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Aula 01-criminologia (1)

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CRIMINOLOGIA
Criminologia
Livro Eletrônico
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CRIMINOLOGIA
Criminologia
Prof.ª Mariana Barreiras
SUMÁRIO
Criminologia: Conceito, Cientificidade, Objeto, Método, Sistema e Funções .........3
Apresentação .............................................................................................3
1. Criminologia: Conceito, Cientificidade, Objeto, Método, Sistema e Funções .....4
1.1. Conceito .............................................................................................4
1.2. Cientificidade .......................................................................................5
1.3. Objeto ................................................................................................6
1.4. Método .............................................................................................14
1.5. Sistema ............................................................................................17
1.6. Funções ............................................................................................20
Resumo ...................................................................................................27
Questões de Concurso ...............................................................................30
Gabarito ..................................................................................................36
Gabarito Comentado .................................................................................37
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CRIMINOLOGIA
Criminologia
Prof.ª Mariana Barreiras
CRIMINOLOGIA: CONCEITO, CIENTIFICIDADE, OBJETO, 
MÉTODO, SISTEMA E FUNÇÕES
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a)!
Começarei a aula me apresentando. Sou formada em Direito pela Universidade 
de São Paulo (USP). Desde o começo da faculdade, sempre gostei muito das ma-
térias penais. Por isso, já na graduação, fiz o laboratório de iniciação científica do 
Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, oportunidade em que escrevi sobre a de-
linquência feminina. Logo depois da graduação, tornei-me servidora do Ministério 
Público do Estado de São Paulo e ingressei no mestrado em Direito Penal e Crimino-
logia, novamente na USP. Na dissertação de mestrado, escrevi sobre a presença de 
mulheres na Polícia Militar, com foco nos temas de Criminologia. Atualmente, sou 
Consultora da Câmara dos Deputados e professora de cursos preparatórios para 
concursos nas matérias Atividade de Inteligência e Legislação Correlata, Direito 
Penal e Criminologia.
Ministrarei o curso de Criminologia e tentarei fazê-lo de maneira bem didática, 
para ajudar tanto quem nunca teve contato com a matéria quanto quem já estudou 
e precisa rever os conceitos de forma sistematizada.
Neste curso, dividirei o conteúdo do edital em oito aulas:
• criminologia: conceito, cientificidade, objeto, método, sistema e funções;
• fundamentos históricos e filosóficos da Criminologia: precursores, Iluminismo 
e as primeiras escolas sociológicas. Marcos científicos da Criminologia. A es-
cola liberal clássica do Direito Penal e a Criminologia positivista;
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Criminologia
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• a moderna Criminologia científica: modelos teóricos explicativos do compor-
tamento criminal. Biologia criminal, Psicologia Criminal e Sociologia Criminal;
• teoria estrutural-funcionalista do desvio e da anomia. Teoria das subculturas 
criminais. Do labelling approach a uma criminologia crítica;
• a sociologia do conflito e a sua aplicação criminológica;
• sistema penal e reprodução da realidade social;
• cárcere e marginalidade social;
• modelo consensual de Justiça criminal.
1. Criminologia: Conceito, Cientificidade, Objeto, Método, Siste-
ma e Funções
1.1. Conceito
A Criminologia é uma ciência interdisciplinar e empírica, que se ocupa do es-
tudo do crime, do delinquente, da vítima e dos mecanismos de controle social. É 
um saber que se aproxima do fenômeno criminal com o intuito de entender sua 
origem, suas causas, individuais e sociais, suas consequências e o funcionamento 
das instâncias de controle.
As bancas adoram usar o termo “Etiologia”. Ele se refere ao estudo das causas da 
criminalidade. Às vezes, as bancas usam palavras parecidas apenas para confundir 
o(a) candidato(a), como, por exemplo, “Etimologia”. Você já não errará isso!
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Enquanto o Direito Penal valora a sociedade, estabelecendo o que pode e o que 
não pode ser feito e prevendo a aplicação de sanções para o descumprimento das 
normas, a Criminologia se encarrega de encarar o fenômeno de forma objetiva, 
sem conotação valorativa, sem mediação, sem julgamentos.
Em boa síntese:
Cabe definir a Criminologia como ciência empírica e disciplinar, que se ocupa do estudo 
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento deli-
tivo, e que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, 
dinâmica e variáveis principais do crime – contemplando este como problema individual 
e como problema social –, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mes-
mo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou 
sistemas de resposta ao delito1.
1.2. Cientificidade
A Criminologia é uma ciência. Possui objeto de estudo próprio, método próprio 
e fornece informações válidas sobre o fenômeno criminal. Não se baseia em intui-
ções, “achismos”, mas sim em marcos teóricos que vêm sendo construídos há mais 
de um século.
Lembre-se, entretanto, de que é uma ciência humana, não exata. Assim, a in-
formação que essa ciência fornece é válida, confiável, porém não exata ou defini-
tiva. Os criminólogos observam a realidade, analisam dados, transformam-nos em 
informações, mas não buscam leis universais irrefutáveis que estabeleçam relações 
de causa e efeito entre as pessoas e os fenômenos criminais. Em vez de tentar fixar 
regras de causalidade, a Criminologia busca correlações, fatores que interliguem 
pessoas e eventos criminais.
1 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio; GOMES, Luis Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos 
teóricos; introdução às bases criminológicas da Lei n. 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 5ª ed. 
São Paulo: RT, 2006. p. 33.
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1.3. Objeto
Delito
O conceito de delito para a Criminologia não é o mesmo conceito utilizado pelo Di-
reito Penal. Juridicamente, crime é o fato típico, ilícito e culpável, ou seja, em resumobem apertado, pode-se dizer que uma conduta é delitiva para o Direito Penal se ela 
se submete à descrição de uma norma penal proibitiva; não se encaixa em nenhuma 
das hipóteses de exclusão da ilicitude (estado de necessidade, legítima defesa, exer-
cício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal); e é reprovável.
Para a Criminologia, no entanto, os requisitos a serem preenchidos para que 
uma conduta seja considerada criminosa são outros.
Segundo Salomão Shecaira, uma conduta para ser considerada crime pela Cri-
minologia deve apresentar:
• incidência massiva na população: não devem ser consideradas criminosas as 
condutas isoladas, que não se reiteram. Segundo esse critério, não é razoável, 
por exemplo, criminalizar a conduta de molestar cetáceo (baleias, golfinhos), 
pois não é algo que ocorre com frequência no país (Lei n. 7.643/1987, art. 
1º – “fica proibida a pesca, ou qualquer forma de molestamento intencional, 
de toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras”);
• incidência aflitiva: crime é algo que causa dor. Não devem ser previstas como 
crimes condutas que não causem sofrimento. Segundo esse critério, não é 
razoável que seja considerada crime a conduta de utilizar o termo “couro sin-
tético” para denominar produtos que não sejam obtidos exclusivamente de 
pele animal (Lei n. 4.888/1965);
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• persistência espaço-temporal: se a conduta não se distribui por nosso terri-
tório ao longo de um certo tempo, não deve ser criminalizada. Imagine, por 
exemplo, um país que não receba muitos turistas. Nesse caso, é impensável 
que seja razoável criminalizar especificamente a conduta de aplicar golpes 
em turistas, ou aplicar uma pena mais alta a essa prática se comparada ao 
estelionato comum;
• inequívoco consenso social: é necessário que haja inequívoco consenso social 
sobre a razoabilidade de se criminalizar a conduta. Ainda, por exemplo, que 
se saiba que o álcool é uma droga e que produz consequências nefastas, não 
há consenso sobre a razoabilidade de se proibir o seu uso e comércio2.
Delito e crime podem ser usados como sinônimo. No Direito Penal, crime (ou delito) 
e contravenção são espécies de infração penal. Em linhas gerais, pode-se dizer que 
a contravenção é um crime menor, menos grave. A Criminologia utiliza, normal-
mente, o termo delito ou crime para se referir a todas as infrações penais.
Crime para a Criminologia Crime para o Direito Penal
Incidência massiva na população Tipicidade
Incidência aflitiva Ilicitude (antijuridicidade)
Persistência espaço-temporal Culpabilidade
Inequívoco consenso social
Delinquente
A Criminologia passa a estudar o delinquente a partir da segunda metade do 
século XIX, com o advento da Filosofia positivista. Antes disso, predominavam os 
estudos dos teóricos clássicos, ou iluministas.
2 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2ª ed. São Paulo: RT, 2008, p. 50 e ss.
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Segundo os autores clássicos, as pessoas possuem livre-arbítrio, ou seja, po-
dem fazer escolhas. O cometimento de um crime é fruto de uma decisão que im-
plica quebra do pacto social de convivência pacífica. O delinquente deve ser punido 
pelo mal que causou com a sua escolha. A ele, então, são aplicáveis as penas pre-
vistas no ordenamento jurídico, utilizando-se a técnica dedutiva de subsumir uma 
conduta a uma norma penal incriminadora.
Os postulados racionais do Iluminismo foram sintetizados na célebre obra de 
Cesare de Bonesana, o Marquês de Beccaria, Dos delitos e das penas (1764). Ela 
serviu de base para a valorização da dignidade das pessoas e para a consequente 
humanização das penas, em contraposição à crueldade das sanções existentes até 
a primeira metade do século XVIII. O indivíduo escolhe ou não obedecer às leis, 
mas o Estado não pode escolher tratamentos cruéis e desumanos.
A partir da segunda metade do século XIX, as teorias positivistas começam a 
ganhar força. Opondo-se ao racionalismo dedutivo dos clássicos, os positivistas 
defendem a observação dos fenômenos criminais, com primazia para a experiência 
sensitiva humana. A ideia era aplicar, nas ciências humanas, métodos oriundos das 
ciências naturais. Como não era possível realizar essa aplicação em relação às nor-
mas, começa-se a estudar o próprio delinquente. Muitos autores identificam que aí 
nasce, verdadeiramente, a Criminologia como ciência.
Para os positivistas, o livre-arbítrio era uma ilusão. O delinquente era escravo 
do determinismo biológico ou do determinismo social. No determinismo biológico, 
acredita-se que diferenças genéticas entre os indivíduos os tornam mais propensos 
ao crime. São doenças, patologias que levam o indivíduo a se tornar um delinquen-
te. No determinismo social, são as características do ambiente social que levam um 
indivíduo ao crime. Em ambos os casos, não há espaço para a escolha do indivíduo.
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É típica do pensamento clássico a adoção de penas proporcionais ao mal causa-
do. É característica do pensamento positivista a adoção de medidas de segurança 
com finalidade curativa, pelo tempo em que persistisse a patologia.
Há, ainda, a visão correcionalista, para a qual o criminoso é um fraco, uma 
pessoa cuja vontade deve ser direcionada. O delinquente não é capaz de dirigir a 
sua vida, sendo necessária a intervenção do Estado, que deve adotar postura pe-
dagógica e de piedade. Aqui se encaixam as reprovações, no ordenamento jurídico 
brasileiro, dos atos infracionais praticados por adolescentes.
Para o marxismo, por sua vez, a sociedade é culpável pelo crime. O delinquente 
é vítima inocente e fungível (substituível) das estruturas econômicas injustas da 
sociedade.
Essas visões não são necessariamente excludentes entre si. O delinquente pode 
estar sujeito às influências do meio, mas ser capaz de superá-las por sua vontade. 
Tudo isso demonstra como o delinquente se tornou e tem um peso muito importan-
te nos estudos de Criminologia.
Vítima
Em relação à vítima, os estudos criminais, de maneira geral, passaram por três 
grandes momentos.
Idade de ouro da vítima: perdura desde os primórdios da civilização até o fim 
da Alta Idade Média. Nessa época, havia a possibilidade de autotutela, ou seja, de 
fazer justiça pelas próprias mãos.
Hoje, a autotutela é crime. Trata-se do delito de exercício arbitrário das próprias 
razões, do art. 345 do Código Penal:
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Exercício arbitrário das próprias razões
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legíti-
ma, salvo quando a lei o permite:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à 
violência.
Parágrafo único. Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Havia também, na idade de ouro, a possibilidade de aplicação da lei de talião. 
Conhecida pela máxima “olho por olho, dente por dente”, essa regra tem a ideia de 
correspondência entre o mal causado a alguém e o castigo que deve receber. A um 
homicida, por exemplo, poderia ser imposta a pena de morte.
Atualmente, no Brasil, existe previsão de pena de morte no Código Penal Militar para 
crimes militares em tempo de guerra, tais como traição, espionagem, favorecimento 
do inimigo, aliciação de militar, ato prejudicial à eficiência da tropa, fuga em presen-
ça do inimigo, motim, revolta, conspiração, rendição, epidemia, envenenamento ou 
corrupção (poluição) de água potável, forragem ou víveres, dentre outros.
Foi durante a era de ouro da vítima que se desenvolveu o processo penal acusa-
tório, em que as funções de acusar, julgar e defender estavam em mãos distintas. 
As partes tinham iniciativa probatória, diante de um juiz inerte, que não podia pro-
duzir as provas independentemente da provocação do autor e do réu.
Neutralização do poder da vítima: essa fase tem início com a adoção do proces-
so penal inquisitivo, no século XII. Em oposição ao processo acusatório, o processo 
inquisitivo concentra as funções de acusar e julgar nas mãos do juiz, ou seja, o juiz 
passou a ter a iniciativa da própria acusação ao mesmo tempo em que continuava 
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a exercer a competência de julgar a causa. A ideia inicial era diminuir a impunida-
de, já que essa acabava sendo a consequência em muitos casos quando a iniciativa 
extremamente dispendiosa de acusar estava nas mãos de um particular durante o 
processo acusatório. No entanto, o processo inquisitório acabou se revelando pro-
blemático por dificultar a imparcialidade do juiz, que deixou de ser um árbitro e 
passou a ser um inquisidor.
Nessa fase de neutralização, a vítima perdeu, portanto, o poder de reação ao 
fato delituoso, que passou para as mãos da Administração Pública. A pena não era 
mais dirigida a compensar a dor da vítima ou mesmo determinada em função des-
sa dor. A sanção penal passou a ser uma garantia para o grupo social de que eles 
podiam ter expectativa na norma, pois a frustração de seus comandos geraria uma 
consequência.
Desapareceu, nessa fase, a autotutela. A vítima perdeu seu poder na persecu-
ção penal.
Revalorização do poder da vítima: essa fase tem início no século XVIII e perdura 
até os dias atuais. Considera-se que a vítima havia sido esquecida pelo processo 
criminal e que é necessário recuperar certa parcela de seu protagonismo. Os auto-
res penalistas clássicos (séculos XVIII e XIX) começam a mencionar a importância 
da vítima, mas é com a consolidação da Criminologia que os discursos de que a 
vítima deve ter proeminência ganham força.
Esse discurso se verifica de maneira pronunciada com Benjamim Mendelsohn, 
advogado israelita que utiliza o termo vitimologia em 1947 para descrever o sofri-
mento dos judeus nos campos de concentração de Alemanha nazista.
A vitimologia procura entender qual o papel desempenhado pela vítima no fenô-
meno criminal; qual tipo de assistência é necessária para fazer frente aos traumas 
deixados pelo evento criminoso; e quais são as taxas reais de criminalidade.
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Um dos problemas verificados nessa etapa de revalorização do poder da vítima 
é a pressão que as vítimas ou seus parentes exercem em nossa sociedade, legisla-
dores e julgadores para que haja punições extremamente severas em função da dor 
que estão sentindo, o que pode levar a um movimento de punitivismo exacerbado.
Controle Social
Controle social é o conjunto de meios de intervenção, quer positivos, quer ne-
gativos, acionados por cada sociedade ou grupo social a fim de induzir os próprios 
membros a se conformarem às normas.
Shecaira, de modo conciso e bastante elucidativo, explica que controle social é 
o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter o indivíduo 
aos modelos e normas comunitários.3
Controle social, portanto, são os freios que a sociedade apresenta aos indivíduos 
que almejam a prática de alguma conduta antissocial. Existem inúmeros critérios 
para classificar as instâncias de controle social. A dualidade mais comumente utili-
zada na Criminologia é aquela que separa controle social formal de controle social 
informal. O critério que diferencia uma categoria da outra é a presença (controle 
social formal) ou ausência (controle social informal) de Estado. Como exemplos 
de freios sociais informais podem ser citados a família, a vizinhança, o trabalho, a 
igreja, a opinião pública, os clubes, as associações, os meios de comunicação de 
massa. Já os agentes de controle social formal são a polícia, o Poder Judiciário, a 
administração penitenciária, o sistema penal etc.
A Criminologia deu seus primeiros passos para incluir o controle social entre 
seus objetos de estudo no começo do século XX. Isso se deu com a Escola de Chi-
cago e seu enfoque empírico e transdisciplinar, que se propôs a discutir múltiplos 
aspectos da vida humana, todos relacionados com a vida na cidade.
3 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2ª ed. São Paulo: RT, 2008, p. 60.
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Entre os anos 1920 e 1930, Robert Ezra Park, Ernest W. Burgess e seus alunos 
produziram mais de 20 obras sobre a ecologia urbana da cidade de Chicago, abor-
dando problemas como falta de moradia, desorganização social, guetos, zonas re-
sidenciais ricas e pobres, distribuição de doentes mentais na cidade, entre outros. 
Em diversas dessas obras, os bairros de Chicago são divididos e analisados de acor-
do com seus problemas sociais. Esses bairros ou áreas seriam analisados também 
a partir das possibilidades moralizadoras ou de controle social que geravam em 
seus habitantes. A cidade, em geral, permitia a confusão, a mobilidade e, portanto, 
o refúgio e a criação de personalidades conflitivas, como vagabundos, alcoólatras, 
prostitutas e delinquentes. Todos eles, porém, seriam reprimidos e censurados em 
determinadas áreas morais, nas quais, em virtude desse controle social, não se 
verificariam conflitos sociais significativos.
Percebe-se, assim, que as instâncias de controle social, sobretudo as informais, 
começaram a ser estudadas como fatores que influenciam a criminalidade de um 
determinado local. No entanto, não foi ainda nessa oportunidadeque o controle 
social se consolidou como objeto da Criminologia, até mesmo porque o papel das 
agências formais no fenômeno criminoso ainda não era olhado com interesse.
Isso viria a ocorrer algumas décadas mais tarde, sobretudo, a partir dos anos 
de 1960, nos Estados Unidos, com o labelling approach, também conhecido como 
teoria do etiquetamento, teoria da rotulação social ou teoria interacionista. Rom-
pendo com o ideal consensual de sociedade, o labelling propugnava que estudar 
a realidade social implicava estudar os processos de interação individual ocorridos 
no seio da própria sociedade, ou seja, não se pode compreender o crime prescin-
dindo do entendimento da própria reação social. A desviação não é uma qualidade 
intrínseca da conduta, mas um atributo que lhe é conferido por meio de complexos 
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processos de interação social. É decisivo, então, para compreender o crime, com-
preender como funcionam os mecanismos sociais que atribuem o status de delin-
quente a alguém.
Conforme os teóricos interacionistas, para cada uma das ações desviadas é pos-
sível encontrar inúmeras ações similares que não serão rotuladas de criminosas, 
por não serem levadas em consideração ou por não se apresentarem de maneira 
evidente como desviadas. Diante de cada fato, as instituições atuam como filtros, 
definindo sua natureza. Frente as condutas humanas, portanto, as agências for-
mais de controle social atuam como uma grande peneira, a separar quais devem 
ser etiquetadas como criminosas e quais não merecem o rótulo.
Assim, o labelling approach reconhece o caráter constitutivo do controle social 
formal: as instâncias de controle social formal são parte da constituição do crime. 
Os mecanismos e instituições de Direito Penal são instrumentos seletivos e discri-
minatórios. Deixa-se de questionar por que um indivíduo comete crimes, e passa-
-se a indagar a razão de certa conduta ser etiquetada com o rótulo de desviada. 
Nesse questionamento, as agências de controle social adquirem enorme importân-
cia e passam a ser estudadas criteriosamente. Se hoje é comum que haja capítulos 
sobre a polícia, o Ministério Público, as instituições prisionais, o sistema judiciário 
nos livros e manuais de Criminologia, isso, em grande parte, deve-se ao paradigma 
inaugurado pelo labelling approach, que tanto valor atribuiu aos respectivos papéis 
na constituição do delito.
1.4. Método
Assim como ocorre com as demais ciências, os estudos criminológicos não pos-
suem uma lista fechada de métodos que podem ser utilizados. As técnicas têm, no 
entanto, como traços genéricos o empirismo e a interdisciplinaridade.
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Empírico é o conhecimento obtido pelos sentidos humanos. No empirismo, a 
experiência humana sensorial é a base para a compreensão do mundo. Uma ci-
ência empírica, portanto, se baseia na experiência, na observação. Desse modo, 
podemos afirmar que as teorias criminológicas devem ser formuladas e explicadas 
a partir da observação do mundo.
Nesse ponto, a Criminologia difere-se bastante do Direito. Enquanto a Crimino-
logia observa o fenômeno criminal, o analisa, inserindo-se no mundo real, verifi-
cável, o Direito valora o mundo, dizendo como as pessoas devem se comportar e 
quais são as sanções para o descumprimento da norma.
Como ciência empírica que é, a Criminologia se vale de método indutivo, que 
mencionei agora há pouco. No método indutivo, o raciocínio parte de dados particu-
lares (fatos observados, experiências) e, por meio de uma sequência de operações 
cognitivas, chega a leis ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das con-
sequências ao princípio, da experiência à teoria. Esse método empírico e indutivo 
se opõe ao método abstrato e dedutivo largamente utilizado no Direito. No método 
dedutivo, parte-se de uma premissa geral (lei) para uma premissa particular (caso 
concreto ao qual a lei deve ser aplicada). Já na indução, a observação das situações 
particulares leva à formulação de um padrão, um conhecimento genérico que se 
aplicará a casos parecidos com aqueles analisados.
Como exemplo de técnicas empíricas – de observação da realidade – utilizadas 
pela Criminologia, podemos mencionar:
• inquéritos sociais (social surveys): interrogatório direto feito a um número 
considerado de pessoas sobre itens criminologicamente relevantes;
• entrevistas;
• estudos biográficos de casos individuais: estudos descritivos e analíticos de 
experiências criminais de um ou vários casos individuais;
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• observação participante: participação ativa do investigador na vida do grupo 
objeto de investigação;
• estudos de follow up: acompanhamento do desenvolvimento das carreiras 
delinquentes e do comportamento dos delinquentes durante e após um tra-
tamento institucional;
• grupos de controle: estabelecimento de comparações estatísticas entre um 
grupo envolvido com o fenômeno criminal (grupo experimental) e um grupo 
sem envolvimento (grupo de controle) para o estabelecimento de conclusões 
sobre a relevância de determinada variável no fenômeno;
• testes: instrumento padronizado de medida objetiva de determinados aspec-
tos da personalidade;
• tipologia: organização dos fenômenos criminológicos em tipos que reduzem 
uma multiplicidade de fenômenos a um conjunto articulado de características 
(ex.: criminoso nato, louco, ocasional, habitual ou passional);
• estatísticas criminais: registros relativos à criminalidade das instâncias for-
mais de controle social (ex.: estatísticas policiais, do Ministério Público, judi-
ciais, penitenciárias etc.) somados à criminalidade oculta;
• inquéritos de vitimização: inquéritos sociais em que as pessoas são interro-
gadas sobre suas experiências como vítimas de crime;
• criminologia comparada: comparações de dados relativos a diferentes con-
textos culturais, sociais ou nacionais;
• tábuas de prognose: enunciados de probabilidade estatística sobre o compor-
tamento futuro, penalmente relevante, de um indivíduo.
Além de empírica, a Criminologia é interdisciplinar, ou seja: dentro do que se 
conhece por Criminologia estão estudiosos das mais variadas áreas do conheci-
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mento. A Criminologia se realiza com a cooperação de várias disciplinas. A Socio-
logia, a Psicologia, a Medicina, o Direito, a Biologia, a Antropologia, a Estatística,a Assistência Social, todos esses e outros campos do saber fornecem ferramentas 
úteis para a compreensão do fenômeno criminal.
Para que se possa falar em real existência de interdisciplinaridade, deve haver 
conjugação, integração desses saberes especializados. Caso contrário, não haveria 
sequer a própria Criminologia: cada ramo do conhecimento seguiria construindo 
suas teorias de modo isolado. Quando a interdisciplinaridade realmente se verifica, 
o estudo é inteiramente planejado em conjunto e no resultado final dificilmente se 
consegue discernir as contribuições de cada estudioso de forma isolada.
A Criminologia deve, portanto, estudar o fenômeno criminal levando em consi-
deração as pessoas envolvidas, seus corpos, suas mentes, a sociedade em que se 
inserem, tudo ao mesmo tempo, de maneira muito dinâmica e empírica.
1.5. Sistema
No começo desta aula, comentei que, enquanto o Direito Penal valora a socieda-
de, dizendo o que pode e o que não pode ser feito e prevendo a aplicação de san-
ções para o descumprimento das normas, a Criminologia se encarrega de encarar o 
fenômeno de forma objetiva, sem conotação valorativa, sem mediação, sem julga-
mentos. Pois bem. Vamos desenvolver um pouco mais essa ideia. A Criminologia e 
o Direito Penal têm, necessariamente, que dialogar. Quem permite esse diálogo é, 
em grande parte, a política criminal.
Entre a Criminologia e o Direito Penal se interpõe a política criminal, disciplina 
que está, a todo tempo avaliando se o Direito Penal está cumprindo seus objetivos, 
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sejam eles de proteção do bem jurídico, de prevenção ou de repressão. A política 
criminal oferece aos governantes opções concretas para bem equacionar a questão 
criminal. Ela transforma os conhecimentos da Criminologia em opções concretas de 
atuação.
Na imagem representativa a seguir, coloquei a política criminal como uma ponte 
entre a Criminologia e o Direito Penal, mas inserimos uma seta bidirecional co-
nectando as disciplinas. Afinal, ao mesmo tempo em que a Criminologia estuda a 
realidade e tenta compreender o crime, a vítima, o criminoso e o controle social, 
com isso fornecendo ao Direito Penal um arcabouço sobre esse fenômeno traduzido 
em opções concretas pela política criminal, o próprio Direito Penal molda a atuação 
das instâncias de controle social, que são objeto da Criminologia. Uma disciplina 
conversa com a outra a todo tempo.
Exemplo: imagine que você tenha seu celular roubado. A Criminologia pode se 
ocupar desse fenômeno de muitas maneiras, como, por exemplo: por que o crimi-
noso praticou o crime? Quais características do criminoso o tornaram mais propen-
sos a decidir pelo crime? Por que o sistema de justiça criminal mantém preso esse 
ladrão, mas não consegue ser eficiente em relação aos criminosos poderosos? O 
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Estado, antes de punir o criminoso, poderia ter ofertado mais educação, esporte, 
lazer, cultura a esse criminoso? Quais as consequências da pena que a ele será apli-
cada? Qual o impacto que esse evento terá na vida da vítima? Quais os bairros da 
cidade onde mais se cometem esse tipo de crime? Em todos esses casos, o fenô-
meno criminal está sendo analisado de modo empírico e interdisciplinar para que 
conclusões mais genéricas sejam elaboradas, dentro de uma dinâmica indutiva.
A política criminal se ocupará do fenômeno raciocinando, por exemplo, sobre a sufi-
ciência das atuais leis penais para o crime de furto; sobre a eficiência dos instru-
mentos manejados pelas instâncias de controle social; sobre as regras do processo 
criminal e de execução penal.
O Direito Penal, por sua vez, se ocupa, basicamente, de punir o delinquente, apli-
cando àquele caso concreto regras penais genéricas, numa operação dedutiva.
Política criminal é, portanto, a escolha de estratégias de controle social para a 
proteção de um bem jurídico.
Para a tutela de bens jurídicos o Estado pode se valer de estratégias penais e extrape-
nais. Somente se justifica a tutela penal na hipótese de ser um meio eficaz de proteção 
do bem jurídico. Assim, a política criminal, com base em considerações de outros ramos, 
tais como a Criminologia, a filosofia e a sociologia, visa à análise crítica da legislação 
penal e à propositura das devidas alterações4.
A política criminal se dedica a receber as contribuições da Criminologia e propor 
alterações no sistema penal para que desempenhe bem sua função de tutela de 
bens jurídicos.
Franz Von Lizst, jurista austríaco que trabalhou na Alemanha na segunda meta-
de do século XIX, propôs um modelo tripartido da ciência conjunta do Direito Penal. 
Essa ciência conjunta conteria três saberes autônomos, mas que deveriam andar 
4 SALIM, Alexandre; AZEVEDO, Marcelo André. Direito Penal: Parte Geral. 7ª ed. Salvador: JusPodivm, 2017, p. 44.
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interligados: o Direito Penal propriamente dito, ciência normativa e dogmática que 
tem por objetivo punir as condutas desviantes; a Criminologia, como ciência das 
causas do crime e da criminalidade; e a política criminal, consubstanciada em um 
conjunto de princípios fundados na investigação das causas do crime e dos efeitos 
da pena (ou seja, fundados nas contribuições da Criminologia), com base nos quais 
o Estado deve definir que instrumentos utilizará para controlar o fenômeno crimi-
nal.
Criminologia  Indução  Parte-se do caso concreto para tentar elaborar regras 
genéricas.
Direito Penal  Dedução  Parte-se de regras genéricas que devem ser aplicadas 
aos casos concretos.
1.6. Funções
A Criminologia possui variadas finalidades ou funções, que estão interligadas.
Uma das principais funções da Criminologia reside no fornecimento de informa-
ções confiáveis para que o fenômeno criminal seja compreendido e para que pos-
sam ser realizadas intervenções preventivas.
A função básica da Criminologia consiste em informar a sociedade e os poderes públicos 
sobre o delito, o delinquente, a vítima e o controle social, reunindo um núcleo de co-
nhecimentos – o mais seguro e contrastado – que permita compreender cientificamente 
o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem 
delinquente5.
5 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio; GOMES, Luis Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos 
teóricos; introdução às bases criminológicas da Lei n. 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 5ª ed. 
São Paulo: RT, 2006. p. 112.
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A Criminologia se aproxima da realidade social sem valorá-la para conhecer e expli-
car como é o fenômeno criminal e para tentar, ademais, transformar a sociedade.
Nesse ponto, lembre-se de que a Criminologia não se preocupa especificamente 
em analisar a subsunção de uma conduta a um tipo penal. Isso é tarefa do Direito 
Penal. A Criminologia tem por função conhecer quais os crimes que vêm sendo pra-
ticados, a razão do seu cometimento, o impacto deles na sociedade e nas vítimas 
específicas do caso, a consequência das penas para aqueles delinquentes etc.
Lembre-se de que a Criminologia, para cumprir sua função, pode tentar com-
preender as causas do crime, e a isso se dá o nome de “Etiologia”. No desempenho 
dessa função etiológica, deve-se considerar que o crime, na maioria das vezes, terá 
causas multifatoriais. Não se trata da existência de apenas uma causa para o cri-
me, mas sim da coexistência dinâmica de fatores sociais, biológicos, psíquicos etc.
Nessa sistemática de compreender a etiologia do crime, os profissionais da Cri-
minologia traçam perfis antropológicos, sociais, culturais ou psicológicos do crimi-
noso. Esses perfis, somados a determinantes endógenas (interiores ao indivíduo) 
e exógenas (exteriores ao indivíduo), ajudam a Criminologia a tentar compreender 
como se chegou ao cometimento do crime.
No desempenho dessas funções, já deve ter ficado claro que a Criminologia não 
desempenha um papel matemático. É uma ciência humana e, portanto, considera 
o ser humano em suas múltiplas facetas. Pode se utilizar de números – sobretudo 
em seu viés estatístico – mas não se resume a eles e deles pode prescindir. Quan-
do os dados estatísticos criminais são utilizados ou produzidos por profissionais da 
Criminologia, servem de base para a análise de algum fenômeno criminal ou para 
mensuração das propostas de equacionamento do crime.
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Outra função importante da Criminologia é fazer com que o Direito Penal dialo-
gue com as demais ciências que tratam do fenômeno criminal. O crime é, sempre, 
um fenômeno complexo, resultado da interação entre humanos em sociedade. O 
Direito Penal se aproxima do fenômeno criminal valorando os aspectos da vida con-
siderados graves, de forma normativa e dogmática.
As bancas gostam de questionar se a Criminologia é uma ciência normativa, dog-
mática, dedutiva. A resposta é NÃO! Esses são traços distintivos do Direito Penal, 
que o distanciam da Criminologia. O Direito Penal se baseia em normas – é nor-
mativo; é construído em torno de uma série de princípios, dogmas – é dogmático; 
parte de regras gerais que devem ser aplicadas a um caso concreto – é dedutivo. A 
Criminologia, por sua vez, se baseia na observação da realidade – é empírica; não 
possui dogmas; parte do caso concreto para tentar, deles, formular hipóteses de 
generalização – é indutiva.
Ao ter os mecanismos de controle social como objeto de estudo, a Criminologia 
desempenha outra importante função: a de demonstrar a ineficácia do Direito Pe-
nal. A Criminologia mostra que a prevenção criminal não é efetiva, que o sistema 
penal é estigmatizante e fundamental para que a etiqueta de criminoso seja atri-
buída a alguém de maneira efetiva. Nessa função, a Criminologia demonstra que a 
seleção pelos mecanismos penais não apenas é ineficaz como ainda tem o condão 
de acelerar uma carreira criminal e consolidar o “status” de desviado.
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As teorias da reação social afirmam que o Direito Penal causa estigmas: quem é 
selecionado pelos filtros de reação social – polícia, Ministério Público, Poder Judiciá-
rio, penitenciárias – passa a ser marcado com sinais sociais que o inabilitam para a 
plena aceitação social. É muito difícil, se não impossível, que essa pessoa se livre da 
etiqueta de criminoso depois de sua passagem pelas engrenagens de controle penal.
Ainda sobre as instâncias de controle social como objeto de estudo, a Crimino-
logia desempenha a função de demonstrar que a rapidez e a certeza da aplicação 
da sanção penal são mais importantes do que a sua gravidade. Sabe aquela sen-
sação de impunidade que reina no Brasil? Pois bem, estudos criminológicos têm 
demonstrado que o mais importante para o fim dessa sensação não é a previsão ou 
aplicação de uma pena severa, longa, extensa, mas sim a existência de uma pena 
que seja aplicada de forma célere e certa.
Especificamente em relação ao delinquente, pode-se afirmar que a Criminologia 
é uma ciência que tem por função intervir no criminoso, para que ele não volte a 
delinquir, para que seja ressocializado. Nesse aspecto, pesquisas criminológicas 
têm demonstrado o potencial estigmatizante da pena privativa de liberdade e a 
importância das modalidades alternativas de cumprimento de pena, como as pe-
nas restritivas de direito e a pena de multa. Ademais, a Criminologia ressalta a 
importância de o Direito Penal continuar apresentando traços de subsidiariedade e 
fragmentariedade.
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De acordo com o princípio da fragmentariedade, o Direito Penal deve agir como um 
postulado de intervenção mínima, protegendo apenas os bens jurídicos mais rele-
vantes da sociedade e somente quando foram alvo de ataques intoleráveis. Diz-se 
que o Direito Penal é um arquipélago de pequenas ilhas de condutas consideradas 
ilícitas espalhadas pelo mar do penalmente indiferente.
O princípio da subsidiariedade impõe, a seu turno, que o Direito Penal somente 
deve ser utilizado quando outras instâncias de controle não puderem equacionar a 
questão de maneira satisfatória. Assim, se um problema social pode ser enfrentado 
pelas regras do Direito Civil ou administrativo, não deve ser invocado o Direito Pe-
nal. Se uma questão pode ser solucionada no âmbito familiar, não há que se aplicar 
Direito Penal. Voltarei a essa questão mais ao final da aula. Já adianto que esse 
princípio é também conhecido pela expressão latina ultima ratio, que significa, em 
tradução bem livre, “última instância”.
Em relação à prevenção do delito, as teorias criminológicas têm demonstrado 
como são importantes intervenções na sociedade que extrapolem a esfera penal. 
Não basta colocar polícia nos lugares onde há maior atividade delitiva. A depender 
do caso, podem ser necessárias ações diversionistas, como iluminar a área, remo-
ver detritos, instalar serviços, construir escolas e áreas de lazer, podar árvores, 
alterar rotas de meios de transporte público, asfaltar vias públicas, apenas para 
mencionar alguns exemplos. Especificamente em relação à prevenção direcionada 
ao delinquente, são necessárias intervenções que forneçam melhora nas condições 
de vida e que, consequentemente,possibilitem sua reinserção.
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Outra função da Criminologia é tentar fornecer uma análise totalizadora do deli-
to. O crime é visto em todos os seus aspectos e não apenas como fato típico, ilícito 
e culpável.
Interessa à Criminologia não tanto a qualificação formal correta de um acontecimento 
penalmente relevante, senão a imagem global do fato e do seu autor: a etiologia do fato 
real, sua estrutura interna e dinâmica, formas de manifestação, técnicas de prevenção 
e programas de intervenção junto ao infrator6.
A Criminologia desempenha, ainda, a função de demonstrar que o crime é pro-
blema de toda a sociedade, pois possui como causas, entre outros, fatores sociais 
e porque afeta toda a população de uma dada localidade, e não apenas a vítima 
direta. Cada vez que um crime é cometido e noticiado, cresce o medo da popula-
ção, muda a maneira como as pessoas interagem com o espaço e com as demais 
pessoas, transforma-se a crença que os seres humanos depositam na norma e no 
sistema jurídico como um todo.
Cuidando dos envolvidos no fenômeno criminal, a Criminologia tem se preocu-
pado em demonstrar a importância de mecanismos que pacifiquem as situações 
que estão na base dos delitos. Desse modo, a Criminologia objetiva colocar a vítima 
frente a frente com o delinquente em casos em que seja recomendado, para que 
não exista apenas punição, mas também diálogo, composição de prejuízos, repara-
ção de danos e pacificação social.
Destrinchando ainda mais a função, devemos explicitar que, ao realizar o for-
necimento de informações válidas e confiáveis para que o fenômeno criminal seja 
compreendido e para que possam ser realizadas intervenções preventivas, a Cri-
minologia não pretende eliminar o crime. Deseja-se, sem dúvida, que o crime 
seja controlado, que se faça prevenção do delito, que o delinquente não volte a 
6 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 2ª ed. São Paulo: RT, 2008, p. 44.
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delinquir, que as taxas criminais diminuam. No entanto, dizer que a Criminologia 
pretende acabar com o crime é inexato. Afinal, a Criminologia reconhece o caráter 
perene do delito. Enquanto houver sociedade, haverá crime.
Por fim, podemos afirmar ainda que a Criminologia não pretende apresentar 
conclusões universais. Ela não é uma ciência “dura”, mas sim humana, e como tal, 
apresenta um conhecimento parcial, provisório, fragmentado, fluido. O saber crimi-
nológico deve se adaptar à realidade local e às evoluções históricas e sociais.
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RESUMO
Conceito da Criminologia
Ciência empírica e disciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do 
infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de 
subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e va-
riáveis principais do crime – contemplando este como problema individual e como 
problema social –, assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo 
e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos 
ou sistemas de resposta ao delito
Cientificidade
A Criminologia é uma ciência. Possui objeto de estudo próprio, método próprio 
e fornece informações válidas sobre o fenômeno criminal. Não se baseia em intui-
ções, “achismos”, mas sim em marcos teóricos que vêm sendo construídos há mais 
de um século.
Objetos da Criminologia
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Métodos da Criminologia
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Sistema da Criminologia
Funções da Criminologia
Finalidades da Criminologia
Compreensão do fenômeno criminal.
Fornecimento de informações para intervenções preventivas.
Compreensão da etiologia do crime.
Defesa da necessidade de rapidez e a certeza da aplicação da sanção penal.
Estabelecimento de diálogo entre o Direito Penal e outros saberes relativos ao fenômeno delitivo.
Demonstração da ineficácia do Direito Penal.
Avaliação dos diferentes modelos de resposta ao crime.
Demonstração das dimensões individual e social do fenômeno criminal.
Diálogo entre protagonistas do crime.
Reparação do dano.
Pacificação social.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (VUNESP/2013/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Os objetos de estudo da 
moderna Criminologia são:
a) a vítima e o delinquente.
b) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
c) o delito e o delinquente.
d) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo.
e) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática.
2. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO) Ciência empírica e in-
terdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima, 
do controle social e do comportamento delitivo. Este é conceito atribuído a qual das 
ciências abaixo relacionadas:
a) Criminologia.
b) Perícia Criminal.
c) Criminalística.
d) Medicina Legal.
3. (VUNESP/2014/PC-SP/FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL) Assinale a alternativa 
que indica um dos objetos de estudo da Criminologia moderna.
a) O controle social.
b) A justiça.
c) O Direito Penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.
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4. (VUNESP/2014/PC-SP/MÉDICO LEGISTA) O método de estudo da Criminologia 
reúne as seguintes características:a) silogismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
b) empirismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
c) racionalismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
d) empirismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
e) racionalismo; interdisciplinaridade; visão dedutiva da realidade.
5. (VUNESP/2014/PC-SP/DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL) Os objetos de estudo 
da Criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e __________________. Assi-
nale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
a) a participação da vítima no crime
b) as classes sociais
c) as leis
d) o controle social
e) o Poder Público
6. (CEFET-BA/2008/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) No âmbito da Criminologia da 
reação social, o trabalho da Polícia Civil pode ser considerado como a
a) expressão do controle social informal.
b) contribuição de uma agência do controle social formal.
c) manifestação do controle social difuso.
d) manifestação do controle empresarial.
e) expressão particular de uma visão de justiça.
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7. (QUESTÃO INÉDITA) Ao conjunto de mecanismos que pretendem submeter o 
indivíduo aos modelos e normas comunitários se dá o nome:
a) Controle social
b) Freios e contrapesos
c) Cifra oculta
d) Grupo de controle
8. (QUESTÃO INÉDITA) A Escola de Chicago começou a se desenvolver ______:
a) No século XIX
b) Com o iluminismo
c) Na década de 1920
d) Na década de 1960
9. (QUESTÃO INÉDITA) O processo penal de tipo acusatório é típico:
a) da era de ouro da vítima
b) do período de neutralização do poder da vítima
c) do período de revalorização da vítima
d) da primeira metade do século XXI
10. (QUESTÃO INÉDITA) Marques de Beccaria foi um dos expoentes _______
a) do positivismo criminológico.
b) do pensamento clássico.
c) do labelling approach.
d) da Escola de Chicago.
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11. (QUESTÃO INÉDITA) Robert Ezra Park e Ernest W. Burgess são teóricos rela-
cionados com:
a) a Escola de Chicago
b) a teoria da anomia
c) o pensamento clássico penal
d) a Criminologia radical
12. (QUESTÃO INÉDITA) A culpabilidade é um dos elementos do crime para a Cri-
minologia.
13. (QUESTÃO INÉDITA) A Criminologia contemporânea abandonou os inquéritos 
de vitimização em virtude de carecerem de cientificidade.
14. (QUESTÃO INÉDITA) Na observação participante, uma das técnicas utilizadas 
pela Criminologia, o pesquisador atua de forma ativa na vida do grupo objeto de 
investigação.
15. (QUESTÃO INÉDITA) A Criminologia pode ter, entre seus objetivos, a compre-
ensão da etiologia do crime.
16. (QUESTÃO INÉDITA) No Brasil, atualmente, não existe previsão de pena de 
morte, por vedação constitucional.
17. (QUESTÃO INÉDITA) A previsão da autotutela foi traço característico da era de 
ouro da vítima.
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18. (QUESTÃO INÉDITA) A percepção do crime como fruto do livre-arbítrio humano 
é um dos principais postulados das escolas positivistas.
19. (QUESTÃO INÉDITA) Apesar de ser interdisciplinar, a Criminologia não conta 
com contribuições de juristas dado o caráter normativo do direito.
20. (QUESTÃO INÉDITA) Para as teorias interacionistas, a polícia apresenta assi-
metria nas relações com o cidadão e é seletiva e estigmatizante.
21. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach entende que as instâncias de con-
trole social formal é que definem se uma dada conduta será rotulada de criminosa.
22. (QUESTÃO INÉDITA) Incidência aflitiva e massiva são traços caracterizadores 
do delito para a Criminologia.
23. (QUESTÃO INÉDITA) O termo vitimologia surge na década de 1940 em contex-
to relacionado com os campos de concentração da Alemanha nazista.
24. (QUESTÃO INÉDITA) O positivismo foi fundamental para a inclusão do controle 
social como um dos objetos de estudo da Criminologia.
25. (QUESTÃO INÉDITA) As penitenciárias podem ser consideradas objeto de es-
tudo da Criminologia.
26. (QUESTÃO INÉDITA) Benjamim Mendelsohn é considerado um expoente da 
escola clássica criminológica.
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27. (QUESTÃO INÉDITA) Para a visão correcionalista, o delinquente é um inimigo 
que escolheu se colocar fora do pacto de paz social.
28. (QUESTÃO INÉDITA) Para o determinismo social, as características do ambien-
te social levam um indivíduo ao crime.
29. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach é uma corrente de pensamento de-
terminista.
30. (QUESTÃO INÉDITA) Punitivismo exacerbado foi uma consequência indesejada 
do período de neutralização da vítima.
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GABARITO
1. b
2. a
3. a
4. d
5. d
6. b
7. a
8. c
9. a
10. b
11. a
12. E
13. E
14. C
15. C
16. E
17. C
18. E
19. E
20. C
21. C
22. C
23. C
24. E
25. C
26. E
27. E
28. C
29. E
30. E
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GABARITO COMENTADO
1. (VUNESP/2013/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Os objetos de estudo da 
moderna Criminologia são:
a) a vítima e o delinquente.
b) o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
c) o delito e o delinquente.
d) o problema social, suas causas biológicas e o mimetismo.
e) o crime e os fatores biopsicológicos decorrentes de sua prática.
Letra b.
Essa é exatamente a lista com todos os objetos de estudo da Criminologia, confor-
me verificada a evolução da disciplina. As alternativas “a” e “c” não estão erradas, 
mas incompletas.
2. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO) Ciência empírica e in-
terdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima, 
do controle social e do comportamento delitivo. Este é conceito atribuído a qual das 
ciências abaixorelacionadas:
a) Criminologia.
b) Perícia Criminal.
c) Criminalística.
d) Medicina Legal.
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Letra a.
O enunciado apresenta traços característicos da Criminologia (empirismo, inter-
disciplinaridade) e seus objetos de estudo (delito, delinquente, vítima e controle 
social).
3. (VUNESP/2014/PC-SP/FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL) Assinale a alternativa 
que indica um dos objetos de estudo da Criminologia moderna.
a) O controle social.
b) A justiça.
c) O Direito Penal.
d) O desiquilíbrio psicológico.
e) A lei.
Letra a.
Tecnicamente, a resposta correta é a “a”, pois os objetos da Criminologia são delito, 
delinquente, vítima e controle social. A Justiça, o Direito Penal e a Lei, de maneira 
mais genérica, podem ser incluídos no estudo da Criminologia, mas exatamente 
como mecanismos ou instrumentos de controle social. Dessa maneira, a melhor 
alternativa, sem dúvida, é a “a”.
4. (VUNESP/2014/PC-SP/MÉDICO LEGISTA) O método de estudo da Criminologia 
reúne as seguintes características:
a) silogismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
b) empirismo; vedação de interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
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c) racionalismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
d) empirismo; interdisciplinaridade; visão indutiva da realidade.
e) racionalismo; interdisciplinaridade; visão dedutiva da realidade.
Letra d.
A Criminologia é empírica, pois se baseia na experiência, na observação do fenô-
meno criminal. É interdisciplinar, pois necessita do aporte de profissionais de diver-
sos ramos do saber. É indutiva, pois parte de dados particulares (fatos observados, 
experiências) e, por meio de uma sequência de operações cognitivas, chega a leis 
ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das consequências ao princípio, 
da experiência à teoria.
5. (VUNESP/2014/PC-SP/DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL) Os objetos de estudo 
da Criminologia são: o crime, o criminoso, a vítima e __________________. Assi-
nale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
a) a participação da vítima no crime
b) as classes sociais
c) as leis
d) o controle social
e) o Poder Público
Letra d.
Os objetos de estudo da Criminologia são o crime (ou delito), o criminoso (ou de-
linquente), a vítima e o controle social.
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6. (CEFET-BA/2008/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) No âmbito da Criminologia da 
reação social, o trabalho da Polícia Civil pode ser considerado como a
a) expressão do controle social informal.
b) contribuição de uma agência do controle social formal.
c) manifestação do controle social difuso.
d) manifestação do controle empresarial.
e) expressão particular de uma visão de justiça.
Letra b.
As teorias de reação social fizeram com que o controle social integrasse definitiva-
mente o rol de objetos de estudo da Criminologia. Controle social, portanto, são os 
freios que a sociedade apresenta aos indivíduos que almejam a prática de alguma 
conduta antissocial. O critério que diferencia controle social formal de controle so-
cial informal é a presença ou ausência de Estado. Como exemplos de controle social 
formal pode ser citada a polícia, o Poder Judiciário, a administração penitenciária, 
o sistema penal etc.
7. (QUESTÃO INÉDITA) Ao conjunto de mecanismos que pretendem submeter o 
indivíduo aos modelos e normas comunitários se dá o nome:
a) Controle social
b) Freios e contrapesos
c) Cifra oculta
d) Grupo de controle
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CRIMINOLOGIA
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Letra a.
Controle social é o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem sub-
meter o indivíduo aos modelos e normas comunitários. Freios e contrapesos são 
mecanismos de separação dos poderes. Cifra oculta é o nome que se dá à crimi-
nalidade que não chega ao conhecimento das agências estatais. Grupo de controle 
é uma técnica empírica de estabelecimento de comparações estatísticas entre um 
grupo envolvido com o fenômeno criminal (grupo experimental) e um grupo sem 
envolvimento (grupo de controle) para o estabelecimento de conclusões sobre a 
relevância de determinada variável no fenômeno.
8. (QUESTÃO INÉDITA) A Escola de Chicago começou a se desenvolver ______:
a) No século XIX
b) Com o iluminismo
c) Na década de 1920
d) Na década de 1960
Letra c.
Entre os anos 1920 e 1930, Robert Ezra Park, Ernest W. Burgess e seus alunos 
produziram mais de 20 obras sobre a ecologia urbana da cidade de Chicago, abor-
dando problemas como falta de moradia, desorganização social, guetos, zonas re-
sidenciais ricas e pobres, distribuição de doentes mentais na cidade, entre outros.
9. (QUESTÃO INÉDITA) O processo penal de tipo acusatório é típico:
a) da era de ouro da vítima
b) do período de neutralização do poder da vítima
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c) do período de revalorização da vítima
d) da primeira metade do século XXI
Letra a.
O processo penal de tipo acusatório é típico da era de ouro da vítima. Foi exatamen-
te durante a era de ouro da vítima que se desenvolveu o processo penal acusatório, 
em que as funções de acusar, julgar e defender estavam em mãos distintas. As par-
tes, aí incluída a vítima, tinham iniciativa probatória, diante de um juiz inerte, que 
não podia produzir as provas independentemente da provocação do autor e do réu.
10. (QUESTÃO INÉDITA) Marques de Beccaria foi um dos expoentes _______
a) do positivismo criminológico.
b) do pensamento clássico.
c) do labelling approach.
d) da Escola de Chicago.
Letra b.
Cesare de Beccaria, autor da obra Dos delitos e das penas (1764), é considerado 
um autor da escola clássica que sintetizou os postulados racionais do Iluminismo.
11. (QUESTÃO INÉDITA) Robert Ezra Park e Ernest W. Burgess são teóricos rela-
cionados com:
a) a Escola de Chicago
b) a teoria da anomia
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c) o pensamento clássico penal
d) a Criminologia radical
Letra a.
A Criminologia deu seus primeiros passos para incluir o controle social entre seus 
objetos de estudo no começo do século XX. Isso se deu com a Escola de Chicago, 
entre os anos 1920 e 1930, com Robert Ezra Park e Ernest W. Burgess.
12. (QUESTÃO INÉDITA) A culpabilidade é um dos elementos do crime para a Cri-
minologia.
Errado.
A culpabilidade é um dos elementos do crime para o Direito Penal.
13. (QUESTÃO INÉDITA) A Criminologia contemporânea abandonou os inquéritos 
de vitimização em virtude de carecerem de cientificidade.
Errado.
Inquéritos de vitimização constituem uma das técnicas empíricas da Criminologia. 
Trata-se de inquéritos sociais em que as pessoas são interrogadas sobre suas ex-
periências como vítimas de crime. São ferramentas importantes para o estudo da 
vitimologia.
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14. (QUESTÃO INÉDITA) Na observação participante, uma das técnicas utilizadas 
pela Criminologia, o pesquisador atua de forma ativa na vida do grupo objeto de 
investigação.
Certo.
A observação participante é uma das técnicas empíricas utilizadas por estudiosos 
da Criminologia para se aproximar dos seus objetos de investigação.
15. (QUESTÃO INÉDITA) A Criminologia pode ter, entre seus objetivos, a compre-
ensão da etiologia do crime.
Certo.
As bancas adoram esse termo. A Etiologia é o estudo das causas do crime. Muitas 
escolas criminológicas abandonaram essa aproximação, mas pode ser, sem dúvida, 
um dos objetivos dos estudos criminológicos.
16. (QUESTÃO INÉDITA) No Brasil, atualmente, não existe previsão de pena de 
morte, por vedação constitucional.
Errado.
A Constituição Federal permite, e o Código Penal Militar prevê, a adoção de pena de 
morte em caso de crimes de guerra.
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17. (QUESTÃO INÉDITA) A previsão da autotutela foi traço característico da era de 
ouro da vítima.
Certo.
Autotutela é a possibilidade de fazer justiça com as próprias mãos. Na era de ouro 
da vítima, a prática era permitida. Hoje, é crime.
18. (QUESTÃO INÉDITA) A percepção do crime como fruto do livre-arbítrio humano 
é um dos principais postulados das escolas positivistas.
Errado.
As escolas positivistas negam o livre-arbítrio e postulam que o crime é fruto de 
determinismo, seja biológico, seja social.
19. (QUESTÃO INÉDITA) Apesar de ser interdisciplinar, a Criminologia não conta 
com contribuições de juristas dado o caráter normativo do direito.
Errado.
Operadores do Direito são alguns dos profissionais que contribuem com a formata-
ção da Criminologia, que tem essencialmente caráter interdisciplinar.
20. (QUESTÃO INÉDITA) Para as teorias interacionistas, a polícia apresenta assi-
metria nas relações com o cidadão e é seletiva e estigmatizante.
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Certo.
As teorias de interação social, como a do labelling approach, defendem que em toda 
interação entre policial e cidadão, a possibilidade de uso da força se faz presente, 
gerando uma assimetria em que o detentor do monopólio do uso da força está em 
posição de superioridade. Além disso, a polícia seleciona, geralmente entre as ca-
madas mais inferiores da população, sua “clientela”, escolhendo aqueles indivíduos 
que receberão a etiqueta de criminoso. A polícia é estigmatizante porque em raras 
oportunidades o contato entre cidadão e polícia não gera marcas na população.
21. (QUESTÃO INÉDITA) O labelling approach entende que as instâncias de con-
trole social formal é que definem se uma dada conduta será rotulada de criminosa.
Certo.
Para o labelling approach, as condutas não são crimes ontologicamente. As instân-
cias de controle social formal possuem papel definidor dos crimes, pois seleciona-
rão os indivíduos a serem considerados criminosos.
22. (QUESTÃO INÉDITA) Incidência aflitiva e massiva são traços caracterizadores 
do delito para a Criminologia.
Certo.
Incidência aflitiva e massiva, persistência espaço-temporal e inequívoco consenso 
da população sobre a necessidade e efetividade de tipificar a conduta são elemen-
tos que definem um crime para a Criminologia.
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23. (QUESTÃO INÉDITA) O termo vitimologia surge na década de 1940 em contex-
to relacionado com os campos de concentração da Alemanha nazista.
Certo.
Benjamim Mendelsohn, advogado israelita, utiliza o termo vitimologia em 1947 
para descrever o sofrimento dos judeus nos campos de concentração de Alemanha 
nazista.
24. (QUESTÃO INÉDITA) O positivismo foi fundamental para a inclusão do controle 
social como um dos objetos de estudo da Criminologia.
Errado.
O positivismo foi fundamental para a inclusão do delinquente como objeto de es-
tudo da Criminologia. As instâncias de controle social passaram a ser objeto da 
Criminologia com a Escola de Chicago e, sobretudo, com as teorias interacionistas.
25. (QUESTÃO INÉDITA) As penitenciárias podem ser consideradas objeto de es-
tudo da Criminologia.
Certo.
As penitenciárias são uma das ferramentas de controle social formal do crime. 
Logo, podem ser objeto de estudo da Criminologia.
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26. (QUESTÃO INÉDITA) Benjamim Mendelsohn é considerado um expoente da 
escola clássica criminológica.
Errado.
A Escola Clássica situa-se nos séculos XVIII e XIX. Mendelsohn viveu no século XX 
e foi fundamental para o fortalecimento do estudo do papel da vítima no delito.
27. (QUESTÃO INÉDITA) Para a visão correcionalista, o delinquente é um inimigo 
que escolheu se colocar fora do pacto de paz social.
Errado.
Os correcionalistas veem o delinquente como um fraco, débil, que não possui capa-
cidade de dirigir a sua vida.
28. (QUESTÃO INÉDITA) Para o determinismo social, as características do ambien-
te social levam um indivíduo ao crime.
Certo.
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