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Psicologia da Educação
Implicações pedagógicas na área da educação pré-escolar e na área da reeducação dos diminuídos
Entre os programas de educação pré-escolar inspirados na teoria piagetiana destaca-se o Programa de Educação Infantil de Ypsilanti que surgiu com a intenção e fornecer educação compensatória às crianças desfavorecidas. Este programa assentava em três domínios: sócio-emocional, percetivo-motor e cognitivo. O domínio sócio-emocional consistia na relação com a educadora (procura de apoio emocional por parte das crianças) e na relação com os companheiros (interações com estes). 
O domínio percetivo-motor refere-se ao "desenvolvimento da coordenação muscular das crianças dentro dos limites da sua maturação física", que tinha como objetivo a coordenação motora geral.
O domínio cognitivo abrange as áreas inspiradas em piaget: do conhecimento físico, do conhecimento lógico, do conhecimento social e de representação.
Na década de sessenta assistiu-se, com efeito, especialmente nos E.U.A, à implementação de vários programas de educação pré-escolar compensatória com a convicção de que a melhor forma de evitar o insucesso escolar das crianças provenientes de meios socioeconomicamente desfavorecidas consistia em fornecer-lhes, no decurso da pré-escolaridade, meios que lhes permitissem um correto ajustamento escolar. Entres esses programas foram, o Programa Head Start, o de Bereiter-Engelmann e o de Gotkin.
Para a reeducação dos diminuídos é importante referir o método clínico, que consiste em, observar os comportamentos das crianças e o registo das respostas dadas por elas, que fornecem um conjunto de informações sobre o nível de desenvolvimento intelectual. Este método permite assim, detetar as crianças com deficiência ou com perturbações de aprendizagem, para que possam ter um ensino próprio para eles. 
-Laurendeau e Pinard elaboraram uma escala de desenvolvimento mental.
Psicologia da Educação: Identidade(s) de uma disciplina
A dupla natureza epistemológica: estatuto e área científica
Os autores dividem-se quanto ao seu estatuto epistemológico- disciplina fundamental ou aplicada- e quanto à area científica sem que se inscreve- ciências psicológicas ou ciências da educação.
A evolução das relações entre a psicologia e a educação conduz a questionar o sentido unidirecional desta relação- a psicologia a influenciar a pedagogia.
Wittrock concebe a psicologia educacional como uma área central da psicologia (ciência psicológica) e distingue-se de outros ramos da psicologia pela sua finalidade, compreensão e o desenvolvimento da educação. Wittrock apresenta uma definição compreensiva e unificadora da psicologia educacional, como o estudo das condutas humanas complexas em situações educativas, demarcando-se da definição convencional que a concebe como a aplicação da psicologia à educação. 
Gilly e Hillebrand consideram a P.E como uma ciência psicológica.
Mialaret e Avanzini consideram a P.E como uma ciência da educação. Estes apresentaram esquemas de classificação.
 Assim, segundo o esquema de classificação de Mialaret (1976), a psicologia da educação insere-se nas ciências que estudam a relação pedagógica e o próprio ato educativo.
	Ciências que estudam as condições gerais e locais da instituição escolar
	Ciências que estudam a relação Pedagógica e o próprio ato educativo
	Ciências da reflexão da evolução
	· História da Educação
	· Psicologia da Educação
	· Filosofia da Educação
	· Sociologia Escolar
	· Psicossociologia dos pequenos grupos
	...
	· Demografia Escolar
	….
	
Avanzini (1976) critica a classificação proposta por Mialaret, sublinhando o seu caráter arbitrário. Propõe uma outra categorização, que ele próprio reconhece, igualmente, como incompleta e arbitrária. Na classificação de Avanzini a P.E insere-se nas ciências que tratam do sujeito da educação, ao lado da biopedagogia e da psicossociologia.
	Ciências que estudam as ideias e as instituições educativas 
	Ciências que tratam do sujeito da Educação
	Ciências que constituem o objeto da didática
	· História da pedagogia
	· Psicologia da Educação 
	· Tecnologia da Educação
	· Economia da Educação
	...
	...
Teoria de Piaget
Teoria dos estádios de desenvolvimento cognitivo.
Piaget recusa a experiência pura no sentido do empirismo atendendo que "os factos só se tornam acessíveis quando assimilados pelo sujeito", assumindo assim uma posição interacionista-relativista, ou seja, uma posição em que à intervenção ativa do sujeito cognoscente se associa a aceitação de elementos da experiência, em que os objetos só existem em função do sujeito cognoscente. 
Este processo efetua-se através de uma interação contínua entre o indivíduo e o meio ambiente, defendendo Piaget o papel ativo e operatório que a inteligência desempenha nessa interação, modificando o organismo de modo a incorporar dinamicamente a nova informação. (adaptação).
A adaptação comporta dois processos: assimilação e acomodação. A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado percetual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias. Ou seja, quando a criança tem novas experiências ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.
A adaptação é a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado.
É o jogo recíproco entre a assimilação e a acomodação que permite a interação entre o organismo e o meio, pressupondo um equilíbrio entre as duas tendências. 
Quanto aos estádios ou períodos em que o Piaget divide o desenvolvimento da inteligência:
1. Período ou estádio sensório-motor;
2. Período ou estádio pré-operatório;
3. Período ou estádio das operações concretas;
4. Período ou estádio das operações formais.
Período sensório-motor (0-2 anos):
· É um período de construção do real através dos esquemas do objeto permanente.
· Inteligência prática
· Comportamentos motores simples, juntando o sensorial a uma coordenação motora primária
Período pré-operatório (2-7 anos):
· É um período que se caracteriza pela existência de pré-conceitos ou de pré-relações
· Uso de símbolos para representar mentalmente ações e objetos, possibilitando a passagem da ação para o pensamento
· Raciocínios baseados na perceção e não na coordenação da ação
· Função semiótica (através de Imitação diferida, Jogo simbólico, Desenho, Imagem mental, e da Linguagem)
· Esta linguagem é egocêntrica, pouco socializada, ou seja, a linguagem está centrada na própria criança. Esta não consegue distinguir o ponto de vista próprio do ponto de vista do outro.
Operações concretas (7-11 anos): 
· Resolução de problemas de forma lógica
· Noções de conservação, classificação e seriação
· Noção de reversibilidade
· A criança já consegue realizar operações, no entanto, precisa de realidade concreta.
Operações formais (depois dos 11-12 anos):
· Resolução de problemas abstratos de forma lógica 
· Raciocínio Hipotético-dedutivo (pensar logicamente acerca de abstrações e de possibilidades (a justiça, a verdade, o bem e o mal...)
Fatores de Desenvolvimento:
· Maturação
· Experiência
· Interações e transmissões sociais
· Equilibração
Luquet (1927). Le dessin enfantin
Desenho infantil: um desenho é um conjunto de traços cuja execução foi determinada pela intenção de representar um objeto real, quer a semelhança procurada seja ou não obtida.
O realismo:
· O realismo caracteriza o desenho infantil no seu conjunto
· O desenho infantil é realista pela escolha dos seus motivos e pelo seu fim- o realismo está na natureza dos motivos e na intenção
A evolução do realismo infantil:
· O realismo fortuito: não há intenção para uma representação gráfica (período sensório-motor)
· O realismo falhado: quando a criança chega ao desenho propriamente dito, quer ser realista, mas a sua intenção choca-se com obstáculos gráficos e psíquicos, que dificultam a sua manifestação
· O realismo intelectual: onde a criança pretende deliberadamente reproduzir do objeto não só o que se pode ver, mas tudo o que ali existe, edar a cada um dos elementos a sua forma exemplar
· O realismo visual: a principal manifestação é a submissão mais ou menos infeliz na execução à perspetiva.

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