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CÂNCER DE MAMA

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1 Eva Carneiro | INTERNATO 2021 | GINECOLOGIA 
CÂNCER DE MAMA 
FATORES DE RISCO 
 Idade (>40 anos) e sexo (mulheres 135:1) 
 Alteração genética (mutação) nos genes BRCA1 e BRCA2 
 Menarca precoce e menopausa tardia (após 55 anos) 
 TH – Terapia hormonal 
 Nuliparidade 
 Obesidade 
 Aumento da densidade mamária na MMG* (pós-menopausa) 
 Usuários de álcool 
*MMG: mamografia 
RASTREAMENTO 
 MS não recomenda o autoexame – por aumento no número de exames e consultas desnecessárias. 
 Exame clínico – pelo médico, desde que habilitado para fazer → MS da saúde defende que essa prática 
rotineiramente não reduz morbimortalidade, portanto não se posiciona nem a favor e nem contra. 
 Mamografia → 50-69 anos a cada 2 anos* 
➢ *Grupos de risco: 35 anos, anual 
▪ Familiar de primeiro grau com CA de mama (mãe, filha ou irmã) ANTES dos 50 anos 
▪ Familiar de primeiro grau com CA de mama bilateral, independentemente da idade 
▪ Familiar de primeiro grau com CA de ovário, independentemente da idade 
▪ Familiar masculino com CA de mama 
▪ Se possui biópsia mostrando hiperplasia com atipias ou neoplasia in situ 
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO 
 Abstenção dos fatores de risco modificáveis 
 Quimioprevenção (com antiestrogênicos – Tamoxifeno {TMX} 20mg/d)* 
*Atenção: essa droga não previne o surgimento de tumores receptores negativos e pode elevar o risco 
de carcinoma de endométrio e fenômenos tromboembólicos. Como opção ao TMX, podem ser usados 
o Raloxifeno ou Exemestano, sobretudo em mulheres pós-menopausa. 
 Cirurgia redutora de risco – pacientes de alto risco, sobretudo entre as portadoras de mutação do BRCA1 
e do BRCA2 
CLÍNICA 
 Manifesta-se por nódulos 
 Achado mamográfico 
 Derrame papilar – raro, mas ocorrendo na forma aquosa, do tipo “água de rocha”, é sugestivo 
DIAGNÓSTICO 
 Nódulo suspeito → Core Biopsy (agulha grossa) – retira amostras de tecido (histologia). PADRÃO 
OURO. 
 Mamografia, Ultrassonografia e Ressonância Magnética 
➢ O laudo de cada um deles segue o BI-RADS: 
BI-RADS 0 Exame inconclusivo, repetir ou solicitar USG 
BI-RADS 1 Exame normal, rastrear em 2 anos 
BI-RADS 2 Achados benignos (cistos simples, próteses, calcificações), rastrear em 2 anos 
BI-RADS 3 Achado provavelmente benigno (microcalcificações agrupadas e puntiformes, 
assimetria focal, nódulos sólidos não palpáveis com características de benignidade 
{regulares, sem sombra acústica, horizontais} e microcistos agrupados), chance < 
2% de malignidade. Repetir em 6 meses, por 2 anos. 
 
2 Eva Carneiro | INTERNATO 2021 | GINECOLOGIA 
BI-RADS 4 Risco de malignidade variável de 2 a 95%, em média de 40%. São 
microcalcificações e nódulos irregulares. Recomendação de estudo 
anatomopatológico. Esse BI-RADS subdivide-se em 4ª, 4B e C. 
BI-RADS 5 Achados altamente suspeitos, com risco >95% de malignidade: nódulos espiculados, 
microcalcificações pleomórficas ou em trajeto ductal. Recomendação de estudo 
anatomopatológico. 
BI-RADS 6 Achados que já têm diagnóstico de câncer. 
 
TIPOS HISTOLÓGICOS 
 Ductal → in situ (não invadiu a membrana basal) ou invasor (mais chance de metástase) 
➢ Mais frequente 
 Lobular → in situ ou invasor 
CLASSIFICAÇÃO MOLECULAR DO CÂNCER DE MAMA 
A maioria dos carcinomas invasivos está nos grupos dos luminais. São mais frequentes em mulheres com 50 
anos ou mais e têm associação com a ação estrogênica. 
Luminal A 
 Tumores com receptores hormonais de estrogênio e progesterona POSITIVOS, com HER-2 NEGATIVO 
e Ki67 (índice de proliferação tumoral) < 14%. 
Luminal B 
 Tumores com receptores hormonais de estrogênio e progesterona POSITIVOS, com HER-2 NEGATIVO 
e Ki67 > 14% ou mais. 
Luminal-HER-2 
 Tumores com receptores hormonais de estrogênio e progesterona POSITIVOS, com HER-2 POSITIVO. 
HER-2 
 Tumores com receptores hormonais de estrogênio e progesterona NEGATIVOS, com HER-2 POSITIVO 
 Costuma ter pior resposta à quimioterapia, no entanto há medicamentos de terapia-alvo anti-HER-2 que 
melhoram as taxas de resposta aos tratamentos convencionais. 
BASAL/triplo negativo 
 Tumores com receptores hormonais de estrogênio, progesterona e HER-2 NEGATIVOS. 
 Tem pior prognóstico e pior resposta aos tratamentos. 
 É o subtipo que está mais associado às mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. 
 Costuma ser mais frequente em mulheres <50 anos. 
TRATAMENTO 
 Cirurgia Radical – mastectomia 
 Cirurgia Conservadora – quadrantectomia ou setorectomia 
➢ Quando indicada, deve-se fazer radioterapia após a cirurgia 
INDICAÇÃO: CIRURGIA RADICAL X CONSERVADORA 
 Relação tumor/mama favorável → <1/5 da mama, se for > 1/5, tem que fazer a radical; 
 Gestantes → no primeiro ou segundo trimestre tem que ser radical (por não poder fazer radioterapia), 
no terceiro pode-se indicar a conservadora, porque poderá fazer radioterapia após a retirada do bebê; 
 Doenças do colágeno → não pode fazer radioterapia, então indica radical 
 Tumores multicêntricos (mais de 1 foco de tumor) → indica cirurgia radical 
 Radioterapia prévia (na mama) →indica radical 
 
3 Eva Carneiro | INTERNATO 2021 | GINECOLOGIA 
AXILA – ABORDAGEM CIRÚRGICA 
 Linfonodo sentinela → primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática na mama. É identificado 
através da cor azul patente ou por radiofármaco, retira e o patologista fará a análise através do exame 
transoperatório congelado. Se houver metástase, será necessário fazer o esvaziamento axilar. 
 Não faz linfadenectomia (esvaziamento axilar) se foi feita a setorectomia (pois a radioterapia será feita 
depois), em tumores até 5cm, até 2 linfonodos positivos e se for a primeira intervenção (se tiver feito 
radioterapia antes não entra). 
FATORES PROGNÓSTICOS 
 Status Axilar → é o principal fator prognóstico para doença sistêmica. As pacientes com nenhum 
linfonodo positivo para metástases têm prognóstico melhor do que aquelas com evidência de 
comprometimento axilar. 
 Tamanho do tumor → Quanto maior o tumor, maiores serão as chances de comprometimento axilar. 
 Tipo histológico/molecular → os tumores de pior prognóstico são o lobular invasivo e o ductal invasivo; 
os subtipos medular, mucinoso, tubular e papilar puros têm melhor prognóstico. Mais do que tipo 
histológico, o tipo molecular costuma ser mais importante como fator prognóstico. 
 Graus histológico e nuclear → quanto mais INDIFERENCIADOS, pior prognóstico. Assim, os grau III têm 
sobrevida livre de doença e sobrevida consideravelmente menores do que os de graus I e II. 
 Receptores hormonais → têm melhor prognóstico para mulheres com tumores receptores positivos para 
estrogênio e progesterona; 
 HER-2 ou C-erb-B2 → perfil mais agressivo e pouco responsivos à quimioterapia 
TRATAMENTO ADJUVANTE 
 Radioterapia – pós cirurgia conservadora 
 Quimioterapia – com linfonodo sentinela positivo (metástase) 
 Hormonioterapia – sempre que houver receptores hormonais positivos (através da imuno-histoquímica 
é dado o resultado – o fármaco mais usado é o TAMOXIFENO, usa por 5 anos após do tratamento)

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