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Digestibilidade e disponibilidade dos aminoácido para não ruminantes

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DIGESTIBILIDADE/DISPONIBILIDADE AMINOÁCIDOS 
(Métodos, vantagens e desvantagens). 
 
INTRODUÇÃO 
Até pouco tempo atrás as rações eram formuladas com base na proteína bruta dos 
alimentos. A partir dessa formulação as dietas poderiam apresentar níveis de aminoácidos 
acima ou abaixo do exigido pelos animais. O consumo além das exigências do animal para 
aminoácidos gerava um desequilíbrio entre os aminoácidos comprometendo o desempenho 
dos animais promovendo uma carga excessiva de aminoácidos na circulação sanguínea que, 
para serem metabolizados, exigem um gasto extra de energia, a qual é desviada da produção 
para os processos de excreção do nitrogênio na forma de ácido úrico (gasta-se 
aproximadamente 3,75 ATP/mol de N excretado) ou ureia (2 ATP/mol de N excretado) 
(ALETOR et al., 2000; BERTECHINI, 2004). Posteriormente, os níveis de aminoácidos 
totais foram utilizados para atender as necessidades proteicas dos animais. 
Hoje em dia se emprega uma metodologia de formulação mais adequada, utilizando os 
aminoácidos digestíveis e as relações ideais entre a lisina e os demais aminoácidos (NETO; 
OLIVEIRA, 2009). A partir do conhecimento da digestibilidade/disponibilidade dos 
aminoácidos o nutricionista pode formular uma ração de menor custo por diminuir os teores 
de proteína bruta, com consequente redução do incremento calórico e menor chance de 
problemas ambientais devido as excreções elevadas de nitrogênio no ambiente (TOLEDO et 
al., 2004; CELLA et al., 2009). 
 
DIGESTIBILIDADE 
O significado de digestibilidade pode ser simplificado sendo relatada como uma 
diferença entre a quantidade de aminoácidos ingeridos e a quantidade de aminoácidos na 
excreta ou no material coletado na porção intestinal do íleo terminal (BATTERHAM, 1992). 
Porém, segundo Rérat (1990), a digestibilidade deve ser entendida como a medida do 
desaparecimento de um nutriente durante sua passagem pelo trato digestivo e não como sua 
absorção, pois os aminoácidos por exemplo, podem ser destruídos ou modificados pela ação 
dos microrganismos em alguns locais do trato digestivo ou metabolizado pelas paredes do 
mesmo durante a absorção. 
A digestibilidade dos aminoácidos pode ser expressa de três maneiras: digestibilidade 
aparente, digestibilidade verdadeira e digestibilidade estandardizada (TAVERNARI et al., 
2012). A digestibilidade aparente, seja da excreta ou da digesta ileal, serão valores 
representados pela analise total da excreta ou da digesta sem considerar os fatores 
relacionados com a perdas endógenas dos aminoácidos. De acordo com STEIN et al. (2007) 
a palavra aparente é utilizada para enfatizar os aminoácidos dietéticos não digeridos e os 
aminoácidos de origem endógena que foram secretados dentro do trato gastrointestinal e que 
não foram reabsorvidos antes do íleo terminal contribuindo para a perda total ileal de 
aminoácidos. A perda endógena total pode ser dividida em dois componentes principais: 
perda basal e perda específica (MOSENTHIN et al., 2000; JANSMAN et al., 2002). As 
perdas endógenas basais (também chamada de não específica ou perdas independentes da 
dieta) representam a quantidade mínima de aminoácidos inevitavelmente perdida pelo 
animal. Estas perdas estão relacionadas ao fluxo físico de matéria seca do alimento pela área 
digestiva ou do estado metabólico do animal, e neste caso, não é influenciada pela 
composição da dieta. As perdas endógenas especificas (também chamada de extra ou perda 
dependente da dieta) são influenciadas pela composição dos ingredientes da dieta. Essas 
perdas por características especificas dos alimentos e podem contribuir com mais que 50% 
da perda endógena total de aminoácidos (SOUFFANT, 1991; MOUGHAN, 2003). Vários 
são os fatores que podem influenciar na qualidade da proteína e aminoácidos endógenos 
excretados pelos animais, como o tipo e o teor de fibra, gordura, proteína e fatores 
antinutricionais. A ingestão de matéria seca, o peso e a idade do animal também podem afetar 
as perdas de aminoácidos endógenos (RIBEIRO, 2009). 
Quando os valores de digestibilidade aparente são corrigidos pelas perdas endógenas 
de aminoácidos o valor é referido como digestibilidade verdadeira (FERNANDES, 2012). 
Ultimamente tem se utilizado o termo digestibilidade estandardizada. Essa digestibilidade é 
resultante considerando somente as perdas endógenas basais de aminoácidos, diferente da 
digestibilidade verdadeira que considera tanto a basal quanto a especifica (TAVERNARI et 
al., 2012). 
 
DETERMINAÇÃO DA PERDA ENDÓGENA DE AMINOÀCIDOS 
Animais em jejum 
Esse método para determinar as perdas endógenas consiste em submeter as aves em 
um período de jejum de 24 a 48 horas com o intuito de esvaziar por completo o trato 
digestório da ave. Após esse período, considera-se que o material excretado é de origem 
endógena (FERNANDES, 2012). A metodologia é rotineiramente utilizada em ensaios de 
alimentação precisa com galos cecectomizados (PARSONS, 2002), sendo bastante criticada 
por condicionar a ave a um estado fisiológico anormal e pelas perdas endógenas não serem 
calculadas em relação à matéria seca ingerida. A matéria seca ingerida é considerada como 
sendo a maior determinante para as perdas endógenas (BUTTS et al., 1993). 
Dieta livre de proteína (DLP) 
É considerada uma técnica clássica para determinar níveis de aminoácidos endógenos, 
pois uma dieta que não contém aminoácidos pode proporcionar o estímulo adequado para o 
trato digestivo secretar as proteínas endógenas (RAVINDRAN; BRYDEN, 1999). A 
metodologia DLP é criticada por não estimular a secreção das enzimas proteolíticas, 
subestimando a produção da perda endógena ao nível de íleo terminal dos animais (GABERT 
et al., 2001). Apesar das críticas a metodologia recomendada e mais utilizada para estimar a 
excreção endógena com aves e suínos é com a DIP (AMIPIG, 2000; SAKOMURA; 
ROSTAGNO, 2007). 
Caseína hidrolisada enzimaticamente 
Dieta de alta digestibilidade em função de a caseína ser considerada 100% digestível. 
Podendo ser utilizado para avaliar fatores específicos que afetam a perda endógena, como o 
teor de fibra, taninos, inibidores de tripsinas e lecitinas (ROSTAGNO et al., 1999). Com o 
pré-tratamento enzimático da caseína o produto apresenta pequenos peptídeos e aminoácidos 
livres, com massa molecular menor que 10.000 Daltons. As proteínas endógenas apresentam 
massas moleculares maiores que 10.000 Daltons, com a utilização da centrifugação e da ultra 
filtração separam-se os componentes, sendo o material retido os aminoácidos endógenos 
(ROSTAGNO et al., 1999). A principal limitação deste método é que a caseína hidrolisa 
enzimaticamente pode ser utilizada somente em dietas semi purificadas (GABERT et al., 
2001). 
DISPONIBILIDADE 
A disponibilidade representa a quantidade de nutrientes presentes nos alimentos que 
está disponível para o animal, ou seja, os nutrientes a serem utilizados nos processos de 
crescimento, mantença e produção (BRUMANO et al., 2006). 
Segundo Rostagno et al. (1999), a disponibilidade dos aminoácidos é considerada uma 
metodologia mais precisa na elaboração de rações, por representar o que realmente está sendo 
utilizado pelo animal, mas a metodologia da digestibilidade é a mais utilizada. 
Os ensaios para estimar a disponibilidade de aminoácidos são baseados em ensaios de 
crescimento e, embora determinem valores mais precisos, uma vez que representa a porção 
que realmente está sendo utilizada pelos animais, apresenta limitações quanto ao uso, 
exigindo ensaios de crescimento com maior duração de tempo e fornecem ainda informações 
de apenas um aminoácido por ensaio. A falta de um número suficiente de valores de 
disponibilidade dos aminoácidos essenciais dos alimentos é o principal motivo que torna os 
valores de aminoácidos digestíveis mais utilizados (TAVERNARI et al., 2012). A 
biodisponibilidade é calculada pela análise de regressão a partir da razãoentre as curvas de 
crescimento para o alimento teste e o aminoácido de interesse (PARSONS, 2002). 
Além disso, a resposta de crescimento é influenciada por diversos fatores, como o 
conteúdo de proteína da dieta, o balanço aminoacídico, a fonte protéica e energética, a 
densidade energética da dieta e o nível de consumo, sendo que apenas um aminoácido pode 
ser avaliado por vez (LAPLACE, 1986). 
Uma vez que este tipo de ensaio não é prático e aplicável para todos os aminoácidos, 
em todos os alimentos, a melhor alternativa seria a obtenção de uma estimativa da quantidade 
de aminoácidos transferidos do alimento para o sangue, ou seja, da digestibilidade destes 
aminoácidos (LAPLACE, 1986, MOSENTHIN et al., 2000)., 
Utilizando alimentos alternativos, Wang & Parsons (1998) formularam dietas com base 
em aminoácidos totais, digestíveis e disponíveis, e concluíram que as dietas formuladas com 
base em aminoácidos digestíveis foram semelhantes às formuladas com aminoácidos 
disponíveis e promoveram resultados superiores às formuladas com base em aminoácidos 
totais. 
 
MÉTODOS PARA DETERMINAR OS AMINOÁCIDOS DIGESTIVEIS DOS 
ALIMENTOS 
 
Numerosos estudos foram realizados com o intuito de avaliar a melhor maneira de 
determinar os valores de digestibilidade e disponibilidade dos aminoácidos contidos nos 
diversos alimentos. A disponibilidade e a digestibilidade dos aminoácidos podem ser 
determinadas de diversas maneiras, por meio de métodos in vitro e in vivo. Os testes in vitro 
geralmente são rápidos, baratos e conseguem detectar diferenças na digestibilidade dos 
aminoácidos, porém a grande crítica quanto a esse método é devido à incapacidade de 
reproduzir as condições dinâmicas encontradas nos animais. Nos métodos “in vitro”, como 
químicos, microbiológicos, refração de infravermelho (NIR) e ensaios de espectroscopia, são 
vantajosos pela sua simplicidade e resposta rápida. Esses métodos são reprodutíveis e não 
requerem uso de animais, os quais são favorecidos por algumas instituições devido à 
crescente pressão para reduzir o uso de animais em pesquisas. Os métodos “in vitro” podem 
dar um determinado conhecimento sobre o nível proteínas, que pode afetar negativamente a 
digestibilidade dos aminoácidos. Os ensaios “in vitro” podem estimar a quantidade de 
aminoácidos disponíveis, particularmente a lisina. Entretanto, não é largamente aceito, pois 
os valores não são práticos para formulações de ração comercial (RAVINDRAN; BRYDEN, 
1999). 
Sendo assim, os ensaios in vivo, ou biológico, são considerados os mais precisos para 
avaliar a digestibilidade dos aminoácidos. Os ensaios biológicos que mais se destacam são: 
coleta de excreta, coleta de digesta ileal ou alimentação forçada. 
Coleta de excreta 
A coleta das excretas, de forma geral, é simples e rotineira, mas deve-se ter cuidado 
com a contaminação por penas e alimento e com a fermentação das excretas. No método de 
coleta total de excretas o alimento avaliado substitui a ração referência obtendo assim a ração 
teste (30 – 40% de substituição), com isso, determina-se a digestibilidade dos aminoácidos 
pela diferença do conteúdo em aminoácidos ingerido do excretado (SCOTTÁ et al., 2012). 
É pouco utilizado para determinar a digestibilidade dos aminoácidos uma vez que a validade 
dos resultados gerados é questionada em função do efeito dos microorganismos presentes no 
intestino grosso sobre a excreção dos aminoácidos. 
Bragg et al. (1969) sugeriram o uso de marcador fecal (óxido férrico) para identificar 
o início e o término do período de coleta. Outra opção é o uso de indicadores, utilizando 
substâncias que não sejam absorvidas e de análise fácil; os mais utilizados são a cinza ácida 
insolúvel (CAI), o óxido crômico e o oxido de titânio. A digestibilidade dos aminoácidos é 
calculada por meio de um fator de indigestibilidade, mediante a relação do conteúdo do 
indicador na ração e na excreta/digesta. 
Coleta de digesta ileal 
Na coleta ileal, a digesta é coletada no íleo terminal e os níveis de aminoácidos 
analisados relacionados com a concentração na dieta. A digestibilidade ileal é atualmente a 
metodologia mais utilizada para estimar a disponibilidade de aminoácidos dos alimentos. É 
relativamente fácil de determinar, e produz resultados para todos os aminoácidos em um 
período razoavelmente curto (STEIN et al., 2005). A metodologia é baseada no princípio de 
que o conteúdo coletado no íleo pode ser uma medida mais precisa de digestibilidade, uma 
vez que haverá alterações microbianas muito pequenas comparadas com a excreta 
(ADEDOKUN, 2007). 
A digestibilidade ileal pode ser determinada pela inserção de uma cânula no íleo 
terminal ou pelo abate das aves e coleta da digesta do intestino delgado distal. A técnica mais 
utilizada é a do abate, onde o conteúdo de toda a região ileal é coletado (ADEDOKUN, 2007). 
As aves são alimentadas com uma dieta experimental com um marcador apropriado por um 
período de vários dias ou semanas. Após completar o período experimental, as aves são 
eutanasiadas e a digesta ileal é coletada (ADEDOKUN et al., 2008). A digesta é coletada de 
toda a região ileal entre o divertículo de Meckel e a junção íleo cecal. No entanto, tem sido 
sugerido que a coleta dos últimos 15 – 20 cm do intestino delgado tem sido preferida 
(KADIM; MOUGHAN, 1997). 
Neste método são utilizadas pelo menos duas dietas, uma contendo o alimento e outra 
isenta de aminoácidos (DIP) ou com aminoácidos cristalinos. O indicador de 
indigestibilidade (óxido de cromo, óxido de titânio ou cinza ácido insolúvel) é adicionado 
nas dietas experimentais (BRITO, 2007). Determinando o conteúdo de aminoácidos e de 
indicador da digesta e da ração é possível calcular o coeficiente de digestibilidade ileal 
verdadeiro. 
Segundo Sakomura & Rostagno (2007), embora este método seja mais preciso que o 
da coleta de excretas, apresenta a desvantagem de ser mais trabalhoso e exigir maior número 
de aves por unidade experimental, para a obtenção de uma quantidade de amostra suficiente 
para as análises laboratoriais. 
Alimentação forçada 
É um dos mais utilizados para a determinação da digestibilidade verdadeira de 
aminoácidos, apresentando baixo custo, rapidez e precisão na obtenção dos valores 
(VIEITES et al. 1999). Uma adaptação da metodologia de determinação dos valores de 
energia metabolizável verdadeira descrita por Sibbald (1976) foi proposta para determinar os 
valores dos aminoácidos digestíveis verdadeiros. Sibbald foi o primeiro pesquisador a 
preconizar o uso de aminoácidos digestíveis verdadeiros. A metodologia elimina o problema 
de ingestão do alimento, pois a alimentação é forçada (introdução no papo); entretanto, as 
principais críticas a esta metodologia são quanto à quantidade de alimento fornecido e ao 
período de duração da coleta (TAVERNARI et al., 2012). 
Nesta metodologia os galos são alojados em gaiolas individuais e, durante um período 
de adaptação de cinco dias recebem alimentação em dois turnos de uma hora cada, sendo um 
pela manhã e o outro à tarde, com o objetivo de dilatar o papo. Posteriormente, são 
submetidos a um período de jejum de 48 horas, para esvaziar o trato digestivo. Após o jejum, 
os galos são forçados a consumirem 30 g do alimento teste, por meio de um funil, via esôfago 
até o papo e a excreta coletada por 48 horas (TAVERNARI et al., 2012). 
Simultaneamente outros galos permanecem em jejum por mais 48 horas para a coleta 
das excretas de origem endógenas e metabólicas. Conhecendo-se as quantidades de 
aminoácidos ingeridos e excretados, bem como a fração endógena obtida com galos em 
jejum, são determinados os coeficientes de digestibilidade verdadeira (CDv) dos 
aminoácidos, segundo as fórmulas (Sakomura &Rostagno, 2007): 
CDv = [AA ingerido – (AA excretado – AA endógeno) / AA ingerido] x 100 
Na técnica da alimentação forçada, são usados tanto galos inteiros como 
cecectomizados. Segundo Parsons(1991) os animais cecectomizados minimizam o 
confundimento da ação dos microrganismos do intestino grosso, na excreção dos 
aminoácidos. McNab (1994) cita que o uso da técnica com galos cecectomizados é mais 
representativa, quando se determina a digestibilidade de aminoácidos, de alimentos, com 
baixa digestibilidade. 
FATORES QUE PODEM AFETAR OS VALORES DE AMINOÁCIDOS 
DIGESTIVEIS DOS ALIMENTOS 
Alguns fatores podem interferir na digestibilidade dos aminoácidos como: inibidores 
de proteases, presença de taninos, reação de Maillard, produtos da oxidação da gordura, 
interação proteína–proteína e a presença de polissacarídeos não amiláceos solúveis os PNAs, 
teor de fibra, processamento e o tempo e forma de armazenamento, temperatura ambiente, 
consumo da alimentação e idade (COON, 1991; SCOTTÁ et al., 2012). 
CONCLUSÃO 
A formulação de rações baseando-se em aminoácidos digestíveis tem sido utilizada 
pelos nutricionistas, principalmente, pela necessidade de se otimizar o uso de matérias-
primas de alto custo e ainda pelo fato de possibilitar a substituição do milho e da soja por 
ingredientes alternativos, garantindo um aporte equivalente de aminoácidos digestíveis pela 
correção das deficiências com a suplementação de aminoácidos sintéticos (SAKOMURA; 
ROSTAGNO, 2007), além de que, a partir da digestibilidade dos aminoácidos, pode-se 
maximizar a absorção, a síntese de proteínas nos tecidos e, consequentemente, a eficiência 
do ganho (TAVERNARI et al., 2012). 
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https://pt.engormix.com/avicultura/artigos/digestibilidade-de-aminoacidos-t37511.htm#:~:text=Segundo%20Sakomura%20%26%20Rostagno%20(2007),absorvidos%20e%20utilizados%20pelo%20animal.&text=A%20digestibilidade%20%C3%A9%20determinada%20pela,amino%C3%A1cidos%20consumida%20e%20a%20excretada.
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