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(I) Acadêmicos do sétimo período do curso de Agronomia da Universidade Federal de Rondônia, (UNIR), Av. Norte- Sul, 7300, Bairro Nova Morada CEP 78987-000, Rolim de Moura, Rondônia, Brasil. E-mail: elianalia10@hotmail.com, tati_fernandes93@hotmail.com. (II) Orientador da discplina de Olericultura I do curso de Agronomia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Av. Norte- Sul, 7300, Bairro Nova Morada CEP 78987-000, Rolim de Moura, Rondônia, Brasil. E- mail: jairorafaelmdias@hotmail.com Rúcula 1 -REVISÃO BIBLIOGRÁFICA- 2 3 RESUMO 4 A rúcula pertence à família Brassicaceae, é uma hortaliça folhosa, de rápido 5 crescimento e ciclo curto, sendo apreciada na forma de salada, esta rica na sua composição 6 nutricional. Originária do Sul da Europa e da parte Ocidental da Ásia. Condições de clima, 7 época e sistema de plantio influênciam na qualidade e produtividade da rúcula. A adubação 8 com Nitrogênio, Fósforo e Potássio é realizada de acordo com a necessidade da cultura, 9 podendo aplicar também adubos orgânicos, como esterco curtido de curral ou esterco de 10 galinha. A recomendação de calcário é feito para elevar a saturação de bases a 80%. Para 11 implantação da cultura, devem-se levar em consideração alguns quesitos, como, altura e 12 largura dos canteiros, quantidade de sementes e espaçamento entre plantas. Em seguida, os 13 tratos culturais são de suma importância, para que haja controle de pragas, doenças, plantas 14 daninhas e melhor desenvolvimento da hortaliça. Tem-se como principais pragas os pulgões, 15 mosca branca, curuquerê-da-couve, traça-das-crucíferas, lagarta-rosca e lagarta-mede-palmo. 16 Entre as doenças destaca-se a podridão negra, podridão mole, mosaico do nabo, mosaico da 17 couve-flor e hérnia. Sendo considerada uma cultura de ciclo curto, entre 30 a 35 dias é 18 realizada a colheita, seguindo para beneficiamento e comercialização. Na região da Zona da 19 Mata do Estado de Rondônia, com orientação da assitência da EMATER, o incentivo para 20 produção de hortaliças cresce e tende a aumentar cada vez mais, devido grande mercado 21 consumidor. 22 23 2 Palavras-chave: Eruca sativa, desenvolvimento, produção, benefício. 1 2 ABSTRACT 3 The Arugula belongs to the Brassicaceae family, is a vegetable, being fast growing 4 and short cycle, being appreciated in the form of salad, this rich in their nutritional 5 composition. Originally from southern Europe and western part of Asia. Weather conditions, 6 time of planting system and influence the quality and productivity of the rocket. Fertilization 7 with Nitrogen, Phosphorus and Potassium is performed according to the crop needs and can 8 also apply organic fertilizers, as tanned cattle manure or chicken manure. The 9 recommendation is made from limestone to raise the base saturation to 80%. For deployment 10 of culture, one should take into consideration some issues, such as, height and width of beds, 11 number of seeds and plant spacing. Then cultural practices are of paramount importance, so 12 there is control of pests, diseases, weeds and better development of greenery. Has as main 13 pest aphids, whitefly, leafworm of kale, cruciferous-of-moth caterpillar and caterpillar-thread-14 measured span. Among the diseases highlight the black rot, soft rot, turnip mosaic, 15 cauliflower mosaic and hernia. Being considered a culture of short cycle between 30-35 days 16 harvest is done following for processing and marketing. In the Forest of the State of Rondônia 17 Zone region with the assistance of EMATER guidance, encouragement for vegetable 18 production grows and tends to increase more and more, because large consumer market. 19 20 Key words: Eruca sativa, development, production, benefit. 21 22 INTRODUÇÃO 23 A olericultura, conforme o interesse de quem a ela se dedica, pode ser vista como 24 atividade agroeconômica, ciência aplicada, recreação educativa, ou como fonte de alimento 25 3 importante para a nutrição humana. A olericultura evoluiu mais acentuadamente no Brasil a 1 partir do inicio da década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial (FILGUEIRA, 2000). 2 Muitas culturas oleráceas são produzidas no Brasil, ganhando espaço no prato do 3 consumidor, independente da espécie cultivada. 4 A rúcula (Eruca sativa), também denominada pinchão, produz folhas muito apreciadas 5 na forma de salada. A cultivar plantada é a Cultivada, que produz plantas vigorosas, com 6 folhas alongadas e de limbo profundamente recortado, de coloração verde-escura e sabor 7 picante (FILGUEIRA, 2000). É uma hortaliça folhosa, herbácea de rápido crescimento 8 vegetativo e ciclo curto, originária do Sul da Europa e da parte ocidental da Ásia (STEINER, 9 2011). De acordo com FILGUEIRA (2008), apud CAMPOS et al. (2013), a rúcula pertence a 10 família Brassicaceae. 11 A rúcula apresenta plantas de porte baixo, com folhas relativamente espessas e 12 subdivididas, o limbo tem cor verde-clara e as nervuras verde-arroxeadas (HENZ & 13 MATTOS, 2008). 14 A rúcula vem se destacando dentre as hortaliças pela sua composição nutricional, com 15 altos teores de potássio, enxofre, ferro e de vitaminas A e C (TRANI & PASSOS, 1998 apud 16 STEINER, 2011). 17 Apesar de sua importância para agricultura brasileira, é uma cultura ainda pouco 18 estudada e o aumento do número de produtores tem gerado uma demanda por informações 19 técnicas sobre a cultura, as quais se inserem àquelas relativas à condução da cultura. Sendo as 20 principais práticas de manejo que devem ser consideradas: semeadura na época recomendada 21 para a região de produção; escolha das cultivares mais adaptados a essa região; uso de 22 espaçamentos e densidades adequadas a esses cultivares; monitoramento e controle de plantas 23 daninhas, pragas e doenças e redução ao mínimo das possíveis perdas de colheita (MOURA et 24 al., 2008). 25 4 Apesar de produzir melhor sob temperaturas amenas, a rúcula tem sido semeada ao 1 longo do ano, em numerosas regiões, sob temperatura elevada, há a emissão prematura do 2 pendão floral, e as folhas tornam-se menores e rijas (FILGUEIRA, 2000). 3 As propostas de espaçamento e densidade de plantio, para as culturas em geral, têm 4 procurado atender às necessidades específicas dos tratos culturais e à melhoria da 5 produtividade (FREITAS et al., 2009). 6 Para que as plantas alcancem seu máximo desenvolvimento, é de suma importância 7 que um conjunto de fatores bióticos e abióticos favoreça a cultura, dentre estes fatores pode-se 8 destacar o suprimento nutricional e o fornecimento hídrico em quantidade e qualidade 9 satisfatória (SILVA et al., 2008). 10 CLIMA E ÉPOCA DE PLANTIO 11 Três fatores climáticos são muito importantes para a produção de hortaliças, a 12 temperatura, a umidade e a luminosidade. Estes fatores influenciam no ciclo, qualidade e 13 produtividade das hortaliças. A maioria das hortaliças é prejudicada pelo excesso de calor e 14 chuvas. Possuem um melhor desempenho em condições de temperatura amena, com médias 15 entre 18ºC a 22ºC. Algumas hortaliças preferem temperaturas mais elevadas e um grupo 16 menor exige frio para produzir (AMARO et al., 2007). Segundo SINDICATO RURAL 17 (2014), temperaturas elevadas no cultivo de rúcula induz ao florescimento precoce, 18 prejudicando a produção; as folhas ficam menores e rijas, pungentes e amargas. Quanto aos 19 solos, prefere os de textura média. 20 O Brasil possui uma grande diversidade climática quando se considera todas as suas 21 regiões, possibilitando, assim, a produção de hortaliças de qualidade durante todo o ano 22 (AMARO et al., 2007). 23 5 Na região Norte é grande o desafio para a produção de hortaliças. De maneira geral, 1 possui altas temperaturas e muita umidade durante quase todo o ano, possibilitando assim 2 somente a produção de hortaliças mais rústicas (AMARO etal., 2007). 3 Pode-se realizar o plantio em consorcio com outras culturas. De acordo com 4 REZENDE et al. (2006), é possível realizar o consórcio entre as culturas de pimentão, alface, 5 rúcula e rabanete, há possibilidadesde se realizar até dois cultivos sucessivos de alface, 6 rabanete e rúcula na mesma área com a cultura do pimentão, pois há uma grande diferença 7 entre as culturas quanto a arquitetura e ciclo. 8 O cultivo consorciado da beterraba com a rúcula deve ser estabelecido até sete dias 9 após a semeadurada beterraba (GRANGEIRO et al., 2007). 10 ADUBAÇÃO 11 Na literatura, as recomendações de adubação para a cultura da rúcula são semelhantes 12 a várias outras hortaliças folhosas, muito provavelmente pela falta de estudo, principalmente 13 os relacionados com a demanda de nutrientes pelas culturas (GRANGEIRO et al., 2011). 14 Sendo a rúcula uma hortaliça folhosa, sua adubação nitrogenada torna- se de grande 15 importância (PURQUERIO et al., 2007). 16 É sabido que as hortaliças folhosas respondem muito bem à adubação orgânica 17 (OLIVEIRA et al., 2010). Segundo OLIVEIRA et al. (2010), em um experimeto realizado foi 18 possivel inferir que a mineralização da matéria orgânica ocorreu em tempo hábil para o 19 fornecimento de nutrientes para as plantas, considerando-se que a área é mantida para o 20 sistema orgânico há cinco anos. 21 De acordo com o SINDICATO RURAL (2014), recomenda-se aplicar calcário para 22 elevar a saturação por bases a 80%, dois meses antes do plantio. A adubação de pré-plantio 23 (20 dias antes da semeadura) consta da aplicação, por hectare, de 60 a 80 t de esterco curtido 24 de curral, ou um quarto dessa quantidade de esterco de galinha, 40 kg de N, 200 a 400 kg de 25 6 P2O5, 50 a 150 kg de K2O, conforme a análise de solo e 1 kg de B. Em cobertura, aplicar 120 1 kg/ha de N, parcelados aos 7, 14 e 21 dias após a emergência das plântulas. 2 IMPLANTAÇÃO DA CULTURA 3 Semeia-se diretamente em canteiros definitivos, em sulcos longitudinais distanciados 4 de 20-30 cm, deixando- se uma planta a cada 5 cm, após o desbaste. Há 550 sementes por 5 grama, em media, gastando-se 1,5 kg/ha. Pode-se adubar com 100 g/m2 de superfosfato 6 simples, aplicando a lanço e incorporando ao canteiro, complementado por três coberturas 7 nitrogenadas com 25 g/m2 de nitrato de amônio ou nitrocalcio, por vez. Irrigações frequentes, 8 por aspersão, bem como as coberturas nitrogenadas quinzenais favorecem a produtividade 9 (FILGUEIRA, 1982). 10 Segundo REGHIN et al. (2004), com a semeadura direta, varios fatores estão 11 envolvidos, de forma que, muitas vezes, é dificil obter um estande uniforme, principalmente 12 se tratando de sementes pequenas como as da rúcula. Para o produtor interessado na colheita 13 de safras durante o ano todo, é necessária a otimização da produção e a obtenção de alto 14 rendimento, de produto uniforme e de alta qualidade. Nesse tipo de cultivo, é altamente 15 prejudicial contar com falhas ou desuniforme no estande. O cultivo com mudas transplantadas 16 é uma das alternativas para contornar essa ocorrência. 17 TRATOS CULTURAIS 18 As hortaliças requerem irrigações quase que diárias. As irrigações dependem das 19 condições climáticas, tipo de solo, espécie e fase do ciclo da planta. Recomendam-se 20 irrigações diárias para hortaliças nas fases iniciais e para hortaliças folhosas (AMARO et al., 21 2007). 22 O controle de plantas invasoras pode ser manual, com uso de sachos, enxadinhas e 23 enxadas, ou mecânico com uso de implementos tracionados. O controle químico das plantas 24 7 invasoras, com o uso de herbicidas, geralmente é recomendado somente para médias e 1 grandes áreas cultivadas (AMARO et al., 2007). 2 PRINCIPAIS PRAGAS 3 Pulgões (Brevicoryne brassicae; Myzus persicae) 4 Os pulgões causam apreciáveis danos às crucíferas. Constituem grandes colônias e, 5 pela sucção continua da seiva, produzem o engruvinhamento das folhas, prejudicando o 6 desenvolvimento da planta. O controle é feito por meio de pulverizações com fosforados ou 7 carbamatos, levando em conta o efeito residual e período de carência dos inseticidas (GALLO 8 et al., 2002). 9 Mosca branca (Bemisia tabaci) 10 Segundo GALLO et al. (2002), como prejuízo, a praga suga a seiva das folhas e 11 favorecem o aparecimento de fumagina. Para o controle recomenda eliminar restos de cultura, 12 plantas hospedeiras, usar armadilhas adesivas de cor amarela para monitoramento e 13 diminuição da população de adultos, e como controle químico, tem como opção usar 14 neonicotinóides. 15 Curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis) 16 É uma praga altamente prejudicial às crucíferas. As lagartas iniciam, logo após a 17 eclosão, o ataque às folhas, devorando, durante o período larval, quase toda a folhagem, 18 destruindo as plantações (GALLO et al., 2002). Segundo GALLO et al. (2002), como controle 19 em pequenas plantações, pode-se controlar a praga pelo esmagamento dos curuquerês ou dos 20 ovos localizados nas folhas. Mas o controle usualmente realizado é por meio de pulverizações 21 com produtos de baixo poder residual, como metomil, cartap, ou piretróides. 22 Traça-das-cruciferas (Plutella xylostella L.) 23 8 Alimentam-se da parte externa ou interna das folhas, inutilizando-as para o consumo. 1 O controle é realizado com pulverizações com abamectin ou reguladores de crescimento 2 (GALLO et al., 2002). 3 Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) 4 Cortam as plantas novas próximo ao colo, reduzindo o numero de plantas por área. O 5 controle é realizado com granulados sistêmicos como carbofuran ou aldicarb (GALLO et al., 6 2002). 7 Lagarta-mede-palmo (Trichoplusia ni) 8 Atacam as folhas das crucíferas, produzindo orifícios e inutilizando-as (GALLO et al., 9 2002). Segundo GALLO et al. (2002), como controle em pequenas plantações, pode-se 10 controlar a praga pelo esmagamento da lagarta-mede-palmo ou dos ovos localizados nas 11 folhas. Mas o controle usualmente realizado é por meio de pulverizações com produtos de 12 baixo poder residual, como metomil, cartap, ou piretróides. 13 PRINCIPAIS DOENÇAS 14 Podridão Negra - Xanthomonas campestris pv. campestris (Pammel) Dowson. 15 Sintomas - Os sintomas podem ser observados em qualquer estádio de 16 desenvolvimento da planta. No campo, são comuns lesões amarelas em forma de “V”, com o 17 vértice voltado para o centro da folha. A bactéria coloniza os vasos do xilema da planta, 18 escurecendo-os. Com o desenvolvimento da doença, as folhas tornam-se amarelas e podem 19 apresentar necrose. Em alguns casos, observa-se subdesenvolvimento, murcha, queda 20 prematura de folhas e apodrecimento das plantas afetadas. Controle - O emprego de sementes 21 sadias é indispensável para o controle dessa bacteriose. Outra possibilidade de controle é o 22 tratamento de sementes com antibióticos. É recomendada a eliminação total, por meio de 23 aração profunda, de restos de cultura infectados, plantas voluntárias e plantas daninhas 24 9 hospedeiras do patógeno. Em áreas anteriormente cultivadas com crucíferas, é aconselhável a 1 rotação de culturas por um período de dois anos (KIMATI et al., 1997). 2 Podridão Mole - Erwinia carotovora subsp. carotovora (Jones) Bergey et al. 3 Sintomas - Normalmente, a doença manifesta-se em plantas com bom 4 desenvolvimento vegetativo. Sob condições de temperatura e umidade adequadas, a bactéria 5 penetra nos tecidos da planta através de ferimentos e causa encharcamento. O órgão afetado 6 apodrece rapidamente. Sintomas de murcha e apodrecimento são comuns. Controle - As 7 medidas recomendadas são: evitar ferimentos durante os tratos culturais; equilibrar a 8 adubação nitrogenada e a adubação com boro; fazer rotação de culturas com gramíneas nas 9 áreas afetadas; controlar os insetos (KIMATI et al., 1997). 10 Mosaico do Nabo - vírus do mosaico do nabo(“Turnip mosaic virus”). 11 Sintomas - As folhas mais velhas não exibem sintomas e as folhas mais novas 12 apresentam clareamento, mosaico, mosqueado e distorções. O vírus do mosaico do nabo é 13 transmitido por pulgões de forma não-persistente. Controle - recomenda-se pulverização das 14 plantas na fase de sementeira com inseticidas, visando o controle dos insetos vetores; 15 eliminação de plantas voluntárias e plantas daninhas hospedeiras; escolha de local para 16 sementeira longe de hortas domésticas ou de grandes plantações de crucíferas (KIMATI et al., 17 1997). 18 Mosaico da Couve-Flor - O vírus do mosaico da couve-flor (“Cauliflower mosaic virus”). 19 Sintomas - Os sintomas observados são clareamento das nervuras, que progride da 20 base para todo o limbo das folhas novas; enações e distorções foliares; pintas necróticas, 21 perceptíveis na face inferior das folhas. As folhas mais velhas não exibem sintomas. Este 22 vírus é transmitido, de forma semi-persistente, por pulgões (KIMATI et al., 1997). 23 Hérnia- Plasmodiophora brassicae Woronin 24 10 Sintomas - As plantas podem ser afetadas desde a fase de sementeira, mas sem 1 mostrar sintomas na parte aérea. Com o desenvolvimento da doença, ocorrem 2 subdesenvolvimento e murcha esta nas horas mais quentes do dia. Nas raízes, ocorre a 3 formação de galhas em função da hipertrofia das células e dos tecidos colonizados pelo fungo. 4 Controle – Recomenda-se rotação de cultura com espécies não-hospedeiras em áreas 5 infestadas; erradicação de plantas voluntárias e plantas daninhas hospedeiras; correção do pH 6 do solo para 7,2; uso de mudas sadias; desinfestação do solo para sementeira; desinfestação 7 das covas para o transplante de mudas; uso de variedades resistentes; aração profunda dos 8 solos contaminados (KIMATI et al., 1997). 9 COLHEITA 10 Para a rúcula produzida em canteiros, a colheita é feita de 30 a 35 dias após a 11 semeadura, de uma só vez, arrancando-semanualmente as plantas inteiras (folhas e raízes). 12 Nesta fase, as folhas deverão estar bem desenvolvidas, de cor verde-escura, com 15 a 20 cm 13 de comprimento (HENZ & MATTOS, 2008). 14 Segundo FILGUEIRA (1982), o corte da planta é realizado rente ao solo, sendo que 15 antes do florescimento, cerca de 20 dias após o primeiro corte, obtêm-se um segundo, e mais 16 outros, dependendo da amenidade do clima e dos tratos culturais dispensados a cultura. 17 Quando colhida tardiamente, as folhas da rúcula ficam endurecidas e com um sabor 18 amargo, parecido ao da mostarda. As folhas mais novas são mais tenras e com sabor mais 19 suave, razão pela qual muitasplantas são colhidas precocemente (HENZ & MATTOS, 2008). 20 Para facilitar a operação, é importante que a umidade do solo do canteiro seja 21 adequada, nem muito seca, nem muito úmida. Em épocas de seca, devem-se irrigar os 22 canteiros no dia anterior à colheita. É recomendável realizar a colheita nas horas 10h e 16h 23 porque acelera a perda de água das plantas de rúcula, resultando em murchamento e perda do 24 valor comercial do produto (HENZ & MATTOS, 2008). 25 11 PREPARO DOS MAÇOS 1 Depois de colhidas nos canteiros, as plantas de rúcula podem ser acondicionadas e 2 caixas plásticas de 30 kg e transportadas até um galpão de beneficiamento. Alguns produtores 3 preferem preparar os maços imediatamente após a colheita, ainda no próprio campo, 4 determinando-se visualmente a quantidade de plantas para cada maço, sem pesar ou contar as 5 plantas. Esta operação no campo tem como inconveniente a seleção deficiente das plantas, já 6 que a operação é muito rápida e muitas plantas daninhas são amarradas junto, além de quebrar 7 e amassar muito as folhas (HENZ & MATTOS, 2008). 8 BENEFICIAMENTO E COMERCIALIZAÇÃO 9 Após a colheita as hortaliças devem ser devidamente lavadas ou limpadas, secadas, 10 classificadas e acondicionadas em embalagens (AMARO et al., 2007). 11 Esses cuidados possibilitam o alcance de melhores preços e a satisfação dos 12 consumidores. Uma prática muito comum na comercialização das hortaliças é esconder o pior 13 produto no fundo da embalagem e colocar o melhor produto na face da embalagem. 14 Inicialmente podem-se conseguir vantagens com esta prática condenável, mas posteriormente 15 o dano é irreversível, com o desagrado do freguês e perda de mercado. A cortesia e a 16 honestidade são virtudes mais que essenciais para a boa comercialização. Deve-se lembrar de 17 que o mercado e o freguês são o grande patrimônio do produtor familiar bem sucedido 18 (AMARO et al., 2007). 19 Atualmente está crescendo a demanda por produtos minimamente processados, 20 geralmente hortaliça lavada, sanitizadas, secas, higienizadas, picadas ou cortadas e 21 acondicionadas em pequenas embalagens. Este tipo de produto visa atender um mercado de 22 consumidores mais exigentes e que possuem pouco tempo para prepará-las. Essa prática 23 agrega valor aos produtos comercializados (AMARO et al., 2007). 24 EMBALAGEM 25 12 Para que os maços tenham uma maior durabilidade pós-colheita, as plantas devem 1 embaladas em sacolas de plástico com pequenos furos logo após a lavagem e sanitização. A 2 embalagem dos maços de rúcula tem várias funções, tais como proteção do produto, 3 reduzindo-se assim murchamento e danos mecânicos, além de fornecer ao consumidor 4 informações importantes (identificação do produtor, prazo de validade, características 5 nutricionais) (HENZ & MATTOS, 2008). 6 ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE 7 Tanto no caso de maços com ou sem embalagens de plástico, o ideal é que o produto 8 seja acondicionado em embalagens plásticas de 30 kg, laváveis e higienizáveis. No interior do 9 contentor plástico, os maços devem ser acondicionados verticalmente (‘em pé’), de modo que 10 não ultrapassem a altura máxima da caixa. Desta maneira, é possível empilhar várias caixas 11 no galpão de embalagem e também permitir o transporte em pequenos caminhões sem que 12 ocorram amassamentos e quebras das folhas dos maços da rúcula (HENZ & MATTOS, 13 2008). 14 EXPOSIÇÃO E VENDA NO VAREJO 15 Nos pontos de venda no varejo, o ideal é a exposição em gôndolas com iluminação, 16 refrigeradas (4 a 12 °C) e com nebulização ou aspersão periódica, junto com outras hortaliças 17 folhosas. Nesta condição, as folhas das plantas de rúcula permanecem verdes e com firmes 18 por mais tempo. Em gôndolas sem refrigeração e em temperaturas acima de 20 °C, as folhas 19 tendem a ficar murchas e amarelecidas em apenas 24h (HENZ & MATTOS, 2008). 20 IMPORTANCIA ECONOMICA DE HORTALIÇAS 21 No Brasil, os polos hortifruticultores concentrados em São Paulo, Rio Grande do Sul, 22 Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, passaram a enfrentar desafios, tais como elevação do 23 preço da terra, diminuição da mão de obra disponível e problemas advindos do manejo 24 inadequado dos locais de produção (SEBRAE, 2014). 25 13 A produção de hortaliças no Brasil e o uso de técnicas sustentáveis e de beneficiamento 1 A demanda cada vez maior por alimentos saudáveis, a necessidade de preservação do 2 meio ambiente e o surgimento de técnicas de produção sustentável que melhoram a 3 produtividade e a qualidade das culturas são fatores que estimulam e priorizam o crescimento 4 da horticultura sustentável (SEBRAE, 2014). 5 Algumas de suas práticas e técnicas são: Maior utilização de adubos orgânicos; 6 Compostos e organo-minerais; Produção de mudas com qualidade; Cultivo protegido; Adoção 7 de práticas conservacionistas; Plantio direto; Adubação verde; Rotação de culturas; Plantio na 8 época adequada; Manejo correto da água de irrigação; Nutrição correta das culturas; Controle 9 alternativo (especialmente cultural e biológico) de pragas e doenças; Manejo correto da 10 colheita e da pós-colheita (SEBRAE, 2014). 11 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE HORTALIÇAS PARA RONDÔNIA 12 No Cone sul do Estado deRondônia a produção de hortaliças é de suma importância 13 para o abastecimento local, sendo comercializadas em mercados, feiras e varejistas (BRITO et 14 al., 2012). 15 Segundo BRITO et al. (2012), As principais hortaliças encontradas nas produções 16 foram: tomate, alface, rúcula, pepino, quiabo, pimentão, chuchu e repolho, tendo como 17 período de maior produção entre abril e agosto. 18 IMPORTANCIA ECONOMICA DE HORTALIÇAS PARA ROLIM DE MOURA – RO 19 A produção de hortaliças no município de Rolim de Moura vem ganhando destaque. 20 Com orientações dos extensionistas da Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de 21 Rondônia (EMATER) o agricultor tem conseguido aumentar a produção e produtividade, 22 garantindo plantas de melhor qualidade e agregação de valor ao produto. A potencialidade 23 para produção e o incentivo do governo estadual poderão fazer de Rolim de Moura uma 24 região de destaque na produção de hortaliças (EMATER, 2012). 25 14 CONCLUSÃO 1 As hortaliças compõem parte da alimentação humana e a rúcula é de grande 2 apreciação, e ganha cada vez mais o mercado consumidor. Pois necessita de meros cuidados, 3 e assim relaciona com o seu desenvolvimento e produção. Em geral é de suma importância 4 minunciosamente cuidar das condições favoráveis para que tenha um bom desenvolvimento 5 da cultura. Condições edafoclimáticas, adubação, pragas e doenças, tratos culturais e 6 beneficiamento são variáveis que afetam diretamente a produção. Sendo assim, cabe ao 7 produtor verificar todas as variáveis para direcionar no caminho certo sua área de produção e 8 ter resultados positivos. 9 10 REFERÊNCIAS 11 AMARO, G. B.et al. Embrapa Hortaliças. Brasília, 2007.16 p. (Circular Técnica, 47). 12 BRITO, V. R. de et al. Estudo das ações dos agricultores do cone sul do estado de 13 Rondônia no cultivo de hortaliças. III Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. 14 Goiânia/GO 2012. Disponivel em: http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2012/XI-15 041.pdf. Acesso em: 23 set. 2014. 16 CAMPOS, B. DE. et al. Avaliação química de rúcula de diferentes procedências. 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Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e 3 comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, 2008. apud CAMPOS, B. de. et al. 4 Avaliação química de rúcula de diferentes procedências. Interbio. v.7 n.1, 2013. Disponivel 5 em:< http://www.unigran.br/interbio/paginas/ed_anteriores/vol7_num1/arquivos/artigo6.pdf>. 6 Acesso em: 23 set. 2014. ISSN 1981-3775 7 FREITAS, K. K. C. DE. et al., Desempenho agronômico de rúcula sob diferentes 8 espaçamentos e épocas de plantio. Revista Ciência Agronômica. v. 40, n. 3, p. 449-454, jul-9 set. 2009. Disponivel em: 10 http://www.ccarevista.ufc.br/seer/index.php/ccarevista/article/view/767/366. Acesso em: 11 11 set. 2014. ISSN 1806-6690. (b1) 12 GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920 p. 10 v. 13 GRANGEIRO, L. C. et al. Produtividade da beterraba e rúcula em função da época de plantio 14 em monocultivo e consórcio. 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