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artrite idiopática juvenil

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ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL – AIJ 
• grupo heterogêneo de doenças características 
da infância que têm a artrite crônica (aquela 
com duração ≥ 6 semanas) 
• doença reumática mais comum da infância 
CLASSIFICAÇÃO: 
• 
EPIDEMIOLOGIA 
• mais comum de AIJ é a oligoarticular (50-60% de 
todos os casos 
• poliarticular (30-35%) 
• início sistêmico (10-20%) 
• Nas formas oligo3:1 e poliarticular 5:1 mulheres 
• Na poliarticular, há dois picos etários: 2-4 anos e 
10-14 anos. 
ETIOPATOGÊNESE 
• resulta da interação entre diferentes genes de 
suscetibilidade com múltiplas exposições 
ambientais 
• ocorre uma exacerbação da resposta de 
linfócitos T, levando à hipersecreção de 
citocinas de padrão Th1 (ex.: TNF-alfa, IL-1, IL-
6), o que ativa tanto o braço celular quanto o 
braço humoral da imunidade. Desse modo, 
linfócitos T hiperativados infiltram as 
articulações, produzindo uma sinovite crônica 
marcada por hiperemia, edema, e proliferação 
vilosa progressiva, podendo culminar na 
formação de pannus e artrite destrutiva (erosão 
da cartilagem e osso subjacente). Linfócitos B 
também são recrutados, podendo levar à 
formação de imunocomplexos e consumo do 
complemento. Em suma, seja qual for a exata 
fisiopatologia, trata-se sem dúvida de uma 
doença de natureza claramente “autoimune”. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• presença de artrite é obrigatória 
o define-se artrite como: 
1. Derrame sinovial (aumento de volume 
intra-articular) ou 
2. Presença de pelo menos dois dos 
seguintes sinais e sintomas: 
•Dor à mobilização articular 
•Limitação ao arco de movimento 
•Aumento da temperatura local 
•Eritema articular 
FORMA OLIGOARTICULAR 
o Cursa com artrite em 1-4 articulações nos 
primeiros seis meses de doençaç 
o em geral afetando grandes junturas dos 
membros inferiores (joelhos e tornozelos) 
o 20% dos portadores de AIJ oligoarticular 
evoluem com uveíte anterior (iridociclite) 
crônica, uma complicação oftalmológica 
que pode resultar em cegueira 
FORMA POLIARTICULAR 
o artrite em cinco ou mais articulações, em 
geral afetando membros superiores e 
inferiores ao mesmo tempo 
o artrite na coluna cervical, com risco de 
subluxação atlantoaxial 
o Esses pacientes podem apresentar Fator 
Reumatoide positivo, o que se associa a 
um quadro clínico muito semelhante ao 
da artrite reumatoide do adulto 
o Assim como na AR, podem aparecer 
nódulos reumatoides no subcutâneo de 
regiões extensoras 
FORMA SISTÊMICA (DOENÇA DE STILL) 
o artrite em um número variável de 
articulações 
o poliartrite destrutiva que afeta membros 
superiores e inferiores, além das 
temporomandibulares, coxofemorais e 
coluna cervical 
o febre e acometimento visceral 
proeminente para receber o diagnóstico 
de AIJ de início sistêmico 
o Na vigência da febre costuma aparecer o 
clássico rash macular rosa-salmão 
o O ACOMETIMENTO VISCERAL se expressa 
principalmente através de uma 
linfadenopatia generalizada e 
hepatoesplenomegalia. 
 
LABORATÓRIO 
• Anemia de doença crônica (normocítica e 
normocrômica, ou microcítica e hipocrômica 
nos casos mais graves e prolongados), 
leucocitose, trombocitose e aumento de 
VHS/Proteína C Reativa (PCR) 
• O FAN é positivo em 40-85% dos casos de AIJ 
oligo ou poliarticular, mas raramente é positivo 
na doença de início sistêmico 
• As alterações radiográficas esperadas na AIJ são 
essencialmente as mesmas encontradas na AR 
do adulto... Aumento de partes moles seguido 
de osteopenia justa-articular progressiva, 
erosões das cartilagens e osso subcondral, fusão 
articula 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
TRATAMENTO: 
• Os objetivos são o alívio dos sintomas e a 
indução da remissão, impedindo ou atrasando a 
destruição articular irreversível 
FORMA OLIGOARTICULAR: 
o As drogas de escolha são aos AINEs (Anti-
Inflamatórios Não Esteroidais), que 
geralmente podem ser usados em 
monoterapia, até a remissão do quadro 
o Pacientes que não respondem após 4-6 
semanas de tratamento, ou que 
apresentam graves limitações ao 
movimento articula, se beneficiam do uso 
de glicocorticoides intra-articulares (ex.: 
triancinolona de depósito). 
o Pacientes refratários aos AINEs e aos GC 
intra-articulares devem receber o mesmo 
tratamento preconizado para a forma 
poliarticular, isto é, Drogas 
Antirreumáticas Modificadoras de Doença 
(DARMD) 
FORMA POLIARTICULAR 
o Os AINEs podem ser prescritos visando o 
rápido alívio sintomático, porém, 
isoladamente não são suficientes para 
controlar a forma poliarticular 
o o fármaco de escolha o metotrexate 
o Pacientes refratários ao metotrexate 
devem partir para as DARMDs 
“biológicas”, como os antagonistas do 
TNF-alfa 
FORMA DE INÍCIO SISTÊMICO 
o AINE em monoterapia 
o Na ausência de resposta, muitos 
reumatologistas ainda optam por associar 
um glicocorticoide sistêmico 
UVEÍTE ANTERIOR 
o O tratamento inicial consiste na 
associação de um agente midriático com 
um glicocorticoide

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