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Varicela: Causas, Sintomas e Diagnóstico

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VARICELA - catapora
	EPIDEMIOLOGIA
	- Vírus Varicela Zóster (VVZ) varicela e do herpes-zóster. 
- primoinfecção doença exantemática maculopapulovesicular = varicela (“catapora” ou “tatapora”)
- curso benigno na maioria das vezes e que resulta na permanência do vírus em estado latente nos neurônios dos gânglios sensoriais. 
- reativação do VVZ latente cerca de anos depois herpes-zóster (“cobreiro”)
- infecção 1ª: < 15 anos. 
- regiões tropicais é comum a presença de adolescentes e adultos susceptíveis. 
- Fatores climáticos vírus é termossensível e nas regiões mais quentesmenor possibilidade de transmissão 
- doença exantemática do pré-escolar e do escolar e o herpes-zóster é mais frequente nas faixas etárias > 45 anos. 
- herpes-zóster é raro entre crianças saudáveis < dez anos; quando ocorre, geralmente há história prévia de primoinfecção < um ano de vida (especialmente antes de dois meses de vida mais branda, com menos dor aguda e menor neuralgia pós-herpética 
- crianças imunodeprimidas surtos recidivantes de herpes-zóster.
	ETIOLOGIA
	- O VVZ é um vírus DNA pertencente à família Herpesviridae
- tendência de persistirem no organismo de forma latente após a infecção primária. 
- A varicela é, na maioria de curso benigno e boa evolução clínica
- grupos com risco aumentado para maior gravidade da infecção e susceptibilidade a complicações bacterianas 2ª (S. pyogenes e S. aureus): recém-nascidos, lactentes, adolescentes, adultos e todos os imunocomprometidos. 
- VVZ é altamente contagioso, e a transmissão da doença para pessoas susceptíveis se dá através do contato direto com as secreções das vesículas de varicela ou herpes-zóster, ou através de gotículas de secreção respiratória vírus penetra no organismo através da mucosa respiratória e tecido tonsilar linfoide
- risco de alguém susceptível adquirir a infecção após o contato com herpes-zóster existe, ainda que seja menor do que o contato com a varicela. 
- infectado passa a eliminar o vírus cerca de dois dias antes do aparecimento do rash até sete dias após o seu início, cessando no momento em que todas as lesões estiverem sob a forma de crostas. 
- período de incubação inicial: 10-21 dias ocorre a replicação do vírus no tecido linfoide local primeira viremia. 
- apenas na segunda viremia que o vírus se dissemina p/ pele e mucosas exantema típico por degeneração e vacuolização celular da camada espinhosa da epiderme e acúmulo de células gigantes multinucleadas vírus ascendem através das terminações sensitivas axonais da pele até os corpos celulares dos neurônios ganglionares forma latente (silenciosa) 
- Fatores como supressão da imunidade, idade avançada e estresse reativação herpes-zóster. 
- imunodeprimidos (deficit da imunidade celular) não há resposta eficaz p/ limitar a replicação viral após a segunda viremia, que continua de forma desordenada, disseminando a infecção p/ órgãos viscerais (pulmão, fígado e SNC).
	FISIOPATOLOGIA
	
	QUARO CLÍNICO
	- Sintomas prodrômicos febre, cefaleia, anorexia, mal-estar e dor abdominal - cerca de 24 a 48 hrs < do início do exantema. 
- febre é moderada (<39ºC) 
- exantema se inicia no couro cabeludo, face e pescoço > tronco e extremidades lesões são mais concentradas em face e tronco, rash centrípeta. 
- lesões aparecem em surtos; inicialmente surgem máculas eritematosas pruriginosas, que evoluem p/ pápulas, vesículas de conteúdo claro, pústulas com umbilicação central e crostas. 
- coexistência de lesões em vários estágios de desenvolvimento (polimorfismo) 
- lesões tbm podem aparecer em mucosa oral e vaginal sofrem rompimento e se transformam em úlceras dificultar a alimentação 
- a pele sobre a crosta hipopigmentada ou hiperpigmentada, mas esta alteração é transitória resolução espontânea em dias ou semanas. 
- cicatrizes (raro)infecção secundária local. 
- duração total: duas a três semanas. 
- persistência da febre ou o reaparecimento de hipertermia após um período apirético indica infecção bacteriana secundária. 
	DIAGNÓSTICO
	- exantema típico + história epidemiológica de contato diagnóstico. 
- hemograma das primeiras 72 horas leucopenia > linfocitose. 
- liquor das crianças com complicações neurológicas pleocitose linfocítica e aumento moderado de proteínas. 
- enzimas hepáticas elevadas 
–Sorologias: métodos disponíveis ensaio imunoenzimático, aglutinação em látex imunoflorescência indireta 
–Citologia das lesões (teste de Tzanck): realiza-se o raspado das lesões células gigantes e multinucleadas, que podem estar presentes nas infecções por Herpes-simples ou varicela zóster. 
– Isolamento viral: teste direto do anticorpo ou cultura de vírus.
	DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
	1) Impetigo 
– infecção cutânea de origem bacteriana (S. pyogenes ou S. aureus) lesões nos membros (centrífuga), não existe polimorfismo e não existe acometimento mucoso; 
2) Escabiose 
– infecção cutânea parasitária causada pelo Sarcoptes scabiei, com predileção por dobras e espaços interdigitais; 
3) Estrófulo 
– reação cutânea inflamatória desencadeada pela picada de insetos; membros, e a história prévia de “alergia” 
4) Enteroviroses 
– o coxsakievírus produz lesões papulovesiculares de tamanho menor que a varicela, principalmente no verão na boca, pé e mão.
	TRATAMENTO
	- Medidas Gerais 
 Analgésicos e antitérmicos (nunca salicilatos, pelo risco de síndrome de Reye). 
 Anti-histamínicos diminuir o prurido e a possibilidade de escoriações cutâneas que aumentam o risco de infecção bacteriana secundária. 
 Soluções antissépticas tópicas. 
 Antibióticos nos casos de infecção bacteriana secundária. Nos casos de infecções cutâneas (Streptococcus pyogenes e/ou S. aureus) penicilina nas infecções pelo primeiro agente e oxacilina ou cefalosporina de primeira geração nas infecções causadas pelo último agente. 
 Afastamento das atividades acadêmicas/escolares até que todas as lesões estejam em fase de crostas. 
 Se o paciente estiver internado, ele deverá entrar em esquema de isolamento de contato e respiratório. 
Terapia Antiviral Específica 
- aciclovir vírus varicela zóster. 
- Resistência viral a esta medicação foscarnet. 
- doença tem curso benigno e autolimitado. 
- terapia antiviral tem indicações p/ os pacientes com potencial para complicações, como: adolescentes saudáveis, adultos saudáveis, crianças com imunodepressão, uso crônico de salicilatos, com pneumopatia crônica ou com dermatoses crônicas, e todos os indivíduos que desenvolverem complicações da varicela. 
- corticoide pode melhorar a qualidade de vida em idosos. 
	COMPLICAÇÕES
	· Complicações Cutâneas 
- A infecção bacteriana secundária da pele é a complicação mais frequente da varicela
- exantema variceliforme é pruriginoso crianças ao coçarem as lesões, inoculam bactérias patogênicas na pele reação inflamatória local - Streptococcus do grupo A (S. pyogenes) e S. aureus. 
- eritema na base das vesículas e o reaparecimento da febre cerca de 3-4 dias após o início do exantema complicação bacteriana secundária. 
- infecção secundária sob a forma de impetigo, celulite, abscessos cutâneos, linfadenite ou erisipela. 
- casos mais graves fasciíte necrotizante (Síndrome de Fournier) + choque tóxico estreptocócico ou estafilocócico. 
· Complicações Hematológicas 
- trombocitopenia manifesta sob a forma de petéquias isoladas. 
- Raro vesículas hemorrágicas, sangramento intestinal ou hematúria. 
· Complicações Neurológicas 
- ataxia cerebelar, meningoencefalite, mielite transversa, síndrome de Guillain-Barré, síndrome de Reye e neuropatia periférica. 
- síndrome atáxica marcha de base alargada, incoordenação, fala escandida e nistagmo com resolução espontânea em 24- 72 horas. 
- meningoencefalite cefaleia, rigidez nucal, alteração do nível de consciência e convulsões. 
- síndrome de Reye é uma encefalopatia associada à hepatite (hepatomegalia, aumento das transaminases) provocada pela ingestão de salicilatos.
· Complicações Pulmonares 
- pneumonia viral infiltrados intersticiais, nodulares, derrame pleural ou imagem com síndrome da angústiarespiratória. 
- sintomas tosse, taquidispneia, cianose, dor pleurítica e hemoptoicos imunodeprimidos. 
- pneumonia bacteriana febre persistente > 3 a 4 dias do início do exantema com tosse e dispneia.
	PROFILAXIA
	- Pré-Exposição 
- A vacina antivaricela é uma vacina feita com vírus vivo atenuado
- vacina em situações especiais, como: 
 LLA (Leucemia Linfocítica Aguda) e tumores sólidos em remissão 
 Profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes 
 Candidatos a transplante de órgãos, 
 Imunocompetentes suscetíveis à doença e maiores de um ano de idade
 Antes da quimioterapia, em protocolos de pesquisa; 
 Nefropatias crônicas; síndrome nefrótica: 
 Doadores de órgãos sólidos e medula óssea; 
 Receptores de transplante de medula óssea: 
 Pacientes infectados pelo HIV/AIDS 
 Pacientes com deficiência isolada de imunidade humoral e imunidade celular preservada; 
 Doenças dermatológicas crônicas graves, 
 Uso crônico de ácido acetilsalicílico (suspender uso por seis semanas após a vacinação); 
 Asplênia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; 
 Trissomias. 
- Pós-Exposição 
- VACINAÇÃO DE BLOQUEIO 
 Controle do surto em hospitais; 
 Indivíduos imunocompetentes > 12 meses, sem contraindicação à vacina, devem receber a vacina antivaricela até 120 horas (cinco dias) após a exposição. 
- IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNE 
 pessoas imunocompetentes e imunodeprimidas sem história bem definida da doença e/ou de vacinação anterior; 
 pessoas com imunossupressão celular grave, independentemente de história anterior. + contato significativo com o vírus varicela zoster
 crianças ou adultos imunodeprimidos; 
 grávidas; 
 recém-nascidos de mães nas quais a varicela apareceu nos cinco últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto; 
 recém-nascidos prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela; 
 recém-nascidos prematuros, com menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1.000 g ao nascimento), independentemente de história materna de varicela. 
- Isolamento e Quarentena 
- os ataques secundários, dentro do mesmo domicílio, mesmo entre imunocompetentes, costumam ser mais graves devido à maior carga viral. 
Em domicílio: 
– Lavar as mãos após tocar as lesões; 
– Desinfectar objetos com secreções nasofaríngeas; 
– Retornar à escola apenas após todas as lesões estarem em fase de crostas. 
Em hospital: 
– Precauções padrão; 
– Isolamento de contato e respiratório; 
– Imunoprofilaxia em surtos hospitalares (vacina ou imunoglobulina na dependência da idade e quadro de saúde).

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