Imunidade Inata

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Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
 
 
 
Próprio- Células e moléculas que pertencem ao 
corpo 
Não Próprio- Células e moléculas que não 
pertencem ao corpo 
PS: A vacina induz a formação de anticorpos 
específicos, e a resposta imune adaptativa é a 
que realiza a resposta específica. 
 
A resposta imune adaptativa precisa de um 
tempo, a partir da indução, para formar as 
imunoglobulinas. Diferente da imunidade inata, que 
necessita um menor tempo. 
Quando falamos de imunoglobulina, falamos da 
proteína que está na superfície do linfócito B 
(foto acima). Essa proteína pode ser secretada e 
 
 
ficar livre, tendo assim a função de anticorpo e 
podendo se ligar ao seu antígeno 
Toda célula do sistema imunológico é produzida na 
medula óssea, com o progenitor linfoide mieloide. 
Depois, vão para a corrente sanguínea (sangue 
periférico), algumas células tem a função de 
linfatotecido, quando esse tecido consegue 
atravessar essas barreiras, eles realizam 
fagocitose. Mas o que a fagocitose faz? As 
células que fazem fagocitose tem a capacidade 
de reconhecer o microorganismo, internaliza-lo e 
destruí-lo. Algumas dessas células conseguem 
fazer a apresentação do antígeno, que é o elo 
de ligação entre a imunidade inata e a imunidade 
adaptativa. (Focar na célula verde da foto, e 
perceber que eles estão em ambos, por ser um 
APC, célula apresentadora de antígeno). 
Portanto, a resposta imune inata é essencial 
para a resposta imune adaptativa. 
Quando temos uma apresentação ao antígeno, os 
linfócitos T o reconhecem e depois o estímulo 
pelo linfócito B. 
Os dois principais tipos de respostas do sistema 
imune inato que protegem contra 
microorganismos são: 
 - Defesa Inflamatória; 
- Defesa Antiviral. 
Imunidade Inata 
 
 
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- INFLAMAÇÃO: processo pelo qual leucócitos 
circulantes e proteínas plasmáticas são trazidos 
para os locais de infecção nos tecidos e são 
ativados para destruir e eliminar os agentes 
agressores; 
 - DEFSA ANTIVIRAL: consiste em alterações nas 
células que previnem a replicação viral e 
aumentam a suscetibilidade à morte pelos 
linfócitos, eliminando os reservatórios de 
infecção viral. 
PS: Em adição à esses dois processos, tal 
sistema imune inclui defesas físicas e químicas 
em barreiras epiteliais (que atuam o tempo todo 
visando bloquear a entrada de patógenos). Além 
disso, tem-se também diversas células 
circulantes, como neutrófilos, e proteínas, como 
complemento, que podem eliminar os 
microrganismos do sangue. 
Imune Inata: 
-É uma resposta rápida, é efetiva em horas. 
- Ela é invariável, não aumenta a resposta em 
função a uma resposta secundária, a resposta é 
sempre no mesmo padrão. 
-Ela tem um padrão de reconhecimento, e não 
consegue ter um grande número de 
especifidade. 
-A resposta imune é SEMPRE ativada 
Imune adaptativa: 
-Ela tem resposta lenta, dependendo dias ou 
semanas para a defesa. A partir do momento 
que tem o contato com o vírus, aumenta a 
produção das imunoglobulinas. 
-Ela tem produção variável, aumenta de acordo 
com a exposição. 
-Possui várias especificidades demasiadamente 
seletivas 
 
Barreiras anatômicas: tentam impedir o avanço 
dos microrganismos, reduzindo o acesso. 
 Ex: Pele, membrana mucosa, cílios, microbiota, 
couro, unha, pelo, esmalte, dentina e receptores 
de células T. 
Ex: Temperatura, baixo PH (elimina ou desnatura) 
e os medidores químicos, como a secreção de 
muco, hidrolases e peptídeos antimicrobianos. 
Ex: Proteínas de fase aguda, cascatas 
enzimáticas e células inflamatórias (NK, e 
fagócitos macrófagos, células dandríticas 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
 
 
 
 
 Em suma, entende-se que as respostas imunes 
inatas são de extrema importância para o nosso 
organismo, uma vez que são responsáveis pela 
defesa inicial contra patógenos que podem 
causar danos ao indivíduo. Além disso, a imunidade 
inata é composta por uma série de células, 
proteínas e componentes que visam controlar os 
agentes infecciosos, permitindo uma cascata e 
amplificação de sinais, a fim de conter a 
propagação de tais agentes; 
 Quando tais patógenos apresentam 
características que os fazem resistir à essa 
primeira linha de defesa do corpo, a amplificação 
de sinais torna-se maior e as respostas imunes 
adaptativas são acionadas, sendo essas 
caracterizadas por apresentarem maior 
especificidade e geraram células de memória 
contra determinados microrganismos, 
aumentando, assim, a efetividade de resposta. 
 
 O sistema imune inato reconhece estruturas 
moleculares que são produzidas e/ou estão 
presentes nos patógenos 
Tais substâncias que estimulam a imunidade inata 
são denominadas padrões moleculares associados 
ao patógeno (PAMPs) 
Os PAMPs são, portanto, moléculas associadas 
na superfície dos microrganismos que serão 
reconhecidas pelos receptores de 
reconhecimento padrão (PRR), sendo esses 
encontrados nas células do nosso organismo. 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
Ou seja, o sistema imune inato reconhece 
produtos microbianos que frequentemente são 
essenciais para a sobrevivência dos 
microrganismos. 
O sistema imune inato também reconhece 
moléculas endógenas que são produzidas ou 
liberadas de células danificadas ou mortas, sendo 
tais substâncias denominadas padrões 
moleculares associados ao dano (DAMPs); 
 Os DAMPs podem ser produzidos como 
resultado de dano celular causado por infecções, 
mas também podem indicar lesão estéril ás 
células causada por razões como toxinas 
químicas, queimaduras, trauma ou redução do 
suprimento sanguíneo. 
Como fora exposto anteriormente, o 
reconhecimento de PAMPs e DAMPs dá-se por 
vários tipos de receptores celulares, presentes 
em diferentes localizações nas células e 
moléculas solúveis no sangue e secreções 
mucosas; 
 As moléculas de reconhecimento associadas á 
célula, do sistema imune inato, são expressas por 
fagócitos (primariamente macrófagos e 
neutrófilos), células dendríticas, células epiteliais 
que formam a interface da barreira entre o 
corpo e o meio externo e muitos outros tipos de 
células que ocupam tecidos e órgãos. 
Quando esses PRR associados à célula se ligam 
aos PAMPs e DAMPs, há ativação de vias de 
transudção de sinal que promovem as funções 
antimicrobianas e pró-inflamatórias das células 
nas quais eles são expressos. 
 Ou seja, a interação PRR-PAMPs/DAMPs é de 
suma importância, dado que se compreende o 
mecanismo (sinalização) associado à célula. 
Tal fator propicia a liberação de mediadores 
(citocinas e quimiocinas), responsáveis por gerar 
amplificações de sinais referentes ao processo 
em andamento. 
Os receptores do sistema imune inato as 
codificados por genes herdados, justificando a 
diversidade dos receptores de tal sistema e a 
variação de suas especificidades serem 
pequenas quando comparadas ao sistema imune 
adaptativo 
 
 
 
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 Tais são ligados às vias de transdução 
intracelular de sinal que ativam varias respostas 
celulares, incluindo a produção de moléculas que 
promovem inflamação e destruição dos 
microrganismos. 
 São uma família conservada evolucionariamente 
de receptores de reconhecimento padrão em 
muitos tipos celulares que reconhecem produtos 
de uma grande variedade de microrganismos, 
assim como moléculas expressas ou liberadas por 
células estressadas ou em processo de morte; 
Podem formar homodímeros ou heterodímeros; 
 Os TLRs de mamíferos estão envolvidos em 
respostas a uma grande variedade de moléculas 
que são expressas pelos microrganismos, mas 
não por células saudáveis de mamíferos; 
Também estão envolvidos na resposta a 
moléculas endógenas cuja expressão ou 
localização indicam dano celular; 
 As bases estruturais das especificidades dos 
TLRs residem nos múltiplos módulos 
extracelularesricos em leucina destes 
receptores, que se ligam diretamente aos 
PAMPs ou a moléculas adaptadoras que se ligam 
aos PAMPs; 
São encontrados na superfície celular e nas 
membranas intracelulares e são capazes de 
reconhecer microrganismos em diferentes 
localizações celulares; 
: várias moléculas 
microbianas (incluindo LPS bacteriano e 
peptidoglicanos) e ácidos nucleicos virais; 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 O reconhecimento dos ligantes dos patógenos 
pelo TLR resulta na ativação de varias vias de 
sinalização e, por fim, nos fatores de 
transcrição, que induzem a expressão de genes 
cujos produtos são importantes para respostas 
inflamatórias e antivirais. 
 
 São uma família de mais de 20 proteínas 
citosólicas diferentes, algumas das quais 
reconhecem PAMPs e DAMPs e recrutam 
outras proteínas para formar complexos de 
sinalização que promovem inflamação; 
Há formação de complexos de sinalização 
chamados de inflamassoma, que geram formas 
ativas das citocinas inflamatórias IL-1 e IL-18; 
 São encontrados no citosol de fagócitos, células 
epiteliais e outras células; 
 : peptidoglicanos da 
parede celular bacteriana, cristais intracelulares 
(urato, sílica), etc. 
São sensores citosólicos do RNA viral que 
respondem aos ácidos nucleicos virais induzindo a 
produção de interferons tipo I antivirais; 
 São encontrados no citosol de fagócitos e 
outras células; 
 
 
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 Os sensores citosólicos de DNA são moléculas 
que detectam o DNA citosólico e ativam vias de 
sinalização que iniciam as respostas 
antimicrobianas, incluindo a produção de 
interferon tipo I e autofagia; 
São encontrados no citosol de muitos tipos 
celulares; 
 DNA bacteriano e 
viral; 
 A via STING (estimuladora dos genes IFN) é o 
principal mecanismo de ativação induzida por 
DNA das respostas de interferon tipo I; 
 Receptores que reconhecem carboidratos na 
superfície dos microrganismos, facilitando a 
fagocitose deles e a secreção de citocinas que 
promovem subsequentes respostas imunes 
adaptativas; 
Tais receptores pertecem à família de lectinas 
do tipo C, assim denominada porque eles se ligam 
aos carboidratos de maneira Ca ++ dependente; 
 São encontrados na membrana plasmática de 
fagócitos; 
 LIGANTES PAMP/DAMP: carboidratos da 
superfície microbiana com terminal de manose e 
frutose e glucanos presentes nas paredes 
celulares fúngicas. 
 
 Compreendem uma coleção de proteínas da 
superfície celular estrutural e funcionalmente 
diversas que foram originalmente agrupadas com 
base na característica comum de mediar a 
captação de lipoproteínas oxidadas para as 
células; 
 São encontrados na membrana plasmática de 
fagócitos; 
 LIGANTES PAMP/DAMP: diacilglicerídeos 
microbianos; 
RECEPTORES FORMIL-PEPTÍDEO: 
 Reconhece peptídeos bacterianos contendo 
resíduos de Nformilmetionil e estimula o 
movimento das células; São encontrados na 
membrana plasmática de fagócitos; 
 LIGANTES PAMP/DAMP: peptídeos contendo 
resíduos de N-formilmetionil. 
Células do sistema imune 
 
 
 
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 As superfícies das barreiras epiteliais formam 
barreiras físicas entre os microrganismos (no 
meio ambiente externo) e o tecido do hospedeiro; 
As células epiteliais produzem agentes químicos 
antimicrobianos que impedem a entrada de 
microrganismos; 
 A perda da integridade destas camadas epiteliais 
pelo trauma ou outras razões predispõe um 
indivíduo às infecções; 
 As células epiteliais, bem como alguns leucócitos, 
produzem peptídeos que têm propriedades 
antimicrobianas, dentre quais podemos destacar 
duas famílias: defensinas e catelicidinas. 
 Células que possuem funções 
fagocíticas especializadas, principalmente 
macrófagos e neutrófilos, são a primeira linha de 
defesa contra microrganismos que rompem a 
barreira epitelial; 
 
 
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 Os neutrófilos migram até os tecidos (por 
diapedese), realizam o processo de fagocitose e 
morrem; 
Os macrófagos realizam a fagocitose (captura, 
digere e apresenta o antígeno), porém não 
necessitam da realização do processo de 
migração; 
Macrófagos também são células apresentadoras 
de antígenos. 
 
Realizam o reconhecimento essencial e papéis 
efetores na imunidade inata; 
 São as únicas capazes de disparar e direcionar 
respostas imunes adaptativas mediadas por 
célula T, e isso depende de suas respostas 
imunes inatas aos microrganismos; 
 Também são células fagocitárias e 
apresentadoras de antígenos. 
 
 Desempenham papéis importantes nas 
respostas imunes inatas, principalmente, contra 
vírus intracelulares e bactérias; 
 Suas funções estão relacionadas à matar as 
células infectadas e produzir IFN-y, que ativa 
macrófagos para destruírem microrganismos 
fagocitados; 
 São linfócitos menos específicos que 
reconhecem as células infectadas e as matam. 
 Estão presentes na pele e no 
epitélio mucoso e secretam rapidamente 
citocinas próinflamatórias e mediadores lipídicos 
em resposta às infecções e outros estímulos; 
 Ou seja, eles liberam o conteúdo presente em 
vesículas que armazena em seu interior; 
 A histamina é uma substância liberada, sendo 
essa vasoativa, ou seja, responsável por pela 
amplificação de sinais (respostas inflamatórias) 
 
 
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