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(P&B) Caderno de Direito Internacional voltado a estudos do Exame de Ordem

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DISCIPLINA: DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
CONCEITO
O Direito Internacional Privado é a somatória de 3 elementos:
a. particulares: pessoas físicas e jurídicas de direito privado (são as empresas). Envolve os interesses destes.
Questão de prova: empresa Brasileira e empresa Argentina firmam contrato. São duas nacionalidades diferentes, e este contrato foi firmado no Chile. 
Que lei será aplicada?
Conforme o art. 9° da LINDB, a lei aplicável ao contrato será do local onde este foi firmado, ou seja, no Chile.
b. matéria de direito privado: direito civil (contratos, testamentos, obrigações, casamentos, invalidez, capacidade civil, etc)
c. tem um fato multiconectado: tem um elemento de conexão. Em um caso concreto, poderá ser aplicada a lei brasileira ou a lei estrangeira
APLICAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
	Juiz brasileiro pode aplicar o direito (lei) estrangeiro.
Atenção: a parte que alegar a lei estrangeira deverá provar (ônus da prova)
	Homologação de sentença estrangeira pelo STJ (conforme EC 45)
Para a sentença vir para o Brasil, precisa ser homologada pelo STJ; 
depois precisa ser executada. A execução é feita pelo juiz 
Ler na ordem:
art. 105, I, “i” da CF. 
art. 963 do CPC.
Art. 17 da LINDB c/c art. 26, p. 3° do CPC.
Art. 965 do CPC.
Pergunta: toda sentença estrangeira deve ser homologada? Não. O art. 961, p. 5° do CPC dispõe que será dispensada a homologação de sentença estrangeira de divórcio consensual sem filhos.
No caso de filhos precisará de homologação.
OBS: sentença estrangeira é diferente de sentença internacional. 
A sentença estrangeira é dada por um juiz que está no país, e a sentença internacional também é dada por um juiz, mas este juiz está em um Tribunal Internacional, como por exemplo: Corte Interamericana de Direitos Humanos – CIDH e Tribunal Penal Internacional – TPI.
Homologação de sentença estrangeira é homologação é diferente de exequatur (execute-se, cumpra-se) de carta rogatória. Carta rogatória é utilizar para ouvir testemunhas, colher provas, etc em outro país. Art. 105, I, “i” da CF.
Ler na ordem:
art. 26, IV, p. 4° do CPC.
arts. 27, 960, 964 do CPC.
FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA BRASILEIRA NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Leitura: arts. 21 a 23 do CPC.
Regra geral: competência relativa ou concorrente, ou seja, a parte pode escolher onde vai propor a ação: no Brasil ou Exterior. 
Admite-se o foro de eleição, ou seja, a ação PODE ser no Brasil.
Exceção: competência absoluta ou exclusiva: a parte não pode escolher onde vai propor a ação. 
Não admite o foro de eleição, ou seja, a ação DEVE ser o Brasil. Os casos que devem estão no art. 23 do CPC.
No caso de pessoa que tenha bens em outros países, deve-se fazer o inventário no Brasil para os bens que estão aqui. Em outro país o inventário é aberto lá, traz o documento no Brasil para sobrepartilhar. 
ELEMENTO DE CONEXÃO 
(arts. 7° a 10 da LINDB)
a. quando for direito de família, nome, capacidade civil ou personalidade aplica-se a lei de domicílio (art. 7° da LINDB)
Em caso de pessoas que vão casar em um local, mas moram em outros dois domicílios diferentes, o endereço será do primeiro domicílio, ou seja, onde vão morar primeiro.
b. quando for contratos, negócio jurídico, testamento, obrigações, aplica-se a lei do local da celebração/assinatura/local da constituição, é o local onde ele foi celebrado. 
Exemplo: pessoa morre na Argentina, faz testamento (elemento de conexão) na Itália. Qual o direito material aplicável? Lei italiana (art. 9° da LINDB). Não precisa de processo, mas de lei apenas. Abrindo um inventário (ação de inventário) ele deve ser aberto no Brasil, de acordo com o art. 23 do CPC.
c. quando for sucessão aplica-se a lei do último domicílio do “de cujus” quando este não tenha deixado testamento.
Leitura: art. 10 da LINDB.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
CONCEITO
É o ramo do Direito Internacional que cuida dos interesses jurídicos dos Estados soberanos e demais sujeitos do Direito Internacional.
MEIOS DE RETIRADA DO INDIVIDUO ESTRANGEIRO DO TERRITÓRIO NACIONAL
O Estado soberano Brasileiro (Rep. Fed. Brasil) pode empregar, no exercício de sua soberania três medidas discricionárias (depende da conveniência e oportunidade) para retirar estrangeiros do território nacional, a saber:
a. repatriação: é uma medida administrativa discricionária que não tem caráter punitivo e é aplicada pela PF em relação ao estrangeiro em situação de irregularidade documental para ingressar no território brasileiro.
Exemplo: passaporte ou visto expirado, visto inadequado.
A repatriação impede o ingresso efetivo do estrangeiro no território nacional.
Na prática o estrangeiro repatriado enviado ao estado de procedência, ao estado de nacionalidade ou a outro estado que aceite recebê-lo.
Tendo em vista que a repatriação não é uma medida punitiva, o estrangeiro repatriado poderá retornar ao território brasileiro desde que regularize sua situação.
b. deportação: é uma medida administrativa que pode ser aplicada pela PF discricionariamente em relação ao estrangeiro que já tenha ingressado ou permaneça de modo irregular no território nacional.
Exemplo: visto inadequado, visto expirado.
A deportação do estrangeiro exige a realização processo administrativo junto à PF, no qual deve ser assegurado o direito a contraditório e ampla defesa. 
O estrangeiro deportado poderá retornar ao território brasileiro desde que regularize sua situação.
c. expulsão: é uma medida administrativa punitiva aplicada pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública em relação ao estrangeiro que tenha sido condenado no Brasil por sentença penal transitada em julgado pela prática dos seguintes crimes:
c.1. crime de guerra;
c.2. crime contra a humanidade;
c.3 genocídio;
c.4. agressão.
c.5. crime doloso sujeito a pena privativa de liberdade.
Na prática, o estrangeiro irá cumprir a pena imposta pelo juiz brasileiro e ao final o Ministro da Justiça poderá discricionariamente decidir sobre a expulsão desse estrangeiro. 
O estrangeiro responde o IPE que é enviado ao MJSP.
A expulsão implica em retirada compulsória do estrangeiro do território nacional com a proibição de voltar, e a proibição de voltar é o dobro da pena aplicada pelo juiz brasileiro Por exemplo, cumpriu dez anos de prisão, são dez anos sem voltar pro Brasil.
OBS: nenhuma destas três medidas alcançam brasileiros natos ou brasileiro naturalizados.
Somente estrangeiros podem ser repatriados, deportados ou expulsos de território brasileiro.
A propósito, a expulsão de brasileiro configura pena de banimento que está proibida pelo art. 5°, XLVII da CF.
No art. 55 da Lei n° 13.445/17 (Lei de Migração) prevê as causas que impedem a expulsão do estrangeiro do território brasileiro. São elas: filho brasileiro sob a dependência econômica ou afetiva do estrangeiro; cônjuge ou companheiro residente no brasil sem nenhuma discriminação; 
d. extradição: é uma medida de cooperação judiciária em material penal entre estados em que o Brasil entrega para outro país indivíduo que tenha cometido crime no exterior e se esconde no Brasil.
Aqui não alcança só estrangeiro, mas todos indivíduos.
O art. 5, LI da CF permite concluir que a extradição alcança estrangeiros e brasileiros naturalizados. Com efeito, o referido artigo proíbe a extradição de brasileiros natos. Todavia, admite-se a hipóteses de extradição de brasileiros naturalizados em dois casos:
d.1 crime cometido antes da naturalização;
d.2 crime de tráfico de drogas praticado a qualquer tempo. A razão deste crime é que quando a CF foi promulgada o grande problema da segurança nacional era o narcotráfico.
O art. 5°, LII da CF proíbe a extradição do estrangeiro pela prática de: crime político e crime de opinião.

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