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Anestésicos locais e hipertireoidismo

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TÉCNICAS ANESTÉSICAS
Anestésicos locais e hipertireoidismo
	Os hormônios tireoidianos são responsáveis pelo controle do índice metabólico do corpo. O hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da síntese e liberação de hormônios tireoidianos pela glândula tireóide. Os pacientes portadores dessa doença geralmente apresentam frequentemente taquicardia, hipertensão e aumento do déficit cardíaco, além de outros sintomas associados como nervosismo, sudorese excessiva, intolerância ao calor, fadiga, bócio, tremor, pele quente e úmida, fraqueza, entre outros. Ou seja, quando esses hormônios estão desregulados, abalam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos.
	Os anestésicos locais são fármacos que atuam sobre os nervos bloqueando temporariamente e reversivelmente a condução de impulsos nervosos de determinada área, sem perda da consciência. O uso de vasoconstritores com os AL são altamente benéficos pois atuam fazendo com que o fármaco seja lentamente absorvido, consequentemente em um tempo prolongado, aumentando sua eficácia e diminuindo sua toxicidadade. 
	Quando se trata de pacientes com hipertireoidismo que irão se submeter a procedimentos odontológicos com anestésicos locais, deve ser analisado se será possível o uso de vasoconstritor. Apesar dos vasoconstritores serem benéficos, pessoas com hipertireoidismo não controlado tem maior sensibilidade seu uso devido a hipersensibilidade à catecolaminas, ocorrendo um efeito aditivo já que hipertireoidismo é equiparado aos efeitos das catecolaminas.
	Sabendo dessas informações, para um bom sucesso do tratamento odontológico, devemos fazer uma boa anamnese do paciente. Em caso de pacientes com hipertireodismo não controlado, é contraindicado o uso de AL com vasoconstritores pois existe a possibilidade de que as aminas simpatomiméticas potencializem os efeitos vasculares dos hormônios tireoidianos, além de ser contra-indicado também o próprio procedimento odontológico. Um procedimento sem vasoconstritor pode gerar uma situação estressante para o paciente, pois a anestesia será ineficaz, com pouca duração e gerando dor. Diante desse estresse, os níveis de catecolaminas endógenas produzidas em quantidades equiparadas a um a dois tubetes de anestésicos.
	Em pacientes com a doença controlada as soluções com epinefrina deve ser utilizada num limite de 2 tubetes por sessão, usando a menor dose possível e evitar a aplicação intravascular (evitando efeitos marcantes no sistema circulatório). Anestésicos felipressina podem ser uma opção para pacientes com a doença controlada, exceto em grávidas.
de Araujo, EC; da Silva, TE; Rocha, MP; de Oliveira, LMC. Uso de vasoconstritores em pacientes portadores de Hipertireoidismo. Revista Pró-UniverSUS. 2019 Jan./Jun.; 10 (1): 133-136.

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