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Semiologia do Abdome

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Semiologia do Abdome 
 
Para realizar o exame físico do 
abdome, deve-se seguir a ordem de 
inspeção, ausculta, percussão e 
palpação. 
Para a eficiência do exame, é 
necessário entender a divisão 
semiológica do abdome em 9 partes e 
os principais órgãos neles inseridos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSPEÇÃO 
É a fase em que são realizadas 
observações visuais acerca do 
abdome. 
 
- O que deve ser avaliado? 
 
1 ) Forma ( plano, globoso, escavado) 
 
2 ) Simetria 
3) Abaulamentos (presença de massas 
abdominais, neoplasias ou hérnias) 
4 ) Retrações 
5 ) Cicatrizes 
6 ) Lesões (sinais de Cullen e sinal de 
Turner sempre são presentes na 
pancreatite aguda) 
 
7 ) Peristaltismo visível (indica quadros 
obstrutivos) 
8 ) Cicatriz umbilical 
9) Circulação colateral: são causadas 
por interrupções ou bloqueios na 
circulação venosa. As mais comuns 
são: 
 
- Do tipo portal (obstrução de 
alguma via do fluxo em direção 
ao fígado) achado semiológico: 
cabeça de medusa 
 
- Do tipo cava inferio​r (obstrução 
da veia cava inferior por 
trombose) 
 
 
AUSCULTA 
O principal objetivo da ausculta é 
identificar os ruídos hidroaéreos e os 
sopros abdominais. 
 
- o que devo avaliar? 
Os ruídos hidroaéreos avaliam a 
peristalse. Podem estar normais, 
aumentados (peristaltismo de luta que 
indica obstrução), ou diminuídos (íleo 
paralítico). 
Deve ser descrito ( ++++/ IV) 
 
Os sopros abdominais avaliam o fluxo 
da artéria Aorta em seu trajeto no 
abdome. a presença de sopros indica 
aneurisma ou compressões arteriais. 
 
PERCUSSÃO 
Essa etapa identifica a presença de ar 
livre, líquidos e massas 
intra-abdominais. ​A técnica utilizada é 
a dígito-digital. 
 
● percussão normal: macicez 
hepática no hipocôndrio direito; 
timpanismo no espaço de 
Traube e nas demais regiões. 
 
 
obs. ​o espaço de Traube é um espaço 
em forma de lua crescente, circundado 
pela borda inferior do pulmão 
esquerdo, a borda anterior do baço, o 
rebordo costal esquerdo e a margem 
inferior do lobo esquerdo do fígado. 
Dessa maneira, suas referências 
superficiais são respectivamente a 
sexta costela (A), na linha mamária 
anterior (L), e rebordo costal esquerdo 
(I). 
 
- o que devo avaliar? 
Ascite (acúmulo de líquido) pode ser 
avaliada por algumas manobras: 
 
● Macicez móvel: ​: é utilizada para 
um grau mais leve de ascite, em 
que se pede para o paciente 
ficar em decúbito lateral direito e 
esquerdo. Caso haja a presença 
de ascite, ao realizar a 
percussão, será perceptível a 
presença de som timpânico na 
lateral e som maciço no centro, 
isso acontece porque ao ficar 
em decúbito o líquido ascítico 
vai se deslocar conforme a 
gravidade. 
 
● Semicírculo de Skoda: posiciona 
o paciente em decúbito dorsal, e 
percute a região central, em que 
estará timpânica e a região 
lateral, que estará maciça, 
usada para quadros mais graves 
de ascite. 
 
● Manobra de Piparote: em 
decúbito dorsal, o paciente 
comprime verticalmente a região 
central do abdome em sentido 
médio-esternal, enquanto o 
médico comprime um lado do 
abdome e percute o lado oposto. 
caso haja ascite grave o médico 
sentirá as vibrações do líquido 
em sua mão. 
 
Hepatimetria: realiza-se a percussão 
na linha hemiclavicular, de cima para 
baixo, marcando no ponto em que a 
macicez for identificada. (limite superior 
do fígado). Realiza-se também de 
baixo para cima (limite inferior do 
fígado). Repetir o mesmo processo na 
linha médio-esternal (medir o lobo 
esquerdo). A seguir, é realizada a 
medição vertical dessas distâncias. 
Os valores normais são: LD: 6-12 cm. 
LE: 4-8 cm. 
 
 
PALPAÇÃO 
É dividida em duas etapas: 
 
● Superficial:​ visa identificar 
sensibilidade dolorosa e 
resistência muscular. avalia os 
quatro quadrantes, deixando por 
último o local da dor. 
 
- o que devo avaliar? 
 
Pontos dolorosos: 
 
 
1 ) Ponto epigástrico: sensível na 
úlcera péptica. 
 
2 ) Ponto cístico: no ângulo entre o 
rebordo costal direito e parte externa 
do mm reto abdominal, na linha 
hemiclavicular direita. a palpação 
desse ponto visa achar o ​sinal de 
Murphy 
 
- Sinal de Murphy: dor à 
descompressão no ponto cístico. 
Indica colecistite aguda. 
 
 
 
3 ) Ponto de McBurney / Apendicular: 
ponto no terço médio entre a espinha 
ilíaca anterossuperior e a cicatriz 
umbilical. a palpação desse ponto visa 
achar o ​Sinal de Blumberg. 
 
- Sinal de Blumberg: dor à 
descompressão do ponto de 
McBurney. É indicativo de 
apendicite aguda 
 
 
● Profunda: visa delimitar órgãos 
mais profundos e massas. deve 
ser feito nas 9 regiões, utilizando 
as duas mãos (uma sobre a 
outra). 
 
- o que devo avaliar? 
A consistência, a superfície (lisa ou 
nódulos), e a borda (fina ou romba) 
 
Fígado: utiliza algumas técnicas: 
 
● Bimanual (ao pedir para o 
paciente inspirar profundamente, 
pressione para baixo e depois 
em sentido cranial, fazendo o 
trajeto de uma parábola. Isso 
permite que o fígado deslize sob 
os dedos. 
 
● Lemos-Torres (com a mão 
direita pressiona o fígado de 
baixo para cima, para palpar a 
borda hepática anterior, 
enquanto o paciente inspira, e a 
outra mão empurra o fígado 
para cima tracionando a região 
lombar das 
últimas costelas 
 
 
● Mathieu 
(posiciona as 
mãos em forma 
de garra e palpa 
toda a borda 
anterior 
hepática) 
 
 
 
Baço: normalmente 
não é palpável, 
apenas em casos de 
esplenomegalia, 
semelhante a lemos-torres, posiciona o 
paciente em decúbito lateral direito. 
Com a mão direita, tracionar pelo 
dorso, enquanto a mão direita realiza a 
palpação. Apenas 5% das pessoas 
normais tem o fígado palpável 
 
 
Rins: realiza a mesma técnica do baço, 
em decúbito lateral direito ou esquerdo, 
um pouco abaixo do baço. 
 
Manobras especiais de palpação 
 
→ Sinal de Rovsing: dor no quadrante 
inferior direito à descompressão rápida 
do quadrante inferior esquerdo. É um 
sinal para apendicite, e peritonite. 
 
→ Sinal de Giordano: realiza-se a 
percussão com os punhos fechados no 
dorso do paciente, na altura da 11° e 
12° costela. Caso tenha dor, o paciente 
vai para frente por reflexo. É indicativo 
para pielonefrite ou litíase renal. 
 
 
→ Sinal de Murphy: dor à 
descompressão no ponto cístico, o que 
leva o paciente a interromper a 
respiração por hipersensibilidade à dor. 
Indica colecistite aguda. 
 
 
→ Manobra de Valsalva: pede-se que o 
paciente assopre a mão, o que 
aumenta a pressão intra-abdominal e 
destaca hérnias que antes não eram 
visíveis. 
 
→ Descompressão brusca: feita em 
pontos específicos do abdome, se 
houver dor é indicativo de peritonite. 
 
→ Sinal de Psoas: com o paciente em 
decúbito lateral esquerdo, fletir a coxa, 
a fim de contrair o mm psoas. Caso o 
paciente sinta dor, é sinal de apendicite

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