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Embriologia - Odontologia

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A face humana é formada a partir do 
desenvolvimento harmônico de duas estruturas 
embrionárias que delimitam a cavidade oral. 
Origem ectodérmica: Células da crista neural formam 
o ectomesênquima da face e do pescoço. 
 
ARCOS FARÍNGEOS 
o 1º arco: Frontonasal – Formam os placódios 
nasais, palato primário, região anterior de maxila 
e dentes superiores. 
o 2º arco: Arco Mandibular – Formam o lábio 
inferior, mandíbula, dentes mandibulares, palato 
secundário e parte do corpo da língua. 
o 3º arco: Formam o corpo da língua. 
o 4º arco: Formam a base da língua. 
o 5º arco: Formam a epiglote, faringe. 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DO NARIZ 
o Fusão dos processos nasais mediais: 
- Migram para a região mediana inferior com o 
processo frontonasal; 
- Formam os processos alveolares dos incisivos 
superiores. 
o Processo frontonasal + processos nasais mediais 
- Formam a porção medial do nariz e a porção 
anterior da maxila e do palato (palato primário); 
- O processo frontal forma o osso frontal e do 
ápice do nariz; 
- Os placóides nasais formam as narinas e o nariz; 
 
- Os processos nasais laterais formam a asa do 
nariz. 
 
FORMAÇÃO DOS LÁBIOS 
o Lábio Superior: 
- Fusão entre os processos maxilares e os 
processos nasais mediais. 
o Lábio Inferior: 
- Fusão dos processos mandibulares. 
 
FORMAÇÃO DO PALATO 
o Processos Nasais Mediais 
- Formam a porção anterior da maxila e do palato 
(palato primário); 
o Segmento Intermaxilar 
- Processos maxilares + processo frontonasal 
- Separa parcialmente as cavidades oral e nasal 
em formação. 
o Palato Secundário 
1. Soerguimento das cristas (proteoglicanas + 
miofibroblastos). 
2. Abaixamento da língua para se adequar ao 
assoalho bucal. Elas mudam em direção, uma 
passa a crescer em direção a outra e unem-
se na linha média junto com o septo nasal. 
3. Fusão das cristas palatinas laterais (dos 
processos maxilares). 
o Palato Definitivo 
- Junção do palato primário + secundário; 
- Formação do forame incisivo; 
- Separação total das cavidades oral e nasal. 
 
FORMAÇÃO DA LÍNGUA 
o Origem na parede ventral da orofaringe 
- Origem nos 04 primeiros arcos branquiais; 
Cada arco recebe sua própria 
inervação e vascularização, 
portanto, estruturas do mesmo 
arco, terão a mesma procedência. 
- Saliências linguais (1º arco branquial); 
- Tubérculo ímpar -> Eminência medial -> Forame 
cego; 
- Tecido mesenquimal: entre língua e assoalho 
(degenera para liberar a língua). Há a separação 
da língua do assoalho bucal; 
- Músculos da língua: origem no assoalho da 
faringe. 
 
FORMAÇÃO DA MAXILA 
o Pré-maxila (parte anterior da maxila) 
- Forma-se pela fusão dos processos nasais 
mediais e frontonasal. 
o Maxila 
- Ossificação dos processos maxilares do 1º arco 
branquial 
- Direção superior -> Processo frontal; 
- Direção posterior -> Abaixo da órbita, em 
direção ao zigomático; 
- Direção anterior -> Região incisiva; 
- Direção inferior -> Processos palatinos para 
formar o palato duro. 
 
FORMAÇÃO DA MANDÍBULA 
o 1º parte da face a se formar (a partir da 6º 
semana); 
- Fusão precoce na linha média dos processos 
mandibulares; 
- Formação do mento e do lábio inferior; 
- Cartilagem de Meckel -> Dentro dos processos 
mandibulares; 
- Ossificação intramembranosa. 
o Formação de uma Mandíbula Rudimentar (10º 
semana): 
- Formação de um canal para alojar o nervo 
alveolar inferior; 
- Formação dos compartimentos dos germes 
dentários. 
 
OBS: A PRECOCIDADE DA FUSÃO DOS PROCESSOS 
MANDIBULARES PODE ESTA RELACIONADA À BAIXA 
PREVALÊNCIA DE FISSURAS NA MANDÍBULA. 
 
FORMAÇÃO DA BOCHECHA 
- Fusão dos processos maxilares com os mandibulares 
(delimita a abertura oral). 
 
FORMAÇÃO DA PAREDE ALVEOLAR MEDIAL 
- Fusão dos processos palatinos com o corpo da 
maxila; 
- Possui um canal com os germes dentários 
superiores posteriores. 
 
DESENVOLVIMENTO DA FACE 
A boca primitiva (estomódio) apresenta 04 limites: 
o Processo frontonasal (limite craniano); 
o Processo maxilares (limite laterais); 
o Processos mandibulares (limite caudal). 
O desenvolvimento completo da face ocorre entre a 
5º e a 8º semana de gestação. As fusões entre o 
palatino primário e os processos maxilares e entre os 
processos maxilares e os processos nasais laterais 
na base do nariz definem o formato da face. 
Os lábios, por sua vez, tem seu comprimento definido 
na comissura labial, pela fusão entre os processos 
maxilares e mandibulares. 
o Terço superior do viscerocrânio cresce ráoido; 
o Terço médio do viscerocrânio cresce lento; 
- Completa-se com a formação do 3º molar (18-
25 anos). 
Os ossos da face em sua maioria se desenvolvem por 
ossificação intramembranosa e são todos oriundos da 
crista neural (ectomesênquima); 
A fusão completa de todos os processos faciais 
termina por volta do 38º dia de gestação. 
 
As fissuras labiopalatinas e palatinas têm suas 
origens nas malformações desenvolvidas ao longo do 
processo de formação facial embrionário, podendo 
surgir descontinuidades entre estruturas 
embrionárias responsáveis pelo estabelecimento do 
palato e dos lábios, mantendo fendas ou fissuras 
abertas nas regiões de aproximação entre as 
estruturas componentes do processo. 
O mecanismo de fusão dos processos faciais pode 
ser compreendido por dois fenômenos: 
o Aderência epitelial 
- Ocorre quando os processos se encontram. 
o Mesodermização 
- Ocorre destruição do epitélio e a união entre 
os mesênquimas dos processos. 
Durante esse mecanismo pode ocorrer ausência ou 
falha na fusão desses processos pela ação de 
fatores teratogênicos, possibilitando o surgimento 
de fissuras labiopalatinas. 
Falhas na sincronização dos movimentos ou do 
crescimento das cristas palatinas e de elementos da 
língua, da mandíbula e da cabeça podem interferir 
no processo. 
O forame incisivo representa o vestígio da fusão 
embrionária das estruturas percussoras do palato 
humano (palato primário + palato secundário). 
CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS 
As fissuras podem ser classificadas a partir do 
forame incisivo como ponto referencial. Sendo 
assim, as fissuras podem ser pré, trans ou pós-
forame incisivo, completas ou incompletas. As pré e 
trans-forame podem ser ainda Uni ou Bilaterais, ou 
ainda Mediais (raras) -> Mesma origem se mantém 
unidas (processos nasais mediais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA X FISSURAS 
Problemas na histodiferenciação e morfogênese do 
1º arco faríngeo, influenciados por fatores genéticos 
e ambientais, costumam originar as fissuras entre a 
6º e a 12º semana do desenvolvimento. 
Durante o mecanismo de fusão dos processos faciais 
podem ocorrer ausência ou falha na junção desses 
processos pela ação de fatores teratogênicos, 
possibilitando o surgimento de fissura labiopalatinas. 
Uma vez que não ocorre fusão dos processos 
maxilares na porção anterior, pois processos 
maxilares na porção anterior, pois permanecem 
entre eles, os processos nasais mediais, podem 
ocorrer malformações do tipo fenda labial UNI ou 
BILATERAL. 
OBS: AS FISSURAS DE PALATO PRIMÁRIO OCORREM NO 
PERÍODO EMBRIONÁRIO, ENQUANTO AS FISSURA DE 
PALATO SECUNDÁRIO JÁ OCORREM NO PERÍODO FETAL. 
OBS: A FENDA DO TIPO CENTRAL É RARA E RESULTA DA 
FUSÃO INCOMPLETA DOS PROCESSOS NASAIS MEDIAIS. 
Uma fissura pré-forame incisivo ocorre a partir de 
uma falha precoce, visto que a fusão do palato 
primário ao secundário inicia anteriormente ao 
fechamento completo de todo o palato secundário 
para formar o palato definitivo. Essa fissura pode 
ser labial ou labiopalatina, dependendo das 
estruturas afetadas. 
As fissuras trans-forame incisivo ocorrem por uma 
falha na fusão do palato primário e secundário, 
gerando uma fenda por toda a extensão do palato 
duro e lábio. São mais frenquentes as Trans-forame 
Unilaterais do que as Bilaterais e são resultantesde 
falhas durante as fases embriológicas precoces e 
tardias de formação da face, entre a 6º e a 10º 
semana. 
As Fissuras Pós-forame incisivo acometem apenas o 
palato e resultam das falhas de fusão dos 
processos palatinos, componentes do palato 
secundário, podendo resultar em uma fenda que 
atinge toda a região Pós-forame incisivo ou apenas a 
região posterior, formando uma úvula bífida. 
Estudos realizados com crianças que passaram por 
procedimento cirúrgico corretivo para fissuras 
apresentaram uma MAIOR incidência do tipo fissura 
trans-forame unilateral no sexo masculino e a 
menor do tipo fissura trans-forame bilateral. O lado 
mais afetado pelas fissuras trans-forame foi o 
esquerdo (origem diferente). No sexo feminino 
foram mais comuns as fissuras pós-forame incisivo. 
Dentre alguns fatores que influenciam na formação 
de fissura podemos citar: 
o Velocidade de movimentação dos processos 
faciais; 
o Distância através da qual os processos devem 
migrar que pode ser alterada por fatores 
genéticos e ambientais; 
o Direção de crescimento dos processos; 
o Migração das células da crista neural; 
o Síndromes genéticas; 
o Fatores ambientais; 
o Mudanças morfofisiológicas no útero materno; 
o Estresse; 
o Infecções (varíola, rubéola, herpes, 
toxoplasmose); 
o Nutrição (deficiência de B12, ácido fólico e 
Hipervitaminose A); 
o Substâncias químicas (teratogênicos, 
medicamentos e herbicidas); 
o Hormônicos.

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