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1. (Uece 2019) “É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, 
constituiu-se e formou-se. A experiência social só pôde tornar-se entre os gregos objetos de 
uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O 
declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem 
humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua 
inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida.”
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1989, p. 
94.
Com base nessa citação, é correto afirmar que a filosofia nasce 
a) após o declínio das ideias mitológicas, não havendo nenhuma linha de continuidade entre estas últimas 
e as novas ciências gregas. 
b) das representações religiosas míticas que se transpõem nas novas representações 
cosmológicas jônicas. 
c) da experiência do espanto, a maravilha com um mundo ordenado e, portanto, belo. 
d) da experiência política grega de debate, argumentação e contra-argumentação, que põe em 
crise as representações míticas. 
 
2. (Uece 2019) “Como se sabe, a palavra mythos raramente foi empregada por Heródoto 
(apenas duas vezes). Caracterizar um logos (narrativa) como mythos era para ele um meio 
claro de rejeitá-lo como duvidoso e inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do que é 
visível, um mythos não pode ser provado.”
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Brasília, Editora da UnB, 2003, p. 37.
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, é INCORRETO afirmar que 
a) o problema do mythos era limitar-se ao que é visível e, por isso, não podia ser pensado. 
b) filosofia e história nasceram, na Grécia clássica, com base numa mesma reivindicação do 
logos contra o mythos. 
c) o mythos não poderia ser submetido à clarificação argumentativa e à prova — demonstração 
— discursiva. 
d) em contraposição ao mythos, o logos era um uso argumentativo da linguagem, capaz de 
criar as condições do convencimento. 
 
3. (Upe-ssa 1 2017) Observe o texto a seguir sobre a gênese do pensamento filosófico.
Com a filosofia, novo critério de verdade se impunha: o critério da logicidade. Verdade é aquilo, 
que concorda com as leis do lógos (pensamento, razão). É a razão, que nos dá garantia da 
verdade, porque o real é racional. 
LARA, Tiago Adão. A Filosofia nas suas origens gregas, 1989, p. 54.
Sobre a gênese do pensamento filosófico, está CORRETO afirmar que 
a) a evidência da verdade com o crivo da racionalidade tem resposta no mito. 
b) o critério da logicidade está presente na adesão à crença e ao mito. 
c) a gênese do pensar filosófico e a inspiração criadora de sentidos consistem na fantasia. 
d) a origem do pensamento filosófico surge entre os gregos, no século VI a.C., na busca por 
explicação do sobrenatural com a força do divino. 
e) o despertar da filosofia grega surge na verdade argumentada da razão com o critério da 
interpretação. 
 
4. (Upe-ssa 1 2016) Sobre a gênese da filosofia entre os gregos, observe o texto a seguir:
Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é considerada pela quase totalidade dos 
estudiosos como uma criação própria do gênio dos gregos. Quem não levar isso em conta não 
poderá compreender por que, sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma 
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direção completamente diferente da oriental.
(ANTISERI, Dario e RELAE, Giovanni. História da Filosofia, 1990, p. 11).
Sobre a gênese do pensamento filosófico entre os gregos, é CORRETO afirmar que 
a) a experiência concreta da racionalidade estava isenta da vida política na Pólis Grega. 
b) a prática político-democrática, atrelada ao enfoque irracional da vida em sociedade, foi o 
terreno fértil para a gênese do pensamento filosófico. 
c) sob o impulso dos gregos, a dimensão racional se impõe como critério de verdade. A 
filosofia é fruto desse projeto da razão. 
d) a filosofia é fruto do momento cultural em que a sensibilidade e a fantasia impõem-se sobre 
a razão. 
e) na gênese do pensamento filosófico grego, na civilização ocidental, a forma de sabedoria 
que se sobrepunha à ciência filosófica, eram as convicções religiosas fundamentadas na 
razão pura. 
 
5. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, 
nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio 
dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um 
momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter 
filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, 
valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia 
a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos 
sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e 
opiniões. 
b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para 
seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também 
filosófica e exige o trabalho da razão. 
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são 
impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão. 
d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou 
invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada 
pela codificação mítica. 
 
6. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-
las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e 
Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi 
experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o 
mais a fim de descobrir seu sentido último.
 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, 
é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se 
à 
a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente. 
 
7. (Unioeste 2012) “É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, 
constituiu-se e formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os gregos o objeto de uma 
reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O 
declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem 
humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis a sua 
inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida. Assim se destacou e se definiu um 
pensamento propriamente político, exterior a religião, com seu vocabulário, seus conceitos, 
seus princípios, suas vistas teóricas. Este pensamento marcou profundamente a mentalidade 
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do homem antigo; caracteriza uma civilização que não deixou, enquanto permaneceu viva, de 
considerar a vida pública como o coroamento da atividade humana”.
Considerando a citação acima, extraída do livro As origens do pensamento grego, de Jean 
Pierre Vernant, e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é incorreto afirmar que 
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e delas se serviam para constituir um 
ideal de pensamento que deveria orientar a vida pública do homem grego.b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem humana em fórmulas acessíveis a 
inteligência causou o abandono do mito e, com ele, o fim da religião e a decorrente 
exclusividade do pensamento racional na Grécia. 
c) a atividade humana grega, desde a invenção da política, encontrava seu sentido 
principalmente na vida pública, na qual o debate de argumentos era orientado por princípios 
racionais, conceitos e vocabulário próprios. 
d) a política, por valorizar o debate publico de argumentos que todos os cidadãos podem 
compreender e discutir, comunicar e transmitir, se distancia dos discursos compreensíveis 
apenas pelos iniciados em mistérios sagrados e contribui para a constituição do pensamento 
filosófico orientado pela Razão. 
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o 
declínio do pensamento mitológico, recorreram a narrativas mitológicas para expressar suas 
ideias; exemplo disso e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua principal obra, A 
República. 
 
8. (Unb 2012) No início do século XX, estudiosos esforçaram-se em mostrar a continuidade, 
na Grécia Antiga, entre mito e filosofia, opondo-se a teses anteriores, que advogavam a 
descontinuidade entre ambos.
A continuidade entre mito e filosofia, no entanto, não foi entendida univocamente. Alguns 
estudiosos, como Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas acerca da origem do 
mundo e das coisas haviam sido respondidas pelos mitos e pela filosofia nascente, dado que 
os primeiros filósofos haviam suprimido os aspectos antropomórficos e fantásticos dos mitos. 
Ainda no século XX, Vernant, mesmo aceitando certa continuidade entre mito e filosofia, 
criticou seus predecessores, ao rejeitar a ideia de que a filosofia apenas afirmava, de outra 
maneira, o mesmo que o mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da filosofia em 
relação ao mito foi retomada.
Considerando o breve histórico acima, concernente à relação entre o mito e a filosofia 
nascente, assinale a opção que expressa, de forma mais adequada, essa relação na Grécia 
Antiga. 
a) O mito é a expressão mais acabada da religiosidade arcaica, e a filosofia corresponde ao 
advento da razão liberada da religiosidade. 
b) O mito é uma narrativa em que a origem do mundo é apresentada imaginativamente, e a 
filosofia caracteriza-se como explicação racional que retoma questões presentes no mito. 
c) O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico e irracional, e a filosofia, também 
fundamentada no rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia Antiga. 
d) O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a origem do ser, e a filosofia descreve a 
origem do ser a partir do dilema insuperável entre caos e medida. 
 
9. (Ifsp 2011) Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte: 
a) A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a 
autoridade da filosofia repousa na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo. 
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da 
interação entre forças naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da 
história e se opõe ao da ciência. 
c) Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao 
universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as 
inquietações de todos os homens. 
d) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces 
distintas do mesmo processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do 
pensamento científico. 
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e) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo 
apenas explicações que possam ser comprovadas pela observação direta ou pela 
experiência. 
 
10. (Uel 2019) Leia o texto a seguir.
Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo me impele, conduzem-me, depois de me 
terem dirigido pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa acolheu-me de bom grado, 
mão na mão direita tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] Vamos, vou dizer-te – e 
tu escuta e fixa o relato que ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que há para 
pensar, um que é, que não é para não ser, é caminho de confiança (pois acompanha a 
realidade): o outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser caminho em tudo ignoto, 
pois não poderás conhecer o não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o mesmo é pensar 
e ser.
PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 
2009. p. 13-15.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Parmênides, assinale a alternativa 
correta. 
a) Pensar e ser se equivalem, por isso o pensamento só pode tratar e expressar o que é, e não 
o que não é – o não ser. 
b) A percepção sensorial nos possibilita conhecer as coisas como elas verdadeiramente são. 
c) O ser é mutável, eterno, divisível, móvel e, por isso, a razão consegue conhecê-lo e 
expressá-lo. 
d) A linguagem pode expressar tanto o que é como o que não é, pois ela obedece aos 
princípios de contradição e de identidade. 
e) O ser é e o não ser não é indica que a realidade sensível é passível de ser conhecida pela 
razão. 
 
11. (Ufu 2018) "Pois pensar e ser é o mesmo"
Parmênides, Poema, fragmento 3, extraído de: Os filósofos pré-socráticos. Tradução de Gerd 
Bornheim. São Paulo: Cultrix, 1993.
A proposição acima é parte do poema de Parmênides, o fragmento 3. Considerando-se o que 
se sabe sobre esse filósofo, que viveu por volta do século VI a.C., assinale a afirmativa correta. 
a) Para compreender a realidade, é preciso confiar inteiramente no que os nossos sentidos 
percebem. 
b) O movimento é uma característica aparente das coisas, a verdadeira realidade está além 
dele. 
c) O verdadeiro sentido da realidade só pode ser revelado pelos deuses para aqueles que eles 
escolhem. 
d) Tudo o que pensamos deve existir em algum lugar do universo. 
 
12. (Ufu 2018) Considere o seguinte texto do filósofo Heráclito (século VI a.C.).
"Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, morrer é transformar-se em 
terra. Da terra, contudo, forma-se a água e da água, a alma”
Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.
Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele ilustra 
a) a concepção heraclitiana que valoriza a importância do movimento na descrição da 
realidade. 
b) a concepção dialética do pensamento heraclitiano, segundo a qual o movimento é uma 
ilusão dos sentidos. 
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c) a concepção heraclitiana da realidade, segundo a qual a multiplicidade dos fenômenos 
subjaz uma realidade única. 
d) o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual a morte é a libertação da alma. 
 
13. (Enem PPL 2018) Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas 
substâncias infinitas, em grande número. E julga que as substâncias são tão pequenas que 
fogem às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda 
espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos os 
volumes visíveis e perceptíveis.
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996 
(adaptado).
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de 
a) porção mínima da matéria, o átomo. 
b) princípio móvel do universo, a arché. 
c) qualidade única dos seres, a essência. 
d) quantidade variante da massa, o corpus. 
e) substrato constitutivo dos elementos, a physis. 
 
14. (Enem 2017) A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida 
em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios 
fundamentais aparece de maneira tal quecontém aquilo que para o que foi formado não é, 
absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam 
princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.
HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socrática: vida e obra. São 
Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado).
O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o 
“princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a) 
a) número, que fundamenta a criação dos deuses. 
b) devir, que simboliza o constante movimento dos objetos. 
c) água, que expressa a causa material da origem do universo. 
d) imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal. 
e) átomo, que explica o surgimento dos entes. 
 
15. (Enem 2016) Texto I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal 
alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa 
e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).
Texto II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, 
inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como 
poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo 
das 
a) investigações do pensamento sistemático. 
b) preocupações do período mitológico. 
c) discussões de base ontológica. 
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d) habilidades da retórica sofística. 
e) verdades do mundo sensível. 
 
16. (Enem PPL 2016) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a 
mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo – terra, água 
ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas fosse 
diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a 
mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de 
nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a 
planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas 
as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, 
através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando 
sempre a mesma coisa.
DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo, Cultrix, 1967.
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para 
eles, a principal preocupação filosófica era de ordem 
a) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da 
natureza. 
b) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras de 
democracia. 
c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem 
maior. 
d) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis. 
e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade. 
 
17. (Enem 2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: 
a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e 
levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo 
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, 
em terceiro lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o 
pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos? 
a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades 
racionais. 
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas. 
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes. 
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas. 
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto a seguir e responda à(s) próxima(s) questão(ões).
De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. 
Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra 
coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra 
coisa também devia ter surgido de alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha 
transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido 
do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os 
primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como 
a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar 
em árvores frondosas ou flores multicoloridas.
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Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995. p.43-44. 
18. (Uel 2015) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia, 
assinale a alternativa correta. 
a) Os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da natureza e 
porque a vida é como é, tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável as histórias 
contadas acerca do mundo dos deuses. 
b) Os primeiros filósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância 
básica, uma causa oculta, que estava por trás de todas as transformações na natureza e, a 
partir da observação, buscavam descobrir leis naturais que fossem eternas. 
c) Os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do 
século VI a.C. partiram da ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo por 
sua enorme capacidade de transformação. 
d) A filosofia da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o 
antropomorfismo do mundo dos deuses em detrimento de uma explicação natural e regular 
acerca dos primeiros princípios que originam todas as coisas. 
e) Para os pensadores jônicos da natureza, Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um princípio 
originário único denominado o ilimitado, que é a reprodução da aparência sensível que os 
olhos humanos podem observar no nascimento e na degeneração das coisas. 
 
19. (Upe-ssa 1 2018) Leia o texto a seguir sobre o conhecimento filosófico:
No período socrático ou antropológico, no âmbito da filosofia grega, surgem os sofistas. A 
palavra era antigamente sinônimo de sábio. Porém, no século V a.C., toma um matiz pejorativo 
e se aplica a um grupo de mestres ambulantes, que recorrem aos cidadãos gregos, ensinando 
o que eles chamam de sabedoria.
(COLOMER, Klimke. Historia de la filosofia. Madrid: Labor, 1961, p.39) Adaptado.
No âmbito do conhecimento filosófico, o texto retrata que, no período socrático ou 
antropológico, os sofistas representam algo totalmente novo nesse cenário com relação ao 
estudo do homem. Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Os sofistas foram, na verdade, reputados como grandes mestres de cultura; inicia-se a fase 
antropológica. 
b) Os sofistas foram sábios nos estudos da natureza cosmológica e deram pouca importância 
ao problema antropológico. 
c) Com a sofística, inicia-se uma nova fase no período filosófico, o estudo de Deus. 
d) Os sofistas não reconheceram o valor formativo do saber e elaboraram o conceito de 
natureza, excluindo o homem da sua consideração. 
e) Os sofistas influenciaram parcialmente o curso da investigação filosófica, com seu enfoque 
teórico frente aos problemasprático-educativos. 
 
20. (Enem (Libras) 2017) Alguns pensam que Protágoras de Abdera pertence também ao 
grupo daqueles que aboliram o critério, uma vez que ele afirma que todas as impressões dos 
sentidos e todas as opiniões são verdadeiras, e que a verdade é uma coisa relativa, uma vez 
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que tudo o que aparece a alguém ou é opinado por alguém é imediatamente real para essa 
pessoa.
KERFERD, G. B. O movimento sofista. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
O grupo ao qual se associa o pensador mencionado no texto se caracteriza pelo objetivo de 
a) alcançar o conhecimento da natureza por meio da experiência. 
b) justificar a veracidade das afirmações com fundamentos universais. 
c) priorizar a diversidade de entendimentos acerca das coisas. 
d) preservar as regras de convivência entre os cidadãos. 
e) analisar o princípio do mundo conforme a teogonia. 
 
21. (Enem 2015) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam 
que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas 
acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da 
sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava 
que a correlação entre justiça e ética é resultado de 
a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana. 
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais. 
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas. 
d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes. 
e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas. 
 
22. (Unimontes 2010) Via de regra, os sofistas eram homens que tinham feito longas viagens 
e, por isso mesmo, tinham conhecido diferentes sistemas de governo. Usos, costumes e leis 
das cidades-estados podiam variar enormemente. Sob esse pano de fundo, os sofistas 
iniciaram em Atenas uma discussão sobre o que seria natural e o que seria criado pela 
sociedade.
(GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995).
Sobre os sofistas, é incorreto afirmar que 
a) eles tiveram papel fundamental nas transformações culturais de Atenas. 
b) eles se dedicaram à questão do homem e de seu lugar na sociedade. 
c) eles eram mercenários e só visavam ao lucro na arte de ensinar. 
d) eles foram os primeiros a compreender que o “homem é medida de todas as coisas”. 
 
23. (Enem PPL 2019) Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele quem interpela as 
pessoas na rua, os jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” O deus o encarregou 
disso, é sua missão, e ele não a abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de 
morte. Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição particular 
do filósofo.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrática, presente em sua ação 
dialógica: 
a) Examinar a própria vida. 
b) Ironizar o seu oponente. 
c) Sofismar com a verdade. 
d) Debater visando a aporia. 
e) Desprezar a virtude alheia. 
 
24. (Upe-ssa 2 2017) Sobre Filosofia e Reflexão, considere o texto a seguir: 
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Sobre a Filosofia e Reflexão
Exprimir-se-á bem a ideia de que a filosofia é procura e não posse, definindo o trabalho 
filosófico como um trabalho de reflexão. O modelo de reflexão filosófica – e ao mesmo tempo 
seu exemplo mais acessível – é a “ironia” socrática.
HUISMAN, Denis; VERGEZ, André. Compêndio Moderno de Filosofia, 1987, p. 25. 
O autor acima enfatiza o exemplo sobre Filosofia e Reflexão: 
a) no ato de interrogar os interlocutores, Sócrates expressava sua atitude reflexiva. 
b) a reflexão filosófica se inicia na consciência e na posse do saber. 
c) a reflexão filosófica nos faz refletir ao ensinar sua opinião com certeza irrefutável. 
d) na reflexão filosófica, Sócrates expressava sua opinião como verdadeira. 
e) ao perguntar, Sócrates delimitava o modelo e a posse da sabedoria. 
 
25. (Ufu 2017) A respeito do método de Sócrates, assinale a alternativa que apresenta a 
definição correta de maiêutica. 
a) Um método sintético, que ignora a argumentação dos interlocutores e prontamente define o 
que é o objeto em discussão. 
b) Uma estratégia sofística, que é empregada para educar a juventude na prática da retórica, 
visando apenas ao ornamento do discurso. 
c) Um método analítico, que interroga a respeito daquilo que é tido como a verdadeira justiça, o 
verdadeiro belo, o verdadeiro bem. 
d) Uma iluminação divina, que deposita na mente do filósofo o conhecimento profundo das 
coisas da natureza. 
 
26. (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de 
Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção 
incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem 
de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se 
censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua 
orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na 
a) contemplação da tradição mítica. 
b) sustentação do método dialético. 
c) relativização do saber verdadeiro. 
d) valorização da argumentação retórica. 
e) investigação dos fundamentos da natureza. 
 
27. (Upe-ssa 2 2017) Sobre a temática da Filosofia na História, analise o texto a seguir:
Há, pois, uma inseparável conexão entre filosofia e história da filosofia. A filosofia é histórica, e 
sua história lhe pertence essencialmente. E, por outra parte, a história da filosofia não é uma 
mera informação erudita acerca das opiniões dos filósofos. Senão que é a exposição 
verdadeira do conteúdo real da filosofia. É, pois, com todo rigor, filosofia. A filosofia não se 
esgota em nenhum de seus sistemas, senão que consiste na história efetiva de todos eles. 
MARIAS, Julián. Historia de la Filosofia. Madrid, 1956, p. 5.
Assim, é CORRETO afirmar que, na tradição histórica da filosofia, 
a) o racionalismo e o empirismo têm estritas relações com a solução integral do problema da 
vida na religião. 
b) os naturalistas pré-socráticos se preocuparam exclusivamente com a subjetividade e a 
matéria religiosa. 
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c) o famoso lema “conhece-te a ti mesmo – torna-te consciente de tua ignorância” caracterizou 
o pensamento filosófico de Sócrates. 
d) o período da filosofia moderna é conhecido por se preocupar com as verdades reveladas. 
e) o período medieval teve como preocupação central a singularidade em relação ao sujeito do 
conhecimento. 
 
28. (Uea 2014) O sofista é um diálogo de Platão do qual participam Sócrates, um estrangeiro e 
outros personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates pergunta ao estrangeiro, a que 
método ele gostaria de recorrer para definir o que é um sofista.
Sócrates: – Mas dize-nos [se] preferes desenvolver toda a tese que queres demonstrar, 
numa longa exposição ou empregar o método interrogativo?
Estrangeiro: – Com um parceiro assim agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil 
é esse mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria mais a pena argumentar apenas para 
si mesmo.
(Platão. O sofista, 1970. Adaptado.)
É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates escolheu, do ponto de vista metodológico, 
adotar 
a) a maiêutica, que pressupõe a contraposição dos argumentos. 
b) a dialética, que une numa síntese final as teses dos contendores. 
c) o empirismo, que acredita ser possível chegar ao saber por meio dos sentidos. 
d) o apriorismo, que fundaa eficácia da razão humana na prova de existência de Deus. 
e) o dualismo, que resulta no ceticismo sobre a possibilidade do saber humano. 
 
29. (Unicamp 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., 
encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia 
de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos 
homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele 
se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois 
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir 
conhecimentos. 
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a 
função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. 
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece 
verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos. 
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, 
preocupando-se apenas com causas abstratas. 
 
30. (Ufu 2013) O diálogo socrático de Platão é obra baseada em um sucesso histórico: no fato 
de Sócrates ministrar os seus ensinamentos sob a forma de perguntas e respostas. Sócrates 
considerava o diálogo como a forma por excelência do exercício filosófico e o único caminho 
para chegarmos a alguma verdade legítima. 
De acordo com a doutrina socrática, 
a) a busca pela essência do bem está vinculada a uma visão antropocêntrica da filosofia. 
b) é a natureza, o cosmos, a base firme da especulação filosófica. 
c) o exame antropológico deriva da impossibilidade do autoconhecimento e é, portanto, de 
natureza sofística. 
d) a impossibilidade de responder (aporia) aos dilemas humanos é sanada pelo homem, 
medida de todas as coisas. 
 
31. (Uncisal 2011) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os 
transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. 
Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a 
reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo 
condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e 
desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas informações sobre a vida de 
Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que 
sua filosofia 
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a) transmitia conhecimentos de natureza científica. 
b) baseava-se em uma contemplação passiva da realidade. 
c) transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense. 
d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão. 
e) procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica. 
 
32. (Unimontes 2011) Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas, 
quando falava, exercia estranho fascínio. Podemos atribuir a Sócrates duas maneiras de se 
chegar ao conhecimento. Essas duas maneiras são denominadas de 
a) doxa e ironia. 
b) ironia e maiêutica. 
c) maiêutica e doxa. 
d) maiêutica e episteme. 
 
33. (Ufu 2010) Em um importante trecho da sua obra Metafísica, Aristóteles se refere a 
Sócrates nos seguintes termos:
Sócrates ocupava-se de questões éticas e não da natureza em sua totalidade, mas 
buscava o universal no âmbito daquelas questões, tendo sido o primeiro a fixar a atenção nas 
definições.
Aristóteles. Metafísica, A6, 987b 1-3. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002.
Com base na filosofia de Sócrates e no trecho supracitado, assinale a alternativa correta. 
a) O método utilizado por Sócrates consistia em um exercício dialético, cujo objetivo era livrar o 
seu interlocutor do erro e do preconceito − com o prévio reconhecimento da própria 
ignorância −, e levá-lo a formular conceitos de validade universal (definições). 
b) Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. Para ele, a investigação filosófica é a 
busca pela “Arché”, pelo princípio supremo do Cosmos. Por isso, o método socrático era 
idêntico aos utilizados pelos filósofos que o antecederam (Pré-socráticos). 
c) O método socrático era empregado simplesmente para ridicularizar os homens, colocando-
os diante da própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais são inatingíveis para o 
homem; por isso, para ele, as definições são sempre relativas e subjetivas, algo que ele 
confirmou com a máxima “o Homem é a medida de todas as coisas”. 
d) Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por meio da investigação filosófica. Para 
ele, isso implica não buscar “o que é”, mas aperfeiçoar “o que parece ser”. Por isso, diz o 
filósofo, o fundamento da vida moral é, em última instância, o egoísmo, ou seja, o que é o 
bem para o indivíduo num dado momento de sua existência. 
 
34. (Unioeste 2010) O Oráculo de Delfos teria declarado que Sócrates (470-399 a.C.) era o 
mais sábio dos homens. Essa profecia marcou decisivamente a concepção socrática de 
Filosofia, pois sua verdade não era óbvia: “Logo ele, sem qualquer especialização, ele que 
estava ciente de sua ignorância? Logo ele, numa cidade [Atenas] repleta de artistas, oradores, 
políticos, artesãos? Sócrates parece ter meditado bastante tempo, buscando o significado das 
palavras da pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só poderia ser aquela de saber que 
nada sabia, essa consciência da ignorância sobre as coisas que era sinal e começo da 
autoconsciência.” (J. A. M. Pessanha)
Sobre a filosofia de Sócrates, é incorreto afirmar que 
a) a filosofia de Sócrates consiste em buscar a verdade, aceitando as opiniões contraditórias 
dos homens; quanto mais importante era a posição social de um homem, mais verdadeira 
era sua opinião. 
b) a sabedoria de Sócrates está em saber que nada sabe, enquanto os homens em geral estão 
impregnados de preconceitos e noções incorretas, e não se dão conta disso. 
c) o reconhecimento da própria ignorância é o primeiro passo para a sabedoria, pois, assim, 
podemos nos livrar dos preconceitos e abrir caminho para a verdade. 
d) após muito questionar os valores e as certezas vigentes, Sócrates foi acusado de não 
respeitar os deuses oficiais (impiedade) e corromper a juventude; foi julgado e condenado à 
morte por ingestão de cicuta. 
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e) o caminho socrático para a sabedoria deve ser trilhado pelo próprio indivíduo, que deve por 
ele mesmo reconhecer seus preconceitos e opiniões, rejeitá-los e, através da razão, atingir a 
verdade imutável. 
 
35. (Ufu 2009) Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Sócrates. 
a) Sócrates estabelece uma ligação muito estreita entre o conhecimento da virtude e a ação 
humana, a ponto de sustentar que aquele que conhece o que é o correto não pode agir 
erroneamente, visto que o erro de conduta é fruto da ignorância sobre a verdade. 
b) O fim último do método dialético socrático era a refutação do seu interlocutor. Assim sendo, 
é legítimo afirmar que o reconhecimento da própria ignorância equivale à constatação de 
que a verdade é relativa a cada indivíduo. 
c) Sócrates é considerado um divisor de águas na Filosofia graças a sua teoria ética sobre a 
imobilidade do Ser. Por isso, sua missão sempre foi a investigação de um fundamento 
absoluto da moral. 
d) Sócrates fazia uso de um método refutativo de investigação, o que significa que seu principal 
intento era levar o interlocutor à contradição, independentemente se o último estivesse ou 
não com a razão. 
 
36. (Ufu 2005) O trecho abaixo faz uma referência ao procedimento investigativo adotado por 
Sócrates.
“O fato é que nunca ensinei pessoa alguma. Se alguém deseja ouvir-me quando falo ou me 
encontro no desempenho de minhamissão, quer se trate de moço ou velho (...) me disponho a 
responder a todos por igual, assim os ricos como os pobres, ou se o preferirem, a formular-lhes 
perguntas, ouvindo eles o que lhes falo.”
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Belém: EDUFPA, 2001. (33 a-b)
Marque a alternativa que melhor representa o “método” socrático. 
a) Sócrates nada ensina porque apenas transmite aquilo que ouve de seu daímon. Seu 
procedimento consiste em discursar, igualmente para qualquer ouvinte, com longos 
discursos demonstrativos retirados da tradição poética ou com perguntas que levem o 
interlocutor a fazer o mesmo. A ironia é o expediente utilizado contra os adversários, cujo 
objetivo é somente a disputa verbal. 
b) A profissão de ignorância e a ironia de Sócrates fazem parte de seu procedimento geral de 
refutação por meio de perguntas e respostas breves (o élenkhos), e constituem um meio de 
reverter os argumentos do interlocutor para fazê-lo cair em contradição. A refutação 
socrática revela a presunção de saber do adversário, pela insuficiência de suas definições e 
pela aporia. 
c) Sócrates nunca ensina pessoa alguma, porque a profissão de ignorância caracteriza o modo 
pelo qual encoraja seus discípulos a adquirirem sabedoria diretamente do deus do Oráculo 
de Delfos. A ironia socrática é uma dissimulação que, pela zombaria, revela as verdadeiras 
disposições do pequeno número dos que se encontram aptos para a Filosofia. 
d) Sócrates nunca ensina pessoa alguma sem antes testar sua aptidão filosófica por meio de 
perguntas e respostas. Seu procedimento consiste em destruir as definições do adversário 
por meio da ironia. A ignorância socrática encoraja o adversário a revelar suas opiniões 
verdadeiras que, pela refutação, dão a medida da aptidão para a vida filosófica. 
 
37. (Ueg 2019) Considerando a história contada por Platão no livro VII da República, mais 
conhecida como Mito da Caverna, podemos deduzir que: 
a) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da verdade, pode desviar-se e passar a 
acreditar em outro mundo mais perfeito de puras ideias. 
b) não podemos confiar apenas na razão, pois somente guiados pelos sentimentos e 
testemunhos dos sentidos poderemos alcançar a verdade. 
c) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo aquilo que impede o surgimento da 
consciência filosófica, que possibilitaria uma ascensão para o mundo inteligível. 
d) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos sentidos, pois a verdade que está no 
mundo inteligível só será atingida mediante a sensibilidade. 
e) os homens devem se libertar da crença na existência em outro mundo e buscar resolver 
seus conflitos aprofundando-se em sua interioridade. 
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38. (Ufu 2018) Considere o seguinte trecho
"No diálogo Mênon, Platão faz Sócrates sustentar que a virtude não pode ser ensinada, 
consistindo-se em algo que trazemos conosco desde o nascimento, defendendo uma 
concepção, segundo a qual temos em nós um conhecimento inato que se encontra 
obscurecido desde que a alma encarnou-se no corpo. O papel da filosofia é fazer-nos recordar 
deste conhecimento"
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. 
p. 31.
Nesse trecho, o autor descreve o que ficou conhecido como 
a) a teoria das ideias de Platão. 
b) a doutrina da reminiscência de Platão. 
c) a ironia socrática. 
d) a dialética platônica. 
 
39. (Uel 2018) Leia o texto a seguir.
Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se 
deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como 
que servindo-se de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos 
belos corpos para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências 
acabe naquela ciência, que de nada mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que 
em si é belo.
(PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os 
Pensadores) p. 48).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é correto afirmar que 
a) a compreensão da beleza se dá a partir da observação de um indivíduo belo, no qual 
percebemos o belo em si. 
b) a percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma dimensão 
transcendente da beleza em si. 
c) a compreensão do que é belo se dá subitamente, quando partimos dele para compreender 
os belos ofícios e ciências. 
d) a observação de corpos, atividades e conhecimentos permite distinguir quais deles são 
belos ou feios em si. 
e) a participação do mundo sensível no mundo inteligível possibilita a apreensão da beleza em 
si. 
 
40. (Upe-ssa 1 2018) Leia o texto a seguir sobre o pensamento grego:
Platão escreveu diálogos filosóficos, verdadeiros dramas em prosa. Foi um dos maiores 
escritores de todos os tempos, e ninguém conseguiu, como ele, unir as questões filosóficas à 
tamanha beleza literária. As ideias filosóficas de Platão é a primeira grande síntese do 
pensamento antigo. (Adaptado)
(REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 46.)
No tocante a essa temática, assinale a alternativa CORRETA sobre o pensamento de Platão. 
a) Enfatiza as ideias no mundo sensível, buscando a verdade na natureza. 
b) Retrata a doutrina das ideias e salienta a existência do mundo ideal para fazer possível a 
verdadeira ciência. 
c) Prioriza a verdade do mundo concreto com a confiança no conhecimento dos sentidos. 
d) Sinaliza o valor dos sentidos como condição para o alcance da verdade. 
e) Atenta para o significado da razão no plano da existência da realidade sensível. 
 
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41. (Uel 2017) Leia a tirinha e o texto a seguir para responder à questão.
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te iniciares na 
política; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou quem quer que se 
disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e seus interesses particulares, 
como a cidade e as coisas a ela pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o poder 
absoluto para fazeres o que bem entenderes contigo ou com a cidade, porém justiça e 
sabedoria.
PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes.
Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285.
Com base na tirinha, no texto e nos conhecimentos sobre a ética e a política em Platão, 
assinale a alternativa correta. 
a) A virtude individual terá fraca influência sobre o governo da cidade, já que a administração 
da cidade independe da qualidade de seus cidadãos. 
b) Justiça, sabedoria e virtude resultam da opinião do legislador sobre o que seria melhor para 
a cidade e para o indivíduo. 
c) O indivíduo deve possuir a virtude antes de dirigir a cidade, pois assim saberá bem governar 
e ser justo, já que se autogoverna. 
d) Para se iniciar em política, primeiro é necessário o poder absoluto para fazer o bem para a 
cidade e a si próprio. 
e) Todo conflito desaparece em uma cidade se a virtude fizer parte da administração, mesmo 
que o dirigente não a possua. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Sabe-se que os primeiros registros feitos pelos seres humanos eram marcados em 
paredes, folhas de palmeiras, tijolos de barro, tábuas de madeira. A primeira inovação foi o 
papiro, que tinha como matéria-prima uma planta. Depois ele foi substituído pelo pergaminho – 
feito de pele de animais –, que tinha maior durabilidade e que tornava a escrita mais fácil.
No século II, a partir do córtex de plantas, tecidos velhos e fragmentos de rede de 
pesca, os chineses inventaram o papel.
Em 1448, Johann Fust, juntamente com Gutenberg, fundou a Werk der Buchei (Fábrica 
de Livros), onde foi publicada a Bíblia de Gutenberg, livro que tinha 42 linhas. O aumento da 
oferta de papel e o aprimoramento das técnicas de impressão em larga escala ajudaram a 
consolidar o livro comoveículo de informação e entretenimento.
Em 1971, a tecnologia inovou o mundo da leitura com os e-books, livros digitais que 
podem ser lidos em vários aparelhos eletrônicos.
Disponível em: <http://blog.render.com.br/diversos/a-evolucao-do-livro/>. Acesso em: 14 fev. 
17. (Parcial e adaptado.)
Diante disso, a(s) questão(ões) a seguir abordarão o eixo temático “A Evolução do Livro: do 
pergaminho ao e-book”. 
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42. (Ucs 2017) Sócrates, um dos maiores expoentes da Filosofia, não deixou nada escrito. 
Foram as obras de Platão, seu principal discípulo, as responsáveis por quase tudo que se sabe 
sobre suas ideias e sua personalidade. Sócrates foi o primeiro dos três grandes filósofos 
gregos que estabeleceu as bases do pensamento ocidental (os outros dois foram Platão e 
Aristóteles). Sócrates nasceu em Atenas, por volta de 470 a.C., e conduziu a transição do 
pensamento dos antigos cosmologistas gregos, que viviam refletindo sobre a origem do 
universo, para preocupações maiores com a ética e a existência humana.
Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/quem-foi-socrates/>. Acesso em: 27 
mar. 17. (Parcial e adaptado.)
Sobre os filósofos citados no texto, assinale a alternativa correta. 
a) Sócrates não concorda com a ação dos sofistas para os quais a verdade dependia de como 
se falava e convencia-se. Para ele, a prática sofista criava apenas uma aparência de 
conhecimento (doxa) não recordando a verdade (alétheia). 
b) Sócrates entende que o homem produz, ou seja, cria a verdade e o conhecimento através 
do uso da palavra. Daí sua proposta ser conhecida como maiêutica (maieutiké). 
c) Aristóteles afirma que o ser humano, por ser dotado de sentidos, busca a realização dos 
prazeres e da felicidade (eudaimonia), ou seja, do Bem, e, para isso, os sentidos têm função 
fundamental, pois é somente por meio da sensibilidade que o homem pode atingir o Bem. 
d) Platão acredita que existe um mundo além deste, um mundo metafísico, ao qual deu o nome 
de Mundo Ideal. Para ele, os sentidos informam a respeito do Mundo Ideal, enquanto que o 
pensamento revela sobre o Mundo Material. 
e) Platão mostra uma desvalorização do Mundo Inteligível, colocando-o como secundário em 
relação ao Mundo Sensível. Para ele, as ideias podem deixar de existir, uma vez que 
mudanças no mundo Material/Sensível também as afetam. 
 
43. (Enem 2ª aplicação 2016) Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. 
No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. 
Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se 
pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as 
metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se 
novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o 
a) bem supremo como fim do homem. 
b) prazer perene como fundamento da felicidade. 
c) ideal inteligível como transcendência desejada. 
d) amor como falta constituinte do ser humano. 
e) autoconhecimento como caminho da verdade. 
 
44. (Enem PPL 2016) Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: "Este 
objeto que estou vendo agora tem tendências para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter 
defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior". Assim, 
para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de 
conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente.
PLATÃO, Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica 
a) estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos. 
b) comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele. 
c) descrever corretamente as características do objeto observado. 
d) fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser. 
e) identificar outro exemplar idêntico ao observado. 
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45. (Uepa 2015) Leia o texto para responder à questão.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus 
interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-
lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto 
às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, 
inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17) 
Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à: 
a) oligarquia 
b) república 
c) democracia 
d) monarquia 
e) plutocracia 
 
46. (Enem PPL 2015) Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja 
entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a 
infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de 
lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de 
uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a 
fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um 
pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre 
eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, 
cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o(a) 
a) caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo. 
b) sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense. 
c) vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos. 
d) sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense. 
e) teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias. 
 
47. (Enem 2014) 
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No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa 
que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a 
a) suspensão do juízo como reveladora da verdade. 
b) realidade inteligível por meio do método dialético. 
c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus. 
d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino. 
e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade. 
 
48. (Ueg 2013) A expressão “Tudo o que é bom, belo e justo anda junto” foi escrita por um dos 
grandes filósofos da humanidade. Ela resume muito de sua perspectiva filosófica, sendo uma 
das bases da escola de pensamento conhecida como 
a) cartesianismo, estabelecida por Descartes, no qual se acredita que a essência precede a 
existência. 
b) estoicismo, que tem no imperador romano Marco Aurélio um de seus grandes nomes, que 
pregava a serenidade diante das tragédias. 
c) existencialismo, que tem em Sartre um de seus grandes nomes, para o qual a existência 
precede a essência. 
d) platonismo, estabelecida por Platão, no qual se entendia o mundo físico como uma imitação 
imperfeita do mundo ideal. 
 
49. (Enem PPL 2013) Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se 
interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à 
imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou 
conhecidos como tendo realmente existido.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br.Acesso em: 4 abr. 2013.
A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois 
há nesta a 
a) elaboração de um ordenamento político com fundamento na bondade infinita de Deus. 
b) explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial. 
c) utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na ágora. 
d) investigação das constituições políticas de Atenas pelo método indutivo. 
e) idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias. 
 
50. (Enem 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de 
conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação 
entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento 
do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 
(adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das 
Ideias de Platão (427–346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa 
relação? 
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas. 
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles. 
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis. 
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não. 
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão. 
 
51. (Ifsp 2011) “– Mas escuta, a ver se eu digo bem. O princípio que de entrada 
estabelecemos que devia observar-se em todas as circunstâncias, quando fundamos a cidade, 
esse princípio é, segundo me parece, ou ele ou uma das suas formas, a justiça. Ora nós 
estabelecemos, segundo suponho, e repetimo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada 
um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual a sua natureza é mais 
adequada.”
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(PLATÃO. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Calouste-
Gulbenkian, 2001, p. 185.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção platônica de justiça, na cidade 
ideal, assinale a alternativa correta. 
a) Para Platão, a cidade ideal é a cidade justa, ou seja, a que respeita o princípio de igualdade 
natural entre todos os seres humanos, concedendo a todos os indivíduos os mesmos direitos 
perante a lei. 
b) Platão defende que a democracia é fundamento essencial para a justiça, uma vez que 
permite a todos os cidadãos o exercício direto do poder. 
c) Na cidade ideal platônica, a justiça é o resultado natural das ações de cada indivíduo na 
perseguição de seus interesses pessoais, desde que esses interesses também contribuam 
para o bem comum. 
d) Para Platão, a formação de uma cidade justa só é possível se cada cidadão executar, da 
melhor maneira possível, a sua função própria, ou seja, se cada um fizer bem aquilo que lhe 
compete, segundo suas aptidões. 
e) Platão acredita que a cidade só é justa se cada membro do organismo social tiver condições 
de perseguir seus ideais, exercendo funções que promovam sua ascensão econômica e 
social. 
 
52. (Enem PPL 2019) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; 
evidentemente todos os atos legítimos são, em certo sentido, atos justos, porque os atos 
prescritos pela arte do legislador são legítimos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições 
que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer de todos, 
quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em 
certo sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a 
sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a 
a) moral e a vida privada. 
b) virtude e os interesses públicos. 
c) utilidade e os critérios pragmáticos. 
d) lógica e os princípios metafísicos. 
e) razão e as verdades transcendentes. 
 
53. (Uel 2018) Leia o texto a seguir.
Alguns julgam que a grandeza de uma cidade depende do número dos seus habitantes, 
quando o que importa é prestar atenção à capacidade, mais do que ao número de habitantes, 
visto que uma cidade tem uma obra a realizar. [...] A cidade melhor é, necessariamente, aquela 
em que existe uma quantidade de população suficiente para viver bem numa comunidade 
política. [...] resulta evidente, pois, que o limite populacional perfeito é aquele que não excede a 
quantidade necessária de indivíduos para realizar uma vida autossuficiente comum a todos. 
Fica, assim, determinada a questão relativa à grandeza da cidade.
(ARISTÓTELES, Política 1326b6-25 Edição bilíngue. Tradução e notas de António C. Amaral e 
Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. p. 495- 499.)
Com base no texto e considerando o papel da cidade-estado (pólis) no pensamento ético-
político de Aristóteles, assinale a alternativa correta. 
a) As dimensões da pólis determinam a qualidade de seu governo: quanto mais cidadãos, 
maior e melhor será a sua participação política. 
b) A pólis não é natural, por isso é importante organizá-la bem em tamanho e quantidade de 
cidadãos para que a sociedade seja autossuficiente. 
c) O ser humano, por ser autossuficiente, pode prescindir da pólis, pois o bem viver depende 
mais do indivíduo que da sociedade. 
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d) A pólis realiza a própria obra quando possui um número suficiente de cidadãos que 
possibilite o bem viver. 
e) O ser humano, como animal político, tende a realizar-se na pólis, mesmo que esta possua 
quantidade excessiva de cidadãos. 
 
54. (Enem PPL 2017) A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de 
qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para 
Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer 
dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, 
como é de regra.
COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).
Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que 
a) a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica. 
b) os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real. 
c) o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo. 
d) as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem 
religiosa. 
e) a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo 
religioso. 
 
55. (Upe-ssa 3 2017) Leia o texto a seguir sobre o Estado Democrático.
Para Aristóteles, o motivo pelo qual nasce o Estado é o de tornar possível a vida e também 
uma vida feliz. De fato, a meta final da vida humana é a felicidade. Por isso, a razão de ser do 
Estado é facilitar o acesso a essa meta.
MONDIN, B. O homem, quem é ele? São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 157.
Na citação acima, o autor faz uma reflexão filosófica sobre a dimensão do Estado, afirmando 
que 
a) o Estado é a felicidade da vida humana, e a razão tem valor secundário nessa meta. 
b) a meta final da vida humana é a felicidade, e o sentido do Estado é obstar o acesso a essa 
meta. 
c) o Estado tem significância na meta da felicidade, e a vida humana é, por natureza, social. 
d) na esfera do Estado, a questão democrática é prescindível. 
e) a democracia é condição secundária na razão de ser do Estado. 
 
56. (Enem 2017) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele 
mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou 
antes, o sumo bem.Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa 
vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que 
seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o 
seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a 
arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as 
ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, 
e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a 
economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, 
por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa 
ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Gunman 1991 
(adaptado).
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que 
a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses. 
b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade. 
c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade. 
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d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente. 
e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum. 
 
57. (Enem PPL 2017) Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, 
alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, 
enquanto o conhecimento científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum 
outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, e, 
por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo 
conhecimento científico constitui-se de maneira argumentativa, não pode haver conhecimento 
científico dos princípios, e dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento 
científico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios.
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: 
Loyola, 1994.
Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domínio do(a) 
a) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa. 
b) cálculo, pois são demonstrados por argumentos. 
c) conhecimento científico, pois admitem provas empíricas. 
d) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento científico. 
e) prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade. 
 
58. (Upe-ssa 2 2017) Sobre o problema político e social, atente ao texto a seguir:
O homem verdadeiramente político também goza a reputação de haver estudado a virtude 
acima de todas as coisas, pois que ele deseja fazer com que os seus concidadãos sejam bons 
e obedientes às leis. Mas a virtude que devemos estudar é, fora de qualquer dúvida, a virtude 
humana; porque humano era o bem e humana a felicidade que buscávamos. 
Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo, 1973, p. 263.
Na citação acima, Aristóteles retrata que 
a) a virtude humana é a busca da felicidade e não diz respeito à dimensão política que é da 
esfera do social. 
b) o verdadeiro homem prudente no âmbito político busca e faz uso do equilíbrio da vida 
pessoal e social. 
c) os cidadãos são bons e obedientes às leis, isto é, declinam do valor da virtude humana. 
d) o homem verdadeiramente político deve buscar o bem e a felicidade na esfera individual. 
e) a virtude humana é um projeto individual e indiferente no âmbito da convivência político-
social. 
 
59. (Enem 2ª aplicação 2016) Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro 
modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento 
científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros 
princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível 
deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem 
arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, 
porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de 
ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas 
ou más para o homem.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela 
difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como 
a) conduta definida pela capacidade racional de escolha. 
b) capacidade de escolher de acordo com padrões científicos. 
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c) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem. 
d) técnica que tem como resultado a produção de boas ações. 
e) política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação. 
 
60. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o 
desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás 
reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser 
possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O 
aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a 
legitimação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do interesse por 
Aristóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a 
obra aristotélica 
a) valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos. 
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa. 
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas. 
d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo. 
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria 
política. 
 
61. (Enem PPL 2015) Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da 
vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem 
corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, 
inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como 
a) indicador da imagem do homem no estado de natureza. 
b) condição necessária para a realização da virtude humana. 
c) atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade. 
d) referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa. 
e) mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência. 
 
62. (Uea 2014) A sabedoria do amo consiste no emprego que ele faz dos seus escravos; ele é 
senhor, não tanto porque possui escravos, mas porque deles se serve. Esta sabedoria do amo 
nada tem, aliás, de muito grande ou de muito elevado; ela se reduz a saber mandar o que o 
escravo deve saber fazer. Também todos que a ela se podem furtar deixam os seus cuidados a 
um mordomo, e vão se entregar à política ou à filosofia.
(Aristóteles. A política, s/d. Adaptado.)
O filósofo Aristóteles dirigiu, na cidade grega de Atenas, entre 331 e 323 a.C., uma escola de 
filosofia chamada de Liceu. No excerto, Aristóteles considera que a escravidão 
a) é um empecilho ao florescimento da filosofia e da política democrática nas cidades da 
Grécia. 
b) permite ao cidadão afastar-se de obrigações econômicas e dedicar-se às atividades próprias 
dos homens livres. 
c) facilita a expansão militar das cidades gregas à medida que liberta os cidadãos dostrabalhos domésticos. 
d) é responsável pela decadência da cultura grega, pois os senhores preocupavam-se somente 
em dominar os escravos. 
e) promove a união dos cidadãos das diversas pólis gregas no sentido de garantir o controle 
dos escravos. 
 
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63. (Enem PPL 2014) Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que 
possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, 
referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova CuIturaI, 1973. 
Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a 
a) excelência de atividades praticadas em consonância com o bem comum. 
b) concretização utilitária de ações que revelam a manifestação de propósitos privados. 
c) concordância das ações humanas aos preceitos emanados da divindade. 
d) realização de ações que permitem a configuração da paz interior. 
e) manifestação de ações estéticas, coroadas de adorno e beleza. 
 
64. (Enem 2013) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do 
mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos 
“das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que 
amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas 
a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica 
como 
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. 
b) plenitude espiritual a ascese pessoal. 
c) finalidade das ações e condutas humanas. 
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. 
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. 
 
65. (Enem PPL 2013) O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às 
pessoas ambiciosas (no sentido de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, 
de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é 
aquilo conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo.
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o 
a) compromisso com os movimentos desvinculados da legalidade. 
b) benefício para o maior número possível de indivíduos. 
c) interesse para a classe social do agente da ação. 
d) fundamento na categoria de progresso histórico. 
e) princípio de dar a cada um o que lhe é devido. 
 
66. (Ufu 2012) Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o 
ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, 
de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao 
ser-em-ato, o ser-em-potência é não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e 
Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de 
Aristóteles, assinale a alternativa correta. 
a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente 
dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-
potência). 
b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo 
sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou 
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receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo 
aquela forma). 
c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o 
movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável 
e imóvel. 
d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência 
se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto. 
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Gabarito: 
Resposta da questão 1:
 [D]
A partir da leitura do texto e dos conhecimentos acerca do processo de passagem do mito ao 
logos, o aluno deve identificar que o surgimento da filosofia está relacionado ao 
desenvolvimento da pólis grega, que envolveu uma experiência política muito ligada à 
argumentação racional e ao debate público. Essa nova perspectiva política que surge, leva à 
uma ruptura com os modos de pensar e interpretar o mundo, colocando em crise as 
representações míticas, tal como afirma o item [D]. 
Resposta da questão 2:
 [A]
A única alternativa que apresenta uma afirmação incorreta é a letra [A], haja vista que o mythos 
pode ser pensado na medida em que é uma forma de interpretar e explicar a realidade, na 
tentativa de compreendê-la. O mythos, entretanto, é uma narrativa que não se submete à 
prova, muitas vezes se fundamentando na autoridade de quem narra ou nas tradições de 
determinado grupo social. 
Resposta da questão 3:
 [E]
Como apontado pelo texto, o pensamento filosófico, originado na Grécia Antiga, encontra suas 
raízes na mudança de perspectiva da interpretação da realidade e dos fenômenos do mundo 
sensível, que passa da fabulação mítica para o pensamento racional. Nesse sentido, a 
realidade passa a ser identificada como razão, sendo a racionalidade a forma necessária para 
entendê-la e expressá-la. 
Resposta da questão 4:
 [C]
Como apontado pela alternativa [C], o processo que envolveu o desenvolvimento da filosofia 
entre os gregos envolveu a mudança do critério de verdade mítico, baseado na fé e na 
autoridade narrativa, para o critério da razão, fundamento da prática filosófica iniciada a partir 
de então. 
Resposta da questão 5:
 [D]
A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no qual se modificava a 
maneira com que os homens se relacionavam. Sendo que os mitos organizavam toda a vida 
social, consolidando práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas tribos, 
entre cidades, etc., a sua modificação, ou até extinção, inevitavelmente faria renascer, distinta, 
a organização das relações dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia, 
por conseguinte, tem sua origem em duas modificações uma contextual e outra subjetiva, isto 
é, uma modificação na cidade e outra no próprio homem. As modificações da cidade e da 
própria subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se conformar com certas 
tradições religiosas e a própria subjetividade, com o passar das gerações, deixa de prezar os 
valores ancestrais organizados nos mitos. Com essas mudanças, a cidade e o homem passam 
a se constituir a partir de outras práticas consideradas fundamentais, como o pensamento 
racional – um pensamento com começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, 
sem o auxílio de entes inalcançáveis. 
Resposta da questão 6:
 [E]
Depois de Platão e Aristóteles devemos compreender que a simples aceitação de uma crença 
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qualquer é uma escolha, é um procedimento arbitrário e não mais uma posição mística 
agraciada por deus ou deuses misteriosos.
A respeito do surgimento da filosofia e seu relacionamento com o discurso mítico podemos 
dizer que existe sempre uma tensão tanto estabelecida pela oposição quanto pelo confronto – 
pensando a oposição como estabelecimento de métodos e temas absolutamente distintos e o 
confronto como embate sobre os temas similares. Os filósofos não eram sacerdotes e nem 
defensores de explicações misteriosas sobre os fenômenos naturais. É importante 
compreender que se iniciava nessa época uma reflexão sistemática empenhada em 
estabelecer um conhecimento que não proviesse da inspiração divina, porém da argumentação 
pública e da comprovação

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