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Prática Jurídica IV @piluladc Juizado Especial Federal Lei 10.259 de 2001 Naquilo em que for omisso, aplica-se subsidiariamente as normas da lei 9099 e do CPC. Aqui explicitado o que é di- ferente do JEC. Ideia de que quando se está instalado o Federal em uma localidade, a compe- tência dele é absoluta. Utilização do ju- izado aqui é obrigatória, e não faculta- tiva. Art 3º “§ 3o No foro onde estiver insta- lada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta.” Causas de competência da justiça fe- deral - Art 109 CRFB Limitação de valor de 60 salários míni- mos, maior que no JEC. Art 3º “§ 1o Não se incluem na compe- tência do Juizado Especial Cível as causas: I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarca- ção, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as de- mandas sobre direitos ou interesses di- fusos, coletivos ou individuais homo- gêneos; II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas fede- rais; III - para a anulação ou cancela- mento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal; IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão im- posta a servidores públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a mili- tares.” Art 109. Exceções: “II - as causas entre Estado es- trangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou re- sidente no País; III - as causas fundadas em tra- tado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; (...) XI - a disputa sobre direitos indí- genas.” Ação de execução fiscal é a de co- brança de tributos. Demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homo- gêneos - Lei 7347 e Código do Consu- midor Atos administrativos - fora da compe- tência, mas pode ser se for previdenci- ário ou decorrentes de lançamento fis- cal. Prática Jurídica IV @piluladc Medida cautelar - é possível requerer no Juizado Especial Federal? No JEC é pelo enunciado, não tem pre- visão expressa. No Federal a previsão é expressa. “Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir medidas cautelares no curso do pro- cesso, para evitar dano de difícil repa- ração.” “Art. 5o Exceto nos casos do art. 4o, somente será admitido recurso de sentença definitiva.” É possível interpor recurso, somente contra a sentença, em regra. Inominado contra a sentença, e em- bargo de declaração. Na medida cautelar é permitida a inter- posição de recurso. Resolução 345/2015 do Conselho da Justiça Federal - não deram nome, só descrição, prazo e outros. “Art. 6o Podem ser partes no Ju- izado Especial Federal Cível: I – como autores, as pessoas fí- sicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no9.317, de 5 de dezembro de 1996; II – como rés, a União, autar- quias, fundações e empresas públicas federais.” Questão doutrinária - não faz diferen- ciação expressa entre capazes e inca- pazes. Uma parte da doutrina defende que tem que ser aplicada a restrição da lei 9099 e outra parte defende que não, já que não fez a diferenciação no ar- tigo. Prazo diferenciado para pessoa jurídica de direito público. Código Processo Civil Art 183 “Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifesta- ções processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.” Mas não se aplica no Juizado Especial Federal, expresso na lei específica: “Art. 9o Não haverá prazo dife- renciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias.” Coloca só a antecedência de 30 dias. Representação “Art. 10. As partes poderão de- signar, por escrito, representantes para a causa, advogado ou não. Parágrafo único. Os represen- tantes judiciais da União, autarquias, fundações e empresas públicas fede- rais, bem como os indicados na forma do caput, ficam autorizados a conciliar, transigir ou desistir, nos processos da competência dos Juizados Especiais Federais.” Existe uma crítica doutrinária sobre a capacidade técnica desse represen- tante, para defender de fato os interes- ses da parte. Prática Jurídica IV @piluladc Princípio da legalidade administrativa - pode fazer apenas o que a lei permite. Se não tivesse essa autorização legal no dispositivo, não poderia nunca abrir mão de algo ou realizar conciliação, pois se entenderia que há um prejuízo para o poder público e, portanto, para a sociedade. Reexame necessário Algumas causas terminam com sen- tença proferida contra os interesses públicos, e nesses casos precisa ne- cessariamente haver o recurso. É cha- mado também de remessa necessária. Art 496 do CPC. Não cabe no âmbito do Juizado Espe- cial Federal. “Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessá- rio.” Se quiser, precisa entrar com o recurso inominado. “Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municí- pios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à exe- cução fiscal. § 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á. § 2º Em qualquer dos casos re- feridos no § 1º, o tribunal julgará a re- messa necessária. § 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autar- quias e fundações de direito público; II - 500 (quinhentos) salários- mínimos para os Estados, o Distrito Fe- deral, as respectivas autarquias e fun- dações de direito público e os Municí- pios que constituam capitais dos Esta- dos; III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e res- pectivas autarquias e fundações de di- reito público. § 4º Também não se aplica o dis- posto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Su- premo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em in- cidente de resolução de demandas re- petitivas ou de assunção de competên- cia; IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.”
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