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Fisioterapia na Atenção Básica Atuação do Fisioterapeuta na Incontinência Urinária Hoje é cada vez mais comum encontrarmos pessoas com incontinência urinária. Mas o que é a incontinência urinária? Você sabe a importância da fisioterapia nessa disfunção? Inicialmente abordaremos a incontinência urinária de maneira geral, e depois falaremos sobre o papel da fisioterapia nessa disfunção. A incontinência urinária (IU) é qualquer perda involuntária de urina, exceto para crianças, com importante impacto na qualidade de vida. Dentre os tipos de IU, a incontinência urinária de esforço (IUE) é a mais prevalente (86%). A incontinência urinária afeta 27% da população mundial de ambos os sexos e é duas vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens, atingindo 30 a 70% das mulheres na pós-menopausa. Se divide em 3 tipos: De esforço: é a perda urinária involuntária, que ocorre após exercício físico, tosse ou espirro; de urgência ou urge-incontinência (não consegue segurar): perda urinária acompanhada por forte desejo de urinar. A paciente que tem IUU, tem a síndrome da bexiga hiperativa; mista: quando há, simultaneamente, IUE e por urgência. Há fatores de risco que contribuem para o surgimento da IU: Não obstétricos: idade, raça, herança genética correlacionada ao colágeno, tabagismo, obesidade, baixo nível socioeconômico, atividades laborativas com grande esforço físico e cirurgias ginecológicas prévias; Obstétricos: parto vaginal, principalmente se for operatório (fórceps), episiotomia rotineira, peso de recém-nascido (3.000 g), maior duração do segundo estágio do trabalho de parto e apresentação fetal não cefálica. Os sintomas da IU se subdividem em enchimento e esvaziamento: Enchimento: perda urinária antes da micção; enurese (acorda urinado); Noctúria (acorda para urinar várias vezes a noite); urgência; urgeincontinência; perda aos esforços. Esvaziamento: disúria (dor ou queimação); sensação de esvaziamento incompleto (ainda tem xixi?); hesitação (dificuldade de iniciar, precisa fazer esforço); gotejamento pós-miccional; fluxo intermitente (descontínuo); esforço para urinar. Antes do tratamento, é necessária uma detalhada avaliação cinético funcional. Essa avaliação é composta por: Anamnese: Medicamentos em uso; queixa principal; dados pessoais; doenças associadas; história obstétrica (como foi o parto?; Parto normal? Episiotomia?); hábitos alimentares (alimentos irritam a bexiga) e ingesta hídrica; antecedentes cirúrgicos; história dos sintomas; história sexual; exames complementares; Inspeção: identificar a presença de cicatrizes, feridas, eritemas, corrimento, distopias; Palpação: identificar os reflexos, trofismo da parede, áreas dolorosas, simetria das paredes vaginais; Avaliação da força muscular: escala de Oxford modificada (que gradua de 0 a 5), por meio da introdução do dedo do examinador; Diário miccional: avaliar a frequência de vezes ao banheiro; (fazer durante 3 dias).
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