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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE ENFERMAGEM ROSANA DANTAS DOS SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM SAÚDE DO ADULTO E IDOSO ARACAJU 2020 http://estacio.intranet.br/mundoempresa/identidadevisual/thumbnails/Estacio_09_V_Luxo_cor.jpg 2 ROSANA DANTAS DOS SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM SAÚDE DO ADULTO E IDOSO Relatório apresentado como requisito para obtenção da nota parcial do ESTÁGIO SUPERVISIONADO na disciplina de Saúde do Adulto e Idoso do Curso de Enfermagem, do Centro Universitário da Estácio de Sergipe. Orientador (a): Prof. Esp. Felipe Johnnata Fidelis Neri Santos ARACAJU 2020 3 RESUMO No que tange a saúde do adulto, destacam-se as doenças crônicas como agravos mais prevalentes e que se constituem em grande desafio para as equipes, devido suas características multifatoriais em que coexiste a associação de determinantes biológicos e socioculturais. Descrever as atividades desenvolvidas durante a disciplina estágio supervisionado em Saúde do Adulto e Idoso. O Microsoft Teams é o hub de trabalho em equipe do Office 365. Todas as conversas, arquivos, reuniões e aplicativos da equipe são reunidos em um único espaço de trabalho compartilhado. É possível levá-lo com você em seu dispositivo móvel favorito. O aplicativo foi de grande importância para ensino, pois proporcionou ao aluno maior interação com os professores e assim favorecendo o conhecimento, objetivando um desempenho em aula e trocando informações entre professores e alunos. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5 2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 6 2.1 GERAL............................................................................................................................................. 6 2.2 ESPECÍFICOS....................................................................................................................6 3 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................... 7 3.1 Caracterização da Instituição em que o estágio foi realizado ..................................................... 7 3.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E ANÁLISE CRÍTICA ....................................................... 8 3.2.1 Atividades acadêmicas desenvolvidas na Faculdade e pelo aplicativo Teams ........................ 8 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 14 5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 15 6 ANEXOS .............................................................................................................................. 17 7 APENDICE.........................................................................................................................................32 5 1 INTRODUÇÃO No que tange a saúde do adulto, destacam-se as doenças crônicas como agravos mais prevalentes e que se constituem em grande desafio para as equipes, devido suas características multifatoriais em que coexiste a associação de determinantes biológicos e socioculturais. Nesse contexto, o Ministério da Saúde tem investido em ações que visam qualificar o cuidado integral às doenças crônicas, unindo e ampliando as estratégias de promoção da saúde, como a prevenção do desenvolvimento destas e de suas complicações, o tratamento e a recuperação, destacando-se a organização desse atendimento em rede de atenção (BRASIL, 2014). A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que em 2050, 32% da população mundial será composta por idosos, por conseguinte, a promoção do envelhecimento saudável constitui uma prioridade em matéria de Saúde Pública. As instituições em que o estagiário acompanhou foi no Centro Universitário Estácio e realizou a visita técnica no Hospital de urgência de Sergipe (HUSE). Devido à pandemia do COVID-19 a aluna participou de atividades pelo aplicativo Teams, foram aulas online iniciada no dia 26 de Março e finalizada em 09 de Julho. Este novo Coronavírus produz a doença classificada como COVID-19, sendo agente causador de uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan (China). O vírus tem alta transmissibilidade e provoca uma síndrome respiratória aguda que varia de casos leves – cerca de 80% – a casos muito graves com insuficiência respiratória-entre 5% e 10% dos casos (BRASIL, 2020). Devido a disseminação da doença foi estabelecido pelo governo de Sergipe e no país todo a recomendação do isolamento social e o estabelecimento da quarentena, com isso foram suspensas diversas atividades incluindo aulas presenciais. O Microsoft Teams é o hub de trabalho em equipe do Office 365. Todas as conversas, arquivos, reuniões e aplicativos da equipe são reunidos em um único espaço de trabalho compartilhado. É possível levá-lo com você em seu dispositivo móvel favorito. O Teams ajuda a ser mais produtivo, ótimo recurso para o trabalho colaborativo, aulas permitindo rápido contato entre pessoas, por mensagens, chamadas telefônicas ou de vídeo; agendamento e gravação de reuniões; anotação e registro de decisões e encaminhamento. 6 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Descrever as atividades desenvolvidas durante a disciplina estágio supervisionado em Saúde do Adulto e Idoso. 2.2 ESPECÍFICO Identificar os locais em que foram feitas as atividades da disciplina; Desenvolver como foi abordado os assuntos em Saúde do Adulto e Idoso; Elencar as atividades realizadas contextualizando com a literatura atual. 7 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Caracterização da Instituição em que o estágio foi realizado O Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) conhecido como Hospital João Alves Filho é o maior hospital público do estado de Sergipe e está localizado no bairro Capucho, zona oeste de Aracaju. Inaugurado em 7 de novembro de 1986, presta atendimentos de urgências e emergências de média e alta complexidade. Abrangência todos os 75 municípios sergipanos, além de cidades de outros Estados nordestinos, principalmente os da Bahia e de Alagoas. A estrututra organizacinal, o hospital é referência para Traumas e atendimento é 100% do Sistema Único de Sáude (SUS). Número de profissionais de enfermagem 1.234 (entre enfermeiros, técnicos e auxiliares). Número de médicos 639, dos quais 407 do quadro efetivo e 232 contratados. Número de residentes, doze que atuam nas áreas de Cirurgia Geral, Clínica Médica e Pediatria (Secretaria de Estado da Saúde, 2019). Número de Estagiários são 190, recentemente escolhidos através do processo seletivo realizado pelo Centro de Educação Continuada (CEC). Eles atuam nas áreas de Clínica Cirúrgica e Médica, UTI, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Odontologia Buco-Maxilo- Facial, Oncológica e Hospitalar, Laboratório e CIATOX. Especialidades médicas 31, entre as quais, Angiologia, Buco-Maxilo-Facial, Cardiologia, Cirurgias Cabeça e Pescoço, Geral, Pediatria, Plástica, Vascular, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Endocrinologia, Gastroenterologia, Hematologia,Nefrologia e Neurocirurgia. A estrutura física contempla Área construída 13 mil m² divididos em três blocos. (Outros três blocos, em fase final de construção, vão incorporar em breve mais uma área de 10 mil m²) Anexos Central de Notificação e Captação de Órgãos e Tecidos de Sergipe (CNCDO/SE) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 195 Sergipe). Auditório Com 220 lugares e mais 02 salas de suporte em anexo. Estacionamento1000 m² (Um novo estacionamento, em frente ao futuro Hospital Infantil, vai incorporar em breve mais 200 vagas). Capacidade física UTI Adulto 12 leitos (2 isolamentos), Capacidade física CTI Pediátrica 6 leitos (1 isolamento). Capacidade física UTQ 14 leitos (4 Adultos, 4 Infantis, 4 de UTI e 2 de Semi-Intensiva). É a única Unidade de Tratamento de Queimados de Sergipe. Centro Cirúrgico 5 salas e 1 SRPA (Sala de Recuperação Pós-Anestésico), com capacidade física de 12 leitos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Hospital https://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe https://pt.wikipedia.org/wiki/Capucho_(Aracaju) https://pt.wikipedia.org/wiki/Aracaju https://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_novembro https://pt.wikipedia.org/wiki/1986 8 3.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E ANÁLISE CRÍTICA 3.2.1 Atividades acadêmicas desenvolvidas na Faculdade e pelo aplicativo Teams Dia 06.02: O estágio supervisionado em Saúde do Adulto e Idoso acontece do Centro Universitário Estácio de Sergipe no horário de 18h30min às 22h00min, neste dia foi realizado a entrega de termos ,documentos e a realização do Seguro para o estágio. Dia 13.02: Apresentação da Ementa e o cronograma a ser seguido durante o estágio supervisionado. Dia 17.02: Evento do “SUPER 10” destinado aos alunos do supervisionados do 10 ° período que foi elaborado pelos professores com o seguinte tema: Conhecendo o seu campo de estágio: Huse e Hospital Cirurgia. Foi de extrema importância para a vivência nos estágios e assim facilitando o entendimento dos acadêmicos de enfermagem com os locais de estágio. Dia 18.02: Evento “SUPER 10” com o tema Código de Ética de Enfermagem, a importância da ABEN para enfermagem e a importância do Sindicato de Enfermagem na Luta pelos direitos. Esse tema de grande valia, pois o código de ética retrata toda a conduta em que os profissionais de enfermagem deverá agir em cada situação. Dia 19.02: Evento “SUPER 10” com o tema Urgências Psiquiátricas e gerenciamento do medo: da academia para o mercado de trabalho. Temas esses importantes para o desenvolvimento da carreira profissional. Dia 05.03: Apresentação dos grupos de metodologia ativa, o tema do aluno foi Identificação do paciente e Comunicação Efetiva, grupo composto por 6 pessoas e foi de grande importância sobre esse assunto pois nós como profissional da saúde devemos assegurar uma assistência em prol ao paciente enfatizando a segurança do mesmo. A falha na identificação do paciente pode acarretar sérios danos à sua saúde. Grande parte dos erros na administração de medicamentos está associada a uma incorreta identificação. Equívocos no cadastro de admissão de pacientes, tais como: nomes difíceis, nomes oriundos de outras nacionalidades, imprecisão na data de nascimentos de pessoas idosas podem favorecer a ocorrências de falhas (ANVISA, 2017). Um dos desafios para garantir a segurança do paciente no ambiente hospitalar é destacar a comunicação efetiva como meta a ser atingida pela equipe interdisciplinar, como também, propiciar um ambiente de trabalho harmonioso com assistência livre de danos. Nesse sentido, a comunicação é imprescindível para um bom desenvolvimento do trabalho, pois é o 9 elo de interação que fortalece o vínculo entre a equipe interdisciplinar e o cliente (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2015). Dia 12.03: Visita técnica ao Hospital de Urgência de Sergipe, identificando cada setor e sua especificidade, alguns setores estão de acordo com a RDC N 50, outros setores não estão. RESOLUÇÃO- RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Dia 19.03: Suspensão das aulas decorrente ao decreto estadual de isolamento Social. Dia 26.03: Aula online via plataforma Teams com a temática Exame Físico e Anamnese, foi de grande importância para os estudantes, pois favoreceu o conhecimento a cerca do assunto. A Resolução do COFEN n°358/2009 traz que o enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas: inspeção, ausculta, palpação e percussão, de forma criteriosa, efetuando o levantamento de dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das anormalidades encontradas para validar as informações obtidas no histórico. Dia 02.04: Continuação do assunto sobre Exame Físico e anamnese. Dia 09.04: Assunto discutido foi sobre Processo de enfermagem e Sistematização da Assistência de enfermagem (SAE). A Sistematização da Assistência de Enfermagem e a Implementação do Processo de Enfermagem (PE) é uma atividade privativa do enfermeiro, de acordo com a lei do Exercício Profissional nº 7.498/86 e a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem nº 358/2009 que trata da implementação da SAE e implementação do PE em toda instituição de saúde pública e privada. A sistematização organiza o trabalho profissional no que se refere ao método, pessoal e instrumentos, possibilitando a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE), com base teórico-filosófica. Entretanto, muitas têm sido as dificuldades para cumprir o preconizado na legislação em relação à SAE, como a falta de conhecimento teórico, de exercício prático e de recursos, bem como falta de tempo para sua realização. As ações dos enfermeiros muitas vezes estão desvinculadas da SAE e da implementação do Processo de Enfermagem (PE), tornando o fazer rotineiro, sem suficiente respaldo científico. Dia 16.04: Aula foi ministrada através de slide pelo professor com o seguinte tema Diabetes, foi desenvolvido também na aula a atividade de leitura do artigo e que os alunos 10 pegaram os pontos principais que chamou mais atenção na leitura e foi debatido em aula. Nesse mesmo dia foi lançado pelo docente para os alunos realizarem um resenha crítica sobre assunto. Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo (BRASIL, 2019). O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte. A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas (BRASIL, 2019). Dia 23.04: Aula dinâmica em slides com a temática de Medidas de prevenção de infecção relacionada à Assistência à Saúde foi elaborado pelo professor perguntas para os alunos sobre diversos assuntos como, por exemplo; Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Infecção do trato urinário (ITU), Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica ( PAV) e Insuficiência Cardíaca, os acadêmicos respondiam e o docente explicava sobre os assuntos citados anteriormente. De acordo com RESOLUÇÃO - RDC Nº 48, DE 02 DE JUNHO DE 2000 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH: grupo de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar, adequado às características e necessidades da Unidade Hospitalar, constituída de membros consultores e executores. Controle de Infecção Hospitalar CIH: ações desenvolvidasvisando a prevenção e a redução da incidência de infecções hopitalares. As taxas de pneumonia associadas à ventilação mecânica - PAV podem variar de acordo com a população de pacientes e os métodos diagnósticos disponíveis. Mas vários estudos demonstram que a incidência desta infecção aumenta com a duração da VM e apontam taxas de ataque de aproximadamente 3% por dia durante os primeiros cinco dias de ventilação e depois 2% para cada dia subsequente ( BRASIL, 2017). As medidas de prevenção Da PAV são: Manter decúbito elevado (30- 45°),Adequar diariamente o nível de sedação e o teste de respiração espontânea,dar preferência por utilizar 11 ventilação mecânica não-invasiva,Indicação e cuidados com o sistema de aspiração,Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação, Monitoramento da pressão de cuff,Dar preferência a intubação orotraqueal, entre outras (BRASIL, 2017). A infecção do trato urinário - ITU é uma das causas prevalentes de IRAS de grande potencial preventivo, visto que a maioria está relacionada à cateterização vesical. O diagnóstico clínico precoce, associado aos exames complementares (qualitativo e quantitativo de urina e urocultura), fornece evidência para uma adequada terapêutica, apesar dos casos de bacteriúria assintomática e candidúria, que podem induzir tratamentos desnecessários (BRSIL, 2017). De acordo com a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda a Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Tal síndrome pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço. Dia 30.04: Temática sobre Feridas foi abordado as classificações e cuidados de enfermagem. Conceitua-se ferida como rompimento anormal da pele ou superfície do corpo. Normalmente comprometem a pele, os tecidos moles e os músculos. Classificação das feridas 1 Quanto ao grau de abertura: • Abertas: existe perda de continuidade de superfície cutânea; • Fechadas: a lesão do tecido mole ocorre embaixo da pele, mas sem perda de continuidade da superfície cutânea; estes tipos de feridas apresentam exsudação serosa ou serosanguinolenta mínima que cessa entre 24 e 48hs 2 (BRASIL, 2017) . Quanto ao tempo de abertura: • Agudas: são originadas de cirurgias ou traumas, com reparação no tempo adequado e sem complicações; • Crônicas: apresentam comprometimento na reparação e complicações. 3 Quanto ao grau de contaminação: • Limpa: Condições assépticas sem microrganismos. São feridas produzidas em ambiente cirúrgico, desde que não foram abertos sistemas digestório ou genito-urinário (BRASIL, 2017). A probabilidade de infecção é baixa em torno de 1 a 5%; • Limpa – Contaminada: também conhecida como potencialmente contaminadas, são feridas cirúrgicas em que houve abertura do sistema digestório ou genito-urinário, ou produzidas acidentalmente com arma 12 branca. Lesão inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa. O risco de infecção é de 3 a 11%. • Contaminadas: apresentam reação inflamatória, ou tiveram contato com material contaminado, como fezes, poeira ou outro tipo de sujidade. São consideradas contaminadas também as feridas que já se passaram 6hs do ato que produziu a ferida (trauma e atendimento). O risco de infecção é de 10 a 17%. • Infectadas: presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição de tecidos podendo haver secreção purulenta (BRASIL, 2017). Dia 07. 04: Aula sobre a continuação de feridas foi abordado os tipos de coberturas para cada tipo de feridas. Tema de grande aperfeiçoamento para os acadêmicos de enfermagem, pois o assunto proporcionou sabedoria a cerca do conteúdo. O tratamento das feridas cutâneas é dinâmico e depende, a cada momento, da evolução das fases de cicatrização. O curativo é o tratamento clínico mais frequentemente utilizado para o tratamento de feridas. A escolha do material adequado para o curativo decorre do conhecimento fisiopatológico e bioquímico da reparação tecidual (SMANIOTTO, 2010). Dia 14.05: Aula sobre queimaduras através de slides, temática de muito aprendizado para os alunos. As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais como a energia térmica, química ou elétrica) capazes de produzir calor excessivo que danifica os tecidos corporais e acarreta a morte celular. Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de primeiro grau, de segundo grau ou de terceiro grau. Esta classificação é feita tendo-se em vista a profundidade do local atingido. Por sua vez, o cálculo da extensão do agravo é classificado de acordo com a idade. Nestes casos, normalmente utiliza-se a conhecida regra dos nove, criada por Wallace e Pulaski, que leva em conta a extensão atingida, a chamada superfície corporal queimada (SCQ) (BRASIL, 2012). Dia 21.05: Revisão dos conteúdos para a primeira avaliação via Plataforma Teams. Dia 04.06: Os alunos realizaram a prova que foi um caso clínico sobre queimaduras para dizer as condutas com o paciente e nesse mesmo dia o feedback sobre a avaliação. Dia 08.06: Abertura de ciclos de palestras com a Docente Enfª Joyce Muniz (Gestora Nacional do Curso da Estácio) na 1ª Semana Brasileira de Enfermagem da Estácio que teve início às 18h30min com a seguinte abordagem O Cenário da Enfermagem e a Pandemia no Brasil, com os Enfermeiros Belisana Abreu, Ellen Gadelha, Luciana Quagliane, Nelson Junior e Tatiana Longo, retratam do monitoramento da COVID-19 nas regiões Norte, Nordeste, 13 Centro Oeste, Sul e Sudeste, falando sobre a quantidade de pacientes infectados, curados e de isolamento domiciliar bem como as taxas de ocupação de leitos de enfermarias e UTIs e das características de cada uma das capitais que representam essas regiões. Importância extrema esse assunto paras os alunos, pois retrata a situação do Brasil e assim trazendo conhecimento do cenário atual. Dia 09.06: Palestra no horário 15 ás 16 horas com a participação do fisioterapeuta Welligton Contiero com o tema Como entender a COVID-19, Síndrome respiratória aguda grave (SARS) e uso de Ventilação Mecânica. Retrata a importância do profissional enfermeiro junto com sua equipe de enfermagem e a equipe multidisciplinar para a realização do décubito prona nos pacientes em ventilação mecânica. Dia 10.06: Palestra das 17: 00 às 18h30min participação da nutricionista Tatiana Uchoa sobre o Tema Alimentação na Quarentena, abordando e orientações quanto a questões de como programar uma alimentação saudável no período da quarentena, o consumo mesmo estando em Home Office, temos mais tempo e mais conforto e boas companhias, aproveitar o momento e esse assunto de grande valia para a sociedade, pois nos trás a pensar na saúde que é o bem maior para todos. Dia 18.06: Orientações quanto ao encerramento das atividades e orientações sobre o relatório Dia 25.06: Realizado a segunda avaliação composta por 5 questões objetivas. Dia 02.07: Entrega do relatório parcial, atividade essa como método de avaliação da Instituição para os alunos do Estágio Curricular Supervisionado. Dia 09.07: Realizado a entrega das notas. 14 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente relatório possibilitou constatar frente ao objetivo as ações do estagiário as aulas pertinentes a disciplina Supervisionado Curricular em Saúde do Adulto e Idoso através das aulas online pelo aplicativo Teams, formas de ensinos diferentes, mas com os mesmos propósitos. Foi de muita importância essa interação, pois é uma maneira de o aluno aprender a interagir de diversasformas como foi o exemplo as aulas pelo aplicativo. O aplicativo foi de grande importância para ensino, pois proporcionou ao aluno maior interação com os professores e assim favorecendo o conhecimento, objetivando um desempenho em aula e trocando informações entre professores e alunos. 15 5 REFERÊNCIAS BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução do COFEN n°358/2009. Disponível em:<http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2722002-revogada-pela-resoluao-cofen-n- 3582009_4309.html>. Acesso em: 01 Julho de 2020. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Executiva, Coordenação Geral de Controle, Avaliação e Auditoria (CAUDI). Sistema Único de Saúde. Manual Técnico de Auditoria Contábil, Financeira e Patrimonial do Sistema Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde, 1996. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.RESOLUÇÃO - RDC Nº 48, DE 02 DE JUNHO DE 2000. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0048_02_06_2000.html>. Acesso em 01 Julho de 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência a Saúde. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+- +Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C 3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c- fccf9220c373>. Acesso em 01 Julho de 2020. BRASIL. Presidência da República. Resolução RDC n° 50, de 21 de Fevereiro de 2002. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002.html>Acesso em: 01 Julho de 2020. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gestão de Riscos e Investigação de Eventos Adversos Relacionados à Assistência à Saúde: ANVISA, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha para Tratamento de Emergência das queimaduras. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_tratamento_emergencia_queimaduras.pd f>. Acesso em: 01 Julho de 2020. BRASIL.Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. 162 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35). BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Aberta do SUS. Atualização: orientações gerais ao paciente com COVID-19 na Atenção Primária à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. NOGUEIRA J. W. S.; RODRIGUES M. C. S. Comunicação efetiva no trabalho em equipe em saúde: desafio para a segurança do paciente. Cogitare Enfermagem, 2015; v.20, n.3. [acesso em 19 dez 2017]. Disponível: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/40016/26245. http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2722002-revogada-pela-resoluao-cofen-n-3582009_4309.html http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2722002-revogada-pela-resoluao-cofen-n-3582009_4309.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0048_02_06_2000.html http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_tratamento_emergencia_queimaduras.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_tratamento_emergencia_queimaduras.pdf http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/40016/26245. 16 Organização Mundial de Saúde [OMS] (2002) - Envelhecimento activo: uma política de saúde. Acedido a 21 de Dezembro de 2010 em http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/envelhecimento_ativo.pdf PEREIRA, L.L.; TAKAHASHI, R.T. Auditoria em enfermagem. In: KURCGANT, P, organizadora. Administração em Enfermagem. São Paulo: EPU, 1991. p. 215 -22. BRASIL. Ministério da saúde. Diabetes. Disponível em:<http://www.saude.gov.br/saude-de- a-z/diabetes>. Acesso em 01 Julho de 2020. SOCIEDADE BRASIELEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2018/v11103/pdf/11103021.pdf>. Acesso em 01 Julho de 2020. SMANIOTTOPHS, G. R. ; CARVALHO, V. F.; FERREIRA, M.C. Tratamento clínico das feridas – curativos. Rev Med. 2010; 89 (3/4): 137-41. http://www.prosaude.org/publicacoes/diversos/envelhecimento_ativo.pdf http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2018/v11103/pdf/11103021.pdf 17 6 ANEXOS CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE COORDENAÇÃO GERAL DE ENFERMAGEM COORDENAÇÃO GERAL DE ESTÁGIO CURRICULAR E ENSINO CLÍNICO RELATÓRIO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS DE ESTÁGIO CURRICULAR Aluno(a) Estagiário(a): Rosana Dantas dos Santos Matrícula: 201501145681 Semestre:2020.1 Período: 10° Disciplina: Supervisionado em Saúde do Adulto e Idoso Preceptor (a): Fellipe Johnnata Fidelis Neri Santos Data Horário Atividades realizadas Assinatura do aluno 06/02 18:30 às 22 Entrega de termos e a realização do seguro 13/02 18:30 às 22 Apresentação da Ementa 17/02 18:30 às 22 Evento Super 10 com o tema: Conhecendo o seu Campo de Estágio 18/02 18:30 às 22 Evento Super 10 com o tema Código de Ética de Enfermagem , a importância da ABEN para Enfermagem 19/02 18:30 às 22:00 Evento Super 10 com o tema urgências Psiquiátricas e gerenciamento do medo 05/03 Apresentação dos grupos de Metodologia Ativa 12/03 18:30 às 22 Visita Técnica ao HUSE 26/03 18:30 às 22 Aula online via Plataforma Teams com a temática Anamnese e Exame físico 02/04 18:30 às 22 Continuação do assunto de Exame Físico e Anamnese 18 09/04 18:30 às 22 Aula sobre Processo de Enfermagem e Sistematização de Enfermagem 16/04 18:30 às 22 Aula sobre Diabetes Mellitus 23/04 18:30 às 22 Aula tema: Medidas de Prevenção de Infeção relacionada a Assistência a Saúde 30/04 18:30 às 22:00 Aula com o tema: Feridas 07/04 18:30 às 22:00 Continuação da aula sobre Feridas 14/05 18:30 às 22:00 Aula com a temática: Queimaduras 21/05 18:30 às 22:00 Revisão para a prova 04/06 18:30 às 22:09 Prova 08/06 a 10/06 ________ Semana Brasileira de Enfermagem da Estácio 18/06 18:30 às 22:00 Orientações quanto ao encerramento das atividades e relatório 25/06 18:30 às 22:00 Prova 02 02/07 18:30 às 22:00 Entrega do Relatório Parcial 09/07 18:30 às 22:00 Entrega das notas Assinatura e Carimbo do Aluno Estagiário 19 Aracaju/SE, 02 de Julho de 2020 . Assinatura e Carimbo do Professor da Disciplina do Estágio Curricular Supervisionado CONSIDERAÇÕES DO PROFESSOR DE ESTÁGIO SOBRE A ATIVIDADE RELATADA PELO ALUNO Assinatura do professor(a) 20 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO SERGIPE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE DO ADULTO E IDOSO Professor: Felipe Fidelis Discente: Rosana Dantas dos Santos REGISTROSDE ENFERMAGEM 1. Em um hospital público durante a auditoria interna para investigação de um processo em que a família acusava a instituição de assistência deficiente foi identificado na avaliação dos registros de enfermagem as seguintes situações: O registro de enfermagem apresentava algum problema em relação a redação e exigências legais? Aponte-os. Resposta: Sim, não apresenta em ordem cronológica, letras ilegíveis, na assinatura não apresenta o carimbo e rasuras. 21 2. Como registros de enfermagem, temos as anotações e a evolução de enfermagem. No exemplo citado acima qual o tipo de registro realizado? Resposta: Evolução de Enfermagem. 3. Quais informações devem conter uma evolução de enfermagem? Resposta: Nome, data, quantidade de dias de internação, diagnóstico médico como o paciente estar no leito e o tipo de posição, exame físico e SSVV. 4. Realize a avaliação da evolução de enfermagem que se segue avaliando os seguintes aspectos de acordo com o guia de recomendações dos registros de enfermagem do COFEN: ITENS DE VERIFICAÇÃO C N Data e hora? X Tempo de internação? X Diagnóstico médico? X Descreve como encontrou o paciente (no leito? Fowler? Acompanhado?) X 22 Descreve o nível de consciência? Discriminar sequencialmente o estado geral, considerando: neurológico, respiratório, circulatório, digestivo, nutricional, locomotor e geniturinário? X Descreve os dispositivos em uso? X Descreve as eliminações considerando: secreções traqueais, orais e de lesões, débitos gástricos de drenos, de ostomias, fezes e diurese, quanto ao tipo, consistência, odor e coloração? X Descrição da nutrição? X Descreve os sinais vitais? Inclusive a dor? X Cuidados prestados aos pacientes, considerando: higienizações, aspirações, curativos, troca de drenos, cateteres e sondas, mudanças de decúbito, apoio psicológico e outros. X Descreve riscos assistenciais aos quais o paciente possa está exposto? (Queda, flebite, broncoaspiração, suicídio?) X Contém o nome do profissional completo, nº do COREN e categoria? X Contem rasuras, espaços em branco, letras ilegíveis, siglas não padronizadas? X C: Conforme NC: Não conforme 5. De acordo com a sarje abaixo realize uma evolução de enfermagem da admissão baseado 23 nos dados apresentados. Data/Hora EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 02/04/2020 19:00 Paciente J.L.S, 68 anos, masculino, foi admitido no pronto socorro proveniente de sua residência em companhia da sua filha, consciente, orientado, dispneico queixando- se de muito sono, polidipsia, retenção urinária, tosse, cansaço, fraqueza bê tremedeira. Ao realizar os SSVV: PA: 80x60, FC: 88bpm, Temp: 39°C; De: 25 rpm, Sto2: 88%, com provável diagnóstico de sepse, foi iniciado protocolo de sepse, colhido material para exames e deu início a infusão de soroterapia e antibiótico conforme prescrição médica. Paciente foi transferido para a emergência a pedido médico e segue aos cuidados da Enfermagem sem intercorrências Acd.EnfermagemRosanaDantasdos Santos201501145681Estacio. 24 25 26 27 28 29 30 31 32 7. APENDICE FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ROSANA DANTAS DOS SANTOS RESENHA CRÍTICA Aracaju 2020 33 Infecções relacionadas à assistência à saúde: desafios para a saúde pública no Brasil O artigo que tem como os autores Maria Clara Padveze e Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza e foi publicado na Revista Saúde Pública em 2014 assim desenvolveram a narrativa de crítica sobre infecções relacionadas à assistência à saúde quanto aos elementos normativos e administrativos da prevenção, da magnitude do fenômeno, apontando desafios para o controle de tais infecções no Brasil. Considerou-se premente haver discussão nacional sobre o tema por meio do diálogo entre os segmentos da representação governamental, das instituições, dos trabalhadores e usuários do sistema de saúde, para superação desses desafios. Os danos infecciosos da assistência foram trazidos à tona durante a chamada “revolução pasteuriana”, por nomes como Ignaz Semmelweis, Florence Nightingale e Joseph Lister. Ao longo do século XX, em consequência do suporte avançado de vida e de terapias imunossupressoras, observou-se a necessidade de medidas de controle nos hospitais. As IRAS apresentam impacto sobre letalidade hospitalar, duração da internação e custos. O aumento das condições que induzem à internação de indivíduos cada vez mais graves e imunocomprometidos, somado ao surgimento da resistência a antimicrobianos, confere às IRAS especial relevância para a saúde pública. Além disso, os países em desenvolvimento sofrem com maior carga de IRAS, podendo ser até 20 vezes superior aos países desenvolvidos.2,13 Fatores associados à escassez e qualificação de recursos humanos, aliados à estrutura física inadequada em serviços de saúde e ao desconhecimento de medidas de controle de IRAS, contribuem para esse cenário. Reconhecendo o fenômeno das IRAS como problema de saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que a autoridade de saúde designe uma agência para o gerenciamento de um plano em âmbito nacional, o qual deverá estar alinhado com os demais objetivos em saúde. Para o Brasil, é importante haver discussão sobre as ações programáticas, reconhecendo os avanços até o momento, identificando os desafios e propondo caminhos que possam ampliar a potencialidade dessas ações. O presente artigo teve por objetivo apresentar os principais marcos históricos e regulatórios da prevenção das infecções relacionadas à assistência em saúde, a magnitude do problema no Brasil e uma visão crítica sobre os desafios e necessidades para sua prevenção no País 34 Marcos históricos e regulatórios referentes às IRAS no Brasil Embora as primeiras comissões de controle de infecção hospitalar (CCIH) tenham surgido na década de 1960, as ações governamentais programáticas no País tiveram início nos últimos anos da ditadura militar por meio de normativas do Ministério da Saúde (MS). Em 1990, foi realizada a Conferência Regional sobre Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares, em que foi apontada a necessidade de implementação de comissões nacionais de prevenção de controle de IRAS. Entrementes no Brasil, essa comissão já havia sido implantada por meio da instituição do Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (PNCIH). Como resultado, foi criada a Divisão Nacional de Controle de Infecção Hospitalar. A partir de 2000, o PNCIH foi vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que assumiu as interfaces com os demais órgãos de vigilância sanitária (Tabela). Essa transição do Programa Nacional de IRAS para a Anvisa é um marco emblemático, indicandoque para o Estado brasileiro o manejo das IRAS em âmbito governamental deveria manter-se na esfera da auditoria sanitária. No ano de 2007, em consonância com o movimento mundial na prevenção de IRAS, o MS aceitou oficialmente o engajamento no Desafio Global para Segurança do Paciente proposto pela OMS. Contudo, a maior parte dessas ações têm se mantido no âmbito da Anvisa, com recente envolvimento do MS nessa proposta. Magnitude do problema de IRAS no Brasil A única avaliação de amplitude nacional de que se tem conhecimento no Brasil até o momento é o estudo de Prade et al (1995), que, em 1994, identificou prevalência de 15,0% de taxas de IRAS em 99 hospitais terciários. A constituição brasileira considera a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado, mas não proíbe a existência de serviços de saúde privados. O Sistema Único de Saúde atua nos três níveis de gestão de forma direta ou através de convênios ou contratos com serviços privados. Por outro lado, o setor privado (saúde suplementar) se organiza de forma variada, através de planos de saúde ou desembolso direto do usuário. Assim, esse sistema dual de saúde, a implementação de modalidades alternativas de gestão e o modelo descentralizado de gestão implicam em um grande número de interlocutores para o diálogo relativo às estratégias de prevenção. Desafios para o futuro da prevenção e controle de IRAS no Brasil O monitoramento das IRAS no âmbito da Anvisa implica abordagem diferente quando comparada aos demais agravos em saúde, que atualmente se encontram sob a Secretaria Nacional de Vigilância, no MS. Na ordem prática, há recursos humanos insuficientes para o seu manejo e não há um 35 financiamento específico para o Programa Nacional de Prevenção e Controle de IRAS. É premente uma profunda discussão nacional sobre qual deve ser a manifestação concreta de interesse do Estado brasileiro para a prevenção de IRAS. O diálogo entre os segmentos da representação governamental, das instituições de saúde, dos trabalhadores em saúde e dos usuários do sistema é elemento chave na superação desses desafios.
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