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SISTEMA RESPIRATÓRIO - anatomia e fisiologia

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Sistema respiratório
Conjunto de órgãos responsáveis pelo transporte
de ar entre o meio externo e os pulmões.
É constituído pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos pulmões.
Função: 
- Possibilitar as trocas gasosas: ingestão de O2 para entregá-lo às células corporais e remoção do CO2 produzido pelas células do corpo.
- Exalação de vapor de água;
- Olfação;
- Fonação;
- Defesa do organismo (ex: tonsilas)
- Perda de calor;
- Eliminação de resíduos do metabolismo (ex: CO2 e outros gases)
NARIZ
Divisão:
• Nariz externo
• Cavidade nasal
• Seios paranasais 
Função: 
1) aquecimento, umidificação e filtragem do influxo de ar
2) detecção de estímulos olfatórios
3) modificação das vibrações da fala à medida que elas passam pelas grandes e ocas câmaras de ressonância. 
Parte externa do nariz: é a parte visível na face
O nariz tem um arcabouço cartilagíneo e um arca-bouço ósseo.
Consiste em uma estrutura de suporte constituída por osso e cartilagem hialina recoberta por músculo e pele e revestida por túnica mucosa.
O osso frontal, os ossos nasais e as maxilas formam a estrutura óssea da parte externa do nariz.
CAVIDADE NASAL
Comunicasse com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de coanos.
Está dividida em uma parte respiratória inferior maior e um parte olfatória superior menor. 
A parte anterior da cavidade nasal logo no interior das narinas, chamada de vestíbulo do nariz, é circundada por cartilagem; na parte superior da cavidade nasal é circundada por osso.
Quando o ar entra pelas narinas, passa primeiro pelo vestíbulo do nariz, que é revestido por pele contendo pelos grossos que filtram grandes partículas de poeira. 
*lembrar da abertura piriforme
Conchas nasais
Três conchas formadas por projeções das conchas nasais superior, média e inferior se estendem de cada parede lateral da cavidade nasal. 
Perto de alcançar o septo nasal, as conchas se subdividem em cada lado da cavidade nasal em várias estruturas semelhantes a cavernas – os meatos nasais superior, médio e inferior. 
Túnicas mucosas revestem a cavidade nasal e suas conchas. 
IMPORTÂNCIA: O arranjo das conchas e meatos aumenta a área de superfície da cavidade nasal e evita a desidratação por aprisionamento de gotículas de água durante a expiração, além de aquecer o ar. 
· Ar é aquecido, filtrado e umidificado
· Quando a respiração é feita pela traqueia (boca ou traqueostomia), ocorre resfriamento e ressecamento da porção inferior do pulmão, podendo levar a formação de crostas e infecção.
Septo nasal
O septo nasal, divide a cavidade nasal nos lados direito e esquerdo. 
A parte anterior do septo nasal é composta principalmente por cartilagem hialina; o restante é formado pelos ossos vômer, lâmina perpendicular do etmoide, maxila e palatinos. 
Seios paranasais
Ductos dos seios paranasais (que drenam muco) e os ductos lacrimonasais (que drenam lágrimas) também se abrem na cavidade nasal. 
Os ossos do crânio que contêm seios paranasais são o frontal, o esfenoide, o etmoide e a maxila. 
Funções: 
- Além de produzir muco, os seios paranasais servem como câmaras de ressonância para o som ao falar ou cantar.
- Diminuem o peso do osso e fornecem resistência estrutural.
· Seios frontais: drenam para o meato nasal médio.
· Células etmoidais: drenam para o meato nasal médio e superior.
· Seios maxilares: drenam para o meato nasal médio.
· Seios esfenoidais: drenam para o recesso cavidade nasal. 
OBS: relação do seio maxilar com os dentes molares (o dente pode invadir o seio durante o crescimento, podendo gerar infecções).
Regiões da cavidade nasal
· Epitélio respiratório: 
- A região respiratória é revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com diversas células caliciformes, que é frequentemente chamado de epitélio respiratório.
- O muco secretado pelas células caliciformes umedece o ar e retém as partículas de poeira. Além disso, aquece e filtra o ar.
· Epitélio olfatório: 
- As células receptoras olfatórias, as células de sustentação e as células basais se encontram na região respiratória, que está perto da concha nasal superior e septo adjacente. 
- Essas células formam o epitélio olfatório. Este contém cílios, mas não há células caliciformes.
- Os cílios movem o muco e as partículas de poeira retidas em direção à faringe, onde podem ser engolidas ou cuspidas, removendo assim as partículas do sistema respiratório.
· Vestíbulo: contém vibrissas (pelos) 
Ducto lacrimo nasal: 
As lágrimas produzidas pela glândula lacrimal, após banharem a conjuntiva ocular, devem chegar ao óstio das papilas lacrimais superior e inferior. 
Esses drenam as lágrimas ao saco lacrimal, que escoam para a cavidade nasal através do ducto lacrimonasal.
Drena para o meato nasal inferior. 
FARINGE
· É um tubo musculo-membranáceo associado a dois sistemas, o respiratório e o digestório. 
· Começa nos coanos e se estende para o nível da cartilagem cricoídea, a cartilagem mais inferior da laringe.
· Atua como uma passagem para o ar e comida, fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala e abriga as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra invasores estranhos.
Pode ser dividida em três regiões anatômicas: 
1) parte nasal da faringe - nasofaringe
2) parte oral da faringe - orofaringe 
3) parte laríngea da faringe - laringofaringe
1) Parte nasal da faringe: 
Fica posterior à cavidade nasal e se estende até o palato mole.
Essa parte contém a tonsila faríngea (quando sofre hipertrofia, chama-se adenoide).
* Óstio faríngeo da tuba auditiva: A parte nasal da faringe também troca pequenos volumes de ar com as tubas auditivas para equalizar a pressão do ar entre a orelha média e a atmosfera. Além disso, infecções respiratórias podem gerar otites. 
2) Parte oral da faringe
Encontra-se posterior à cavidade oral e se estende desde o palato mole inferiormente até o nível do hioide. 
Ela tem apenas uma abertura para ela, a fauce, a abertura da boca. 
Esta porção da faringe tem funções respiratórias e digestórias, servindo como uma via comum para o ar, a comida e a bebida.
Nessa parte são encontradas as tonsilas palatina e lingual.
3) Parte laríngea da faringe
Começa no nível do hioide.
Em sua extremidade inferior, se abre no esôfago (tubo alimentar) posteriormente e na laringe (pregas vocais) anteriormente. 
É tanto uma via respiratória quanto digestória.
Musculatura da faringe: 
Comunicações - esquema:
LARINGE
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é órgão da fonação.
• Fica a nível de C3 à C6
Cartilagens da laringe
- A parede da laringe é composta por nove fragmentos de cartilagem. 
- Três ocorrem isoladamente (cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricoídea) e três ocorrem em pares (cartilagens aritenoide, cuneiforme e corniculada).
1. A cartilagem tireóidea (pomo de Adão) consiste em duas lâminas fundidas de cartilagem hialina que formam a parede anterior da laringe e conferem a ela um formato triangular. O ligamento que liga a cartilagem tireóidea ao hioide é chamado membrana tireoióidea.
2. A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em forma de folha. Existe uma parte inferior afilada (pecíolo epiglótico) que está conectada à margem anterior da cartilagem tireóidea. A parte superior ampla em forma de “folha” da epiglote (cartilagem epiglótica) não está presa a nenhuma estrutura e se move para cima e para baixo como um alçapão. 
A glote é composta por um par de pregas de túnica mucosa, as pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) na laringe, e o espaço entre elas é chamado de rima da glote. 
3. A cartilagem cricóidea é um anel de cartilagem hialina que forma a parede inferior da laringe. Ela se insere ao primeiro anel de cartilagem da traquéia pelo ligamento cricotraqueal. 
*local da traqueotomia 
4. O par de cartilagens aritenóideas são segmentos triangulares formados principalmente por cartilagem hialina localizados na margem posterior superior da cartilagem cricóidea. É o ponto de fixaçãopara os ligamentos vocais. O movimento dessa cartilagem tensiona as pregas e produz som. 
5. O par de cartilagens corniculadas, peças em forma de chifre de cartilagem elástica, está localizado no ápice de cada cartilagem aritenóidea. 
6. O par de cartilagens cuneiformes, cartilagens elásticas em forma de taco anteriores às cartilagens corniculadas, apoia as pregas vocais e as faces laterais da epiglote.
· A parte da cavidade da laringe acima das pregas vestibulares (cordas vocais falsas) é chamada de vestíbulo da laringe. 
· A parte da cavidade da laringe abaixo das pregas vocais é chamada de cavidade infraglótica. 
· O espaço entre as pregas vestibulares e as vocais é chamado de ventrículo. 
Músculos extrínsecos da laringe
Movem a laringe como um todo. Conectam as cartilagens a outras estruturas na garganta.
• Mm. Supra-hioideos 
• Mm. Infra-hioideos
Músculos intrínsecos da laringe
Os músculos intrínsecos conectam as cartilagens entre si. 
Movem partes específicas – tensão nas pregas vocais – fonação 
TRAQUEIA
- Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe até a margem superior da vértebra T V, onde se divide em brônquios primários direito e esquerdo.
- Os 16 a 20 anéis horizontais incompletos de cartilagem hialina se assemelham à letra C, estão empilhados uns sobre os outros e estão ligados pelos ligamentos anulares. 
Anéis em forma de C: 
· músculo traqueal - possibilita que o diâmetro da traqueia mude sutilmente durante a inspiração e a expiração; isso é importante para manter o fluxo de ar eficiente.
· fornecem um suporte semirrígido para manter a desobstrução de modo que a parede traqueal não colapse para dentro (especialmente durante a inspiração) obstruindo a passagem de ar.
BRÔNQUIOS
Na margem superior da vértebra T V, a traqueia se divide em um brônquio principal direito, que vai para o pulmão direito, e um brônquio principal esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. 
· Direito (quase continuação da traqueia): curto, mais calibroso e verticalizado (um objeto aspirado tem maior probabilidade de entrar e se alojar no brônquio principal direito do que no esquerdo)
· Esquerdo: longo, menos calibroso e horizontalizado;
- BRÔNQUIOS PRINCIPAIS (1° ordem)
- BRÔNQUIOS LOBARES (2ª ordem) 
- BRONQUIOS SEGMENTARES (3ª ordem)
Carina
- No ponto em que a traqueia se divide em brônquios principais direito e esquerdo, uma crista interna chamada de carina é formada por uma projeção posterior e um pouco inferior da última cartilagem traqueal. 
- A túnica mucosa da carina é uma das áreas mais sensíveis de toda a laringe e traqueia para desencadear um reflexo da tosse.
Árvore bronquial 
Ao entrar nos pulmões, o brônquio principal se divide formando brônquios menores – os brônquios lobares, um para cada lobo do pulmão. 
(O pulmão direito tem três lobos, o pulmão esquerdo tem dois.) 
Bronquíolos
• Presença de pequenas cartilagens nos bronquíolos 
Músculo liso espesso envolve seu lúmen e pode constringir ou dilatar as vias aéreas: 
· À medida que a quantidade de cartilagem diminui, a quantidade de músculo liso aumenta. O músculo liso circunda o lúmen em faixas espiraladas e ajuda a manter a permeabilidade. 
· No entanto, como não há cartilagem de suporte,
espasmos musculares podem fechar as vias respiratórias. Isto é o que acontece durante uma crise de asma brônquica.
· Durante o exercício, a atividade na parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) aumenta e a medula da glândula suprarrenal libera os hormônios epinefrina e norepinefrina; estes dois eventos causam o relaxamento do músculo liso nos bronquíolos, que dilata as vias respiratórias. 
· Como o ar chega aos alvéolos mais rapidamente, a ventilação pulmonar melhora. 
· A parte parassimpática do SNA e os mediadores de reações alérgicas, como a histamina, têm efeito oposto, causando contração do músculo liso brônquico, o que resulta em constrição dos brônquios distais.
Unidade respiratória: 
Bronquíolo respiratório + saco alveolar
- Local da troca gasosa
PULMÃO
Órgãos respiratórios por excelência, contidos na cavidade pleural com cor rósea ao nascer. 
A face mediastinal (medial) de cada pulmão contém uma região, o hilo do pulmão, por meio da qual os brônquios, os vasos sanguíneos pulmonares, os vasos linfáticos e os nervos entram e saem. 
Estas estruturas são mantidas unidas pela pleura e tecido conjuntivo e constituem a raiz do pulmão.
Pleura
· Cada pulmão é fechado e protegido por uma túnica serosa de camada dupla chamada pleura. A camada superficial, chamada de pleura parietal, reveste a parede da cavidade torácica; a camada profunda, a pleura visceral, recobre os pulmões.
· Entre a pleura visceral e a pleura parietal há um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém um pequeno volume de líquido lubrificante que é secretado pelas membranas. Este líquido pleural reduz o atrito entre as membranas, o que lhes possibilita deslizar facilmente uma sobre a outra durante a respiração.
· A pleura se estende de aproximadamente 5 cm abaixo da base, da 6ª cartilagem costal anteriormente e à costela XII posteriormente. 
· Assim, os pulmões não preenchem completamente a cavidade pleural nesta área. 
Partes da pleura parietal: 
• Cúpula da pleura (cervical) 
• Mediastinal 
• Costal 
• Diafragmática
Segmentos broncopulmonares 
Parte do lobo pulmonar aerada por um único brônquio segmentar (3ª ordem), que se encontra delimitado por tecido conjuntivo proveniente da pleura visceral, que pode ser cirurgicamente retirado. 
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Estruturas envolvidas na produção da voz:
· Embora as pregas vestibulares não atuem na produção da voz, têm outras funções importantes: Quando elas estão unidas, atuam no prender a respiração contra a pressão na cavidade torácica, como pode ocorrer quando uma pessoa faz força para levantar um objeto pesado.
· Profundamente à túnica mucosa das pregas vocais, estão faixas de ligamentos elásticos entre as rígidas cartilagens da laringe como as cordas de uma guitarra. 
· Músculos intrínsecos da laringe se inserem tanto às cartilagens rígidas quanto às pregas vocais. 
· Quando os músculos se contraem, eles movem as cartilagens, que tensionam os ligamentos elásticos, e isso distende as pregas vocais para fora para as vias respiratórias, de modo que a rima da glote é estreitada. 
· Contrair e relaxar os músculos varia a tensão nas pregas vocais. 
· O ar que passa pela laringe vibra as pregas e produz som (fonação) pela criação de ondas de som na coluna de ar na faringe, no nariz e na boca. 
· A variação do tom do som está relacionada com a tensão nas pregas vocais.
· Por causa da influência de andrógenos (hormônios sexuais masculinos), as pregas vocais geralmente são mais espessas e maiores no sexo masculino do que no feminino e, portanto, vibram mais lentamente. 
· O som se origina da vibração das pregas vocais, mas outras estruturas são necessárias para a conversão do som em fala reconhecível. A faringe, a boca, a cavidade nasal e os seios paranasais atuam como câmaras de ressonância que dão à voz a sua qualidade humana e individual.
· O sussurro é realizado ao fechar toda a rima da glote, exceto sua parte posterior. Como as pregas vocais não vibram durante o sussurrar, não há tonalidade nesse modo de expressão.
ALVÉOLOS
Um alvéolo é uma evaginação em formato de taça revestida por epitélio escamoso simples e apoiada por uma membrana basal fina e elástica; um saco alveolar é constituído por dois ou mais alvéolos que compartilham uma abertura comum.
1. As células alveolares do tipo I (epiteliais escamosas pulmonares), mais numerosas, são células epiteliais escamosas simples que formam um revestimento quase contínuo da parede alveolar. 
- As finas células alveolaresdo tipo I são os principais locais de trocas gasosas. 
2. As células alveolares do tipo II, também chamadas células septais, existem em menor número e são encontradas entre as células alveolares do tipo I. 
- As células alveolares do tipo II, células epiteliais arredondadas ou cúbicas com superfícies livres contendo microvilosidades, secretam líquido alveolar, o que mantém úmida a superfície entre as células e o ar. - Incluído no líquido alveolar está o surfactante,
uma complexa mistura de fosfolipídios e lipoproteínas. 
- O surfactante reduz a tensão superficial do líquido alveolar, o que diminui a tendência de colabamento dos alvéolos e, assim, mantém a sua perviedade.
Vanessa Secchi – Medicina UFFS – T12
2
· Associados à parede alveolar estão os macrófagos alveolares, que removem partículas finas de poeira e outros detritos dos espaços alveolares. 
· Também são encontrados fibroblastos, que produzem fibras reticulares e elásticas.
· Na face externa dos alvéolos, as arteríolas e vênulas do lóbulo se dispersam em uma rede de capilares sanguíneos.
· A troca de O2 e CO2 entre os alvéolos nos pulmões e o sangue se dá por difusão através das paredes alveolares e capilares, que juntos formam a membrana respiratória. A troca de gases respiratórios ocorre por difusão através da membrana respiratória.
Estendendo-se do alvéolo ao plasma sanguíneo, a membrana respiratória é composta por quatro camadas:
1. 
2. Uma camada de células alveolares dos tipos I e II, e macrófagos alveolares associados que constituem a parede alveolar.
3. Uma membrana basal epitelial subjacente à parede alveolar.
4. Uma membrana basal capilar que muitas vezes está fundida à membrana basal epitelial.
5. O endotélio capilar.
Fatores que afetam a difusão gasosa através da membrana respiratória
 -Espessura da membrana
 -Área superficial da membrana
 -Coeficiente de difusão do gás na substância da membrana 
-Diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana
Anormalidades gasosas do sangue arterial 
· Hipoxemia arterial = PO2 menor que 80 mmHg 
· Hipóxia (não existe oxigênio suficiente para manter o metabolismo) = PO2 menor que 60 mmHg 
· Hipercapnia = PCO2 maior que 40 mmHg 
· Hipocapnia = PCO2 menor que 35 mmH
 
IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA DOS PULMÕES
· Os pulmões são irrigados por dois conjuntos de artérias: as artérias pulmonares e os ramos bronquiais da parte torácica da aorta. 
· O sangue venoso passa pelo tronco pulmonar, que 
se divide em uma artéria pulmonar esquerda que entra no pulmão esquerdo e uma artéria pulmonar direita que entra no pulmão direito. (As artérias pulmonares são as únicas artérias do corpo que transportam sangue desoxigenado.) 
· O retorno do sangue oxigenado para o coração 
ocorre pelas quatro veias pulmonares, que drenam para o átrio esquerdo.
· Uma característica única dos vasos sanguíneos pulmonares é a sua constrição em resposta à hipoxia (baixo nível de O2) localizada. Em todos os outros tecidos do corpo, a hipoxia provoca a dilatação dos vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo. Nos pulmões, no entanto, a vasoconstrição em resposta à hipoxia desvia sangue pulmonar de áreas dos pulmões com pouca ventilação para regiões bem ventiladas para possibilitar trocas gasosas mais eficientes. 
- Este fenômeno é conhecido como equilíbrio ventilação perfusão, porque a perfusão (fluxo sanguíneo) para cada área dos pulmões corresponde à extensão da ventilação (fluxo de ar) para os alvéolos nessa área.
Fluxo sanguíneo pulmonar depende: 
-resistência vascular pulmonar 
-gravidade 
-pressão alveolar
-gradiente de pressão arteriovenoso
*Em posição ortostática, a base do pulmão é mais perfundida que o ápice.
PERVIEDADE DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
- Diversas estruturas mantém a seriedade do sistema de modo que as vias respiratórias permaneçam desobstruídas. Estas incluíram as estruturas ósseas e cartilagíneas do nariz, os músculos esqueléticos da faringe, as cartilagens da laringe, os anéis de cartilagem em formato de C da traqueia e brônquios, o músculo liso dos bronquíolos e o surfactante dos alvéolos.
- Condições que podem comprometer a perviedade: lesões por esmagamento de ossos e cartilagens, desvio de septo nasal, pólipos nasais, inflamação das túnicas mucosas, espasmos do músculo liso e deficiência de surfactante.
VENTILAÇÃO PULMONAR
O  termo  para  o  padrão  normal  de  respiração tran-quila  é  eupneia.
O processo de troca gasosa no corpo, chamado de respiração, tem três passos básicos:
- A ventilação pulmonar, ou respiração, é a inspiração (inalação) e expiração (exalação) do ar e envolve a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões.
1. A respiração externa (pulmonar) é a troca de gases entre os alvéolos dos pulmões e o sangue nos capilares pulmonares através da membrana respiratória. Neste processo, o sangue capilar pulmonar ganha O2 e perde CO2. 
2. A respiração interna (tecidual) é a troca de gases entre o sangue nos capilares sistêmicos e as células teciduais. Nesta etapa, o sangue perde O2 e ganha CO2. Dentro das células, as reações metabólicas que consomem O2 e liberam CO2 durante a produção de ATP são denominadas respiração celular.
3. Na ventilação pulmonar, o ar flui entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões em decorrência das diferenças de pressão alternadas produzidas pela contração e pelo relaxamento dos músculos respiratórios. 
- A taxa de fluxo de ar e o esforço necessário para a respiração também são influenciados pela tensão superficial alveolar, complacência dos pulmões e resistência das vias respiratórias.
MUDANÇAS DE PRESSÃO DURANTE A VENTILAÇÃO PULMONAR
Inspiração
- Processo ativo – há contração muscular envolvida
- Para o ar fluir para os pulmões, a pressão intra­alveolar tem de se tornar mais baixa do que a pressão atmosférica. Esta condição é alcançada aumentando o tamanho dos pulmões.
- A pressão de um gás em um recipiente fechado é inversamente proporcional ao volume do recipiente = Lei de Boyle
- Para que a inspiração ocorra, os pulmões precisam se expandir, o que aumenta o volume pulmonar e, assim, diminui a pressão nos pulmões para níveis inferiores aos da pressão atmosférica. 
- O primeiro passo na expansão dos pulmões durante a inspiração tranquila normal envolve a contração do principal músculo inspiratório, o diafragma, com a resistência dos intercostais externos.
Diafragma: 
· Músculo mais importante da inspiração.
· Inervado por fibras do nervo frênico.
· A contração do diafragma faz com que ele se achate, abaixando a sua cúpula. Isto aumenta o diâmetro
vertical da cavidade torácica.
· A contração do diafragma é responsável por aproximadamente 75% do ar que entra nos pulmões durante a respiração tranquila.
- Durante inspirações tranquilas, a pressão entre as duas camadas pleurais na cavidade pleural, a chamada pressão intrapleural (intratorácica), é sempre subatmosférica (inferior à pressão atmosférica/negativa).
- Durante a inspiração a pressão intrapleural fica mais negativa que durante a expiração.
- Os músculos acessórios da inspiração incluem os músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; os músculos escalenos, que elevam as duas primeiras costelas; e o músculo peitoral menor, que eleva as costelas III a V.
Expiração 
- Ocorre quando a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica. 
- A expiração resulta da retração elástica da parede torácica e dos pulmões, sendo que ambos têm uma tendência natural de retornar à posição inicial depois de terem sido distendidos. 
· Duas forças dirigidas para dentro contribuem para a retração elástica: 
1) a retração das fibras elásticas que foram distendidas durante a inspiração
2) a força para dentro da tensão superficial decorrente da película de líquido alveolar.
- Processo passivo: não há contração muscular envolvida,se torna ativa apenas quando a expiração é forçada.
Fatores que influenciam na ventilação pulmonar
Além da pressão, outros fatores influenciam o processo: 
1. Tensão superficial do líquido alveolar
- Uma fina camada de líquido alveolar reveste a face luminal dos alvéolos e exerce uma força conhecida como tensão superficial. 
- A tensão superficial surge em todas as interfaces ar­água, porque as moléculas de água polares são mais fortemente atraídas umas pelas outras do que o são pelas moléculas de gás no ar.
- Durante a respiração, a tensão superficial deve ser ultrapassada para expandir os pulmões a cada inspiração. 
- A tensão superficial é também responsável por dois terços da retração elástica pulmonar, o que diminui o tamanho dos alvéolos durante a expiração.
- O surfactante (uma mistura de fosfolipídios e lipoproteínas) presente no líquido alveolar reduz a sua tensão superficial abaixo da tensão superficial da água pura. 
*A deficiência de surfactante em prematuros provoca a síndrome da angústia respiratória do recém­nascido: tensão superficial do líquido alveolar é grandemente aumentada, de modo que muitos alvéolos colabam ao final de cada expiração. Então é necessário grande esforço na próxima inspiração para reabrir os alvéolos colabados.
2. Complacência dos pulmões
- A complacência se refere a quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. 
- Uma complacência alta significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma complacência baixa significa que eles resistem à expansão.
- Nos pulmões, a complacência está relacionada com dois fatores principais: a elasticidade e a tensão superficial.
*Os pulmões normalmente têm complacência alta e se expandem facilmente porque as fibras elásticas do tecido pulmonar são facilmente distendidas e o surfactante no líquido alveolar reduz a tensão superficial.
3. Resistência das vias respiratórias
- A velocidade do fluxo de ar pelas vias respiratórias depende da diferença de pressão e da resistência.
- As paredes das vias respiratórias, especialmente os bronquíolos, oferecem alguma resistência ao fluxo normal de ar para dentro e para fora dos pulmões.
- A resistência é inversamente proporcional ao diâmetro. 
- O diâmetro das vias respiratórias também é regulado pelo grau de contração e relaxamento do músculo liso das paredes das vias respiratórias. 
- Os impulsos da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso causam o relaxamento deste músculo liso, o que resulta em broncodilatação e diminuição da resistência.
- O fluxo de ar no sistema respiratório é diretamente proporcional ao gradiente de pressão, e inversamente relacionado com a resistência ao fluxo de ar oferecida pelas vias aéreas (comprimento das vias aéreas e a viscosidade do ar também influenciam o fluxo).
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES
· Em repouso, um adulto médio saudável respira 12 vezes por minuto, movendo a cada inspiração e expiração aproximadamente 500 mℓ de ar para dentro e para fora dos pulmões. 
· O volume de uma respiração é chamado volume corrente (VC). 
· A ventilação minuto (VM) – o volume total de ar inspirado e expirado a cada minuto – é dada pela frequência respiratória multiplicada pelo volume corrente:
VM = 12 ciclos/min × 500 mℓ/respiração = 6 ℓ/min
· O aparelho utilizado para medir o volume de ar trocado durante a respiração e a frequência respiratória é o espirômetro ou respirômetro. O registro é chamado de espirograma. A inspiração é registrada como uma deflexão para cima, e a expiração é registrada como uma deflexão para baixo.
· Em um adulto típico, aproximadamente 70% do volume corrente (350 mℓ ) alcança efetivamente a zona respiratória do sistema respiratório – bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos – e participa na respiração externa. 
· Os outros 30% (150 mℓ ) permanecem nas vias respiratórias de condução do nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Coletivamente, as vias respiratórias de condução com ar que não é submetido à troca respiratória são conhecidas como espaço morto anatômico (respiratório). 
Existem 3 tipos de espaço morto: 
1. Espaço morto anatômico é o ar nas vias aéreas condutoras que não realiza troca gasosa. 
2. Espaço morto alveolar é o ar nas partes de troca gasosa do pulmão que não consegue realizar troca gasosa; é quase zero em indivíduos normais.
3. Espaço morto fisiológico é a soma do espaço morto anatômico e o espaço morto alveolar (isto é, ar do espaço morto total).
· Volume de reserva: O volume de ar que é inspirado ou expirado além dos 500ml.
Inspiratório: 3.000mL / Expiratório: 1.100ML
· Volume residual: Mesmo depois que o volume de reserva expiratório é expirado, um volume considerável de ar permanece nos pulmões, porque a pressão intrapleural subatmosférica mantém os alvéolos discretamente insuflados, e um pouco de ar permanece nas vias respiratórias não colabáveis. Este volume, que não pode ser medido pela espirometria, é chamado de volume residual. Representa aproximadamente 1.200 mℓ nos homens e 1.100 mℓ nas mulheres.
· Ventilação alveolar:é a taxa em que o ar novo atinge as áreas de troca gasosa nos pulmões.
VA = Freq x (VC – VD)
- VA é o volume de ventilação alveolar por minuto, 
- VC é o volume corrente de respiração por minuto
- VD é o volume de espaço morto.
*A ventilação alveolar é um dos principais fatores determinantes das concentrações de oxigênio e dióxido de carbono nos alvéolos.
PRESSÕES NO SISTEMA RESPIRATÓRIO
1. Pressão pleural é a pressão do líquido no espaço entre a pleura visceral e a parietal. 
- Ocorre sucção entre os folhetos pleurais. 
- Ocorre pressão negativa pleural entre a inspiração e a expiração. 
- Durante a inspiração a pressão pleural fica mais negativa. 
- A força colapsante do pulmão e a de expansão da parede torácica se opõe uma a outra e criam uma pressão negativa no espaço intrapleural
2. Pressão alveolar é a pressão do ar dentro dos alvéolos. - Quando a glote está aberta e não existe fluxo de ar para dentro ou para fora do pulmão, a pressão nos alvéolos é igual a pressão atmosférica. 
- Durante a inspiração, a pressão alveolar é subatmosférica. 
- Durante a expiração, a pressão alveolar é supratmosférica.
3. A pressão transpulmonar ou transmural é a diferença de pressão entre os alvéolos e a superfície externa dos pulmões (pressão pleural), é a pressão de retração elástica.
ZONAS DIFERENCIADAS DA RELAÇÃO VENTILAÇÃO/PERFUSÃO NOS PULMÕES
Zona 1: V/Q = infinito (espaço morto fisiológico) 
Quando VA/Q é igual ao infinito, não há fluxo de sangue capilar para transportar o oxigênio para longe ou para trazer o dióxido de carbono para os alvéolos. O ar alveolar agora se torna igual ao ar inspirado umidificado, que tem a PO2 de 149 mmHg e a PCO2 de 0 mmHg.
Zona 2: V/Q = 1 (respiração ideal) 
Quando VA/Q está normal, tanto a ventilação alveolar como o fluxo sanguíneo capilar alveolar estão normais; assim, a troca de oxigênio e dióxido de carbono é quase ideal. Normalmente, a PO2 alveolar é de aproximadamente 104 mmHg e a PCO2 alveolar normalmente atinge cerca de 40 mmHg.
Zona 3: V/Q = 0 (derivação direito-esquerdo/ fluxo determinado pela diferença arteriovenosa)
Quando a VA/Q é igual a zero, não há ventilação alveolar, de modo que o ar no alvéolo entra em equilíbrio com o oxigênio e o dióxido de carbono no sangue. Como o sangue que perfunde os capilares é venoso, os gases nesse sangue entram em equilíbrio com os gases alveolares. Assim, a PO2, alveolar é 40 mmHg e a PCO2 é 45 mmHg quando VA/Q é igual a zero.
PA – pressão alveolar
Pa – pressão arteríola
Pv – pressão vênula
TROCA DE OXIGÊNIO E DIÓXIDO DE CARBONO
A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar alveolar e o sangue pulmonar ocorrepor meio da difusão passiva, que é regida pelo comportamento dos gases, como descrito por duas leis dos gases, a lei de Dalton e a lei de Henry. 
- A lei de Dalton é importante para a compreensão de como os gases reduzem seus gradientes de pressão por difusão. 
- A lei de Henry ajuda a explicar como a solubilidade de um gás se relaciona com a sua difusão.
Lei dos gases | lei de Dalton e lei de Henry
- De acordo com a lei de Dalton, cada gás em uma mistura de gases exerce a sua própria pressão como se não houvesse outros gases. 
- A pressão de um gás específico em uma mistura é chamada de pressão parcial (Px).
Pressão total = soma das pressões parciais
A pressão atmosférica é a soma das pressões de todos estes gases: 
Quanto maior a diferença na pressão parcial, mais rápida será a velocidade de difusão.
- A lei de Henry afirma que o volume de um gás que se dissolve em um líquido é proporcional à pressão parcial do gás e à sua solubilidade. 
- Nos líquidos corporais, a capacidade de um gás de ficar em solução é maior quando a sua pressão parcial é maior e quando ele tem elevada solubilidade em água.
RESPIRAÇÃO EXTERNA – TROCA PULMONAR
· A respiração externa ou troca gasosa pulmonar é a difusão do O2 do ar nos alvéolos pulmonares para o sangue dos capilares pulmonares e a difusão do CO2 na direção oposta.
· A respiração externa nos pulmões converte o sangue venoso (discretamente depletado de O2) que vem do lado direito do coração em sangue oxigenado (saturado com O2) que retorna para o lado esquerdo do coração.
· Conforme o sangue flui pelos capilares pulmonares, capta O2 do ar alveolar e descarrega CO2 no ar alveolar. 
· Embora este processo geralmente seja chamado de “troca” gasosa, cada gás se difunde independentemente da área em que sua pressão parcial é maior para a área em que sua pressão parcial é menor.
· Existem muitos capilares próximos dos alvéolos nos pulmões, e o sangue flui por estes capilares lentamente o suficiente para captar o máximo de O2.
· Durante o exercício vigoroso, quando o débito cardíaco aumenta, o sangue flui mais rapidamente pelas circulações sistêmica e pulmonar. Como resultado, o tempo de trânsito do sangue nos capilares pulmonares é mais curto. 
· O ventrículo esquerdo bombeia sangue oxigenado para a aorta e pelas artérias sistêmicas para os capilares sistêmicos.
RESPIRAÇÃO INTERNA – TROCA SISTÊMICA
· A troca de O2 e CO2 entre os capilares sistêmicos e as células teciduais é chamada de respiração interna ou trocas gasosas sistêmicas. 
· Conforme o O2 deixa a corrente sanguínea, o sangue oxigenado é convertido em sangue venoso. Ao contrário da respiração externa, que ocorre somente nos pulmões, a respiração interna ocorre nos tecidos de todo o corpo.
A taxa de trocas gasosas pulmonar e sistêmica depende de vários fatores:
1. Diferença de pressão parcial dos gases. A PO2 alveolar deve ser superior à PO2 arterial para que o oxigênio se difunda do ar alveolar para o sangue. As diferenças de pressão parcial maiores aceleram as taxas de difusão do gás.
2. Área de superfície disponível para as trocas gasosas. 
3. Distância de difusão. A membrana respiratória é muito fina, de modo que a difusão ocorre rapidamente. 
4. Peso molecular e solubilidade dos gases. Como o peso molecular do O2 é inferior ao do CO2, pode­se esperar que se difunda através da membrana respiratória aproximadamente 1,2 vez mais rápido.
TRANSPORTE DE O2
· A maior parte do O2 é transportada pela hemoglobina como oxi­hemoglobina (Hb­O2) nos eritrócitos; a maior parte do CO2 é transportada no plasma sanguíneo como íons bicarbonato (HCO3–).
· Aproximadamente 98,5% do O2 no sangue está
ligado à hemoglobina nos eritrócitos.
· A porção heme da hemoglobina contém quatro átomos de ferro, cada um capaz de se ligar a uma molécula de O2.
 O oxigênio e a hemoglobina se ligam em uma reação facilmente reversível para formar a oxihemoglobina:
· Os 98,5% do O2 que estão ligados à hemoglobina estão “presos” nas hemácias, de modo que apenas o O2 dissolvido (1,5%) é capaz de se difundir para fora dos capilares teciduais para as células teciduais. 
RELAÇÃO ENTRE A HEMOGLOBINA E A PRESSÃO PARCIAL DE OXIGÊNIO
· O fator mais importante para determinar quanto O2
que se liga à hemoglobina é a PO2; quanto maior for a PO2, mais O2 se combina à Hb. 
· Quando a hemoglobina reduzida (Hb) é completamente convertida em oxi­hemoglobina (Hb­O2), diz­se que a hemoglobina está totalmente saturada; quando a hemoglobina é constituída por uma mistura de Hb e Hb­O2, está parcialmente saturada. 
· A porcentagem de saturação da hemoglobina expressa a saturação média de hemoglobina com oxigênio.
· Quanto maior a PO2, mais O2 vai se ligar à hemoglobina, até que todas as moléculas de hemoglobina disponíveis estejam saturadas. 
Outros fatores que afetam a afinidade da hemoglobina ao oxigênio
Embora a PO2 seja o fator mais importante para determinar a porcentagem de saturação de O2
da hemoglobina, vários outros fatores influenciam a afinidade com que a hemoglobina se liga ao O2. 
1. Acidez (pH). 
- Conforme a acidez aumenta (pH diminui), a afinidade da hemoglobina ao O2 diminui, e o O2 se dissocia mais facilmente da hemoglobina .
- Os principais ácidos produzidos por tecidos metabolicamente ativos são o ácido láctico e o
ácido carbônico. 
- Quando o pH diminui, toda a curva de dissociação da oxi­hemoglobina se desloca para a direita; em uma dada PO2, a Hb está menos saturada com O2, uma mudança denominada efeito Bohr. 
- O efeito Bohr funciona nos dois sentidos: o aumento do H+ no sangue faz com que o O2 seja descarregado da hemoglobina, e a ligação do O2 à hemoglobina causa a descarga de H+ da hemoglobina. A explicação para o efeito Bohr é que a hemoglobina pode atuar como um tampão para os íons hidrogênio (H+).
- Assim, o pH reduzido expulsa o O2 da hemoglobina, disponibilizando mais O2 para as células teciduais.
2. Pressão parcial de dióxido de carbono
- O CO2 também pode se ligar à hemoglobina,
conforme a PCO2 sobe, a hemoglobina libera O2
mais facilmente.
- A PCO2 e o pH são fatores relacionados, porque o baixo pH do sangue (acidez) resulta em PCO2 elevada.
- Conforme o CO2 entra no sangue, grande parte dele é temporariamente convertido em ácido carbônico (H2CO3), em uma reação catalisada por uma enzima nos eritrócitos chamada de anidrase carbônica (AC): 
- O ácido carbônico assim formado nos eritrócitos se dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato. 
- Conforme a concentração de H+ aumenta, o pH diminui. 
- Assim, um aumento na PCO2 produz um ambiente mais ácido, o que ajuda na liberação de O2 da hemoglobina. 
- Durante o exercício, o ácido láctico – um subproduto do metabolismo anaeróbico no interior dos músculos – também diminui o pH do sangue. 
3. Temperatura. 
- O calor é um subproduto das reações metabólicas de todas as células; o calor liberado pela contração das fibras musculares tende a elevar a temperatura corporal. 
- Células metabolicamente ativas requerem mais O2
 e liberam mais ácidos e calor. 
- Os ácidos e o calor, por sua vez, promovem a liberação de O2 da oxi­hemoglobina.
- Conforme a temperatura aumenta, a afinidade da hemoglobina ao O2 diminui.
4. BPG. 
- Uma substância encontrada nos eritrócitos chamada 2,3­bisfosfoglicerato (BPG), antigamente chamada de
difosfoglicerato (DPG), diminui a afinidade da hemoglobina pelo O2. 
- O BPG é formado nos eritrócitos quando eles quebram a glicose para produzir ATP em um processo chamado glicólise.
Hemoglobina fetal
O sangue fetal tem uma afinidade maior pelo O2 que o sangue materno, portanto consegue captar oxigênio mais facilmente.
TRANSPORTE DE CO2
- Em condições normais de repouso, cada 100 mℓ de sangue venoso contêm o equivalente a 53 mℓ de CO2
gasoso, queé transportado no sangue de três maneiras principais:
1. CO2 dissolvido. 
- Uma pequena porcentagem – aproximadamente 7% – está dissolvida no plasma sanguíneo. Ao alcançar os pulmões, o CO2 dissolvido se difunde no ar alveolar e é expirado.
2. Compostos carbamino. 
- Uma porcentagem um pouco mais elevada, aproximadamente 23%, combina­se aos grupos
amina dos aminoácidos e proteínas no sangue para formar compostos carbamino. 
- Como a proteína mais prevalente no sangue é a hemoglobina (no interior dos eritrócitos), a maior parte do CO2 transportado deste modo está ligada à hemoglobina. 
Nos capilares pulmonares, a PCO2 é relativamente baixa, e o CO2 se separa facilmente da hemoglobina e entra nos alvéolos por difusão.
3. Íons bicarbonato. 
O maior percentual de CO2 – aproximadamente 70% – é transportado no plasma sanguíneo como íons bicarbonato (HCO3-).
· A quantidade de CO2 que pode ser transportada no sangue é influenciada pela porcentagem de saturação da hemoglobina com oxigênio. 
· Quanto menor a quantidade de oxi­hemoglobina (Hb­O2), maior a capacidade de transporte de CO2 do sangue, uma relação conhecida como efeito de Haldane. 
- O CO2 consegue se difundir cerca de 20 vezes mais rápido que o O2. 
- A PCO2 intracelular é de 46 mmHg, a do líquido intersticial é de 45 mmHg; diferença de apenas 1mmHg. 
- A PCO2 do sangue arterial é de 40 mmHg, a do sangue venoso é de 45 mmHg; equilíbrio com o líquido intersticial.
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
Diversos mecanismos ajudam a adequar o esforço respiratório à demanda metabólica.
Centro respiratório
O tamanho do tórax é alterado pela ação dos músculos respiratórios, que se contraem como resultado dos impulsos nervosos transmitidos dos centros no encéfalo (tronco encefálico) e relaxam na ausência de impulsos nervosos.
O centro respiratório pode ser dividido em duas regiões principais de acordo com sua localização e função: 
(1) o centro respiratório bulbar no bulbo
Possui o complexo pré­Bötzinger, que se acredita ser importante na geração do ritmo respiratório. Este gerador de ritmo, análogo ao do coração, é composto de células marca­passo que estabelecem o ritmo básico da respiração.
(2) o grupo respiratório pontino na ponte
- Sistema quimiorreceptor periférico
- Em diversas áreas externas do cérebro, existem receptores químicos neurais específicos que recebem o nome de quimiorreceptores
- Os quimiorreceptores transmitem sinais neurais para o centro respiratório encefálico, para ajudar a regular a atividade respiratória – detectam variações de PO2, CO2 e PH
corpos carotídeos: estão localizados nas bifurcações das artérias carótidas comuns e as suas fibras nervosas aferentes inervam a área respiratória dorsal da medula. Estimulam o nervo glossofaríngeo.
corpos aórticos: estão localizados ao longo do arco da aorta e as suas fibras nervosas aferentes também inervam a área respiratória dorsal. Estimulam o nervo vago.
REGULAÇÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIO
A respiração é um processo involuntário, controlada principalmente por um centro nervoso localizado no bulbo, de onde saem nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios, sendo o mais importante deles o nervo frênico, que controla o diafragma.
- O centro respiratório se divide em três agrupamentos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral: 
1. grupo respiratório dorsal, responsável principalmente pela inspiração - é responsável pelo ritmo básico da respiração – contração do diafragma
2. grupo respiratório ventral, responsável basicamente pela expiração
3. grupo respiratório pontino (centro pneumotáxico), que fica na ponte e está envolvido com o controle da frequência e amplitude respiratória - ajuda a controlar a taxa e o padrão respiratório, transmitindo sinais inibidores para o grupo respiratório dorsal
REGULAÇÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIO
1. Influências corticais na respiração
- Como o córtex cerebral tem conexões com o centro respiratório, podemos alterar voluntariamente nosso padrão respiratório. 
- Impulsos nervosos do hipotálamo e do sistema límbico também estimulam o centro respiratório, possibilitando que estímulos emocionais alterem a respiração, como por exemplo ao rir e chorar.
2. Regulação da respiração por quimiorreceptores
Os quimiorreceptores em dois locais do sistema respiratório monitoram os níveis de CO2, H+ e O2 e fornecem informações ao centro respiratório.
3. Estimulação da respiração por proprioceptores
- Assim que você começa a se exercitar, a sua frequência e profundidade respiratória aumentam, mesmo antes que haja alterações nos níveis de PO2, PCO2 ou H+
- O principal estímulo para essas mudanças rápidas no esforço respiratório são as aferências dos proprioceptores, que monitoram o movimento das articulações e músculos
4. Reflexo de insuflação
- Similares aos dos vasos sanguíneos, receptores sensíveis ao estiramento chamados barorreceptores ou receptores de estiramento estão localizados nas paredes dos brônquios e bronquíolos.
- Quando estes receptores são distendidos durante a hiperinsuflação dos pulmões, impulsos nervosos são enviados pelo nervo vago (X) para o grupo respiratório dorsal (GRD) no centro respiratório bulbar. 
- Em resposta, o GRD é inibido e os músculos diafragma e intercostais externos relaxam.
- Assim, a inspiração adicional é interrompida e a expiração começa.
- Esse reflexo é chamado de reflexo de insuflação ou reflexo de Hering­Breuer - em adultos é um mecanismo de proteção que evita a insuflação excessiva dos pulmões.
Excitação do centro respiratório pelo dióxido de carbono
É maior durante as primeiras horas de aumento da tensão de dióxido de carbono no sangue, com o grau de excitação diminuindo gradualmente durante os próximos 1 a 2 dias. 
Esse declínio é causado pelos seguintes mecanismos:
· Os rins facilitam o retorno da concentração dos íons hidrogênio para um nível normal após o dióxido de carbono aumentar primeiro a concentração do íon hidrogênio. Os rins aumentam o bicarbonato sanguíneo, o qual se liga aos íons hidrogênio no sangue e no líquido cefalorraquidiano, reduzindo a sua concentração.
· Os íons bicarbonato se difundem através da barreira hematoencefálica e do líquido cefalorraquidiano e se combinam diretamente com os íons hidrogênio perto dos neurônios respiratórios.
EXERCÍCIO FÍSICO E RESPIRAÇÃO
· O coração bombeia o mesmo volume de sangue para os pulmões que para o restante do corpo. 
· Assim, quando o débito cardíaco aumenta, o fluxo sanguíneo para os pulmões, denominado perfusão pulmonar, também aumenta. 
· Além disso, a capacidade de difusão de O2, uma medida da velocidade com que o O2 pode se difundir do ar alveolar para a corrente sanguínea, pode triplicar durante o exercício máximo, porque os capilares pulmonares se tornam mais maximamente perfundidos. 
· Como resultado, existe maior área de superfície disponível para difusão de O2 para os capilares pulmonares.
· Quando os músculos se contraem durante o exercício, eles consomem muito O2 e produzem bastante CO2. 
· Durante o exercício o sangue que flui para o ápice aumenta e seu fluxo fica mais uniforme no pulmão; como resultado, a diferença da quantidade de gases, no ápice e na base do pulmão, diminui com o exercício. 
· O nível de exercício em que a acidose (lática) metabólica tem início é chamado de limiar anaeróbico. 
DISTÚRBIOS | DESEQUILÍBRIOS HOMEOSTÁTICOS
Asma brônquica
A asma brônquica é um distúrbio caracterizado por inflamação crônica das vias respiratórias, hipersensibilidade das vias respiratórias a uma variedade de estímulos e obstrução das vias respiratórias. 
-Contração espástica da musculatura lisa dos bronquíolos = aumento da resistência das vias aéreas
Doença pulmonar obstrutiva crônica
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um tipo de distúrbiorespiratório caracterizado por obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar, que aumenta a resistência das vias respiratórias. 
Os principais tipos de DPOC são o enfisema pulmonar e a bronquite crônica. Na maior parte dos casos, a DPOC é evitável, porque a sua causa mais comum é o tabagismo ou o tabagismo passivo. 
Enfisema pulmonar
O enfisema pulmonar é uma doença caracterizada pela destruição das paredes dos alvéolos, produzindo espaços aéreos anormalmente grandes que ficam cheios de ar durante a expiração.
- Doença crônica que causa hipóxia e hipercapnia.
Bronquite crônica
A bronquite crônica é um distúrbio caracterizado pela secreção excessiva de muco brônquico acompanhada por tosse produtiva (o escarro é aumentado), que tem a duração de pelo menos 3 meses do ano por 2 anos sucessivos. 
O tabagismo é a principal causa de bronquite crônica.
Pneumonia
A pneumonia é uma infecção ou inflamação aguda dos alvéolos.
- Condição inflamatória em que alguns ou todos os alvéolos são preenchidos com líquido e hemácias.
Tuberculose
A micobactéria Mycobaterium tuberculosis provoca uma doença infecciosa transmissível chamada de tuberculose (TB). 
-formação de tecido fibroso; - redução do tecido pulmonar funcional:
Edema pulmonar
O edema pulmonar é um acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais e alvéolos dos pulmões.
O diagnóstico do distúrbio respiratório é acessado pela:
- determinação do pH sanguíneo;
-determinação do CO2 sanguíneo; 
-determinação do O2 sanguíneo 
-espirometria; 
-exame de imagem
ALTERAÇÕES DO CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
- Na ventilação de CheyneStokes, ocorre variação do volume corrente e da frequência ventilatória.
Pode ocorrer em: traumatismo craniano / insuficiência cardíaca 
- Nas síndromes de apneia do sono, a duração da parada respiratória é prolongada, alterando a PaO2 e a PaO2.
Regulação respiratória do balanço acidobásico
· Aumento da ventilação diminui o CO2 e reduz a [H+ ]. 
· Diminuição da ventilação aumenta o CO2 e aumenta a [H+ ].
A regulação respiratória do balanço acidobásico é um tipo fisiológico de sistema tampão.

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