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Aquarismo- Peixe ósseo Anatomia externa Olhos- cobertos por uma membrana, podem encher de água em algumas espécies e criar um globo dilatado para melhorar a visão, dentro do olho tem uma pedrinha, que é o cristalino onde reflete o campo de visão e regula o foco. Pele- escamas: proteção Opérculo ou guelra: protege a faringe e os brônquios, é onde ficam contidas as brânquias parece uma tampa de cartilagem *só tem no peixe ósseo, não tem no cartilaginoso Narinas: não servem para respirar pois a respiração é branquial, sente cheiro (entrada de água com partículas químicas) Boca: respiração e captura de presas ou pedras para construir ninho- respiração:água entra pela boca e sai pelas brânquias Língua: Linha lateral: detecta movimento – nervo sensitivo (linha mais escura ou mais clara que o peixe, divide “as costas” da barriguinha branca. Hidrodinâmica: água entra lateralmente pelos poros com o movimento do peixe Barbatana lateral ou peitoral Barbatana pélvica: agilidade Barbatana anal Barbatana caudal (pedúnculo – rabo) Barbatana mole dorsal (maior) Barbatana dorsal espinhal (menor e mais rígida) Orifício anal: canal múltiplo para excreção e reprodução Apenas peixes cartilaginosos possuem cloaca, os vertebrados não pois a fecundação é externa. Anatomia interna Faringe Esôfago e Estômago (podem ser unidos) – forma de Y (estomago cardíaco, fúndica e pilórica) O estômago possui um fundo falso Intestino delgado (cecos pilóricos: aumentam conforme o peixe cresce, área de absorção de alimento, parece várias tripas pequenas) Fígado: 3 lobos Vesícula biliar: mais amarelada Pâncreas Baço: coloração mais escura Bexiga gasosa: armazena ar, faz boiar e afundar Bexiga urinária: excreção Rins Gônadas (são 2): -ovários (alaranjado ou avermelhado): precisa de microscópio- aspecto granuloso -testículo (esbranquiçado ou amarelo): microscópico- aspecto leitoso *peixe corvina (único que emite som) : musculatura próxima da bexiga gasosa Câmara bronquial:- 4 bronquios cada um por 3 estruturas: rastelos, rastros, arco bronquial filamentos branquiais Coração, possui apenas 1 átrio e 1 ventrículo (membrana pericárdica): átrio coloração vermelho escura, ventrículo espesso e forma triangular (bem musculoso e parte contrátil), cone arterial dilatado e coloração branca, segue até artéria aorta ventral, artérias bronquiais saem da aorta ventral. Musculatura metamerizada Espinhas: costelas Coluna vertebral Arco branquial: a água sofre uma resistência ao passar por esses “pelinhos”, causa turbilhamento na água e liberação de O2 que é capturado e levado a uma artéria dorsal distrubuindo para o corpo. SISTEMA DIGESTÓRIO (Carnívoros, herbívoros e onívoros) *Rações indicadas pelo aquarista do aquarismo sem mistérios- Boitara e maramar Excesso de ração na água deixa turva, deve ser comida imediatamente, passado 10 minutos deve ser retirada da água. HERBÍVORO: 90% da dieta é vegetal e outros 10% é proteica Polissacarídeos: celulose é muito mais difícil de ser digerida mesmo pelos herbívoros. Carboidratos até 40% pois todo amido vai ser digerido no intestino. Proteína para peixe herbívoro causa intoxicação pois não possuem proteases para digerir e nem o estômago desenvolvido, o alimento iria se decompor, aumentar número de gases e fezes com bolhas. Estômago muito pequeno ou ausente, o estômago digere apenas proteína então ele não precisa, alimento fica pouco tempo pois vegetal não sofre ação de enzimas, por outro lado como é difícil extrair nutrientes de vegetal o intestino é muito longo. São peixes que defecam muito e devem se alimentar de 3 a 4 vezes por dia. Exemplo: carpas, kinguios e cascudo Carpa Kinguio Cascudo CARNÍVORO Estômago grande e musculoso (tritura alimento) e intestino curto, não precisa alimentar todos os dias, pode ser dia sim e dia não, defeca menos e libera menos amônia. Alimentar muito pode causar obstrução. 60 a 70% de origem proteica e acaba comendo um pouco de vegetal ao consumir peixes herbívoros. Carboidratos simples, não usar amido, até 10% de carboidratos. Muito carboidrato sobrecarrega o fígado. Exemplo: traíra traíra ONÍVORO Transita entre as 2 características, deve ser muito bem balanceada Difícil saber pois como ele possui ambas genéticas pode nascer com o intestino de carnívoro e estômago de herbívoro, etc. Carboidratos até 20% Alimento rico em proteína põe coque e cor no animal e acaba gerando problemas como fezes com bolha, aumento de protozoários e bactérias da flora intestinal Exemplo: flowerhorn Flowerhorn SISTEMA RESPIRATÓRIO Quando peixe abre a boca e o fundo da cavidade oral é reduzido e quando abre é aumentado empurrando a água para baixo em direção ás bolsas branquiais, as lamelas que são parecidas com pelos nas bolsas branquiais ficam banhadas em água, onde o oxigênio que estava dissolvido na água entra pelos capilares da lamela e o CO2 se espalha na água, que com a abertura branquial externa sai a água rica em gás carbônico. SISTEMA CIRCULATÓRIO Circulação simples (sangue passa apenas uma vez pelo coração) e Fechada (em momento algum cai em cavidade que não é vaso sanguíneo): O sangue venoso passou pelo corpo e ficou pobre em oxigênio e rico em gás carbônico, passa pelas veias até o seio venoso que sofre uma contração e cai no átrio, que também se contrai e cai no ventrículo que é muito musculoso e bombeia o sangue para todo o corpo pela artéria aorta e vai para as brânquias, onde ocorre a hematose, troca gasosa por difusão, onde perde o C02 para o ambiente e adquire 02 e vai para o resto do corpo. SISTEMA REPRODUTIVO PEIXES ÓSSEOS- fêmea e macho Fecundação externa: sptz jogado para fora do corpo do macho e fêmea despeja os óvulos, ocorrendo a fecundação, costumam abandonar os ovos mas pode ocorrer de um deles cuidar dos ovos até que as larvas saiam. Fecundação interna: (cavalo-marinho) cuidado parental feito pelo macho, desenvolvimento pode ser indireto (larva) ou direto (já nasce peixe). O cavalo-marinho tem desenvolvimento direto. PIRACEMA: geralmente água doce, ocorre na cheia dos rios, percorre milhares de km para buscar a nascente dos rios e fazer a desova, chance maior de sobrevivência dos filhotes com mais alimento e menos predadores. Quando nadam contra a corrente gastam gordura e faz os hormônios do amadurecimento sexual funcionarem e quando chegam o lugar de destino liberam as gônadas. OSMORREGULAÇÃO PEIXES VERTEBRADOS- osmorreguladores ÁGUA SALGADA: água concentrada (hipertônica), peixe tende a perder água (hipotônico) para se regular ele precisa beber a água e eliminar o excesso de sal através das brânquias (transporte ativo), a urina será pouca e isotônica em relação a água do mar. ÁGUA DOCE: O peixe é mais hipertônico que a água do rio, por osmose a água tende a entrar no peixe, esse peixe não bebe água portanto e para evitar diluição as brânquias absorvem o sal de forma ativa e o excesso de sal é eliminado pela urina que é diluída e abundante, hipotônica em relação ao ambiente de água doce. PEIXES CARTILAGINOSOS (tubarão, arráia e cação)- osmoconformes (mantém tonicidade) Mantém a tonicidade do seu sangue em relação a água do mar, fica quase a mesma concentração. Sintetizam e acumulam ureia no sangue, que é uma excreta nitrogenada e osmoticamente importante, constantemente eliminada pelos rins e assim é mantido o equilíbrio com o meio externo. SISTEMA ENDÓCRINO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE Dividido em 3 partes: hipotálamo, neurohipófise e adenohipófise FATORES ESTRESSANTES PARA PEIXES Geradores de estresse: manejo, degradação da matéria orgânica, alta densidade populacional, fermentação, falta de oxigênio, alteração de pH ou temperatura, predadores O ambiente estressante para os peixes gera prejuízo à psicultura uma vez que interfere diretamente no metabolismo e no sistema endócrino dos peixes impedindo que cresçam de forma desejada, mobilizam energia e adoecem, gerando alta mortalidade na psicultura. Sinais de estresse: alteração de ritmo e padrão natatório, redução ou alteração do comportamento antipredatório, alteração alimentar, aumento da procurapor abrigo, redução do comportamento territorial. Síndrome de adaptação geral, pode ter resposta primária (hormonal como corticoesteróides e catecolaminas), secundária (alterações fisiológicas e bioquímicas) ou terciária (alteração comportamental e de desempenho) Primária: Estresse-hipotálamo-células cromafins-catecolaminas (noradrenalina e adrenalina) - via de Blaschko-aumento de catecolaminas no sangue Secundária: Movimento de reservas de glicogênio do fígado- aumento glicose no sangue- diminuição de proteína muscular- aumento batimentos- mudanças no hemograma (hematócrito) Aumento dos níveis séricos de adrenalina torna a quantidade de sais no corpo dos peixes alterada, pois as brânquias aumentam a permeabilidade para a água, altera osmorreguação (eletrólitos): peixes de água salgada emagrecem e de água doce engordam. Terciária: exaustão- crônico- alteração imunidade- doenças- diminuição hemácias- alteração crescimento e reprodução- não adaptação- morte Monitoramento de estresse: (nunca usar apenas um método) cortisol, glicose, lactato (representa o acúmulo de ácido lático decorrente da exposição a agentes estressores). EIXO HIPOTALÁMICO-PITUITÁRIA-INTERRENAL Estresse crônico suprime o hormônio do crescimento (GH), T3 e T4 pela ação de catabolismo do cortisol e alteração nutricional. O GH também é responsável pelo apetite e conversão de alimento, esse horômio é inibido pela glândula pituitária em situações de estresse; o cortisol atua na pituitária diminuindo a gonadotrofina, prejudicando hormônios sexuais como a testosterona, em fêmeas, o cortisol atua no fígado diminuindo receptores para estradiol. E O ESTRESSE NA NATUREZA? Geralmente de caráter agudo, ajuda na liberação de dopamina que sinaliza para a adrenalina e noradrenalina e estimula sistema nervoso central e causando uma resposta de vasodilatação na periferia do corpo do animal, aumentando a hemoglobina e glicose no sangue, redução de glicogênio do fígado e músculos (reserva de gordura) e vasoconstrição de órgãos internos, é a resposta de “luta ou fuga”. HIPÓXIA EM PEIXES É a principal causa de morte de peixes em viveiros, devido a falta de oxigênio dissolvido na água. Pode ocorrer por superpopulação, consumo do oxigênio pelas algas e plantas (ocorre a noite). O valor recomendado é de 2 a 7 mg/litro de O2. A tilápia é um animal rústico que suporta bem a hipóxia, quando passa 12 horas de falta de oxigênio começam a procurar a superfície e tem nível de cortisol, lactato alterado e aumento da glicose no sangue. Efeito Bohr: aumento dos níveis de CO2 afetam a afinidade de O2 no sangue. Efeito Root: CO2 aumenta acidez do sangue (desequilíbrio ácido-básico) e também reduz a suturação de 02 no sangue. Juntos, esses mecanismos geram acidose respiratória. Os baixos níveis de oxigênio fazem com que o peixe passe a urinar mais e com mais íons como ácido lático, Na (sódio), K (potássio), Mg (magnésio), Cl (cloro) e PO4 (fosfato), que com o cessamento do estresse volta a normalidade. DOENÇAS COMUNS DOS PEIXES http://www.daisuki.com.br/diagnostico.html -site que dá diagnóstico BURACO NA CABEÇA (BNC), HOLE-IN-HEAD, DOENÇA DOS CICLÍDEOS Agente: Infestação pelo protozoário Hexamita intestinalis ou Spironucleos e possíveis bactérias oportunistas. O protozoário vive naturalmente nos intestinos dos peixes quando a flora está equilibrada, ocorre em aquários por reinfecção por alta carga de protozoários (fezes dos peixes em regime fechado- aquário) e por excesso de alimento causando desequilíbrio na flora intestinal (intestino delgado). Agravantes: má qualidade da água, falta de TPA (nitrito alto), alimentação não balanceada (carente em nutrientes), estresse. *dureza da água é representada pelos sais dissolvidos Protozoários de água doce são adaptados para ganhar água pelo vacúolo pulsátil, onde jogam água fora. Se a água é mais dura (como nos rios da África) o protozoário tem a tendência de perder água, ele não é adaptado para isso, desidrata e morre. Sinais: buracos nos poros sensoriais da cabeça e linha lateral, assintomático (excesso de alimentação volta doença), em 24 horas já se reproduz e os primeiros sinais são fezes gelatinosas (transparente), manchas brancas na cabeça, coçar no substrato, anorexia e anemia. Tratamento: metronidazol (flagyl) – esse é mais recomendado para dissolver na água -8mg/L a cada 2 dias, repetir de 5 a 6 vezes -a partir da segunda dose, antes de cada dose TPA de 30% (tirar 30% de água e colocar mais 30% de água nova) - temperatura 28 a 30 graus *para quem não tem peixes em couro: 5g de sal/ L Depois de 3 dias TPA de 30 a 40% 1% da dosagem de flagyl (metronidazol) na alimentação por 7 dias TRATAMENTO DOS BURACOS A cada 2 dias Limpar buracos com cotonete embebido em polvidine ou furacin pomada ou água oxigenada ou nebacetin ou terramicina Tratamento alternativo - Ozonização do aquário Jogar um pouco de sal na água pois os protozoários são sensíveis (1 grama, não abala em nada o peixe) DUCK LIPS Agente: mesmo protozoário do buraco na cabeça associado com bactérias Sinais: deformidade dos lábios, perda de apetite, emagrecimento, óbito. Tratamento: mesmo do BNC associado a antibióticos bactericidas (terramicina), pode misturar na ração. POP EYE Agente: mesmo do BNC e duck lips Sinais: graves como cegueira e morte Tratamento: mesmo do duck lips ARGULOSE (piolho d` água) Agente: crustáceo ectoparasita, suga sangue do peixe Sinais: peixe se coça muito no substrato (areia do chão), protozoário visível, nado irregular, estresse Tratamento: remoção manual (pinça), limpar e passar um cicatrizante, cyprinopur da sera (como se fosse um antimicrobiano para água) COSTIOSE Agente: protozoário Sinais: perda de coloração em alguns pontos, esfrega no substrato, perda de apetite, apatia e estresse Tratamento: banho salino, aumentar temperatura para 30 graus, aqualife ou ictio labcon DOENÇA DO ALGODÃO (Oodiniose ou saprolegniose), se ocorrer na boca é COTTON MOUTH Agente: fungo, bactéria gram - Sinais: coceira, muco na boca, alteração de pele, óbito Tratamento: aumentar temperatura para 30 graus, remoção manual com pinça, azul de metileno, fungicida, alho no aquário ou ração Alcon Gard Allium. ICTIO (Ictiofitiríase) Agente: protozoário Sinais: pintas brancas, apatia, nadadeira fechada, estresse, óbito Tratamento: aumentar temperatura para 30 graus, usar ictio labcon e banho salino HIDROPSIA Agente: bactérias que se instalam no fígado, rins, intestino que geram mal funcionamento gerando acúmulo de líquido, alimento conservado úmido, alimentos congelados ou pobre em nutrientes, imunidade baixa do peixe. Sinais: peixe barrigudo e escamas eriçadas Tratamento: difícil de ser eficiente -Temperatura 26 a 28 graus -acriflavina (sera mycopur) -verde de malaquite (sera costapur) -labcon bacter - antibióticos (sera baktopur direct) no alimento - banho salino - 1 dente de alho a cada 100L cortado ao meio (experimental) TUBERCULOSE- não transmitida para humanos Agente: bactéria Sinais: graves, deformidade da coluna vertebral, na boca, apatia, ventre retraído Tratamento: difícil -estreptomicina ou kanamicina em banho prolongado em solução de 50 mg/L, ou aureomicina em banho prolongado de 25 mg/L -antibiótico (sera baktopur direct) direto no alimento -banho salino DOENÇA DO SANGUE MARROM OSTEOPOROSE Quando passa o peixe Lepisosteus muito rápido de presa viva para filé limpo e sem espinhos, gerando falta de cálcio. Fratura de coluna vertebral, com ou sem ruptura da medula. Se não comprometer medula pode sobreviver, não precisa de medicação e sim condições melhores para sobrevivência, pode ficar com o corpo torto ou dificuldade para mexer a parte final do corpo. Colocar ele em um aquário menor, 10 a 12 cm de coluna d`água, esse tipo de peixe respira oxigênio da superfície, assim facilita a recuperação se ele nadar menos, colocar bastante alimento vivo com ele, fornecer cálcio, pedra porosa (para garantir oxigênio dos peixes alimento), TPA a cada 2 dias de 40% ou colocar filtro, temperatura 28 graus, recuperação em 2 meses.Profilaxia: alimentar até 17 cm com isca viva ou recém abatida com espinha, filé de sardinha com espinhas. DACTYLOGIROSE (olhos embaçados) Agente: vermes trematodos Sinais: olhos embaçados com névoa, inchaço das brânquias, filamentos nas brânquias, irritação nas brânquias, respiração ofegante, anorexia, infecções oportunistas por fungos ou bactérias. Tratamento: - labcon ictio + labcon aqualife SEPTICEMIA Agente: bactérias gram - Sinais: vasos sanguíneos dilatados ao redor dos olhos, nadadeiras roídas e desbotadas, perda de nadadeiras Tratamento: - antibiótico (penicilina, ampicilina, amoxicilina, cefalexina, clindamicina, ciprofloxacina, eritromicina, neomicina, Canamicina, tetraciclina, minociclina, trimetropina e sulfonamida, sulfametoxazol, trimetropim, nitrofurazona, furazolidona, triplo sulfa) - 1 dente de alho a cada 100 L cortado ao meio (experimental) *não há informação se prejudica bactérias nitrificadoras -100mg alho a cada 10 kg ração (experimental) DOENÇA DA BEXIGA NATATÓRIA Comum em peixe dourado (tipo físico faz com que coma e engula ar junto) Agente: genética, alimentação, bactérias Sinais: nado irregular ou barriga para cima, fundo do aquário Tratamento: - sal na água -luftal (2 gotas na boca do peixe 1 vez ao dia por 5 dias), se não melhorar repetir - ervilha cozida sem conservantes comprada congelada- não pode ser de lata (atua como laxante) Modo de preparo: ferver ervilha por 15 minutos, tirar a casca, espremer e dar no máximo 1 ervilha/peixe, não dar ração cerca de 1 a 3 dias, mesmo após melhora dar ervilha semanalmente Prevenção: evitar alimentos secos, variar alimentação VERME ÂNCORA (lerneose) Agente: verme Sinais: verme pendurado no corpo, coçar, emagrecimento, estresse e agitação. Tratamento: -retirar o verme inteiro com pinça, não deixar o peixe fora da água por mais de 1 minuto, se necessário repetir após 30 minutos -banho de sal com 15 a 20g/L por 10 a 45 minutos - labcon ictio e labcon aqualife DOENÇA DE ACARÁ DISCO Os acarás disco são peixes da bacia amazônica que não toleram mínimas variações e necessitam de muita higiene -ph ácido (5,0 a 6,5) -temperatura alta (27 a 32 graus) -TPA 90% todos os dias -não colocar cascalhos para facilitar limpeza Agente: verme e protozoário Sinais:falta de apetite a anorexia Tratamento: -alimentar com artêmia viva -vermífugo (praziquantel) -antibiótico (acriflavina) - banho salino artêmia viva HERPESVIROSE DO KOI Agente: vírus, altamente contagioso para peixes Sinais: alteração renal, pele e guelras machucadas Tratamento: não encontrado GIRODACTILOSE (verme de salmão) Agente: verme Sinais: fixa na boca e cauda, palidez, respiração ofegante, coçar, pontos vermelhos Tratamento: -banho de 30 minutos em formalina, com 2ml de solução a 40% em 10 litros de água FRANCISELOSE Ocorre em tilápias no inverno, temperatura 17 a 22 graus, mortalidade em alevinos Agente: bactéria gram + altamente patogênica Sinais: anorexia, letargia, natação errática, exoftalmia Necropsia: nódulos brancos Profilaxia: quarentena INFECÇÃO POR Weissella ceti *Relatos de surtos Rio de janeiro, São Paulo e Minas Gerais Trutas arco-íris, tilápia e carpa, alta mortalidade, acomete todas idades, meses quentes Agente: bactérias gram – Transmissão: direta e indireta Sinais: anorexia, letargia, peixes na superfície, natação errática, prolapso retal, exoftalmia, lesão de córnea, hemorragia base nadadeiras, língua e olhos Profilaxia: biosseguridade + vacinação + tratamento VIREMIA PRIMAVERIL DA CARPA Agente: vírus altamente contagioso e patogênico, taxa mortalidade muito variável, temperatura 11 a 17 graus Transmissão direta, indireta, vertical, parasitas e assintomáticos Sinais: letargia, natação lenta, peixes no desague e na lateral do tanque, escurecimento, barbatanas destruídas ou hemorrágicas, exofltalmia, ascite, palidez e degeneração de brânquias. Profilaxia: -desinfecção dos ovos com iodoforos -biosseguridade BANHO SALINO- não indicado para peixe de couro! Sal grosso sem iodo Benefícios: Tratamento de fungos, protozoários, bactérias e vermes, regula trocas osmóticas, diminui o estresse, sarar ferimentos e evitar doenças. Pode ser no aquário todo ou aquário hospital, fazer em peixe em quarentena Água doce: tende a zero de cloreto de sódio, mas tem outros sais minerais Peixes dulcíolas toleram até 10g/L de sal por poucos dias *não altera a osmolaridade do peixe *spironucleos é muito resistente a sal, cloroquina e bactericidas comuns. EXCESSO DE SAL Prejudicial, altera fisiologia, doenças oportunistas, desidratação, sobrecarrega rins, gasto de energia, estresse PREPARO -10g/L de sal -1 banho por dia com duração de até 20 minutos (observar peixe durante o banho) -repetir por no máximo 5 dias VITAMINA C Induz produção de colágeno e acelera cicatrização, diminui resposta ao estresse, é rapidamente absorvida em áreas onde há mais colágeno no corpo do animal como pele, nadadeira caudal, cartilagens da cabeça e do maxilar, cartilagens que suportam brânquias e ossos, previne infecções, síntese de esteróides, diminui a quantidade sérica no estresse agudo e volta a normalidade após 2 horas. Opções no mercado: -protovit plus (farmácia humana): não possui cálcio, mais viscoso, essência de laranja pode não ter boa aceitação na ração. -fishtamin sera (farmácia vet): mais caro pois é importado, específico para as necessidades dos peixes, possui cálcio, mais aquoso, peixe absorve melhor e mais rápido. -300mg de vit C por kg de ração (infecção) -5000mg de vit C por kg de peixe (protozoários) Modo de preparo: -carnívoros: injetar no alimento com agulha. -herbívoro: misturar na ração com um pouco de água e deixar secar, pode ser usada em ração mais velha pois a cada mês perdem 10% das vitaminas, 24 gotas ou 1ml na tampa da ração e um pouco de água para diluir, não jogar dentro do pote, apenas na ração que vai dar na hora. CLOROQUINA Alternativa para o metronidazol, é 5 vezes mais barata, mata protozoários marinhos, precisa de receita e pode ser manipulada, baixa toxicidade em peixes, tratamento para BNC, desvantagem de também ser bactericida (mata bactérias nitrificantes no samp), perda de biologia da filtragem, não funciona bem em água doce. -quarentena: 10mg/L (pode ser usado cobre mas é mais tóxico) -tratamento: 15 mg/L -animais pesados ou casos graves: 20mg/L TERRAMICINA Não deve ser aplicado em peixes destinados para consumo humano PERMANGANATO DE POTÁSSIO Controle de bactérias externas, alguns protozoários, crustáceos e fungos em solução tópica AZUL DE METILENO Corante bactericida e parasiticida usado no controle de protozoários e fungos FORMALINA (40% formaldeído) Controle de fungos e protozoários, reduz níveis de oxigênio do aquário SULFATO DE COBRE Controle de protozoários, trematodos monogêneos, fungos e bactérias externas, é toxico para os peixes, especialmente em ambiente de baixa alcalinidade total *Não é recomendada a aplicação em águas com alcalinidade abaixo de 30 mg de CaCO3/L. A dose de sulfato de cobre a ser aplicada é calculada dividindo a alcalinidade total por 100. DIQUAT Herbicida, antiespumante (evita muco nos peixes) e antibiótico TRICLOFOM Inseticida usado no controle de crustáceos, trematodos monogênicos e sanguessugas, ninfas e insetos aquáticos, tóxico em baixa alcalinidade total e pH acima de 8,5. *Pode ser tóxico em água com baixa alcalinidade total, menor de 30 mg de CaCO3/L, principalmente em dosagens acima de 0,25 mg de IA/L ou 0,25g/m3. O produto não deve ser aplicado em águas com pH acima de 8,5. VERDE DE MALAQUITA Controle de patógenos e parasitas, bastante usado para controle do ictio e fungos *não indicado para abate pois o filé fica verde TRANSPORTE Jejum de 48 horas (reduz consumo de oxigênio, excreção de amônia e gás carbônico, reduz contato com fezes) -soro fisiológico 0,6% -anestésico diluído na água (cuidado pois alguns em contato com sal aumentam o nível de cortisol)- Benzocaína Manuseio:40 a 80 g/m3 (igual mg/L) *recuperação rápida de 1 a 2 minutos quando colocado em água limpa *quanto mais alta a temperaturada água mais rápido é o efeito do anestésico, menor dose necessária e dura menos a sedação Transporte: 10 mg/L DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) *prazo de 24 horas para notificar aos Serviços Veterinários Oficiais dos Estados (SVEs), nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) ou escritórios de atendimento à comunidade, nas sedes dos (SVEs) ou nas Superintendências Federais de Agricultura (SFAs) : http://www.agricultura.gov.br/sfa/lista-sfas Necrose hematopoiética epizoótica Necrose hematopoiética infecciosa (NHI) Viremia primaveril da carpa Septicemia hemorrágica viral Anemia infecciosa do salmão Síndrome ulcerativa epizoótica Girodactilose (Gyrodactilus salaris) Iridovirose da dourada japonesa Herpesvirose da carpa“koi” Estreptococose (zoonose) ZOONOSES DA PISCICULTURA *Tuberculose dos peixes não é uma zoonose Micobactérias: M. marinum (é o patógeno mais resistente e requer desinfecção rigorosa) MICOSE DE PISCINA Agente: bactérias gram +, sem esporos Se desenvolve na cerâmica, no substrato, filtro e no biofilme Sinais humano: ulcerações de pele (fazer uso de luvas) Sinais peixe: doença crônica, magreza extrema e deformação da coluna, hidropsia, inchaço severo e falência renal, feridas, escurecimento de escamas e nadadeiras (beta), cor de grafite, baixa fecundidade. Tratamento: eutanásia (peixe é eterno portador), filtro UV e sistema de ozônio não trata afetados. Profilaxia: evitar: temperaturas altas, baixo oxigênio dissolvido, pH ácido, altos níveis de zinco, ácido húmico e ácidos orgânicos, genética com alta consanguinidade, estresse, corticóides, fazer limpeza preventiva de plantas novas com permanganato de potássio, ferver utensilhos a 90 graus por no mínimo 30 minutos e expor a álcool 70% por no mínimo 10 minutos. *essas situações são comuns na criação e aquário doméstico ESTREPTOCOCOSE Comum em tanques de tilápia, mortalidade alta (peixes) de mais de 50% de 3 a 7 dias, temperatura mais 28 graus, fase de engorda mais crítica. Agente: bactérias Sinais peixe: semelhante a sepse, natação errática, escurecimento do corpo, lesões, abscessos, olhos brancos e saltados, ascite e hemorragias. Profilaxia: biosseguridade + vacina AEROMONAS Fazem parte da flora dos peixes mas se multiplicam quando se altera ambiente, tilápia, pacu e pintado, transmissão direta e indireta para animais e homem Agente: bactéria gram - muito contagiosa com alta mortalidade Sinais: pontas de nadadeira comidas, corpo comido, borda vermelha de sangue, ascite, natação lenta Tratamento: - antibiótico (bacter labcom) - bactericida e fungicida atlantis Profilaxia: biosseguridade DOENÇAS EXÓTICAS TILÁPIA LAKE VIRUS Agente: vírus Transmissão direta, indireta e vertical (reprodutores) Sinais: 80% mortalidade de alevinos, os que sobrevivem desenvolvem resistência, anorexia, exoftalmia, lesão e escurecimento da pele, opacidade e ruptura dos olhos, nadadeiras apodrecidas Profilaxia: restringido comércio de tilápia viva de países contaminados, biosseguridade, controle das matrizes. ANEMIA INFECCIOSA DO SALMÃO (ISA) Grandes perdas de produção de salmão, mortalidade 90%, trutas podem ser assintomáticas, temperatura entre 3 a 17 graus Agente: vírus Transmissão: direta, indireta, vertical e por piolho-do-mar Sinais: letargia, anorexia, peixe bater boca na superfície, brânquias pálidas, abdome inchado, exoftalmia, barbatanas destruídas, hemorragia sistêmica, ascite. Profilaxia: biosseguridade COLETA DE AMOSTRAS -coletar quando animais apresentarem doença ou mortalidade -coletar sempre animais vivos -coletar animais que apresentem a doença -na ausência de sinais coletar aleatoriamente -coletar pelo menos 30 animais por unidade epidemiológica -coletar em material estéril, etiqueta a prova d´água e identificado ENVIO DE AMOSTRAS · Estreptococose: Peixe inteiro,Vivo, Resfriado · Franciselose: Peixe inteiro, Vivo, Resfriado · Septicemia móvel causada por Aeromonas: Peixe inteiro,Vivo, Resfriado · Tilápia Lake Virus (TilV): Peixe inteiro, amostras de larvas, rim, baço, fígado, intestino, estômago, cérebro, coração, olho, brânquias e pele, vivo, resfriado, Fixado para histopatologia ou fixado em RNAlater (tecidos) · Infecção por Weissella ceti: Peixe inteiro, Vivo, Resfriado · Anemia Infecciosa do Salmão (ISA): Peixe inteiro (recomendado), amostras de larvas, rim posterior, coração e brânquias, Vivo, Resfriado, Fixado em RNAlater (tecidos) · Viremia Primaveril da Carpa: Peixe inteiro (recomendado), amostras de larvas, baço, rim, cérebro e brânquias, Vivo, Resfriado, Fixado em RNAlater (tecidos), Surtos atípicos com alta, mortalidade, inéditos (espécies novas, regiões diferentes etc.) ou em caso de dúvida Peixe inteiro, amostras de brânquias e muco de superfície, amostras de larvas, rim, baço, fígado, intestino, estômago, cérebro, coração, olho, brânquias e pele, Vivo, Resfriado, Fixadas Para Parasitologia, Fixado em RNAlater, Fixado para Histopatologia ATENÇÃO: toda amostra deverá estar acompanhada pelo respectivo formulário epidemiológico, que poderá ser enviado no interior da caixa, dentro de um saco plástico vedado e colado na tampa. O modelo de formulário epidemiológico poderá ser adquirido junto ao órgão de defesa sanitária estadual da unidade Federativa. ZOONOSES ADQUIRIDAS COM A INGESTÃO DE PESCADO DOENÇA DO VERME DO BACALHAU Agente: nematóide anisakis Sinais: coceiras na pele, tosse, vômito, ulceras gástricas Diagnóstico: laparoscopia exploratória, verme encontrado no vômito Diagnóstico diferencial: urticária Profilaxia: cozinhar bem carne de pescado TÊNIA DO PEIXE – SUSHI E SASHIMI Agente: verme Sinais: ausentes, náuseas, vômitos, diarréia, perda de apetite e de peso, anemia, fadiga e confusão mental, risco de obstrução. Profilaxia: -20 graus por pelo menos 7 dias ou -35 graus por 24 horas FAGICULOSE DA TAINHA Agente: metacercária (só é inativada se cozida) Sinais tainha: cistos em coração, fígado, baço e tecido mesentérico Sinais animais domésticos: ascite, cólica, fezes moles e diarréia Sinais humanos: cólica, flatulência e emagrecimento progressivo OUTROS VERMES: -Eustrongilidíase -Capilaríase -Trematodos -Cestóides -Clonorquíase -Opistorquíase
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