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Estetica Facial V

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Prévia do material em texto

Estética Facial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula França
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Discromias Faciais
• Discromias Faciais;
• Epiderme;
• Classificação das Discromias;
• Melasma;
• Efélides;
• Radicais Livres (RL);
• Antioxidantes;
• Clareadores.
• Avaliar e classifi car hipercromias;
• Selecionar recursos de tratamento adequados seguros e efi cazes de modo
individual e personalizado;
• Tratar de modo seguro e efi caz as discromias faciais;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Discromias Faciais
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Discromias Faciais
Discromias Faciais
As discromias são desordens da pigmentação da pele, causadas por insuficiência 
na produção ou na distribuição de melanina na pele. Podem ser desencadeadas por 
excitação intensa do melanócito, através, por exemplo, dos raios UV. A longa exposi-
ção aos raios UV resultam em danos no DNA das células e podem, ainda, provocar 
queimaduras. As peles mais claras são as que mais sofrem fotodanos.
As discromias faciais podem ser classificadas como melasma (Figura 1), efélides 
(Figura 2 – sardas), melanose solar (Figura 3), hipocromia e acromia. As hiperpigmen-
tações faciais são grandes queixas às esteticistas e podem ser tratadas com peelings, 
despigmentantes, clareadores e auxiliadas com a combinação com LED e laser.
Figura 1 – Melasma
Fonte: Getty Images
Figura 2 – Efélides
Fonte: Getty Images
Figura 3 – Melanose solar
Fonte: Getty Images
8
9
Epiderme 
A epiderme é a camada mais superficial da pele, expressando seu contato com 
o meio externo através da camada córnea, camada mais superficial.
Na epiderme, estão localizados os melanócitos, os quertainócitos, as células de 
defesa (células de Langerhans), entre outras.
Os queratinócitos são as células que têm maior predominância na epiderme e, além 
de fornecerem barreira do meio externo para com o meio interno, fixam a melanina.
A camada basal ou germinativa é responsável pela renovação celular (através da 
mitose), que ocorre a cada 21 a 40 dias, dependendo idade. Seguem-se, então, cama-
da espinhosa, camada granulosa, na qual a membrana celular torna-se mais espessa, 
e é nela que surgem os grãos de queratina.
A camada lúcida será encontrada na planta dos pés e na palma das mãos em 
abundância. 
Já a camada córnea é a mais superficial e agrega grande quantidade de querati-
nócitos e melanina (Figura 4 – Epiderme).
Melanina
Ceratinócitos mortos Camada córnea
Camada granulosa
Camada espinhosa
Camada Basal
Grânulos de queratina
Célula de Langerhans
Ceratinócitos
Prolongamentos 
do melanócito
Célula de Merkel
Lâmina Basal
Figura 4 – Epiderme
Fonte: Adaptado de Getty Images
Melanócitos
Os melanócitos são as estruturas responsáveis pela síntese de melanina. Eles se 
encontram na camada basal. Seus dentritos estão direcionados para os queratinócitos 
e temos, em média, 1 melanócito para cerca de 36 queratinócitos. Os queratinócitos 
é que fixam o pigmento da pele, que chamamos de melanina (Figura 5 – melanócito).
9
UNIDADE Discromias Faciais
São células responsáveis por produzir pigmentos, as melaninas, que vão dar 
cor à pele.
O que difere a cor da pele (fototipo) é o tipo de melanina formado (eumelanina – 
pigmento marrom, preto ou, feomelanina – pigmento bege, vermelho), a atividade 
dos melanócitos em fototipos mais altos também é maior.
Figura 5 – Melanócito
Fonte: Adaptado de Getty Images
Síntese da Melanina ou Melanogênese
A melanogênese acontece dentro do melanócito através de uma reação bioquími-
ca entre uma enzima (tirosinase e um aminoácido) – tirosina Figura 6 – expressão 
química de tirosina. 
Figura 6 – Expressão química de tirosina
Fonte: Adaptado de Getty Images
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Logo após a reação bioquímica entre tirosina e tirosinase, ocorre a formação da 
melanina, que receberá o nome de grão de melanina, através do melanossoma, que 
perde a atividade da tirosina.
Importante!
Quanto mais estímulo ao melanócito, maior quantidade de pigmento ele sintetiza e en-
via para os queratinócitos. Isso ocorre por um processo de defesa.
Importante!
Os queratinócitos, então, ficarão repletos de melanina, através da fagocitose 
dos grãos de melanina.
Os indivíduos possuem uma quantidade de melanina que faz parte de sua 
constituição, mas, com a exposição frequente aos raios UV e com as influências 
hormonais dos hormônios adrenocorticotróficos (ACTH) e hormônios estimuladores 
dos melanócitos (MSH), tornam-se ainda mais ativos, sintetizando desta forma, 
mais pigmento.
Os melanócitos, então, são os responsáveis pela síntese de melanina, induzida 
por uma reação bioquímia que matura os melanossomas, que deposita os grãos de 
melanina através dos dentritos dos melanócitos, nos queratinócitos que os fagocitam. 
A estimulação do melanócito também sofre influências hormonais.
Classificação de Fitzpatrick
A classificação de Fitzpatrick é a mais utilizada para o estabelecimento do fototi-
po cutâneo. O fototipo de cada indivíduo é determinado pela reatividade da pele à 
luz solar. Essa classificação é baseada na resposta da pele com formação de eritema 
decorrente da radiação ultravioleta.
Os primeiros tipos referem-se aos indivíduos caucasianos, enquanto os ti-
pos V e VI são mestiços ou negroides. Os fototipos albinos e negroides são 
os dois extremos dessa classificação, visto que os primeiros não sintetizam 
nenhum pigmento e não têm outra proteção além da hiperqueratose induzi-
da pelo sol, e os segundos têm proteção solar maior que o bloqueio completo 
de radiações incidentes.
• Fototipo I: Muito branca. Sempre queima e nunca bronzeia (Figura 7);
• Fototipo II: Branca sempre. Queima e bronzeia pouco (Figura 8);
• Fototipo III: Morena clara. Queima e bronzeia pouco (Figura 9);
• Fototipo IV: Morena moderada. Raramente queima e bronzeia com facilidade 
(Figura 10);
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UNIDADE Discromias Faciais
• Fototipo V: Morena escura. Queima muito raramente e bronzeia facilmente 
(Figura 11);
• Fototipo VI: Negra. Não queima e bronzeia facilmente (Figura 12).
Figura7 – Fototipo I
Fonte: Getty Images Figura 8 – Fototipo II
Fonte: Getty Images
Figura 9 – Fototipo III
Fonte: Getty Images
Figura 10 – Fototipo IV
Fonte: GettyI mages
Figura 11 – Fototipo V
Fonte: Getty Images
Figura 12 – Fototipo VI
Fonte: Getty Images
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Classificação das Discromias
As discromias podem ser divididas em:
• Acromia: quando não há presença de pigmentação em um ou mais locais da 
pele (Figura 13 – Acromia). Pode ocorrer por traumas, patologias dermatológicas 
ou exposição solar excessiva;
• Hipocromia: coloração da pele mais clara em um ou mais locais do corpo 
(Figura 14 – Hipocromia). Ocorrem por diminuição na síntese de melanina, 
podendo ser adquirias ou congênitas. As hipopigmentações desencadeadas por 
excesso de radiação solar são chamadas de leucodermia solar;
• Hipercromia: áreas de pigmentação mais escurecida. Ocorre por aumento 
da síntese de melanina e consequente, maior depósito de melanina na pele. 
(Figura 15- hipercromia). Elas podem ser congênitas ou adquiridas;
As hiperpigmentações se apresentam em forma de manchas acastanhadas ou 
enegrecidas. Essas manchas, muitas vezes, tornam-se inestéticas.
Figura 13 – Acromia
Fonte: Getty Image
Figura 14 – Hipocromia 
Fonte: Getty Images
Figura 15 – Hipercromia facial
Fonte: Getty Images
A melhor estratégia para combater o surgimento das hiperpigmentações, é o 
uso de FPS, exposição solar por 15 minutos ao dia, em horários específicos, pouca 
exposição à luz azul e à luz branca.
A exposição solar excessiva pode provocar as melanoses solares, que são man-
chas pequenas e castanhas que surgem em áreas que sofreram com fotoexposição. 
Essas lesões podem se tornar pré-malignas e, inclusive, malignas. Geralmente sur-
gem após os 40 anos.
Melasma
O melasma é definido como a hiperpigmentação adquirida que ocorre com ex-
clusividade em áreas fotoexpostas, em especial na face e, ocasionalmente, no pes-
coço e nos antebraços.
13
UNIDADE Discromias Faciais
Ocasiona uma deformidade facial significativa, promovendo hiperpigmentação. 
Afeta mais comumente mulheres e pode ser particularmente desfigurante e psico-
logicamente angustiante, afetando sobremaneira a qualidade de vida dos pacientes.
É uma hipermelanose adquirida comum, crônica, de etiologia não bem definida. 
Acomete áreas expostas da pele, principalmente as regiões frontal e malar, sendo 
nove vezes mais frequente em mulheres do que em homens. É ainda caracterizada 
pela presença de máculas acastanhadas simétricas em todas as raças, particular-
mente em indivíduos com fototipos altos. Exposição solar, gravidez e uso de anti-
concepcionais orais têm sido relacionados de forma relevante à sua etiopatogenia.
A etiopatogenia ainda não está completamente elucidada, mas, do mesmo modo, 
acredita-se que diversos fatores estejam relacionados a uma possível exacerbação ou 
mesmo no desenvolvimento da doença. Além disso, destacaram também que são 
observados períodos de remissão parcial durante o inverno e períodos de exacerba-
ção durante o verão, sendo que as lesões podem surgir abruptamente em decorrên-
cia da exposição solar intensa, ou de forma gradual pela exposição constante. 
Dos fatores ambientais, o que tem maior importância é a exposição aos raios 
ultravioleta tipo A e B, tanto no lazer como na vida diária. No passado, outras 
causas foram associadas ao melasma, como a ocorrência de distúrbios tireoidianos, 
cosméticos, drogas fototóxicas e medicamentos anticonvulsivantes, mas ainda há 
controvérsias em relação à influência desses fatores. 
Fisiopatologia do Melasma
A pigmentação da pele ocorre pela ação da melanina. Ela é produzida pelos 
melanócitos a partir da tirosina (formando eumelanina) ou da tirosina e cisteína 
(formando feomelanina) pela ação da tirosinase. É a ativação do receptor de mela-
cortina 1 (MCR1) que promove essa diferenciada transformação. A transferência 
da melanina para os queratinócitos é feita pelo melanócito ou unidade epidérmica 
de melanização. A ação do hormônio melanoestimulante (MSH) promove aumento 
dos melanócitos e entra nas células pela ação de receptores. A exposição aos raios 
ultravioletas (RUV) promove um aumento do número de melanócitos. São 4 a 6 
genes que determinam a cor da pele e isso justifica os diferentes tipos de coloração.
Avaliação do Melasma
O número de manchas hiperpigmentadas pode variar de uma única lesão de 
várias manchas localizadas geralmente simetricamente na face e, ocasionalmente, 
no nariz, testa, queixo e pescoço, iminências malares, lábio superior. As manchas 
são serrilhadas, bordas irregulares e geográficas. De acordo com a distribuição das 
manchas, são reconhecidos três padrões clínicos de melasma:
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• Padrão centrofacial: é o padrão mais comum. Envolve a área da testa, boche-
chas, lábio superior e queixo; 
• Padrão malar: acomete as regiões malares das bochechas e do nariz;
• Padrão mandibular: envolve o ramo mandibular e afeta de 9% a 16% dos casos.
A lâmpada de Wood pode ser utilizada como método de diagnóstico nas de-
sordens de pigmentação. O exame pela lâmpada de Wood pode ser empregado 
para determinar a profundidade da pigmentação melânica da pele. Ele nos permi-
te uma visão instantânea das anomalias da pele, inclusive de manchas que ainda 
não são vistas a olho nu. E, dependendo da profundidade dessas manchas, será 
escolhido o tratamento mais eficaz para cada caso. 
O exame deve ser realizado em local totalmente escuro, com a lâmpada de 
Wood a aproximadamente 15cm da área a ser avaliada. Assim, tem-se que o 
melasma pode ser classificado em tipos 4 histológicos, utilizando-se a lâmpada 
de Wood, que faz uso da radiação ultravioleta A (R-UVA): 
• No tipo epidérmico, a pigmentação é intensificada diante da lâmpada de 
Woods. Há um aumento do contraste da cor e caracteriza-se histologicamente 
pelo aumento do número de melanócitos e aumento do depósito de melanina 
nas camadas basais dos queratinócitos. Apenas alguns melanófagos dispersos 
podem ser observados na derme papilar;
• No tipo dérmico: a pigmentação não é aumentada em análise com a lâmpa-
da de Woods. Muitos melanófagos estão em toda a derme; Macrófagos com 
melanina em uma localização perivascular encontrados na derme superficial 
e, este tipo não é acentuado em contato com a luz de Wood e não responde 
bem ao tratamento; 
• No tipo misto, sob a lâmpada de Wood, a pigmentação fica mais evidente 
apenas em algumas áreas, enquanto em outras não há nenhuma mudança.
A melanina é aumentada na epiderme, e existem muitos melanófagos dérmicos;
• Tipo indeterminado. Aqui há deposição de melanina encontrada na derme. 
A lâmpada de Wood não traz nenhum benefício em indivíduos com pele 
fototipo VI.
Melanose Solar
Melanose solar é a hiperpigmentação mais comumente observada em decorrên-
cia da exposição à radiação ultravioleta, acarretada pelo aumento de número e ati-
vidade dos melanócitos (células produtoras de melanina). Os melanócitos agredidos 
passam a distribuir a melanina irregularmente ao longo da pele.
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UNIDADE Discromias Faciais
São lesões com formato arredondado, de coloração acastanhada clara, escura 
ou negra, que surgem nas áreas de maior exposição à radiação solar (como mãos, 
braços e rosto), principalmente em indivíduos de pele clara após a terceira década 
de vida. Apesar de se tratarem de lesões benignas, essas manchas causam descon-
forto e afetam a autoestima do indivíduo por questões estéticas.
Efélides
As efélides, popularmente chamadas de sardas, são manchas causadas pelo au-
mento da melanina na pele. A melanina é o pigmento que dá cor à pele. É produ-
zida pelos melanócitos, células presentes na epiderme.
Existe uma tendência familiar e surgem principalmente nas pessoas de pele clara 
(fototipo I e II) e ruivas. São causadas pela exposição continuada da pele ao sol ao 
longo da vida e tendem a escurecer mais durante o verão.
As sardas se localizam principalmente nos locais da pele mais atingidos por 
queimaduras solares, como a face, ombros e colo. Sãomanchas arredondadas ou 
geométricas de cor castanho ou marrom.
Radicais Livres (RL)
De maneira simples, o termo radical livre refere-se a átomo ou molécula altamente 
reativo, que contém número ímpar (ou desemparelhado) de elétrons em sua última 
camada eletrônica. É esse não emparelhamento de elétrons da última camada que 
confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas. Essa instabilidade estrutural faz 
com que as moléculas tenham, desesperadamente, tendência a roubar um elétron de 
qualquer outra substância a fim de se estabilizarem.
Radicais livres são produzidos continuadamente nas células, tanto através de 
processos patológicos como através de mecanismos fisiológicos. 
Pode ser por fonte: Endógena e Exógena. 
Principais fontes endógenas (internas):
• Respiração Celular: processo que ocorre nas mitocôndrias, 4% do oxigênio 
consumido durante a respiração celular, transforma-se em radical livre;
• Reações de Defesa: atuação dos neutrófilos e macrófagos (fagocitose) contra 
bactérias e micro-organismos.
Principais radicais livres produzidos em processos metabólicos também cha-
mados de Espécies Reativas do Metabolismo do Oxigênio (ERMO ou ERO), eles 
promovem stress oxidativo celular (Figura 16):
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• Ânion superóxido (O2– );
• Peróxido de hidrogênio (H2O2 – água oxigenada);
• Radical hidróxila (OH– );
Principais enzimas que participam da defesa celular das fontes endógenas (internas):
• Catalase – proteína que degrada o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água;
• Superóxido dismutase (SOD) – que transforma o ânion superóxido (O2– ) em 
peróxido de hidrogênio;
• A dupla glutationa-peroxidase e glutationa-redutase que atua na remoção de 
hidroperóxidos (OH– ) orgânicos durante a peroxidação dos lipídios. 
Principais fontes exógenas (externas):
• Excesso de bebida alcoólica;
• Antibióticos, quimioterápicos;
• Tabaco (vasoconstrição diminuindo a oxigenação);
• Agressões ambientais (frio, vento, poluição);
• Fatores nutritivos (falta de vitamina A, C e E);
• Fatores nutritivos (falta de oligoelementos: cobre, zinco etc.);
• Radiação ultravioleta – luz solar abundante nos horários em que os UV são 
mais agressivos.
Radicais livres
Célula
Elétron
Antioxidante
Figura 16 – Radicais livres de oxigênio x stress oxidativo celular
Fonte: Adaptado de Getty Images
17
UNIDADE Discromias Faciais
Antioxidantes
É um conjunto heterogênio de substâncias formadas por vitaminas, minerais, 
pigmentos naturais e outros compostos e enzimas, que bloqueiam o efeito danoso 
dos radicais livres, provindos da alimentação, suplementação alimentar, cosméticos 
e também fármacos, sendo que, muitas vezes, os próprios medicamentos aumen-
tam a geração intracelular desses radicais.
Os antioxidantes possuem funções muito benéficas ao organismo para proteção 
contra os radicais livres, sendo sua função primária o fornecimento de elétrons no 
intuito de reduzir a velocidade de iniciação e/ou propagação dos processos oxidati-
vos, minimizando esse dano às moléculas e às estruturas celulares (Figura 17).
A utilização de compostos antioxidantes encontrados na dieta ou mesmo sinté-
ticos é um dos mecanismos exógenos de defesa que podem evitar os danos oxida-
tivos gerados pelo estresse oxidativo. O desbalanço entre a produção de EROs e a 
remoção pelo sistema de defesa antioxidante (endógeno, fisiológico) é denominado 
estresse oxidativo. 
Ativos Antioxidantes
• Vitamina C (ácido ascórbico): poderoso antioxidante, age na síntese do colá-
geno, renovação celular e, ainda, na uniformização do tom da pele;
• Vitamina E: antioxidante com efeito anti-inflamatório e emoliente. Estudos apon-
tam que a combinação da vitamina C com a E numa mesma fórmula aumenta a 
eficácia consideravelmente;
• Retinol: derivado da vitamina A, age na formação do colágeno e renovação celular;
• Ácido Elágico: extraído da romã, é uma das últimas descobertas e aposta da 
ciência no combate aos radicais livres;
• Ácido Ferúlico: além da poderosa ação antioxidante, ela aumenta a produção 
de enzimas protetoras das células;
• Ácido Alfalipóico: antioxidante universal. Melhora a aparência, promove 
diminuição dos poros dilatados, das linhas de expressão e das olheiras;
• Coenzima Q10: ação antioxidante e estabilizadora de membrana celular;
• Drieline: estimulante da síntese de colágeno, antirradicais livres, cicatrizante, 
anti-irritativo, anti-inflamatório e regenerador celular; 
• Extrato de Artemísia: extrato das flores de artemísia rico em flavonoides, 
taninos, lactonas, ácido clorogênico e óleos essenciais, que apresenta proprie-
dades antioxidante, antirradicais livres, anti-inflamatória e antimicrobiana;
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• Matrixyl: estimula a formação de colágeno na derme. Possui propriedades de 
renovação celular mais efetiva que a vitamina C.
Célula normal Radicais livres
atacam a célula
Célula com 
stress oxidativo
Figura 17 – Ação antioxidante
Fonte: Adaptado de Getty Images
Clareadores
Os clareadores são princípios ativos que previnem o aparecimento dos melas-
mas, cloasma ou hiperpigmentações (manchas) e suavizam as já existentes, inibindo 
a atividade da tirosinase, diminuindo a produção de melanina.
• Ácido kójico: obtido da biofermentação do arroz, quelante do metal cobre 
(elemento de que a enzima tirosina depende para a formação de melanina);
• Alpha-arbutin: inibe a atividade da tirosinase, diminuindo a produção de melanina;
• Biowhite: composto de extratos vegetais que atuam inibindo a tirosinase;
• Hidroquinona: inibe a atividade da tirosinase; apresenta citotoxicidade aos 
melanócitos;
• Melawhite: inibe a tirosinase no estágio inicial da melanogênese;
• Melaslow: atua pela inibição da tirosinase e diminui a quantidade de melanina;
• Melfade: complexo clareador da pele, extraído da uva-ursi. Inibe a tirosinase. 
Despigmentantes
Os despigmentantes, reduzem a hiperpigmentação da pele. As substâncias despig-
mentantes, inibem a reação bioquímica entre tirosina e tirosinase, inibiando desta for-
ma, a melanogênese.
Os ativos despigmentantes inibem a biossíntese da tirosinase, dispersam a mela-
nina formada, inibem a síntese de melanina, e retardam o transporte dos grânulos 
de melanina.
Preparo da pele para receber o peeling químico:
19
UNIDADE Discromias Faciais
O preparo da pele para receber o peeling superficial é uma das etapas principais 
para o sucesso do tratamento químico, poderá ocorrer entre 7, 15 ou até 30 dias antes 
do peeling com procedimentos estéticos de hidratação, nutrição e antioxidante. 
Fototerapia
A fototerapia pode usar lasers ou LEDs para estratégias de tratamentos. 
Combate a inflamação que pode estar presente nos casos de melasma e hidratar 
e inibir a dupla ligação de melanina.
O laser vermelho tem uma propriedade antioxidante quando ofertado pela técnica 
ILIB – aplicação de laser na artéria radial. Essa aplicação combate as espécies reati-
vas de oxigênio de modo sistêmico.
• Laser Vermelho (606 nm)
 » Absorvido por substâncias presentes na mitocôndria de células superficiais (teci-
do epitelial e tecido conjuntivo subjacente);
 » Aumento na síntese de ATP;
 » ILIB: efeito antioxidante
• Laser Terapêutico Infravermelho (808 nm)
 » Absorvido por substâncias presentes na membrana plasmática de células 
mais profundas;
 » Alteração na permeabilidade da membrana com aumento na absorção de 
nutrientes, água e dermocosméticos;
 » Ativação do metabolismo celular;
 » Utilizar 2 J/cm2, aplicação pontual em toda região que se deseja tratar.
• LED Azul (+/- 470 nm)
 » Hidratação imediata;
 » Otimização de decapagens superficiais (peelings físicos ou químicos);
 » Formação de espécies reativas que atuam na melanina, fracionando essa 
molécula, tornando-a menos absorvedora de luz (efeito clareamento em man-
chas melânicas).
Aplicar em varredura lenta por 5 minutos na região a ser tratada. Esse tempo 
corresponde a uma área de 10 cm2 x 10 cm2.
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Microdermoabrasão
O peeling de diamante é realizado com uma ponteira de caneta e uma lixadia-
mantada, aspirando impurezas da pele, atingindo somente a epiderme. O método é 
mais indicado para peles mais novas e sensíveis, que não necessitam de uma esfolia-
ção. Em relação à dor, o peeling de diamante é mais leve e retira somente uma parte 
da epiderme, não causando dor nem vermelhidões.
Já o peeling de cristal é feito através de uma ponteira que aplicada sobre a pele, 
libera e aspira os cristais (óxido de alumínio) pelo próprio equipamento a vácuo. 
Ele é recomendado para peles fotoenvelhecidas e que precisam de uma esfoliação 
mais profunda. O peeling de cristal é mais dolorido, trazendo uma leve queimação, 
provocando vermelhidões na pele. 
Por mais que a microdermoabrasão seja um procedimento seguro que não ofe-
rece riscos, pode não ser indicado para quem sofre das seguintes disfunções: cica-
trizes, queloides, diabetes, herpes, verrugas, feridas abertas, entre outras.
• Protocolo ILIB – Antioxidante
 » 60 minutos a cada dois dias, durante 05 dias;
 » Descanso de 20 dias, repete protocolo;
 » Descanso de 20 dias, repete protocolo;
 » Manutenção a cada 4 meses – 60 minutos a cada dois dias durante 05 
dias apenas.
• Protocolo Cosmético 
 » Higienização com sabonete neutro;
 » Aplicar loção pré-peeling (desengordurante);
 » Aplicar blend de ácido mandélico, ácido kójico e ácido elágico, e aguardar 
10 minutos. Retirar;
 » Aplicar máscara clareadora. Deixar 20 minutos e retirar;
 » Aplicar sérum vit C;
 » Finalizar com FPS.
• Protocolo Cosmético com Microdermoabrasão 
 » Higienização com sabonete neutro;
 » Realizar microdermoabrasão com peeling de cristal ou peeling de diamante;
 » Aplicar ácido mandélico a 10% e aguardar 10 minutos. Retirar;
 » Aplicar máscara clareadora. Deixar 20 minutos e retirar;
 » Aplicar sérum resveratrol;
 » Finalizar com FPS.
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UNIDADE Discromias Faciais
• Protocolo Cosmético com Laser Vermelho e LED Azul
 » Higienizar a pele;
 » Aplicar LED azul – 5 minutos por hemiface;
 » Aplicar sabonete glicoativo, deixar agir por 5 minutos e retirar;
 » Aplicar laser vermelho – 2 J/cm² de forma pontual por toda hiperpigmentação;
 » Aplicar máscara clareadora. Deixar agir por 20 minutos e retirar;
 » Aplicar sérum clareador e antioxidante com vitamina c e melawhite;
 » Finalizar com FPS.
• Orientações para Home Care
 » Proibida exposição solar;
 » Usar FPS diariamente, reaplicando a cada 3 horas;
 » Manter a pele bem hidratada e antioxidante pela manhã e à noite;
 » Ativos clareadores devem ser usados somente à noite.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Fisiopatologia do Melasma
MIOT, L. D. B.; MIOT, H. A.; SILVA, M. G.; MARQUES, M. E. A. Fisiopatologia do melasma. 
An Bras Dermatol. 2009;84(6):623-35.
Surgical & Cosmetic Dermatology
STEINER, D.; FEOLA, C.; BIALESKI, N.; SILVA, F. A. M. Treatment of Melasma: Systematic 
Review. Surgical & Cosmetic Dermatology. 2009;1(2):87-94.
Microdermoabrasão: Peeling de Cristal e Diamante-revisão de Literatura
SILVA, L. P. I. ; SILVA, K. A.; SOUZA, M. A. V. P.; TAVARES, N. C.; SILVA, N. F.; PEREIRA, 
L. P.; BACELAR, I. Microdermoabrasão: Peeling de Cristal e Diamante-revisão de Literatura. 
Skin Therapy Lett
BOGDANN, A. I.; BAUMANN, L. Antioxidants used in skin care formulations. Skin 
Therapy Lett. v.13, n.7, p. 5-9, 2008.
Revista Contexto & Saúde
FRIES, A. T.; FRASSON, A. P. Z. Avaliação da Atividade Antioxidante de Cosméticos Anti-idade. 
Revista Contexto & Saúde. Ijuí. v. 10. n. 19. 2010.
 Vídeos
A Formação do Melasma
https://youtu.be/gYKA_-dGn1Y
 Leitura
Revista Saúde em Foco 
Edição nº 10 – Ano: 2018.
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UNIDADE Discromias Faciais
Referências
ANTUNES JUNIOR, D.; SOUZA, V. M. Ativos Dermatológicos Dermocosméticos 
e Nutracêuticos. 9 volumes. Editor: Daniel Antunes Júnior e Valéria Antunes, 2016.
BORGES, F. S. Dermato Funcional – Modalidades Terapêuticas nas Disfunções 
Estéticas. São Paulo: Phorte, 2010.
CAMPBELL, MONHEIT, R. M, G. D. Peeling Químico. In: GOLDBERG, David 
J – Rejuvenescimento Facial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
CUCÉ, L. C.; FESTA NETO, C. Manual de Dermatologia. São Paulo: Atheneu, 2001.
FONSECA, A.; PRISTA, L. V. N. Manual de Terapêutica Dermatológica e 
Cosmetológica. São Paulo: Roca; 2000.
HARRIS, M. I. Pele: do Nascimento a Maturidade. São Paulo: Senac, 2018.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.
YAMAGUCHI, C. Procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos – Conduta 
Baseada em Exp. Clínica e Visão Estética Atual. São Paulo: Santos Grupo GEN, 2010.
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Outros materiais