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Asma e a atenção primária à saúde A asma possui elevada prevalência, morbidade, e mortalidade no mundo inteiro. Mesmo sendo uma doença crônica tratável, vários pacientes ainda vivem com a condição de maneira não controlada o que resulta em consequências na qualidade de vida e gastos elevados de uma maneira em geral. No mundo, os impactos dessa doença refletem o difícil acesso a assistência de saúde e uma carência de medicamentos, o que confere um retrato alarmante já que se configura em uma das doenças crônicas mais frequentes no mundo, e Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estima-se que exista aproximadamente 20 milhões de asmáticos no Brasil. Dessa forma, a assistência hospitalar é de onde sai a maior parte de custos da asma na saúde pública, apesar de haver uma queda na hospitalização de pacientes com asma, ainda se vê um numero acentuado se considerar que a asma é uma doença com alta possibilidade de controle. Segundo o Ministério da Saúde, a asma é causadora de mais de 100 mil internações no Sistema Único de Saúde e também que, (citado em Almeida, 2016) estima-se que a asma seja responsável a nível mundial por 1 em cada 250 mortes e que a maioria das mortes será evitável, denotando uma falência em termos de reconhecimento da gravidade da situação e da possibilidade do seu controle. Ademais, o impacto dessa condição não se restringe apenas ao financeiro, e sim contempla muitos outros cenários sociais como desestrutura familiar, diminuição do convívio social, e muitas vezes evasão escolar. A diminuição da qualidade de vida do paciente asmático se deve ao fato, também, de a maioria dos pacientes utilizarem os locais de urgência como único meio de tratamento, deixando em segundo plano a continuidade da terapêutica. Inclusive, a observação da população levou a conclusão de vários aspectos críticos que se configuram como obstáculo para o tratamento da asma: a pouca informação das famílias, a escassez de medidas preventivas, somadas aos hábitos e estilos de vida errôneos. Por isso, a unidade básica de saúde se configura como importante e necessário fator para o cuidado com a asma, por que é função da atenção primaria a disseminação de conhecimento pertinente as doenças prevalentes das comunidades e o desenvolvimento de estratégias de intervenção o que só é possível com uma articulação precisa e concisa dos profissionais. Vale apena salientar que um fato muito importante que chama a atenção para a importância do tratamento da doença é o dia mundial da Asma, comemorado no dia 2 de Maio. Outra medida foi que A Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou a Iniciativa Global da Asma (GINA), que tem como objetivo e função promover colaboração internacional em pesquisas, relatórios e estudos sobre a asma e encorajar a disseminação e a adoção desses relatórios como fontes para intervenções efetivas de prevenção e controle da doença. Em estudo, feito em 2011, da SBPT onde foram avaliados 400 pacientes asmáticos, o grupo de avaliados entre 12-17 anos apresentou pelo menos um episódio de asma grave que os impediu de continuar a jogar ou a se exercitar e dentre esse grupo, 67,4% tiveram necessidade de faltar à escola ou ao trabalho em determinado período de tempo, o que configura os aspectos negativos da vida social de alguns pacientes acometidos com asma. Concomitantemente, a asma já foi uma das maiores causas de incapacidade para o trabalho entre pessoas de 18 a 44 anos nos Estados Unidos, ultrapassando diabetes e hipertensão arterial. No Brasil esses dados são escassos, o que afirma que a asma relacionada a essa incapacidade de trabalho é subdiagnosticada. http://www.paho.org/bra/ http://www.paho.org/bra/ Outro aspecto importante a ser destacado, é que fatores psiquiátricos como a depressão e a ansiedade são preeminentes em pacientes com asma, os efeitos dessas associações causam uma maior dificuldade no controle da asma, o que dificulta seu tratamento encarecendo-o e ainda refletindo em uma sobrecarga no sistema de saúde. Por fim, a asma se configura em um problema de saúde pública mundial, e é papel das Secretarias Municipais de saúde confluir as ações da atenção básica com ênfase no fluxo de atendimento, garantindo o esquema de referência e contra referência e os recursos que viabilizem as ações que possibilitem o controle dessa doença e promova uma melhor qualidade de vida para os pacientes com essa condição. REFERÊNCIAS SOUZA, Luciana Orminda. A importância da estratégia de saúde da família no controle das crises de asma broquial em crianças atendidas em Petrolândia. 2015. Disponível em:< https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/Importancia_estrategia_saude_familia _controle_crise_asma.pdf> GASPAR, Ângela; ALMEIDA, Mário Moraes de; NUNES, Carlos. Asma grave: epidemiologia. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. – Vol. 29, N° 2, 2006. Disponível em: <http://www.sbai.org.br/revistas/Vol292/asmagrave.pdf> CARDOSO, Thiago de Araujo. eat al. Impacto da asma no Brasil: análise longitudinal de dados extraídos de um banco de dados governamental brasileiro. J Bras Pneumol. 2017. Disponível em < https://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n3/pt_1806-3713-jbpneu-43-03-00163.pdf>. LEAL, Renata Cristina de Angelo Calsaverini. eat al. Modelo assistencial para pacientes com asma na atenção primária. Rev Assoc Med Bras. 2011. Disponível em:< https://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n6/v57n6a19.pdf>. BORBA, Regina I. H; SARTI, Cynthia A. 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