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SISTEMA ABO e a Bioquímica

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SISTEMA ABO: Os genes para o sistema ABO produzem alelos A, B, O que estão localizados no cromossomo 9 no locus do ABO. O produto primário da codificação desses genes são enzimas Glicosiltransferases, que atuam catalisando a união entre açúcar ativo e substrato receptor. Assim, para obter os antígenos A, B, O essa enzima atua ligando açúcar ao substrato: antígeno H.
 O antígeno H é um carboidrato produzido pela enzima Fucosiltransferase (codificada no locus 19), assim, esse carboidrato independe do locus ABO, porém serve para fornecer substrato para a obtenção dos antígenos do ABO. O antígeno H é formado por diferentes acúcares: L-fucose e galactose (cadeia ligada pela Fucosiltransferase) são unidas à cadeia de D-galactose e N-acetil- glucosamina (cadeia precursora) formando o antígeno H. Os antígenos posteriores são formados a partir de modificações nessa estrutura. Assim, o gene A codifica uma enzima glicosiltransferase que adiciona N-acetil-galactosamina ao antígeno H, formando o antígeno A. O gene B codifica uma enzima glicosiltransferase que adiciona galactose ao antígeno H produzindo o B. O gene O não codifica uma enzima glicosiltransferase, portando não há adição de açúcar no antígeno H. O grupo sangüíneo AB apresenta a atividade das duas transferases (A e B), enquanto o grupo O não possui as transferases A e B, mas apresenta o antígeno H em grande quantidade na superfície das hemácias
A glicosiltransferase é formada por 3 domínios (N-terminal, C-terminal e transmembrana hidrofóbico), sendo o domínio C-terminal o responsável pela catalisação desse processo. Os antígenos ABO não estão restritos apenas à membrana dos eritrócitos, podendo ser encontrados também em uma grande variedade de células como linfócitos, plaquetas, endotélio capilar venular e arterial, células sinusoidais do baço, medula óssea, mucosa gástrica, além de secreções e outros fluidos como saliva, urina e leite. Os genes são codificados por meio de seqüências específicas presentes no DNA, localizadas em pontos estratégicos ao longo do cromossomo. Já os alelos são formas alternativas de genes, que ocupam um único locus em cromossomos homólogos. Os principais alelos do gene ABO são A, B e O. O locus ABO codifica especificamente glicosiltransferases que sintetizam antígenos A e B em hemácias. Para acontecer à síntese de antígeno A ou B um precursor denominado antígeno H tem que estar presente. Nas hemácias a enzima que sintetiza o antígeno H é codificada pelo locus H (FUT1). Na saliva e outras secreções corporais, a enzima que sintetiza o antígeno H é codificado pelo locus Se (FUT2).Bactérias comuns no organismo humano, possuem antígenos que são similares ou idênticos aos antígenos do grupo sangüíneo ABO. Estes estimulam a formação de anticorpos em indivíduos que não possuem o correspondente antígeno em suas próprias hemácias, desta forma os indivíduos do tipo O, que não possui antígeno A e B, têm ambos os anticorpos anti-A e anti-B enquanto que indivíduos do tipo AB não têm nenhum. O alelo A e B difere um do outro devido a 7 substituições de nucleotídeos. Os resíduos de aminoácidos da posição 266 e 268 determinam a especificidade A ou B da glicosiltransferase codificada. O alelo O difere do A pela deleção da uma guanina na posição 261. A deleção causa a tradução de uma proteína sem atividade enzimática.
O locus H (FUT1) está localizado no cromossomo 19 e codifica uma fucosiltransferase que produz antígeno H em hemácias. Indivíduos que são recessivos para este alelo (hh) não produzem o antígeno H, e como o antígeno H é precursor essencial dos antígenos do grupo ABO, eles não produzirão antígenos A e B, entretanto, seus soros contem anti-A e anti-B junto com o anti-H. Indivíduos com o fenótipo Bombay são saudáveis, mas se eles necessitarem de transfusão de sangue, os anticorpos em seu soro desencadeará reações hemolíticas agudas. Eles só podem receber produtos sangüíneos de pessoas com fenótipo Bombay. O locus Se, localizado no cromossomo 19 , codifica uma fucosiltransferase que é expressa no epitélio de tecidos secretores, como as glândulas salivares, trato gastrintestinal, e o trato respiratório. A enzima codificada catalisa a produção de antígenos H em secreções corporais. Indivíduos não secretores são recessivos (se se) para o locus Se. Eles não são capazes de produzir o antígeno H na forma solúvel e conseqüentemente não produzem o antígeno A e B. O locus Rh está localizado no braço longo do cromossomo 1. Ele contem genes RHD e RHCE. Os genes RHD e RHCE são estruturalmente homólogos e resultaram de uma duplicação de um gene ancestral comum. Os genes RHD e RHCE codificam uma proteína transmembrana com 400 resíduos de aminoácidos que atravessam a membrana da hemácia 12 vezes. A proteína RhD só difere da forma comum da proteína RhCE em 35 aminoácidos. O grupo sanguíneo Rh é um dos mais complexos grupos sangüíneos conhecidos em humanos. Ele é de primeira importância em obstetrícia sendo causador da eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido. A complexidade dos antígenos do grupo sangüíneo Rh é devido ao elevado polimorfismo dos genes que os codificam. Os genes RHD e RHCE que são rearranjados entre si produzindo híbridos de Rh codificadores de diferentes antígenos Rh. Até o presente são conhecidos aproximadamente 49 antígenos Rh.
1.Qual a regra para a identificação de D-acucares? 
Nas projeções de Fischer de monossacarídeos, o grupo carbonila é sempre colocado no topo (no caso de aldoses) ou o mais próximo do topo possível (no caso das cetoses). Se o grupo OH ligado ao carbono assimétrico mais abaixo (carbono que é o segundo de baixo para cima) estiver à direita, a substância é um açúcar da série D. Se o grupo OH estiver à esquerda, então a substância é um açúcar da série L. Quando um enantiômero difere do outro pela inversão de um centro quiral, são chamados de epímeros. 
2.O que determina o poder redutor de um acuçar ?
Carboidratos com ligações hemiacetal são açúcares redutores pois eles reagirão com reagentes de Tollens e de Benedict. Carboidratos com apenas grupos acetal (ligações glicosídicas) não reagem com estes reagentes e são chamados açúcares não redutores. A reação de ciclização forma um hemi, isto é, ocorre quando reage o grupo OH de um álcool com o grupo carbonila presente no aldeído ou cetona. Assim, um hemiacetal decorre da reação entre a carbonila do aldeído e um hemicetal decorre da reação da carbonila da cetona. 
ANEL: Um monossacarídeo contendo anel de 6 membros é designado uma piranose glucose nesta forma é uma glucopiranose. Um monossacarídeo contendo anel de cinco membros é designado uma furanose. As formas cíclicas hemiacetal se interconvertem através da forma de cadeia aberta. As formas cíclicas hemiacetal diferem apenas na configuração do C1 e são chamadas anômeros. A representação cíclica plana de carboidratos é chamada de fórmula Haworth. Projeções Fischer e fórmulas de Haworth podem facilmente ser interconvertidas.

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