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PUPUNHA http://coariemdestaque.blogspot.com.br/2013/10/cientistas-confirmam-altissima_3.html http://photos1.blogger.com/blogger/406/1588/1600/habito%201.jpg http://mudasnativascerrado.blogspot.com.br/2011/01/tratos-culturais-da-pupunha.html http://1.bp.blogspot.com/_PWk1EnrdZ5k/S_kIauRzj7I/AAAAAAAAAmw/6yf6VQPTrng/s640/pupunha.bmp Desde o descobrimento da América, as populações indígenas tem encontrado na pupunheira uma das mais importantes fontes alimentares e essa importância tornou-se conhecida através das celebrações festivas com que muitas tribos marcavam o início da colheita. distribuição Ocorrem naturalmente desde Honduras até Venezuela, Colômbia, Guianas, Peru, Equador, Bolívia e Norte do Brasil. http://www.cienciaempauta.am.gov.br/wpcontent/uploads/2013/01/florestaamaz.jpg http://zeviagem.blogspot.com.br/2013/05/cahoeirakaieteur.html http://cdn1.sempretops.com/wp-content/uploads/Aruba11.jpg CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA Domínio: Eukaryota Reino: Plantae Superdivisão: Spermatophita Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Subclasse: Commelinidae Ordem: Arecales Família: Arecaceae Subfamília: Arecoidae Tribo: Cocoeae Género: Bactris Espécie: B. gasipaes alternativas de utilização Fruto cozido para consumo humano, Fabricação de ração, Farinha, Óleo, e Extração de palmito. http://natalienaestrada.blogspot.com.br/2008/09/tef.html http://www.minhacasaminhacara.com.br/wp-content/uploads/2011/07/palmito_pupunha_materia.jpg DESCRIÇÃO BOTÂNICA Palmeira monóica, cespitosa; http://viva-flor.blogspot.com.br/2011/05/palmeiras.html DESCRIÇÃO BOTÂNICA O estirpe é ereto; Podem variar de 3 a 5 por planta; De 30-25 cm de altura; De 10-30 cm de diâmetro; Tem os entrenós revestidos de espinhos negros, finos e pungentes, com até 8 cm. http://www.mudasdepupunha.com.br/images/apupunha/76.jpg DESCRIÇÃO BOTÂNICA Possui geralmente 20 folhas pinadas; Crispadas com ou sem espinhos; De 3-4 m de comprimento; Largura de aproximadamente de 0,5 a 1,50 m; De 200 a 300 folíolos; e Pecíolo de até 1m. DESCRIÇÃO BOTÂNICA A inflorescência é axilar; Medem de 50-80 cm; Com 20-60 espigas; Produzem de 50-1000 flores femininas; De 10.000-30.000 flores masculinas e em alguns casos flores hermafroditas; É protegida por espatas densamente espinhosas, de 40-80 cm de comprimento. DESCRIÇÃO BOTÂNICA O fruto é uma drupa com coloração, forma e tamanho variável; Quando maduros podem ter o epicarpo vermelho, amarelo, alaranjado ou verde; DESCRIÇÃO BOTÂNICA O formato varia de globosos, ovaloides até cônico-globoso, com a base mais ou menos aplainada e o cálice persistente; DESCRIÇÃO BOTÂNICA Quando maduro o epicarpo pode ser amarelo, alaranjado, vermelho, verde ou rajado; Às vezes podendo estar muito aderido ao mesocarpo; que é carnoso, amiláceo; podendo ser oleoso, fibroso ou não; de 1-2,5 cm de espessura; coloração amarela, alaranjada, branca ou creme IMPORTÂNCIA ECONOMICA Alta capacidade de produção de frutos (25 tonelada/ha/ano); Substituto do milho na produção de concentrados para alimentação animal; Entretanto, o produto principal é o palmito, podendo-se obter 4 toneladas/ha/ano. Devido à exploração indiscriminada a palmeira juçara (Euterpe edulis) está ameaçada de extinção; Uma das formas de evitar a extinção desta palmeira é sua substituição pelo palmito de pupunha. IMPORTÂNCIA ECONOMICA O Brasil é maior produtor e consumidor do palmito de pupunha, representa mais de 50% de todo o palmito comercializado legalmente no mundo com uma produção estimada de 80.000 toneladas por ano. IMPORTÂNCIA ECONOMICA Tem alto potencial de comercialização nos mercados consumidores devido a: Textura tenra, Baixa fibrosidade, Baixo teor calórico, e Agradável palatabilidade. IMPORTÂNCIA ECONOMICA CLIMA E SOLO Clima ideal para cultivo é o Af – tropical superúmido, de acordo com a classificação de Köeppen; Sem estação seca; Temperatura média acima de 22°C; CLIMA E SOLO Chuvas acima de 2.000 mm anuais bem distribuídas; O mês mais seco deve ser superior a 60 mm de água; e A umidade relativa do ar deva oscilar entre 80-90%. CLIMA E SOLO O solo deve ser bem drenado, Com fertilidade de media a alta, pH próximo de 7,0 e Textura média ou leve. CLIMA E SOLO Em solos ácidos deve-se fazer a calagem e posteriormente adubação para suprir a deficiência principalmente de nitrogênio, fósforo, potássio e boro. VARIEDADES São agrupadas de forma geral segundo: A coloração da casca; Teor de óleo na polpa; e Presença ou não de sementes nos frutos. VARIEDADES As raças são classificadas com base: Na espessura da polpa microcarpa, mesocarpa e macrocarpa. VARIEDADES A escolha da variedade vai depender da finalidade da exploração; Para consumo do fruto cozido utilizam-se variedades com: Frutos grandes; De 10-20% de óleo na polpa; Com bastante caroteno; e Sabor forte; VARIEDADES Para a fabricação de farinha os frutos devem ter: 25% de umidade; e Polpa grande; VARIEDADES Para a ração animal os frutos devem conter: Até 14% de proteína na polpa e semente; Já para palmito utilizam-se sementes de plantas de: De rápido crescimento; Sem espinhos; e Com bastante perfilhos. CULTIVARES Embrapa Florestas, Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), veem desenvolvendo programas de melhoramento genético da pupunha (Bactris gasipaes Kunth. var. gasipaes Henderson), devido a crescente expansão de plantios para produção de palmito; PROPAGAÇÃO A propagação pode ser realizada por perfilhos ou por sementes. Propagação por sementes: Para se obter mudas de boa qualidade deve-se escolher a planta-matriz de acordo com a finalidade da produção. Propagação por sementes: As sementes são desinfestadas ficando imersas por 10 minutos em uma solução 9:1 de água e hipoclorito de sódio (água sanitária), sendo lavadas novamente em água corrente por aproximadamente 10 minutos. Propagação por sementes: Caso não seja possível a semeadura imediata, realizar tratamento com fungicida após a desinfestação com Benomyl (1g/litro de água) deixando as sementes imersas por 10 minutos. Propagação por sementes: O vigor da germinação reduz a partir de teores de umidade entre 28 e 23%, essa sensibilidade a desidratação é influenciada pela colheita e manuseio das sementes, pelas condições agrobioclimáticas de cultivo e, possivelmente, componente genético. BOVI, M. L. A. et al. Desidratação de sementes de quatro lotes de pupunheira: efeitos sobre a germinação e o vigor. Horticultura Brasileira, v. 22, n. 1, p. 109-112, 2004. Propagação por sementes: A semeadura deve ser realizada em sacos plásticos de 17x27cm contendo uma mistura de terriço (camada superficial do solo rica em matéria orgânica) e esterco curtido na proporção de 3:1; Colocam-se duas sementes em cada saquinho a uma profundidade de 2 cm. Propagação por sementes: Quando as plantas estiverem com as duas primeiras folhas abertas, adubam-se cada saco com: 12g de superfosfato triplo e 2g de uréia. http://revistagloborural.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/1,3916,1711792-5809-1,00.html http://www.viagro.com.br/galeria/0091a38e04075471b793f5b3fea74dc7.JPG Propagação por perfilhos: Consiste na separação dos perfilhos da planta-mãe, através do uso de um ferro de cova bem afiado, que é inserido diagonalmente em direção ao tronco da planta-mãe, fazendo o corte; Esperasse de dois a três meses para que haja formação de sistema radicular independente. Propagação por perfilhos: Após esse período a muda é retirada e levada para viveiro sombreado até que surjam folhas novas, só então poderão ser plantadas no local definitivo. https://www.compremudas.com.br/product_images/s/639/palmito_pupunha__90784_zoom.jpgPLANTIO Para a produção de palmito as áreas devem ser aradas e gradeadas; Já nas áreas destinadas a produção de frutos pode ser feita somente uma roçagem. PLANTIO O espaçamento para a produção de frutos é de 6 x 6 m, em triângulos, tendo uma população por hectare de 320 plantas; Já produção de palmito o espaçamento deve ser de 2 x 1 m, totalizando 5.000 plantas por hectare. PLANTIO A densidade de 10.000 plantas/ha promove a maior produção de palmito, sendo 4.000 estipes (40 %), enquanto a de 3.333 plantas/ha apresenta maior percentagem de palmito colhido com 58,33 %. YUYAMA, K. et al. Efeito da densidade de plantas e da adubação NPK na produção inicial de palmito de pupunheira. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 3, p. 373-378, 2005. PLANTIO Para a produção de frutos as covas deve medir 40 x 40 x 40 cm; Para a produção de palmito as covas podem ser menores (20 x 20 x 30 cm). PLANTIO A mistura da cova é composta por uma mistura de: Terra dos primeiros 20 cm; 5 litros de esterco de curral curtido; ou 3 litros de cama de frango; ou 1 litro de torta de mamona; e 100g de superfosfato triplo. TRATOS CULTURAIS A irrigação deve ser feita com uma lâmina que repõe 75% da evaporação do Tanque Classe “A” como a melhor alternativa para o primeiro ano de produção e a lâmina de 100% para o segundo de produção. ALVES JÚNIOR, J. et al. Produção de matéria verde em pupunheira irrigada. Irriga, v. 10, n. 4, nov./dez. 2005. TRATOS CULTURAIS Deve ser feito a roçagem ou capina entorno das plantas e nas entre linhas; Um método alternativo para controle de plantas daninhas é o uso de papelão tratado com sulfato de cobre na dosagem de 0,3 g/litro de água, embebido por um período de 24 horas. TRATOS CULTURAIS Dois anos após o plantio devesse iniciar a eliminação dos perfilhos para que permaneçam de três a quatro plantas adultas. ADUBAÇÃO Para a produção de frutos nos dois primeiros anos aplica-se: 100g de sulfato de amônio, 100g de superfosfato triplo e 100g de cloreto de potássio; A partir do terceiro ano aumenta-se dosagem para: 150g de sulfato de amônio, 200g de superfosfato triplo e 200g de cloreto de potássio. ADUBAÇÃO Já para a produção de palmito a adubação deve ser feita com: 100g de sulfato de amônio, 50g de superfosfato triplo e 20g de cloreto de potássio; A cada dois anos aplica-se adubos orgânico e calcário dolomítico além das aplicações anuais de micronutriente boro, zinco e cobre. 45 ADUBAÇÃO Pode-se realizar adubações alternativas feitas com doses de lodo equivalentes de 200 a 400 kg de N, sendo que contribuem para aprofundar o sistema radicular e proporcionar maior quantidade relativa de raízes finas. VEGA, F. V. A. et al. Lodo de esgoto e sistema radicular da pupunheira. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 2, p. 259-268, 2005. ADUBAÇÃO O uso desse tipo de adubação durante a implantação do cultivo da pupunheira afetou positivamente a precocidade de colheita de palmito, com efeito linear significativo e positivo das doses empregadas BOVI, M. L. A. et al. Lodo de esgoto e produção de palmito em pupunheira. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 31, n. 1, p. 153-166, 2007. CONSÓRCIO Levando em consideração o período inicial do desenvolvimento da pupunheira, é viável intercalar o plantio com: Amendoim; Arroz; ou Mandioca. http://3.bp.blogspot.com/-wN17kSjugRk/UHoEPSgnVZI/AAAAAAAAAoA/XdzQgKYrnqI/s1600/amendoim+2.jpg http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2012/10/n310.jpg http://4.bp.blogspot.com/-Mjg-tAJzY7U/UTn6FO5bHsI/AAAAAAAAAzM/9QHGU22PkB0/s400/Mandioca+2%255B1%255D.jpg CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS A principal praga da pupunha é a abelha-de-cachorro também conhecida como arapuá (Melipona ruficrus) que destrói as flores e os botões florais; O controle é feito eliminando ninhos encontrados na capoeira e mata nas proximidades. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS Lagartas esverdeadas também costumam atacar; O controle é feito utilizando inseticidas fosfatados, na concentração de 1g do produto comercial para cada litro de água. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS http://animais.culturamix.com/blog/wp-content/uploads/2011/01/P%C3%A1ssaros-da-Amaz%C3%B4nia2-500x375.jpg CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS A antracnose é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides; Para seu controle recomenda-se fazer adubação e irrigação adequadas, e em viveiros remover as folhas ou plantas doentes e queimar. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO As plantas começam sua produção de frutos no terceiro ano após o plantio com a produção se estabilizando no sexto ano, atingindo uma produtividade de aproximadamente 20 t/ha/ano. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO Quando maduros os frutos são colhidos utilizando varas com podão preso na extremidade; Os frutos não devem ser armazenados por mais de quatro dias. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO Os frutos são consumidos após serem cozidos com água e sal durante 30 a 45 minutos, podendo ser conservados por até dez dias. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO Podem ser utilizados na produção de: Farinha para alimentação humana, Na obtenção de torta de alto valor nutritivo usado na alimentação animal e humana, e Na produção de óleo do mesocarpo que é rico em gordura. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO A farinha de pupunha pode substituir até 10% do trigo na indústria de panificação e a torta pode substituir quase que integralmente o milho, na composição de rações balanceadas. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO A extração do palmito começa após quinze a dezesseis meses após o plantio das mudas, que estarão com 8 a 10 cm de diâmetro; O intervalo de corte na mesma touceira é de seis a sete meses alcançando uma produtividade média de 1.200 kg/ha de palmito industrial. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO Corte do palmito de pupunheira na modalidade "Corte Alto". Pré-limpeza do estipe no campo com a retirada das bainhas superficiais. Processamento (palmito) Fluxograma das etapas do processamento do palmito. http://galeraamazon.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html http://dc346.4shared.com/doc/VuO5Muie/preview.html Recepção e limpeza Retirada das bainhas de proteção e limpeza do palmito (creme) Corte e classificação Classificação do palmito (creme) em relação ao diâmetro da parte macia. O diâmetro do palmito a ser envasado para o mercado interno é de 2 a 5 cm, enquanto que para o externo é de 1 a 3 cm. Lavagem e corte do palmito e separação dos toletes próximos a base. Corte do palmito utilizando molde na forma de "L". Palmitos extra (ao fundo) e em rodelas (no primeiro plano) imersos separadamente na salmoura de espera. Envase Acondicionamento dos palmitos nos vidros e padronização do peso. Adição de salmoura ácida Exaustão e fechamento Exaustão em banho-maria. Exaustão em túnel a vapor. Entrada do túnel (foto acima) e saída do túnel (Foto abaixo). Tratamento térmico Esterilização comercial dos vidros de palmito. Teste de vedação Este teste é para verificar a formação de vácuo no interior dos vidros. Para testar, gire a tampa sem forçar, para sentir que está presa. Em seguida vire os vidros de cabeça para baixo, se não houver vazamento, o vácuo foi formado. Volte os vidros para a posição normal. Armazenamento Vidros armazenados em caixa de papelão. Controle de qualidade Controle de qualidade do lote de palmito. Avaliação do pH na salmoura (esquerda) e do vácuo no vidro (direita). Rotulagem Vidros prontos para comercialização. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO Por não sofrer oxidação o palmito da pupunheira pode ser comercializado in natura; Quando armazenado de maneira correta, o palmito da pupunha com as cascas duraaté quarenta dias, sem adição de conservantes, e a manutenção das cascas preserva o produto. POTENCIAL ECONÔMICO PARA A REGIÃO POTENCIAL ECONÔMICO PARA A REGIÃO Levando em consideração os serviços de infraestrutura de apoio à produção, como malha rodoviária e portos para o estado de Rondônia a SUFRAMA (2003) indicou que as cidades de Porto Velho, Alto Paraíso, Candeias do Jamarí, Itapuã do Oeste, Campo Novo de Rondônia e Ouro Preto D’ Oeste são áreas propicias para o investimento para a produção e beneficiamento do palmito da pupunha. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO Além dos fatores naturais a região ainda possui a vantagem de ter mão-de-obra disponível, incentivos fiscais na Zona Franca de Manaus e incentivo tributário no estado de Rondônia. VISITA TECNICA OBRIGADO PELA ATENÇÃO