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Responsável 
Técnico – RT 
MÓDULO 1 
2
Sumário
Apresentação 5
Módulo 1 – Parte 1 8
Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas 9
1 Importância do Transporte Rodoviário de Cargas 10
2 Modalidades de Transporte 11
2.1 Modo Rodoviário 12
2.2 Modo Ferroviário 13
2.3 Modo Aquaviário 13
2.4 Modo Aeroviário (ou Modo Aéreo) 14
2.5 Modo Dutoviário 14
3 Intercâmbio de Cargas entre Regiões 15
3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras 15
3.2 O Histórico da Integração Nacional 16
3.3 Integração entre as Regiões nos Dias de Hoje 17
Atividades 20
Referências 21
Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos 24
1 Classificação dos Caminhões 25
2 Tipos de Carroceria 27
3 Classificação das Mercadorias 29
3.1 Carga Geral 29
3.2 Carga a Granel 30
3.3 Carga Frigorificada 30
3.4 Neo-granel 30
3
3.5 Produto Perigoso 31
Atividades 32
Referências 33
Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança 36
1 Importância da Embalagem 37
2 Classificação das Embalagens 38
3 Tipos de Embalagem 40
Atividades 44
Referências 45
Módulo 1 – Parte 2 48
Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e Mercado Regulado 49
1 O Princípio da Livre Concorrência 50
2 Concentração na Oferta ou na Demanda 52
2.1 Monopólios e Oligopólios 52
2.2 Monopsônios e Oligopsônios 54
3 Mercado Regulado 55
Atividades 58
Referências 59
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do Serviço de Transporte 62
1 Entidades e Agentes Públicos 63
1.1 Agente Público Responsável pelo Planejamento dos Transportes 63
1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de Transportes 64
1.3 Agente Público Responsável pela Regulação 64
1.4 Agente Público Responsável pela Fiscalização de Normas Agropecuárias 65
2 Entidades e Agentes Privados 65
2.1 Embarcador ou Expedidor 65
4
2.2 Transportador 66
2.3 Operadores Logísticos 67
2.4 Estações Aduaneiras de Interior (EADI) 67
2.5 Despachante Aduaneiro 68
2.6 Operador de Transporte Multimodal (OTM) 68
Atividades 69
Referências 70
Gabarito 73
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Responsável Técnico – RT! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
Este curso possui carga horária total de 125 horas e foi organizado em 4 módulos, 
conforme a tabela a seguir.
Módulos Unidades Carga Horária
Módulo 1
Parte 1
Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas 2h
Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos 2h
Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança 2h
Parte 2
Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e 
Mercado Regulado
2h
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do 
Serviço de Transporte
2h
Carga Horária Total do Módulo 1 10h
Módulo 2
Parte 1
Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 1
4h
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 2
4h
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 3
4h
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade 
Penal do Motorista
4h
Aula 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e 
Altura dos Veículos
4h
Parte 2
Unidade 6 | Legislação Fiscal e Contrato de Seguro 
de Cargas
4h
Unidade 7 | Legislação do Operador de Transporte 4h
Carga Horária Total do Módulo 2 28h
6
Módulo 3
Parte 1
Unidade 1 | Normas Sanitárias e de Segurança no 
Manuseio e Armazenagem de Cargas
3h
Unidade 2 | Normas de Movimentação e 
Acondicionamento de Cargas
4h
Parte 2
Unidade 3 | Embalagem e Unitização de Cargas 4h
Unidade 4 | Processos de Armazenamento de 
Produtos e Materiais
4h
Parte 3
Unidade 5 | Dimensionamento da Frota 4h
Unidade 6 | Adequação de Veículos e Equipamentos 4h
Unidade 7 | Manutenção da Frota 4h
Parte 4
Unidade 8 | Fatores Operacionais que Interferem 
no Planejamento da Operação do Transporte
4h
Unidade 9 | Procedimentos do Condutor para a 
Preparação da Viagem
4h
Unidade 10 | Custos de Transportes 4h
Unidade 11 | Elaboração de Contrato e 
Conhecimento de Transporte 
4h
Parte 5
Unidade 12 | Procedimentos de Conferência da 
Carga e da Nota Fiscal
4h
Unidade 13 | Procedimentos de Carga e Descarga 4h
Carga Horária Total do Módulo 3 51h
Módulo 4
Parte 1
Unidade 1 | Estatísticas e Causas de Acidentes 
Rodoviários com Caminhões
4h
Unidade 2 | Meio Ambiente e o Cidadão 4h
Unidade 3 | Normas e Procedimentos de Segurança 4h
Unidade 4 | Saúde no Trabalho 4h
Unidade 5 | Noções de Combate a Incêndio 4h
Parte 2
Unidade 6 | Conceito de Logística e de Cadeia 
Logística
4h
Unidade 7 | Organização e Controle da Operação de 
Transporte em Terminais de Cargas e Armazéns
4h
Unidade 8 | Noções de Gestão do Transporte 4h
Unidade 9 | Adequação e Manutenção de 
Instalações Operacionais
4h
Carga Horária Total do Módulo 4 36h
7
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
 
Responsável 
Técnico – RT 
MÓDULO 1 – 
PARTE 1
9
UNIDADE 1 | O TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS
10
Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 1 do curso Responsável Técnico – RT! O 
transporte possibilita o deslocamento das pessoas e a movimentação de cargas. Ele 
ajuda a melhorar a integração entre regiões e permite que pessoas e cargas possam 
ser transportadas de um país para outro. Nesta unidade, vamos conhecer mais sobre a 
importância do transporte e algumas de suas características. Bons estudos!
1 Importância do Transporte Rodoviário de Cargas
Você já parou para pensar na importância do transporte para o desenvolvimento de 
uma sociedade? Ele é o responsável direto pelo desenvolvimento.
O que isso quer dizer?
Isso significa que, quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o 
seu desenvolvimento. Você sabe por quê?
Porque a agropecuária, a indústria, o comércio e outros serviços dependem diretamente 
do transporte de matérias-primas e de produtos, bem como do deslocamento das 
pessoas até o mercado de consumo. Além disso, ele permite o acesso das pessoas ao 
trabalho, ao lazer, à saúde, à educação, à cultura e à informação.
No Brasil, a movimentação dos produtos é realizada por todas as modalidades, mas, o 
modo rodoviário é o mais utilizado, sendo responsável por mais de 60% de toda a carga 
movimentada no país. Observe a figura.
Figura 1: Movimentação de produtos no Brasil
11
O caminhão é o veículo mais utilizado no transporte rodoviário de cargas. Sua 
característica principal é a flexibilidade para realizar o transporte “porta a porta”, ou 
seja, tem a capacidade de coletar a mercadoria no local de produção e levá-la até o 
destino final.
Na verdade, o transporte rodoviário deveria ser utilizado para movimentar mercadorias 
em pequenas e médias distâncias ou servir de transporte complementar aos modos 
ferroviário e aquaviário. Isso porque sua capacidade de carga é pequena. Assim sendo, 
cabe bem menos carga em um caminhão do que em um trem ou emum navio.
Segundo dados da ANTT (2017), o transporte rodoviário é realizado por mais de 500 
mil transportadores no Brasil, aproximadamente:
• 417.046 mil autônomos;
• 118.496 mil empresas;
• 282 cooperativas.
Como podemos perceber, o transportador é um agente de grande importância no 
sistema de transporte brasileiro. Ele possibilita que as mercadorias sejam movimentadas 
entre as empresas e os consumidores.
Agora vamos conhecer as diferentes modalidades de transporte de cargas.
2 Modalidades de Transporte
Cinco modalidades ou modos de transporte são utilizados para o deslocamento das 
pessoas e para a movimentação de cargas. São eles: rodoviário, ferroviário, aquaviário, 
aéreo e dutoviário.
Você já tinha ouvido falar de todos eles?
12
2.1 Modo Rodoviário
Este modo é utilizado tanto para o transporte 
de passageiros quanto para a movimentação de 
cargas. A infraestrutura utilizada é composta 
por vias urbanas e rurais. Podemos destacar, 
também, o uso dos terminais rodoviários e pontos 
de parada no transporte de passageiros, e dos 
armazéns, depósitos e centros de distribuição no 
transporte de cargas.
 e
A infraestrutura rodoviária é composta por 1.721.088,7 km de 
rodovias: pavimentadas federais, estaduais e municipais (12 %), 
não pavimentadas (78,58 %) e planejadas (9,14 %) (CNT, 2017). 
 
Existem equipamentos e instalações de apoio que ajudam a 
viabilizar as operações de transporte. Por exemplo: semáforos, 
centrais de monitoramento, postos de pesagem, centros de 
fiscalização, postos de contagem e postos da Polícia Rodoviária, 
dentre outros.
 g No site do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), você vai encontrar mais informações a respeito da infraestrutura de transporte. Confira! 
 
http://www.dnit.gov.br/
13
2.2 Modo Ferroviário
Corresponde a todo transporte que é feito sobre 
trilhos. Exemplos: trem, metrô, VLT (Veículo 
Leve sobre Trilhos). No modo ferroviário, 
são transportados passageiros e cargas. A 
infraestrutura é composta basicamente pelas 
estradas de ferro, os trilhos e os equipamentos 
de apoio, além das estações, terminais e centros 
de controle e monitoramento das viagens.
 h
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(ANTT), o sistema ferroviário brasileiro tem mais de 29 mil 
quilômetros de trilhos. Ele está presente em todas as regiões, 
mas se concentra no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.
2.3 Modo Aquaviário
Abrange o transporte que é feito por mar, 
rios e lagos. No modo aquaviário, podem ser 
transportados passageiros e cargas. Este modo 
pode ser dividido em:
• Transporte hidroviário, no qual as vias são os 
rios, lagos e lagoas.
• Transporte marítimo, no qual as vias são os 
oceanos e mares.
O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios que são vias navegáveis, além de 
mais de 7 mil quilômetros de costa (litoral) para a navegação de cabotagem (transporte 
ao longo da costa).
14
 g Você pode encontrar mais detalhes sobre a malha hidroviária brasileira no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Confira! 
 
http://www.antaq.gov.br/
2.4 Modo Aeroviário (ou Modo Aéreo)
No modo aéreo, são os aviões que transportam 
passageiros e cargas. As rotas aéreas são as vias 
pelas quais as aeronaves trafegam, e são conhecidas 
como aerovias. A infraestrutura conta, ainda, com 
os aeroportos, que são terminais de decolagem e 
aterrissagem de aviões.
 g Você pode descobrir mais detalhes sobre o transporte aéreo no site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Confira! 
http://www.anac.gov.br/
2.5 Modo Dutoviário
Este modo é utilizado exclusivamente para 
movimentar mercadorias. Ele é composto por dutos 
(uma espécie de tubulação), que são as vias por 
onde as cargas são movimentadas.
Os dutos utilizados neste modo podem ser 
classificados em:
15
• Oleodutos: transportam petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, Gás 
Liquefeito de Petróleo (GLP), querosene dentre outros.
• Minerodutos: transportam minério de ferro, concentrado fosfático e outros 
minerais.
• Gasodutos: transportam o gás natural e outros gases.
3 Intercâmbio de Cargas entre Regiões
As mercadorias produzidas nos mais 
variados locais podem ser distribuídas e 
consumidas em todo o território nacional. 
Isso é possível graças aos avanços 
tecnológicos aplicados ao transporte 
e à abrangência de suas diversas 
modalidades nos estados e regiões 
brasileiras. A essa troca de mercadorias 
entre produtores e consumidores, 
chamamos intercâmbio de cargas.
3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras
O setor de transportes deve ser visto de forma global. Nesse sentido, não há como 
dissociar o planejamento de transportes do planejamento econômico e social do país, 
tema que envolve decisões quanto à localização das indústrias, ao suprimento de 
insumos e à distribuição de produtos, ou seja, aspectos relacionados ao planejamento 
logístico (SCHROEDER; CASTRO, 1996).
Como sabemos, o desenvolvimento dos diversos setores que compõem a economia de 
um país requer a oferta de meios adequados e eficientes de transporte. No entanto, 
Galvão (1996) ressalta que os transportes constituem apenas um fator de facilitação, e 
não necessariamente funcionam como causa ou pilar do crescimento econômico.
16
O lento processo de integração dos estados brasileiros e as profundas desigualdades 
inter-regionais de desenvolvimento podem ser corrigidos com o desenvolvimento de 
sistemas eficientes de transporte que permitam melhor comunicação entre as regiões 
e a redução das desigualdades regionais.
Um detalhe importante que deve ser considerado quando falamos em integração 
regional e intercâmbio de cargas pelo território nacional é a crescente interiorização 
da produção agroindustrial.
 e
Nas últimas décadas, a fronteira agrícola e pecuária vem se 
expandindo para as regiões Centro-Oeste e Norte, enquanto a 
indústria de base e de bens de consumo cresce bastante na 
região Nordeste. 
 
Segundo Vilaça (2013), essas mudanças fizeram com que a 
distância média percorrida para a distribuição de cargas no 
Brasil aumentasse em 11% nas ferrovias e em 16% nas rodovias, 
entre 2006 e 2012. Ou seja, estamos indo mais longe em busca 
de mercadorias e transportando produtos por todo o território 
nacional.
3.2 O Histórico da Integração Nacional
A integração entre os estados e regiões sempre foi uma preocupação no Brasil. Por 
ser um país de grandes dimensões e de baixa densidade, os vazios territoriais levaram 
ao isolamento econômico e geográfico, dificultando o intercâmbio entre produtores 
e consumidores brasileiros. Como ressalta Galvão (1996), essa é uma preocupação 
antiga, presente desde os tempos coloniais.
No século XIX, alguns planos de transporte foram elaborados com o propósito de 
interligar as distantes e isoladas províncias em busca da constituição de uma nação 
verdadeiramente unificada. Galvão (1996) destaca que, décadas mais tarde, no século 
XX, o Brasil ainda possuía regiões economicamente isoladas, fato que resultou na 
ideologia nacionalista de marcha para o Oeste. Na época, o Governo Federal buscou a 
integração nacional por meio de grandes obras rodoviárias e da construção de Brasília.
17
Na primeira metade do século XX o Brasil sofria de relativo isolamento entre as 
economias regionais, e a produção industrial se encontrava bastante concentrada em 
pequena área do território nacional.
Você sabe como as cargas eram distribuídas 
pelo Brasil em tal período?
A cabotagem era o único sistema de 
transporte de caráter nacional e, em muitos 
casos, a única modalidade de comunicação 
entre as regiões. Asferrovias também 
chegaram a exercer um papel relevante, 
embora em grau menor, na unificação dos 
mercados de certas partes das economias de 
regiões diferentes (GALVÃO, 1999).
Já na segunda metade do século XX, foi possível notar uma intensificação das ligações 
inter-regionais. Apesar de ainda haver grande concentração industrial, as trocas de 
mercadorias entre regiões iniciaram um crescente processo de integração. Galvão 
(1999) ressalta que, após a efetivação de um programa nacional de construção de 
rodovias nas décadas de 1950 e 1960, o Brasil reduziu o isolamento das economias 
regionais. Assim, a expansão do comércio inter-regional foi resultado do avanço no 
processo da integração econômica do país, com a formação de um mercado nacional 
unificado.
3.3 Integração entre as Regiões nos Dias de Hoje
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) (2014) aponta que a baixa 
qualidade dos serviços logísticos no Brasil repercute diretamente na competitividade 
do produto nacional e na atração de novos investimentos. Dessa forma, estradas de má 
qualidade, portos ineficientes, cabotagem pouco expressiva, escassez de ferrovias e 
de áreas de armazenagem, entre outros fatores, afetam a indústria e a sua capacidade 
de integração às cadeias globais de produção.
Ou seja, as ligações existem, mas elas poderiam estar muito melhores...
18
A CNI (2014) destaca que a indústria brasileira precisa de redes integradas de 
transportes e sistemas logísticos eficientes para possibilitar maior crescimento. Nesse 
sentido, Silveira (2013) afirma que as diversas cadeias de produção, de comércio e 
de serviços são cada vez mais dependentes dos sistemas de transportes, pois uma 
boa conexão entre as redes de transporte e as atividades econômicas resulta em 
diminuição significativa de custos. Essa ligação transparece na formação de eixos 
territoriais de intenso adensamento de atividades econômicas e populacionais, como 
também em expressivas interações espaciais, frutos de movimentações financeiras, de 
mercadorias, de pessoas e de informações entre as regiões.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2014), a 
distribuição espacial das redes de transportes no território brasileiro revela uma 
predominância do modo rodoviário, em especial na região Centro-Sul, com destaque 
para o estado de São Paulo.
O IBGE destaca que o estado de São Paulo é o que 
apresenta melhor infraestrutura de transportes 
entre as cidades do interior e a capital, incluindo 
rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do 
Tietê. Ademais, localizam-se nesse estado o maior 
aeroporto do país, Guarulhos, instalado na região 
metropolitana da capital, e o porto organizado 
com maior movimentação de cargas, o Porto de 
Santos.
Apesar de sua desigual distribuição pelo território brasileiro, a malha rodoviária 
possui vascularização e densidade muito superiores aos demais modos de transporte 
em praticamente todos os estados. Isso mostra a predominância dessa modalidade 
para a circulação de mercadorias e pessoas no país, à exceção da região amazônica, 
onde a circulação por vias fluviais tem papel importante, uma vez que a densidade 
da rede fluvial é naturalmente propícia a esse tipo de transporte. Estudos do IBGE 
(2014) destacam também a alta densidade de ligações de transporte nas Regiões 
Metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Você sabe dizer porque essas regiões possuem uma malha de transportes mais adensada?
Um dos fatores para a concentração está relacionado à produção das mercadorias. São 
Paulo abriga a maior parte das indústrias do país. Por esse motivo, muitas rodovias 
federais ligam a capital paulista a outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte 
e Curitiba. Tais rodovias reúnem os maiores fluxos de mercadorias e pessoas, ligando 
19
também o Oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o Noroeste paranaense e o estado de 
Mato Grosso do Sul, caracterizados pela elevada produção agropecuária associada ao 
agronegócio (IBGE, 2014).
Outro fator preponderante está ligado à produção agropecuária. A Região Sul, o 
Centro-Oeste e o estado de São Paulo se destacam, o que pode ser confirmado pela 
concentração espacial dos principais armazéns de grãos, uma vez que eles tendem a se 
localizar próximo às áreas produtoras.
Segundo o IBGE (2014), a ligação entre Recife e João Pessoa, entre Brasília e Goiânia, o 
entorno de Salvador e o de São Luís também se destacam pela elevada acessibilidade. 
Por outro lado, é interessante notar alguns “vazios logísticos” onde a rede de transporte 
é mais escassa, como: o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a 
área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção 
do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e o do Madeira.
As áreas adensadas e os vazios logísticos são resultado da dinâmica de produção e de 
distribuição de mercadorias no Brasil. Elas interferem nos fluxos de mercadorias e no 
grau de integração entre as regiões.
E como podemos reduzir essas lacunas de integração?
Para ampliar o intercâmbio de mercadorias é importante investir na ampliação das 
infraestruturas, bem como no acesso às informações, pois a falta de infraestrutura 
eleva o valor dos produtos, fazendo com que eles se tornem menos competitivos no 
comércio nacional e internacional.
20
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com o IBGE, o estado 
de São Paulo é o que apresenta melhor infraestrutura de 
transportes entre as cidades do interior e a capital, incluindo 
rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Nas últimas décadas, a fronteira 
agrícola e pecuária vem se expandindo para a região 
Nordeste, enquanto a indústria de base e de bens de consumo 
cresce bastante nas regiões Centro-Oeste e Norte. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
21
Referências
ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio 
de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v. 
1, 1. ed., p. 131-151, 2003. 
ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Anuário 
da Indústria Automobilística Brasileira. São Paulo: ANFAVEA, 2014. Disponível em: 
<http://www.anfavea.com.br/anuario.html>. Acesso em: dez. 2014.
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução n° 4.799, de 27 de 
julho de 2015. Regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro 
Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas, RNTRC; e dá outras providências. 
Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: dez. 2015.
_______. Entraves burocráticos, exigências legais e tributárias do transporte 
multimodal. Brasília, 2011. Disponível em: < http://www.antt.gov.br/backend/galeria/
arquivos/entravesburocraticosexigenciaslegaisetributariasdotm_1.pdf>. Acesso em: 
maio 2017. 
_______. RNTRC em números. Brasília, 2017. Disponível em: <http://appweb2.antt.
gov.br/rntrc_numeros/rntrc_emnumeros.asp>. Acesso em: set. 2017.
BAGNOLI, V. Direito econômico. São Paulo: Atlas, 2005.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos, 2004.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS. D. J. Logística empresarial: o processo de integração de 
cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
BRASIL. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 
dez. 2014.
_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportesaquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
22
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes 
e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017.
_______. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o transporte 
multimodal de cargas e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: < http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem 
tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências. 
Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm>. 
Acesso em: maio 2017. 
CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Perguntas gerais sobre defesa 
da concorrência. Brasília, 2016. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/servicos/
perguntas-frequentes/perguntas-gerais-sobre-defesa-da-concorrencia>. Acesso em: 
maio 2017.
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Eixos logísticos: os projetos prioritários da 
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CNT – Confederação Nacional do Transporte. Boletim estatístico. Brasília, 2015. 
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24
UNIDADE 2 | TIPOS DE CARGAS, 
CARROCERIAS E VEÍCULOS
25
Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! O transporte de cargas pode ser efetuado 
por diferentes tipos de veículos. No transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão, 
que pode apresentar diferentes composições. Nesta unidade, vamos conhecer os principais 
tipos e suas aplicações na movimentação de cargas. Bons estudos!
1 Classificação dos Caminhões
Você sabe que existem diversos modelos de caminhões e que cada um é utilizado 
para um serviço de transporte específico. Existem algumas maneiras para classificar 
os caminhões de carga. Uma delas consiste em dividi-los entre veículos rígidos e 
articulados.
Mas, o que são veículos rígidos?
São aqueles que trazem o motor e a unidade de transporte em um só veículo. São os 
caminhões chamados de “tocos ou trucks”.
E os articulados?
São aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são 
formados por um cavalo mecânico e uma carreta.
26
Os veículos também podem ser classificados em função do peso máximo transmitido 
ao pavimento. Esta classificação é apresentada pela Associação Nacional dos 
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA):
Legenda:
Peso Bruto Total (PBT): Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, 
constituído da soma da tara mais a lotação.
Peso Bruto Total Combinado (PBTC): Peso máximo transmitido ao pavimento pela 
combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque, ou do caminhão mais o 
seu reboque ou reboques. 
Capacidade Máxima de Tração (CMT): É o peso que a unidade de tração é capaz de 
tracionar, indicado pelo fabricante, com base em condições sobre suas limitações 
de geração e multiplicação de momento de força e resistência dos elementos que 
compõem a transmissão.
Fonte: Adaptado de ANFAVEA (2014) e Brasil (2007)
Tipo de veículo Peso transmitido
Semileves 3,5t < PBT < 6t
Leves 6t < PBT < 10t
Médios 10t < PBT < 15t
Semipesados
Caminhão-chassi
Caminhão-trator
PBT > 15t e CMT < 45t
PBT > 15t e PBTC < 40t
Pesados
Caminhão-chassi
Caminhão-trator
PBT > 15t e CMT > 45t
PBT > 15t e PBTC > 40t
27
 g A Portaria do Denatran nº 63/09 e suas alterações, homologa os veículos e as combinações de veículos de transporte de carga e de passageiros, com seus respectivos limites de comprimento, 
Peso Bruto Total (PBT) e Peso Bruto Total Combinado (PBTC) 
para circulação nas vias públicas. Mais detalhes estão no site do 
Denatran. Confira! 
 
www.denatran.gov.br
Outra classificação é a apresentada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura 
de Transportes (DNIT) na qual os veículos são classificados de acordo com seus eixos 
(DNIT, 2012). As variações são muitas, sendo que atualmente os caminhões podem ter 
entre dois e nove eixos!
2 Tipos de Carroceria
Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carroceria, sendo que cada modelo 
é usado para transportar cargas específicas. A variedade é grande, mas existem alguns 
que são mais utilizados.
Veja a seguir uma lista, com exemplos de caminhões, organizada em função do tipo de 
carroceria. Certamente você já dirigiu pelo menos um deles!
28
Ilustração Tipo de carroceria
Definição e tipos de cargas 
transportadas
Caminhões abertos
Usados para mercadorias que não 
estragam nem perdem a qualidade 
quando transportadas ao ar livre. Em 
caso de chuva, são usadas lonas para 
proteger a carga.
Caminhões cobertos
Em geral apresentam o formato de 
um vagão para proteger as cargas 
das condições climáticas adversas.
 
Caminhões 
refrigeradosA carroceria possui um refrigerador 
para conservar a temperatura 
interior. Utilizados no transporte 
de carne, derivados do leite, 
medicamentos, dentre outros.
 Caminhões-tanques
A carroceria tem o formato de um 
tanque. Utilizados para o transporte 
de produtos líquidos, como 
combustível.
 
Caminhões-tanques 
para gás a granel
A carroceria cilíndrica tem estrutura 
reforçada para suportar a pressão 
dos gases transportados, como GLP 
e amônia.
 
Caminhões de 
plataforma ou estrado
Usados para transportar contêineres, 
engradados amarrados com cordas 
ou correntes, entre outros produtos.
Caminhões-
cegonheiros
Utilizados para o transporte de 
diversos tipos de veículos.
 
Caminhões de 
caçamba
São caminhões basculantes, 
utilizados no transporte de entulhos, 
terra, cascalho.
29
3 Classificação das Mercadorias
Veja algumas formas de agrupar conceitualmente as mercadorias.
3.1 Carga Geral
Carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser 
soltas ou unitizadas:
• Soltas (não unitizadas): itens avulsos, embarcados separadamente em embrulhos, 
fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores etc.
• Unitizadas: agrupamento de vários itens em unidades de transporte.
 
Caminhões para 
transporte de botijões 
de gás
Usados no transporte de botijões de 
gás.
Caminhões 
canavieiros
Usados para o transporte de cana-de-
açúcar.
 
Caminhões para 
transporte de animais 
vivos
Usados para o transporte de bovinos, 
equinos e outros animais.
Caminhões para 
transporte de bebidas
Usados para o transporte de bebidas, 
geralmente acondicionadas em 
engradados.
30
3.2 Carga a Granel
Carga líquida ou seca (sólida) embarcada e 
transportada sem acondicionamento, sem marca de 
identificação e sem contagem de unidades. Exemplos: 
petróleo, minérios, trigo, farelos, grãos etc.
3.3 Carga Frigorificada
Carga que necessita ser refrigerada ou congelada para 
conservar as qualidades essenciais do produto durante 
seu transporte e sua armazenagem. Exemplos: frutas 
frescas, laticínios, pescados, carnes etc.
3.4 Neo-granel
Carregamento formado por conglomerados 
homogêneos de mercadorias de carga geral sem 
acondicionamento específico, cujo volume ou 
quantidade possibilita o transporte em lotes, em um 
único embarque. Exemplo: transporte de veículos.
31
3.5 Produto Perigoso
Carga composta por produtos que, por sua natureza 
físico-química, podem provocar acidentes, danificar 
outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda, 
gerar riscos para as pessoas.
32
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com a Anfavea, o 
caminhão classificado como leve tem peso transmitido de 6 t 
< PBT < 10 t. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Os caminhões cegonheiros são 
usados para transportar contêineres, engradados amarrados 
com cordas ou correntes, entre outros produtos. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
33
Referências
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34
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36
UNIDADE 3 | EMBALAGENS E 
SÍMBOLOS DE SEGURANÇA
37
Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança
Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a) à unidade 3! Cada produto deve ter a embalagem que se 
adapte melhor a ele. É preciso observar a maneira como o produto será transportado e os 
danos que podem ocorrer. A seguir vamos compreender melhor o papel da embalagem. 
Bons estudos!
1 Importância da Embalagem
A principal função da embalagem é proteger contra danos. Mas ela tem outras funções, 
como: conter o produto para ele não vazar; facilitar o transporte e o consumo; tornar 
o produto mais atraente.
Para a maioria dos produtos, a embalagem deve funcionar como uma barreira contra 
fatores como: temperatura, odores, animais, luz, oxigênio e umidade. Se a embalagem 
não for corretamente projetada, podemos ter a qualidade do produto comprometida, 
principalmente se ele for perecível.
Além da função de proteção ao produto, as embalagens permitem a inclusão de 
tecnologias de rastreamento do produto.
Você sabe o que é rastreamento?
É um serviço que permite acompanhar o histórico do produto ao longo da cadeia 
logística. É possível conhecer suas características, saber por onde ele passou e qual 
sua localização exata no momento da consulta.
 e
O rastreamento é um serviço que disponibiliza as informações 
necessárias para o acompanhamento completo do processo de 
fabricação, desde a aquisição e análise das matérias-primas, até 
o processamento e destino final de cada item.
38
2 Classificação das Embalagens
As embalagens quaternárias e quintenárias são muito utilizadas para a unitização de 
cargas.
Figuras Tipo Descrição
 
Embalagem de 
contenção ou primária
Embalagem que entra 
em contato direto com 
o produto. Deve haver 
compatibilidade entre os 
materiais do produto e 
os da embalagem, para 
que o produto não seja 
comprometido.
 
Embalagem de 
apresentação ou 
secundária
Embalagem utilizada para 
apresentar o produto 
ao usuário, no ponto de 
venda.
Figuras Tipo Descrição
 
Embalagem de 
comercialização ou 
terciária
Embalagem que tem a função 
de proteger várias unidades 
de produtos. As embalagens 
de comercialização, 
agrupadas em quantidades 
predefinidas, formam uma 
unidade de movimentação.
Embalagem de 
movimentação ou 
quaternária
Formada por um conjunto 
de embalagens de 
comercialização, para que 
possa ser movimentada por 
equipamentos mecânicos, 
como paleteiras e 
empilhadeiras.
39
Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990)
Você sabe o que é a unitização?
A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga 
maior, ou seja, é a arrumação de pequenos volumes de mercadorias em unidades 
maiores e padronizadas, para que possam ser movimentadas mecanicamente. 
Os equipamentos de unitização mais utilizados são os paletes e os contêineres.
Embalagem para 
o transporte ou 
quintenária
Embalagem utilizada para 
dar maior agilidade à carga, 
descarga e transporte de 
longa distância. Importantes 
na arrumação das cargas 
em armazéns e veículos, 
pois oferecem segurança 
na movimentação, proteção 
contra avarias e melhor 
ocupação dos espaços de 
armazenagem.
O palete pode ser feito de madeira, 
aço, alumínio, plástico ou papelão.
 
Já o contêiner é uma estrutura 
sempre metálica, muito utilizada para 
o transporte rodoviário, ferroviário e 
aquaviário.
40
O processo de unitizar cargas traz muitas vantagens para o transporte:
• Permite a movimentação de cargas maiores;
• Reduz o tempo de carga e descarga;
• Permite melhor ocupação dos armazéns e veículos;
• Reduz a probabilidade de danos nos materiais estocados.
3 Tipos de Embalagem
Existe grande variedade de tipos, formas e modelos de embalagem que podem ser 
utilizadas para envolver, conter ou proteger produtos.
Para cada tipo de produto são indicadas embalagens específicas, que devem ser 
projetadas e fabricadas da maneira mais compatível possível com as características das 
mercadorias: forma, peso, dimensões, material, perecibilidade, fragilidade, dentre 
outras.
Embalagem Tipo Descrição
Barril
Recipiente geralmente 
fabricado em madeira, 
alumínio ou plástico, 
destinado a conter 
produtos líquidos.
Botijão
Recipiente cilíndrico 
usado para 
armazenagem de gás.
41
Caixa de madeira
Recipiente 
normalmente utilizado 
para produtos maiores 
e mais pesados, 
que não podem ser 
transportados em caixas 
de papelão ou plástico.
Caixa de papelão 
ondulado
Embalagem não 
retornável com laterais 
coladas, grampeadas 
ou fixadas. Utilizada 
para mercadorias 
de consumo e bens 
industriais variados, 
para estocagem, 
movimentação e 
transporte.
Caixa plástica
Geralmente 
reutilizável, encaixável 
e confeccionada em 
polietileno de alta 
resistência. Seu uso 
mais frequente é para 
produtos agrícolas, 
pesca e avicultura.
Frasco
Recipiente geralmente 
fabricado em vidro, 
com boca estreita, 
destinado a acomodar 
líquidos (medicamentos, 
perfumes).
Garrafeira
Engradado de madeira 
ou material plástico 
destinado a conter 
garrafas.
42
Latas
Normalmente possuem 
corpo cilíndrico, 
com tampa e fundo. 
Utilizadas para 
acomodar líquidos, 
pastas ou sólidos em 
conserva.
Potes plásticos
Moldados em 
diferentes formas e 
tamanhos, utilizados 
principalmente para 
armazenar alimentos, 
tais como iogurtes e 
margarinas.
 
Sacos de papel 
multifolhados
Embalam materiais de 
construção (cimento, 
cal), produtos químicos, 
açúcar, café, farelos, 
cacau, sal.
 Sacos têxteis
Utilizados para embalar 
produtos agrícolas 
que necessitam de 
ventilação. Embalam 
também produtos 
industrializados como 
açúcar e farinha.
 Sacos plásticos
Utilizados para embalar 
principalmente 
cereais. Fabricados 
de polipropileno em 
diversos tamanhos, 
possuem resistência 
superior à de outros 
sacos. Muito utilizados 
para acondicionar 
fertilizantes, rações e 
produtos granulados, 
dentre outros.
43
Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990)
 Tambor
Utilizado para 
acondicionar materiais 
líquidos ou sólidos, 
em grãos ou em 
pó. Adequado para 
acondicionar tintas, 
sólidos, pastas, pós e 
produtos químicos.
44
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A unitização é o processode 
agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga 
maior. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Para cada tipo de produto são 
indicadas embalagens específicas, que devem ser projetadas 
e fabricadas da maneira mais compatível possível com as 
características das mercadorias. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
45
Referências
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Responsável 
Técnico – RT 
MÓDULO 1 – 
PARTE 2
49
UNIDADE 4 | NOÇÕES DE LIVRE 
CONCORRÊNCIA E MERCADO 
REGULADO
50
Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e 
Mercado Regulado
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! Um dos aspectos importantes que devem 
ser conhecidos pelos profissionais e pelas empresas de transporte está relacionado ao 
funcionamento do mercado em que atuam. É necessário compreender as diferenças entre 
mercados de livre concorrência e mercados regulados, além de compreender as dinâmicas 
dos mercados de transporte de cargas. Bons estudos!
1 O Princípio da Livre Concorrência
Você sabe o que significa dizer que existe livre concorrência?
A livre concorrência é imprescindível para o funcionamento do sistema capitalista. Ela 
existe quando se pode verificar a presença de diversos produtores ou fornecedores de 
um mesmo produto ou serviço concorrendo entre si (PANTONI, 2011).
E por que a livre concorrência pode ser benéfica?
Quando duas ou mais empresas concorrem entre si, elas são forçadas a aprimorar seus 
métodos e técnicas, impactando positivamente nos custos e nos preços cobrados dos 
consumidores. Em situações como esta, em geral, os consumidores são beneficiados e 
a economia de mercado alcança maior êxito.
A concorrência é um dos alicerces da economia liberal e tem por finalidade assegurar 
o regime de economia de mercado. Segundo Pantoni (2011), um dos pressupostos da 
concorrência é a não existência de monopólioou qualquer outra forma de distorção do 
mercado livre, como os oligopólios ou monopsônios. A livre concorrência traz consigo 
a ideia de competição entre pessoas e empresas na busca de um do mesmo objetivo ou 
vantagem, desde que estejam atuando em condições de igualdade.
Para Pantoni (2011), na área econômica, este conceito representa a disputa entre 
as empresas para atender a uma maior quantidade de consumidores, e assim fazer 
crescer e obter maior e melhor espaço no mercado. Bagnoli (2005, p. 61) esclarece 
51
que o mercado com livre concorrência é aquele que apresenta condições para que os 
agentes econômicos (empresas, fornecedores, vendedores) tenham oportunidade de 
competir de forma justa no mercado, destacando-se por sua qualidade e eficiência.
No entanto, nem sempre o fato de ter um mercado com muitos competidores faz dele 
um mercado livre. Nesse sentido, devemos diferenciar a livre concorrência da livre 
iniciativa.
A livre iniciativa significa a possibilidade de os agentes 
econômicos entrarem no mercado sem que o Estado crie 
obstáculos. Já a livre concorrência significa que os agentes 
econômicos competem entre si em condições de igualdade. 
Portanto, é muito mais simples garantir a livre iniciativa do que a livre concorrência!
Pantoni (2011) ressalta que, apesar de distintos, a 
livre iniciativa e a livre concorrência são conceitos 
complementares. Só há livre concorrência quando 
existe livre iniciativa (BASTOS, 2004, p. 144). Segundo 
esta autora, a livre iniciativa caracteriza-se pela 
liberdade individual de ação no plano da economia. Já 
a livre concorrência se apresenta como o “princípio econômico” pelo qual o livre jogo 
das forças determina os preços praticados.
Como assim?
Ora, em um mercado de livre concorrência os preços são estabelecidos de acordo com 
uma concorrência entre as empresas. Quanto maior a concorrência, menores tendem 
a ser os preços.
Segundo Andrade (2003, p. 131-151), em um mercado ideal, ou seja, onde ocorre 
concorrência, as empresas têm dimensão pequena em relação ao tamanho do 
mercado em que atuam. Por este motivo, nenhuma empresa tem condições de definir 
isoladamente os preços no mercado.
52
2 Concentração na Oferta ou na Demanda
Nem todos os mercados funcionam em ambientes de concorrência perfeita, sendo, 
alguns, imperfeitos (monopólios, oligopólios, monopsônios, oligopsônios). Nesses 
casos, existe apenas uma ou poucas empresas que abastecem o mercado ou apenas 
um ou poucos consumidores para um mesmo produto.
2.1 Monopólios e Oligopólios
No monopólio, existe apenas uma empresa que vende determinado produto ou 
serviço. Ela atua sem qualquer tipo de concorrência, ou seja, ela tem maior poder 
de estabelecer seus preços, pois os consumidores só possuem uma alternativa para 
a compra. Por esta razão, o preço será em geral mais alto, e a produção, menor, o 
que resulta em situação de ineficiência. Nesses casos, o monopolista pode optar por 
diminuir sua produção para elevar os preços até atingir o ponto em que a quantidade 
produzida gere à empresa o lucro máximo (CADE, 2015).
 e
Apesar de trabalhar sem concorrentes, não é incorreto dizer que 
a empresa pode colocar qualquer preço. Segundo Varian (2006), 
mesmo em situação de monopólio, ela sempre dependerá da 
existência de consumidores dispostos a pagar o preço desejado 
pela empresa. 
 
Além dos preços mais elevados, o monopólio tem outros efeitos 
negativos. Mayer (2009) ressalta que, por dominar o mercado, o 
monopolista não possui interesse em buscar ou implementar 
inovações tecnológicas, seja para reduzir seus custos, seja para 
melhorar o serviço que oferece ou o produto vendido a seus 
consumidores.
Mas não é apenas o consumidor que sai perdendo...
53
No longo prazo, o monopolista permanece estagnado e afeta sua própria capacidade 
de monopólio. Por não acompanhar as constantes evoluções na produção, ele abre 
espaço para que empresas mais modernas entrem no mercado e acabem com o 
monopólio.
Talvez você já tenha ouvido falar, também, dos monopólios naturais. Neste tipo 
de mercado, os investimentos iniciais necessários são muito elevados e os custos 
marginais são muito baixos. O alto valor do investimento inicial faz com que apenas 
uma ou poucas empresas tenham força e capacidade para implementar a infraestrutura 
mínima necessária. Uma vez construída a rede de fornecimento, que representa o 
maior investimento, os custos de uma unidade adicional (uma expansão, por exemplo) 
são proporcionalmente baixos.
Os monopólios naturais são caracterizados, por serem bens exclusivos, e com muito 
pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados são geralmente regulamentados 
pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam 
melhor quando são protegidos, ou seja, quando o governo concede exclusividade na 
exploração de determinado serviço durante um longo tempo, com a finalidade de 
garantir o retorno dos investimentos. Geração e distribuição de energia elétrica e 
fornecimento de água são exemplos clássicos de monopólios naturais.
Em geral, o monopólio natural é a forma mais eficiente de se produzir um bem ou 
serviço. Essa situação é geralmente observada quando existem elevadas economias de 
escala ou de escopo em relação ao tamanho do mercado (CADE, 2015).
Nos mercados do tipo oligopólio não há exclusividade. Nesses casos, existem poucas 
empresas relativamente grandes, sendo que cada uma delas representa um percentual 
elevado do mercado. No entanto, mesmo que não exista exclusividade, essas poucas 
empresas possuem grande poder de mercado e uma grande fatia de consumidores 
garantida.
 h
É importante ressaltar que existem diferenças entre o oligopólio 
e o cartel. Ambas as formas são combatidas, pois o oligopólio 
tende a levar o mercado a uma situação de ineficiência e preços 
mais elevados. Mas, o Cartel é crime!
54
O oligopólio é algo espontâneo e se caracteriza pela junção de 
alguns produtores que têm a percepção de que é mais lucrativo 
agir de maneira interdependente do que de forma solitária. Ele 
prejudica os consumidores por não terem muitas alternativas de 
escolha e deve ser evitado.
A Constituição Federal protege a livre iniciativa, os direitos dos consumidores e a 
liberdade de trabalho, combatendo o monopólio e o oligopólio por serem prejudiciais 
para os consumidores, mas entende que estas não são situações ilegais. Por outro lado, 
a Constituição Federal (CF) criminaliza práticas de dumping, e cartéis, entre outras, que 
incidem de forma negativa sobre a ordem econômica, situações previstas no artigo 4 
da Lei nº 8.137/90 (BRASIL, 1990).
O dumping se caracteriza por ser a venda de um produto por um 
valor menor que o de mercado e o de custo, de forma a eliminar 
a concorrência. O cartel é uma união de empresas que tem como 
objetivo aumentar o preço dos produtos ou restringir a oferta 
para os consumidores, dominando assim o mercado e suprimindo 
a livre iniciativa.
2.2 Monopsônios e Oligopsônios
Uma quantidade pequena de empresas e a falta de concorrência afetam o funcionamento 
do mercado. Além disso, são ainda consideradas estruturas de concorrência imperfeita 
os casos em que a quantidade de consumidores é pequena e capaz de influenciar 
fortemente os preços de mercado. Essas estruturas são chamadas monopsônios e 
oligopsônios e foram explicadas pela primeira vez por Robinson (1960).
Monopsônios são as estruturas de mercado que possuem 
inúmeros vendedores, mas apenas um comprador, chamado de 
monopsonista.
55
O monopsônio é inverso ao caso do monopólio, no qual existe apenas um vendedor e 
vários compradores. Um comprador monopsonista tem grande poder de mercado e 
pode influenciar os preços deum determinado bem, variando apenas a quantidade 
comprada.
Tal situação ocorre, por exemplo, quando uma 
grande empresa de molho de tomate compra 
sozinha toda a produção de tomates de uma 
localidade. Se ela for a única empresa de molho da 
região, os produtores são praticamente obrigados 
a vender toda a sua produção pelo preço que a 
empresa oferece. Eles até poderiam vender para 
outra empresa, localizada mais distante, mas, os 
custos da operação e do transporte acabariam inviabilizando o negócio e trazendo 
riscos de perda da safra.
Condição semelhante também pode ser encontrada em mercados com mais de um 
comprador (mais de uma empresa que compre os mesmos produtos), mas cuja 
quantidade de compradores seja suficientemente pequena o suficiente para lhes 
garantir o poder de compra. O conjunto de poucas empresas compradoras acaba sendo 
mais forte do que o conjunto de muitos produtores. Nesse caso, o mercado é chamado 
de oligopsônio.
O oligopsônio é inverso ao caso do oligopólio, este caracterizado pela existência 
de apenas alguns vendedores e vários compradores. Os oligopsonistas têm poder 
de mercado e podem influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a 
quantidade comprada. Essa estrutura é intermediária entre a de monopsônio e a de 
mercado plenamente competitivo.
3 Mercado Regulado
O princípio da livre concorrência está previsto no artigo 170, inciso IV da Constituição 
Federal (CF) e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida 
por agentes econômicos com poder de mercado (CADE, 2015). Nesse sentido, a 
56
Regulação dos mercados tem como principal intuito garantir a livre concorrência, 
ou seja, garantir que todos os agentes econômicos possam atuar em condições de 
igualdade.
É importante esclarecer que a Constituição não condena o exercício do poder 
econômico. Ela busca evitar situações de abuso, as quais devem ser alvo de intervenção 
estatal, coibindo excessos, tais como os cartéis e monopólios de fato, que possam 
atrapalhar o livre funcionamento das estruturas do mercado.
Na década de 1990, o Brasil passou por uma Reforma Administrativa que alterou 
algumas relações do Estado com a sociedade. Um dos aspectos principais foi a criação 
de Agências Reguladoras, que têm a atribuição de fiscalizar e regularizar setores da 
economia no Brasil. Com a criação das agências, a prestação direta de alguns serviços 
públicos foi repassada à iniciativa privada, ficando estas com a tarefa de monitorar 
o funcionamento dos serviços, e de regular o setor quando necessário (FERNANDES, 
2003).
O Estado preservou a atuação direta em algumas atividades, como o poder de polícia e 
a regulação econômica. Nas demais atividades, o Estado transferiu a tarefa de prestar 
o serviço para a iniciativa privada e passou a aprimorar a regulação em diversos setores 
por meio da atuação das Agências Reguladoras (SILVA, 2002).
O CADE (2015) pontua algumas vantagens do mercado regulado. Segundo o Conselho, 
em um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou serviço, 
os preços praticados tendem a manter-se nos menores níveis possíveis. Portanto, para 
conseguirem permanecer no mercado, as empresas precisam buscar constantemente 
formas de se tornarem mais eficientes, e assim aumentar os seus lucros. À medida que 
tais ganhos de eficiência são conquistados e difundidos entre os produtores, ocorre 
uma readequação dos preços, que beneficia o consumidor.
A livre concorrência não garante apenas que os consumidores 
sejam beneficiados com preços menores. Mercados nos quais as 
empresas são obrigadas a competir estimulam a criatividade e a 
inovação das empresas.
57
No entanto, nem toda norma dirigida aos agentes econômicos pode ser considerada 
uma atividade regulatória. As Agências precisam assegurar a prestação de serviços 
adequados, de qualidade, não se limitando a normas negatórias, e devendo ser 
prescritivas, identificando especificamente o que a empresa regulada pode e deve 
fazer (SILVA, 2002).
Fernandes (2003) ressalta que a atividade econômica não precisa apenas ser regulada. É 
necessário que existam mecanismos regulatórios que garantam a adequada prestação 
de serviços públicos. Assim, percebe-se a nítida intervenção estatal regulatória a partir 
das prescrições de normas, processos técnicos, e padrões mínimos a que os agentes 
econômicos, que desejem atuar no respectivo setor econômico regulado, devem 
obedecer (SILVA, 2002).
58
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Monopsônios são as estruturas 
de mercado que possuem inúmeros vendedores, mas apenas 
um comprador, chamado de monopsonista. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A livre concorrência não 
garante apenas que os consumidores sejam beneficiados 
com preços menores. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
59
Referências
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60
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62
UNIDADE 5 | ENTIDADES 
ENVOLVIDAS NA PRESTAÇÃO 
DO SERVIÇO DE TRANSPORTE
63
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do 
Serviço de Transporte
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 5! No Brasil, diversas instituições estão 
envolvidas direta ou indiretamente com a operação, o uso ou a regulação dos diferentes 
modos de transporte disponíveis para mercadorias. A seguir, vamos conhecer as principais 
entidades, suas características e sua participação nas operações de transporte rodoviário 
de mercadorias. Bons estudos!
1 Entidades e Agentes Públicos
Vamos começar esta unidade falando dos diversos agentes públicos que estão 
envolvidos com a prestação dos serviços de transporte de cargas, tanto no 
planejamento de sistemas e da infraestrutura, quanto na regulamentação, fiscalização 
e normatização dos variados fatores que regem a atividade.
1.1 Agente Público Responsável pelo Planejamento dos 
Transportes
O Ministério dos Transportes (MT), o Ministério da Defesa (MD) e o Ministério do 
Orçamento Planejamento e Gestão (MPOG) são as entidades públicas envolvidas no 
planejamento dos transportes brasileiros.
O MT ocupa o mais alto nível da organização da área de transporte, sendo responsável 
por determinar a política nacional de transporte. A preocupação maior do Ministério 
centra-se na formulação, coordenação e supervisão de políticas e participação no 
planejamento estratégico (ANTT, 2011).
64
1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de 
Transportes
No transporte rodoviário, a responsabilidade pela infraestrutura de transportes, de 
acordo com a legislação vigente, está sob a custódia do Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O DNIT foi criado com o objetivo de implementar, 
em sua esfera de atuação, a política formulada para a 
administração da infraestrutura do Sistema Federal de 
Viação, compreendendo sua operação, manutenção, 
restauração ou reposição, adequação de capacidade, 
e ampliação mediante construção de novas vias e 
terminais (ANTT, 2011).
1.3 Agente Público Responsável pela Regulação
As Agências Reguladoras distinguem-se pela independência administrativa, autonomia 
financeira e funcional e mandato fixo de seus dirigentes. A ANTT é o órgão responsável 
pela regulação e fiscalização dos transportes terrestres em território nacional. Suas 
atribuições estão relacionadas à concessão, permissão e autorização. A ANTT possui 
competências para atuar nos seguintes seguimentos de transporte (ANTT, 2011):
• Ferroviário: exploração da infraestrutura ferroviária concedida; prestação do 
serviço público de transporte ferroviário de cargas e de passageiros.
• Rodoviário: exploração da infraestrutura rodoviária concedida; prestação do 
serviço público de transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
• Dutoviário: cadastro de dutovias.
• Multimodal: promoção do transporte multimodal e habilitação do Operador de 
Transportes Multimodal (OTM).
• Terminais e vias: concessão da exploração.
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1.4 Agente Público Responsável pela Fiscalização de Normas 
Agropecuárias
A missão conferida ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é a 
formulação e a implementação de políticas para o desenvolvimento do agronegócio, 
integrando os aspectos de mercado tecnológicos, organizacionais e ambientais com o 
atendimento dos consumidores do País.
 e
No contexto do sistema de transporte de cargas, o Ministério 
determina a exigência de diversos documentos específicos, a 
depender da carga a ser transportada. 
 
São exemplos de documentos exigidos: o documento para o 
controle do trânsito de animais, Guia de Trânsito Animal (GTA), e 
o controle do trânsito de produtos de origem animal, que pode 
ser o Certificado de Inspeção de Produtos, a Guia de Trânsito de 
Produtos ou o Certificado de Inspeção Sanitária (CIS).
2 Entidades e Agentes Privados
Vamos conhecer agora quais são as principais entidades privadas envolvidas com a 
prestação dos serviços de transporte rodoviário de mercadorias.
2.1 Embarcador ou Expedidor
O embarcador é normalmente o dono das mercadorias. Em geral, ele representa a 
empresa que necessita do deslocamento de produtos entre dois pontos em uma 
cadeia de suprimentos. Também conhecido como expedidor ou remetente de cargas, 
é ele quem está despachando a carga, ou seja, quem está expedindo a nota fiscal.
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Podemos dizer que o expedidor é o responsável pela entrega da carga ao transportador, 
a qual deverá estar devidamente acondicionada/embalada, acompanhada dos 
documentos necessários ao cumprimento das formalidades legais perante a fiscalização 
tributária, alfandegária, de polícia e de saúde, nos âmbitos Federal, Estadual ou 
Municipal. Portanto, o expedidor

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