficazes, poderá ser necessário realizar uma cirurgia. Além disso, pacientes com doença de Crohn podem ter que fazer exames regulares para verificar a presença de câncer colorretal, devido a um maior risco de desenvolvê-lo.
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