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VILLALTA, Luiz Carlos 1789-1808 – O império luso-brasileiro e os Brasis

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Identificação da Obra: VILLALTA, Luiz Carlos. 1789-1808 – O império luso-brasileiro e os Brasis. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
 
Autor: Luiz Carlos Villalta 
	Luiz Carlos Villalta, bolsista de produtividade do CNPq, é professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 2002, tendo sido antes, por cerca de 14 anos, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É co-organizador dos dois volumes da História de Minas Gerais: As Minas Setecentistas (2008) e autor de 1789-1808 O Império Luso-brasileiro e os Brasis (2000) e de vários capítulos sobre a história do livro e da leitura no Brasil e em Portugal.[footnoteRef:1] [1: Disponível em: http://www.casadapalavra.com.br/autor/209/Luiz+Carlos+Villalta?PHPSESSID=d101ed7278b8eabb2e5c20e79805a16e – Acessado em: 02/04/2012] 
A obra 
O livro aborda o conturbado período (passagem do século XVIII para o século XIX) marcado por três inconfidências - a de Minas (1788-89), a do Rio de Janeiro (1794) e a Bahia (1793-98) - e pela transferência da família real lusitana para o Brasil (1808). A virada assistiu ao confronto de projetos políticos distintos, a possibilidades de fragmentação do território colonial em Brasis, à derrota de algumas utopias e à criação de um império luso-brasileiro sediado na Colônia. Ao mesmo tempo, o autor detecta ideologias que se infiltravam na colônia, causadoras de problemas futuros.
O Reformismo Ilustrado, a “Revolução” e o Império Luso-Brasileiro
	O Reformismo ilustrado incorporou ideias das Luzes, conciliou a valorização da razão e das ciências que ameaçava o Reformismo com idéias ilustradas que questionava o domínio colonial. O autor evidencia o desejo no Reformismo ilustrado de realizar reformas econômico-sociais no sentido de romper com o panorama cultural imposto por Portugal. 
	O reinado de D.josé I (1750-1777) tinha por objetivo a elevação de Portugal em relação às potências européias, reformando a economia, fortalecendo o poder do Estado e firmando a supremacia da Coroa perante a nobreza e o clero. Gerou reformas políticas que favoreciam os setores sociais que promoviam o comércio ultramarino e o desenvolvimento das manufaturas, fomentando a retenção e o acúmulo de capital em Portugal.
	No reinado de D. Maria rompem-se os ideais pombalinos, nomeando a cargos políticos intelectuais ilustrados que se opuseram a Pombal. Percebe-se também uma mudança na política econômica, extinguindo os estancos e as companhias privilegiadas de comércio. Mantêm o impulso na manufatura do Reino, por conseqüência, a manufatura de tecidos foi proibida no Brasil. O autor deixa evidente o distanciamento do reinado à perspectiva pombalina, que mantêm o pressuposto no qual era necessário promover a metrópole e a colônia, sem diminuir o status de imposição da metrópole. As reformas econômico-sociais impulsionaram a metrópole como pólo articulador e manteve o exclusivismo comercial luso-brasileiro. O Reformismo ilustrado promove crescimento econômico de Portugal, porém esse crescimento é frustrado pela pressão na abertura dos portos. 
	A independência dos Estados Unidos da América tornou-se um baque na relação Portugal/Inglaterra, visto que Portugal mantinha relações privilegiadas com a metrópole. A aceitação na independência das 13 colônias poderia gerar um conflito com a Inglaterra, sendo assim, Portugal alinha-se a Londres e fecha os portos portugueses aos navios norte-americanos. Porém, a Coroa altera sua decisão visto que o fechamento dos portos trouxe prejuízos econômicos e fora que Portugal sofria pressão por parte da Espanha e da França que viam na independência dos Estados Unidos uma oportunidade de enfraquecer a Inglaterra. 
	As revoluções que culminaram na época despertaram o temor das autoridades em relação a suas possíveis conseqüências na América. A inconfidência mineira gera temor de uma possível revolução na América. O julgamento da Conspiração de Minas foi utilizado para glorificar a imagem da Rainha e restabelecer a ordem na colônia, para isto a Rainha concede a clemência régia a todos os envolvidos, exceto Tiradentes, sendo este enforcado, esquartejado e seu corpo espalhado como aviso ao que poderia advir de uma rebelião contra a Metrópole. 
	A Inconfidência Carioca foi a repressão por parte do Governo colonial a um movimento de intelectuais que surgia no Rio de Janeiro. Mesmo que o vice-rei do Brasil, Conde de Resende, avaliasse que pudesse não ter ideal separatista, a rebelião ia contra a autoridade portuguesa. Passa-se a uma vigia constante aos suspeitos de professar ideias políticas e religiosas consideradas perigosas. 
	Enquanto Portugal teme a revolução, no interior das elites culmina-se o propósito de constituir um império luso-brasileiro, defendendo os princípios da unidade política e dependência econômica entre metrópole e colônias. A transferência da Corte para o Brasil era vista como necessária, já que permanecer em Portugal implicaria risco de aprisionamento pelos franceses que culminaria na abdicação da Coroa, extinguindo o Império Colonial português. 
	Refém de uma possível invasão francesa e de uma pressão inglesa, a Corte é transferida para o Brasil em 1808, o que acaba por vir a ser o estopim da crise colonial. A chegada da Família Real resultou na abertura dos portos brasileiros, cedendo à entrada dos manufaturados ingleses e rompendo com o exclusivismo comercial, inicia-se então uma crise sociopolítica do sistema. O texto aborda de forma clara os processos que antecedem a independência do Brasil, quando os interesses de setores da sociedade colonial combinaram-se à influência das Luzes, das tradições político-culturais portuguesas e ao exemplo das colônias norte-americanas e da revolução francesa, iniciando um novo pensamento separatista. 
 doms, local para onde era levado o que se produzia, e sobre o qual a aristocracia fazia todos os esforços para fortalecer o se

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