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REPARO TECIDUAL

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REPARO 
TECIDUAL 
Os macrófagos podem ser divididos em dois 
tipos conforme o tipo de estimulo ou 
mediadores que recebem dos próprios 
macrófagos. 
Caso o estímulo recebido seja feito através de 
IFN (interferon) o macrófago passa a 
expressar um padrão de M1, potencializando 
a resposta inflamatória. Esses tipos de 
macrófagos são denominados de pró-
inflamatórios. 
Caso o IFN seja reduzido, e aumente os níveis 
de citocinas do tipo interleucinas (IL) ou 
fatores de crescimento, o macrófago adquire 
a função de anti-inflamatório, auxiliando na 
reparação tecidual. 
Então quando falamos de reparo tecidual, 
estamos falando essencialmente do padrão 
celular denominado macrófago, mais 
especificamente de macrófagos do tipo M2. 
Dependendo do procedimento e da maneira 
que ocorra o processo de reparo tecidual, 
temos dois tipos diferentes: 
 REGENERAÇÃO 
 CICATRIZAÇÃO 
Regeneração consiste em um processo de 
reparação das células remanescentes quando 
a lesão é considerada mínima, ou seja, não 
ocorre a destruição do arcabouço basal do 
tecido. Nem todos os tecidos conseguem 
fazer regeneração, como no caso dos tecidos 
permanentes como o tecido nervoso, tecido 
muscular cardíaco. 
Existem outros tipos de tecidos denominados 
tecidos lábeis como o tecido epitelial que 
sofrem constantes reposições (pele), ou seja, 
dividem-se continuamente e os tecidos 
estáveis que conseguem se regenerar, mas 
apenas quando sofrem algum tipo de lesão ou 
processo inflamatório/estresse como no caso 
tecido ósseo após uma fratura. 
Em tecidos permanentes, não ocorre a 
regeneração, logo, a única possibilidade é a 
cicatrização. 
Ou em feridas muito graves em que não 
ocorre a manutenção do arcabouço promove 
um processo de cicatrização. 
 
 
 
Cicatrização é a substituição de tecido 
lesionado por tecido conjuntivo composto por 
fibroblastos, proteoglicanos, ácido hialurônico 
que compõe a matriz extracelular. 
O tecido conjuntivo frouxo é mais modelável, 
ocorrendo primeiro no processo de 
cicatrização, que posteriormente é substituído 
por tecido conjuntivo denso. Dai a tamanha 
resistência da cicatriz. 
No caso de inflamação, a lesão provocada é 
reparada pelas próprias células inflamatórias 
a partir da liberação de citocinas que 
programam a reparação tecidual. 
 
REGENERAÇÃO HEPÁTICA: 
 
A partir do momento que os hepatócitos, 
células parenquimatosas do fígado, começam 
a sofrer algum tipo de agressão as células de 
Kuppfer, os macrófagos do fígado, começam a 
fagocitar as células que morreram, deixando 
um buraco no local fagocitados. 
Para tentar cobrir os espaços deixados, os 
macrófagos recrutados ate o local pelo TNF, 
liberam interleucina 6 (IL-6) que começa a 
estimular a produção de fatores de 
crescimento. 
Os fatores de crescimento estimulam as 
células adjacentes ao buraco deixado a saírem 
do G0 e iniciarem um processo de divisão 
celular. 
O arcabouço é essencial para direcionar a 
formação das novas células, regenerando o 
órgão alvo. 
CICATRIZAÇÃO: 
 
É a deposição de tecido conjuntivo no local 
lesionado. Pode ser de primeira intenção ou 
de segunda intenção, a diferença entre elas é 
a extensão da lesão. 
A primeira intensão é muito característica de 
lesões muito pontuais e pequenas, 
obviamente ainda sim o arcabouço é 
destruído. Por exemplo, as incisões cirúrgicas. 
A segunda intensão é característica de danos 
muito extensos, como por exemplo, 
queimaduras. Quantidade muito mais elevada 
de componentes. 
O processo de cicatrização envolve em si uma 
lesão, uma inflamação, proliferação, 
migração, angiogênese e maturação TC. 
Inicia-se com o recrutamento de plaquetas 
para formar o coagulo e controlar o 
sangramento, formando as redes de 
fibronectina no local lesionado. 
Após o recrutamento dos neutrófilos, cerca de 
24 horas após o inicio da inflamação por ação 
das citocinas e interleucinas liberadas pelos 
macrófagos, forma-se uma aglomerado 
neutroílico que irá auxiliar no processo de 
cicatrização. 
Após 48 horas depois, inicia-se o 
recrutamento de monócitos que se 
transformam em macrófagos, recebem 
estímulos anti-inflamatórios e torna-se em M2 
que começam a secretar FATORES DE 
CRESCIMENTO COMO TGF-BETA começam a 
induzir migração e proliferação de 
fibroblastos que fazem síntese e secreção de 
MEC. 
Essa deposição inicial de MEC constitui um 
tecido conjuntivo frouxo com predomínio de 
colágeno do tipo III. Os fatores de crescimento 
começam a induzir também angiogênese para 
aquele local. 
Angiogênese constitui a formação de novos 
tecidos e vasos sanguíneos para nutrir os 
tecidos recém-formados, especialmente o 
conjuntivo. 
Tecido de granulação – são os vasos novos, 
células inflamatórias, fibroblasto, MEC 
depositada. 
A partir do momento que se inicia a 
fagocitose e eliminação do coagulo, essa 
região recebe a deposição de membrana basal 
e células novas. 
Teoricamente já temos a cicatriz formada, 
mas constituída de tecido conjuntivo frouxo 
ainda pouco resistente. É nesse momento que 
ocorre a maturação do tecido conjuntivo 
frouxo em tecido conjuntivo denso com 
colágeno tipo I. Esse processo de maturação 
leva bastante tempo para ocorrer. 
Não ocorre a formação de tecido conjuntivo 
denso anteriormente pelo fato de que é 
necessário a chegada de fibroblastos, 
formação de vasos sanguíneos naquela região 
e a presença de TC denso prejudicaria a 
migração de células por exemplo. 
 
OBS: no inicio a cicatriz fica mais 
avermelhada, posteriormente quando ocorre 
a maturação, a cicatriz torna-se mais 
esbranquiçada devido ao aumento elevado de 
fibroblastos e diminuição da vascularização. 
 
ANORMALIDADES: 
Existem algumas anormalidades decorrentes, 
por exemplo, de os fibroblastos não 
conseguirem migrar corretamente. Uma delas 
é a DEISCÊNCIA quando uma parte desse 
processo de cicatrização continua abrindo. 
 
Outra anormalidade é a formação de 
ÚLCERAS quando as feridas não cicatrizam 
por conta de neuropatia periférica, além de 
problemas na formação de tecido conjuntivo. 
 
 
Podem ocorrer casos em que a cicatrização 
ocorre em excesso como a CICATRIZAÇÃO 
HIPERTRÓFICA, e em casos mais avançados os 
QUELOIDES. 
E por fim, temos as CONTRATURAS onde 
temos o excesso na produção de fibroblastos 
que se transformam em miofibroblastos, são 
lesões muito decorrentes em casos de lesão 
por queimaduras. Mantém uma espécie de 
teia de pele nos locais atingidos.

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