Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO DE EMBRIOLOGIA Gametogênese: é o processo de formação e desenvolvimento dos gametas (ovócito e espermatozoide) Importância da meiose: mantém constante os números de cromossomos de geração para geração; possibilita a dispersão ao acaso dos cromossomos entre os gametas; garante a variabilidade genética através do crossing-over Espermatogênese: - A espermatogônia (2n) se multiplica por mitoses na parede dos túbulos seminíferos; - As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a ser chamadas de espermatócitos primários ou espermatócitos I (2n); - No período de maturação ocorrem meioses (parte reducional) formando os espermatócitos secundários (n); - Segunda divisão meiótica (parte equacional) formando as espermátides (2n); - As espermátides se tornam maduras através do processo de espermiogênese. Ovogênese: - Ocorrem sucessivas mitoses nas ovogônias (2n); - No período de crescimento as células precursoras acumulam vitelo e aumentam em volume podendo ser chamadas de ovócitos primários (2n); - No período de maturação inicia-se o processo de meiose, porém não se completa e os ovócitos primários estacionam em prófase I. - A meiose continuará após ser estimulada pelo hormônio FSH que ocorre na puberdade; - Quando estimulado o ovócito continua a divisão I da meiose e produz o ovócito secundário (n) e o primeiro glóbulo polar (n); - O ovócito II começa a segunda divisão da meiose mas o processo é inibido na metáfase II e degenerado caso não ocorra a fecundação, se houver a fecundação a meiose é completada e é liberado o segundo glóbulo polar (n). Ciclos reprodutivos da mulher: Um hormônio estimulador de gonadotrofina (GnRH) é sintetizado pelo hipotálamo e transportado até a hipófise, estimulando a produção de FSH (estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e produção de estrógeno) e LH (desencadeia a ovulação estimulando as células foliculares e corpo lúteo a produzirem progesterona). Ciclo ovariano: o FSH promove o crescimento de folículos primordiais até o folículo primário, entretanto somente um dos folículos se torna maduro e rompe a superfície do ovário, expulsando o ovócito II. Desenvolvimento dos folículos: - Crescimento e diferenciação do ovócito I; - Proliferação das células foliculares; - Formação da zona pelúcida; -Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo (teca folicular). Ovulação: Sob influência do FSH e LH o folículo ovariano passa por um súbito surto de crescimento produzindo saliências na superfície do ovário. Nessa saliência começa a formar uma mancha, o estigma. A ovulação é desencadeada por um pico de LH (que é causado pelo alto nível de estrógeno) fazendo com que o estigma inche formando uma vesícula. O estigma se rompe forçando a saída do ovócito. Fases do ciclo menstrual: - Fase menstrual: a camada funcional da parede do útero descama e é eliminada. Depois da menstruação o endométrio erodido é delgado; - Fase proliferativa: ou estrogênica coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo estrogênio eliminado secretado por esse folículos. O epitélio superficial se refaz e recobre o endométrio; - Fase secretora: coincide com a formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo. A progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar material rico em glicogênio. Transporte do ovócito: - Na ovocitação (ou ovulação) o ovócito secundário é expelido do folículo ovariano com o fluido folicular; - As fímbrias da tuba uterina aproximam-se do ovário e varrem o ovócito secundário para a cavidade da tuba; - O ovócito passará para a ampola da tuba devido a movimentos peristálticos; - Se o ovócito não for fecundado, ele será transportado para o útero também por peristaltismo e degenerado. Transporte de espermatozoides: - Os espermatozoides estão armazenados na cauda do epidídimo; São transportados para a uretra por movimentos peristálticos da cobertura muscular do ducto deferente; - Sêmen = Espermatozóides + fluídos das glândulas seminais, próstata e bulbouretrais; - A enzima vesiculase coagula o sêmen no momento da ejaculação, formando o tampão no interior do canal posterior do útero, impedindo que os espermatozoides retornem; - Contrações peristálticas conduzem os espermatozoides pelo útero e tuba uterina - Prostaglandinas presentes no sêmen estimulam a motilidade dos espermatozoides; - Frutose presente no sêmen fornece energia aos espermatozoides; - Apenas cerca de 200 espermatozóides alcançam o local da fecundação. Maturação dos espermatozoides: - Os espermatozóides recém ejaculados são incapazes de fecundar um óvulo; - Precisam passar por um processo de capacitação (+ ou – 7 horas); - A cobertura glicoproteica e proteínas seminais são removidas da superfície do acrossoma; - Os componentes da membrana são alterados; O processo de capacitação ocorre no útero ou nas tubas, através de substâncias secretadas no trato genital feminino; Os espermatozóides encostam na corona radiata e sofrem modificações que resultam em perfurações do acrossoma; A reação acrossômica está relacionada à liberação de enzimas que facilitam a fecundação: Hialuronidadase e acrosina. Fases da fecundação: - Passagem do espermatozoide pela corona radiata, que envolve a zona pelúcida de um ovócito; - Penetração na zona pelúcida, que envolve o ovócito; - Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide; - Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino. Clivagem do zigoto: (mórula) - Repetidas divisões mitóticas do zigoto, levando a um rápido aumento no número de células, agora chamadas de blastômeros; - A divisão do zigoto começa aproximadamente 30 horas após a fecundação; - Durante a clivagem, o zigoto ainda é coberto pela zona pelúcida. Após o estágio de 8 células, os blastômeros ficam cada vez mais justapostos – compactação. 12-32 blastômeros: Mórula. Formação dos blastocistos: cerca de 4 dias depois a fertilização a mórula forma em seu interior um espaço cheio de fluido (cavidade blastocística). Consiste em: -Trofoblasto: camada celular externa que se formará a parte embrionária da placenta; - Embrioblasto: grupo de blastômeros que dá origem ao embrião; - Nesse estágio, chamamos o concepto de blastocisto; - O embrioblasto se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. Após cerca de dois dias suspenso na cavidade uterina, a zona pelúcida é degenerada, permitindo ao blastocisto nutrição através da secreção das glândulas uterinas e um aumento rápido e significativo. Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial. Logo que ele adere, o trofoblasto começa a proliferar e se diferenciar em duas camadas: - Citotrofoblasto: a camada interna de células, e a maior porção, inicialmente; - Sinciciotrofoblasto: formado pela fusão das células do polo embrionário e do epitélio endometrial. Este, se expande e produz enzimas proteolíticas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto implantar-se dentro do endométrio. Formação da cavidade aminiótica: - Ocorre durante a implantação; - Inicialmente é uma cavidade no embrioblasto; - As células amniogênicas (amnioblastos) separam do embrioblasto e se organizam para formar uma membrana fina (âmnio); Formação do disco embrionário: Ocorre junto com a formação da cavidade amniótica; Tem origem do embrioblasto; Disco bilaminar: Epiblasto: camada mais espessa, constituído por células cilíndricas altas. Forma o assoalho da cavidade amniótica. Hipoblasto: A camada mais delgada, formada por células cubicas e pequenas. Forma o teto da cavidade exocelômica. Desenvolvimento do saco coriônico: - O fim da segunda semana caracteriza-se pelo aparecimento de vilosidades coriônicas primárias; - A proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem no interior do sincicitrofoblastos; - Primeiro estágio do desenvolvimentodas vilosidades coriônicas da placenta; - O celoma divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: mesoderma somático extraembrionário: reveste o trofoblasto e reveste o âmnio; mesoderma explâncnico extraembrionário: envolve a vesícula umbilical. Gastrulação: disco bilaminar se torna o disco trilaminar - O ectoderma da origem a epiderme, sistema nervoso, retina dos olhos e outras estrturas; - O endoderma é a fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e trato gastrointestinal; - O mesoderma dá origem as capas de músculo liso, tecido conjuntivo e vasos associados aos órgãos, também forma a maior parte do sistema cardiovascular, fonte das células do sangue e medula óssea, do esqueleto, músculo estriado e órgãos reprodutores e excretores. Linha primitiva: espessamento localizado no epiblasto na extremidade caudal do disco embrionário - Resulta na migração de células do epiblasto para o plano médio; - A invaginação da linha resulta na formação das células mesenquimatosas. Formação da notocorda: o processo notocordal foma células entre o ectoderma e endoderma do embrião, a fosseta primitiva que se estende para dentro do processo forma o canal da notocorda. Quando desenvolvido forma a placa da notocorda e por sua vez ela se dobra formando a notocorda em si. Formação do tubo neural: (Neurulação) a placa neural aparece como um espessamento do ectoderma no embrião, nessa placa forma-se o sulco neural flanqueado por pregas neurais. A fusão destas pregas forma o tubo neural. Organogênese: Ao final do período os principais sistemas e órgãos começam a se desenvolver cumprindo funções mínimas (exceto o sistema Cardiovascular); Ao final desse período, o embrião terá aspecto humano. - Do ectoderma diferencia-se o tubo neural, que apresenta no seu interior o canal neural; - O endoderma dá origem ao tubo digestório; - O mesoderma dá origem aos somitos e à notocorda; -Os somitos são blocos celulares dispostos lateralmente no dorso do embrião, e a notocorda é uma estrutura maciça localizada logo abaixo do tubo neural. Estimativa de idade fetal: possibilidades de observação do ultrassom. - Primeiro trimestre: Topo da cabeça-nádegas (CR) e DPP; - Segundo ao terceiro trimestre: Diâmetro bilateral: diâmetro da cabeça entre as duas saliências parietais; Circunferência da cabeça; Circunferência abdominal; Comprimento do fêmur; Placenta: Órgão maternofetal formado por uma porção fetal, originaria do saco coriônico, e uma porção materna, derivada do endométrio. A placenta em conjunto com o cordão umbilical, forma um sistema de transporte de nutrientes e de trocas gasosas. As membranas fetais e a placenta possuem função de proteção, respiração, nutrição, produção de hormônios e excreção, após o nascimento, ambas são expelidas do útero, sendo chamadas de secundina. Circulação placentária: É através das vilosidades coriônicas terminais, as quais possuem uma grande área de superfície, que ocorrem as principais trocas de material entre a mãe e o feto. A membrana placentária consiste em tecidos extra fetais, isto é, está fora do corpo do feto. Âmnion: é uma membrana que envolve o embrião e forma o saco ou cavidade amniótica onde está contido o líquido amniótico. A qual também forma o revestimento epitelial do cordão umbilical. Líquido amniótico: prove inicialmente dos fluidos maternos que é formado em sua maioria por água na qual está suspenso material não dissolvido (células fetais descamadas) e que possui as mesmas quantidades de sais orgânicos e inorgânicos. Saco vitelínico (vesícula umbilical): Não é funcional no que diz respeito ao armazenamento de vitelo. - Desempenha um papel na transferência de nutrientes para o embrião. Alantoide: - A formação de sangue ocorre em sua parede, da terceira a quinta semana; - Seus vasos sanguíneos persistem como veia umbilical e artérias umbilicais; - A porção intra- embrionária do alantoide vai do umbigo a bexiga, com a qual ele está em continuidade. Com o crescimento da bexiga, o alantoide regride, tornando - se um tubo espesso, o úraco. Depois do nascimento, o úraco transforma-se em um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga até o umbigo. Cordão Umbilical: - O cordão umbilical conecta o bebê em desenvolvimento à placenta. - Transporta nutrientes e faz trocas gasosas; - Presença de duas artérias e uma veia; - Na camada endotelial do cordão umbilical são encontradas células-tronco; - Estas, por sua vez, não apresentam função definida, podendo, transformar-se em qualquer célula do organismo após um processo de diferenciação; - As mesmas podem ser usadas para o transplante de medula óssea.
Compartilhar