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Página 1 de 3 GABARITO PROVA OBJETIVA E DISCURSIVA ODONTOLOGIA - CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL (401) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESIDÊNCIA SAÚDE 2020 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A C B C A D C B C A 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D D B B D C B B A A QUESTÃO 01) a) Os sinais e sintomas são: Pulso acelerado (acentuada taquicardia); Redução da pressão arterial; Débito urinário significativamente diminuído; Alteração no status mental (confusão); Perfusão tecidual inadequada; Vasoconstricção (palidez); Taquipineia; Ansiedade; Diaforese (sudorese). b) I- fratura uni ou bilateral, sem cominuição, estando o ligamento palpebral medial (LPM) inserido em um grande segmento ósseo; II- fratura uni ou bilateral, com cominuição, sendo que o LPM permanece inserido em um fragmento ósseo que permite reposicionamento durante a redução da fratura; III- fratura uni ou bilateral, com cominuição, sendo que o LPM foi desinserido ou está junto de fragmento ósseo inviável para ser reposicionado. Nesse caso, a cantopexia é obrigatória. c) Os planos anatômicos da região temporal são: Pele; Tela subcutânea; Fáscia temporoparietal (extensão lateral da gálea aponeurótica do couro cabeludo e contínua) com sistema músculo aponeurótico superficial (SMAS) da face; Fáscia subgaleal; Lâmina superficial da fáscia do músculo temporal; Tecido adiposo ou coxim temporal superficial; Página 2 de 3 GABARITO PROVA OBJETIVA E DISCURSIVA ODONTOLOGIA - CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL (401) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESIDÊNCIA SAÚDE 2020 Lâmina profunda da fáscia do músculo temporal; Músculo temporal. Os planos anatômicos da região do couro cabeludo são: Pele; Tecido conjuntivo subcutâneo; Gálea aponeurótica ou músculo occipto-frontal; Fáscia subgaleal; Periósteo ou pericrânio; Crânio. QUESTÃO 02) a) A sífilis primária é caracterizada pelo cancro, que se desenvolve na área de inoculação, tornando-se clinicamente evidente entre 3 a 90 dias após a exposição inicial. As lesões podem ser múltiplas, mas usualmente são solitárias, desenvolvendo-se como pápulas com ulceração central. Os sítios mais acometidos são genitália externa e ânus. Menos de 2% ocorrem em outras regiões, porém o sítio extragenital mais comum é a boca. As lesões orais são mais comuns nos lábios, mas podem ser vistas também na língua, palato, gengiva e amígdalas. O lábio superior é mais acometido em homens e o lábio inferior é mais acometido em mulheres, localizações provavelmente relacionadas, respectivamente, à felação e cunilíngua. A lesão oral se apresenta como úlcera de base clara e indolor ou, raramente, como proliferação vascular semelhante a granuloma piogênico. A maioria dos pacientes tem linfadenopatia regional bilateral. Nesse estágio, o microorganismo está se espalhando sistemicamente através dos vasos linfáticos, preparando-se para futura progressão. Caso não seja tratada, a lesão tem cicatrização espontânea em 3 a 8 semanas. b) A sífilis secundária ou disseminada é identificada clinicamente entre 4 a 10 semanas após a infecção inicial e suas manifestações clínicas podem ser concomitantes às da sífilis primária. Surgem sintomas sistêmicos, como linfadenopatia indolor, dor de garganta, mal-estar, cefaleia, perda de peso, febre e dor musculo-esquelética. Erupções cutâneas maculopapulares podem aparecer por todo o corpo, incluindo região palmo-plantar e cavidade oral. Trinta por cento dos pacientes apresentam áreas focais de exocitose e espongiose intensa na mucosa oral, formando zonas de mucosa sensível e esbranquiçada, conhecidas como placas mucosas. Quando se unem, essas placas formam um padrão sinuoso ou semelhante a caminho de caracol. Pode haver necrose tecidual, descamação e exposição de tecido conjuntivo subjacente, sendo mais comuns na língua, lábios, mucosa jugal e palato. Placas mucosas elevadas também podem estar centradas sobre a dobra da comissura labial e são denominadas pápulas fendidas. Podem ocorrer lesões semelhantes a papilomas virais, sendo denominadas condilomata lata, situando-se na boca, região anal ou região genital. Lesões múltiplas são mais comuns do que as solitárias. Há resolução espontânea em 3 a 12 semanas, na ausência de tratamento. As recidivas podem acontecer pouco tempo depois. Em imunocomprometidos, pode ocorrer forma aguda, explosiva e disseminada de sífilis secundária, conhecida como lues maligna. Página 3 de 3 GABARITO PROVA OBJETIVA E DISCURSIVA ODONTOLOGIA - CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL (401) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESIDÊNCIA SAÚDE 2020 c) Após a sífilis secundária, os pacientes entram em uma fase livre de lesões e sintomas, conhecida como sífilis latente. Essa latência pode durar de 1 a 30 anos. Cerca de 30% desenvolvem sífilis terciária e essa fase inclui as complicações mais sérias da doença. Podem ocorrer aneurisma da aorta ascendente, hipertrofia ventricular esquerda, regurgitação aórtica e insuficiência cardíaca congestiva. O envolvimento do sistema nervoso central pode levar a tabes dorsalis, paralisia generalizada, psicose, demência, paresia e morte. Lesões oculares como irite, coroidoretinite e pupilas de Argyll Robertson podem ocorrer. Há também focos dispersos de inflamação granulomatosa, que podem afetar pele, mucosa, tecidos moles, osso e órgãos internos, e são conhecidos como goma. Trata-se de lesões endurecidas, nodulares ou ulceradas, que podem causar extensa destruição tecidual. Geralmente acometem palato, causando comunicação buco-nasal, e língua, que pode se apresentar aumentada, lobulada e irregular. É denominada glossite intersticial e ocorre por contratura muscular após cicatrização da goma. A atrofia e perda das papilas do dorso lingual produzem glossite luética, que não parece ser condição pré- cancerosa. d) Dentes de Hutchinson, ceratite ocular intersticial e surdez associada ao comprometimento do oitavo par craniano. O antibiótico de eleição é a penicilina.
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