Buscar

Micronutrientes Cálcio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Introdução 
 
- Ca; 
- do grupo 2 da tabela periódica; 
- metal alcalino terroso; 
- metal leve, sólido, de brilho prateado; 
- cátion bivalente; 
- no organismo, é o quinto elemento mais 
abundante; 
- principal constituinte do esqueleto, 
estabilizando ossos e dentes; 
- a homeostase do cálcio nos fluidos 
extracelulares é mantida por meio de uma 
regulação endócrina complexa e 
integrada; 
- a ação do PTH consiste em inibir a 
redução do cálcio no fluido extracelular 
para níveis críticos, enquanto a calcitonina 
previne aumentos anormais nas 
concentrações séricas de cálcio. 
 
Função 
 
- contração dos músculos esqueléticos, 
cardíacos e lisos; 
- coagulação sanguínea; 
- transmissão de impulsos nervosos; 
- sinalização intra e extracelular; 
- formação e integridade óssea; 
- cofator de reações enzimáticas. 
 
Aspectos fisiológicos: absorção, transporte, 
homeostase, excreção 
 
Absorção 
- a maior parte do cálcio corporal total 
encontra-se no esqueleto na forma 
complexada a fosfatos; 
- os ossos são a ultima reserva de cálcio a 
ser utilizada para normalizar as 
concentrações nos fluidos extracelulares; 
- o cálcio chega aos fluidos através da 
absorção intestinal e da reabsorção óssea; 
- deixa os fluidos pelo TGI, rins e pele, 
atuando na formação óssea; 
- cálcio livre representa menos de 1% do 
total corporal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- manutenção dos estoques corporais de 
cálcio ocorre por meio da ingestão e 
absorção; 
- em um adulto saudável aproximadamente 
30% do cálcio ingerido é absorvido; 
- o cálcio ingerido se mistura com aquele 
proveniente dos sucos digestivos no 
intestino delgado; 
- essa absorção ocorre por transporte 
ativo (transcelular) dependente de vitamina 
D e do receptor de vitamina D (VDR), ocorre 
principalmente no duodeno (onde há 
expressão significativa de VDR) e em 
situações de baixa ingestão de cálcio; 
- quando há ingestão elevada do nutriente, 
ocorre difusão passiva (paracelular) ao 
longo de todo o intestino delgado, por 
meio das tight junctions localizadas entre as 
células epiteliais; 
- o transporte ativo responde pela maior 
parte da absorção, ao passo que o 
mecanismo passivo é responsável por 
apenas 8 a 23% da absorção total de 
cálcio; 
- a quantidade de cálcio absorvida em 
cada um dos segmentos do intestino 
depende da permanência do quimo em tais 
segmentos; 
- minutos no duodeno e superior a duas 
horas na metade inferior do intestino 
delgado; 
- quando um indivíduo ingere cálcio em 
quantidades variando de normais a 
elevadas, a quantidade relativa absorvida 
no duodeno é bastante inferior àquela 
absorvida na porção distal do intestino 
delgado, particularmente no íleo; 
- a absorção do mineral no intestino grosso 
e cólon é baixa; 
 
Transporte 
- a passagem de cálcio do lúmen para 
dentro das células ocorre por meio de 
canais apicais de cálcio, localizados na 
membrana da borda em escova ou 
membrana apical TRPV6 e TRPV5; 
- os canais são regulados direta ou 
indiretamente por vitamina D e pelo cálcio 
da alimentação; 
- intestino, rins e placenta são os 3 
principais órgãos envolvidos no transporte 
de cálcio, responsáveis pela absorção de 
cálcio provenientes da alimentação, pela 
reabsorção tubular renal e pelo transporte 
de cálcio do LM para a circulação fetal, 
respectivamente; 
- TRPV5 – presente nos rins; 
- TRPV6 – presente no intestino e placenta; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- o transporte de cálcio nos enterócitos 
envolve: 
 
I. a difusão intracelular de cálcio; 
II. a passagem do cálcio luminal 
através da membrana da borda 
em escova; 
III. o deslocamento através da 
membrana basolateral. 
 
- essas 3 etapas ocorre por mecanismos 
distintos; 
 
I. Difusão facilitada; 
- o Ca+ presente no lúmen entra nos 
enterócitos por meio do canal de cálcio 
TRPV6; 
 
II. Calbindina D; 
- dento da célula o Ca+ é sequestrado 
pela calbindina D, para que as 
concentrações de cálcio citosólicas 
permaneçam baixas, 
- ligado a essa proteínas o cálcio é 
transportado pelo citoplasma até a 
membrana basolateral. 
 
III. Deslocamento ao meio 
extracelular. 
- primeiramente por uma Ca+- ATPase de 
membrana plasmática (PMCA1b); 
- em menor escala, pelo trocador 
Na+/Ca2+ (NCX1). 
 
- a forma ativa da vitamina D 1,25(0H)2D3 
estimula as etapas individuais do transporte 
transcelular de cálcio por regular 
positivamente a expressão do TRPV6, da 
calbindina e dos sistemas de deslocamento 
(efeito indicado pelas setas pontilhadas na 
figura); 
 
- outra forma de fluxo transcelular é o 
transporte vesicular; 
- a formação de vesículas ricas em cálcio 
se inicia com o influxo do cátion por meio 
do TRPV6 presente na membrana apical. O 
aumento rápido das concentrações de 
cálcio junto à membrana apical rompe os 
filamentos de actina localizados próximo 
aos canais de cálcio e inicia-se a 
formação de vesículas endocíticas. 
Simultaneamente, os íons cálcio se ligam à 
calmodulina associada à miosina 1, ou à 
calmodulina associada aos canais de 
cálcio, o que inativa tais canais; 
- essa inativação, por sua vez, promove 
uma redução nas concentrações de cálcio 
livre nas proximidades da membrana apical 
e, assim, a rede de filamentos de actina 
pode ser restabelecida. Segue-se a 
formação de vesículas que contém cálcio, 
sendo que algumas são transportadas por 
microtúbulos e outras podem se fundir a 
lisossomos; 
- por último, as vesículas ou os lisossomos se 
deslocam e se fundem à membrana 
basolateral e o cálcio é deslocado para o 
meio extracelular. A passagem do cálcio 
através do retículo endoplasmático é um 
modelo de transporte transcelular que 
possivelmente acontece nos enterócitos. 
- à semelhança da difusão facilitada, o 
cálcio entra no enterócito pelo canal 
TRPV6. O transporte, desde a membrana da 
borda em escova até a membrana - 
basolateral, ocorre por difusão passiva no 
retículo endoplasmático. O deslocamento 
do cálcio para o meio extracelular ocorre 
da mesma forma que na difusão facilitada; 
- em células musculares, o cálcio entra no 
retículo sarcoplasmático pela ação da 
Ca2-ATPase local e é liberado na 
membrana basolateral por canais 
liberadores de cálcio em um processo 
regulado por trifosfato de inositol (IP3) e 
por receptores de rianodina. 
 
- o principal regulador da absorção 
transcelular de cálcio é a l,25(0H)2 D3 , o 
metabólito hormonal ativo da vitamina D, 
que age ao se ligar a seu receptor (VDR) 
na região promotora dos genes do TRPV6, 
da calbindina e dos sistemas de 
deslocamento PMCAlb e NCXI, regulando 
positivamente a expressão destes.; 
- entretanto, outros mecanismos de 
regulação também podem estar envolvidos, 
como é o caso do estrógeno, que parece 
aumentar a absorção ativa do mineral, 
provavelmente por agir também no canal 
de cálcio TRPV6; 
- com relação à absorção paracelular, 
parece não haver nenhuma regulação 
direta da passagem do cálcio. Nesse caso, 
as tight junctions são as principais 
reguladoras da permeabilidade epitelial, e 
alterações nessas estruturas também afetam 
o fluxo paracelular de íons cálcio; 
 
Manutenção das concentrações circulantes 
de cálcio 
- necessária e ocorre por meio do sistema 
endócrino; 
- envolve a vitamina D e seu receptor VDR; 
- o PTH e o seu receptor PTHR; 
- a calcitonina e o CaR; 
- as concentrações são reguladas para 
permanecerem entre 8,8 e 10,4 mg/dL; 
- havendo alterações, a via hormonal de 
feedback negativo age para restaurar as 
concentrações séricas; 
 
Paratormônio – PTH – 
- produzido nas glândulas da paratireoide; 
- principal hormônio da regulação do 
cálcio; 
- promove a absorção de cálcio e fósforo; 
- estimula a absorção de cálcio pelos ossos 
e rins; 
 
- estimulado pela queda das 
concentrações de cálcio no espaço 
extracelular; 
- acelera a conversão da 25-
hidroxicolecalciferol em 1,25-
dihidroxicolecalciferol e assim, indiretamente 
aumenta a absorção de cálcio pelo 
intestino; 
 
No tecido ósseo: 
- o PTH atua nos osteoblastos promovendo 
a síntese e secreção de um ativadorlocal 
de osteoclastos, aumentando a atividade 
osteoclástica. Essa ação aumenta a 
reabsorção óssea; 
 
Nos rins: 
- aumentam a secreção de 1,25(OH)D3, 
aumentando a absorção transcelular de 
cálcio; 
- estimula o aumento da reabsorção de 
Ca+2, de H+ e Mg+2. 
 
Calcitonina 
- secretado pela glândula tireoide; 
- diminui as concentrações plasmáticas de 
cálcio: 
- tem efeito oposto ao PTH; 
- o principal estímulo para a secreção da 
calcitonina é a elevação na concentração 
plasmática do cálcio; 
- a calcitonina diminui a concentração 
plasmática do cálcio, fazendo com que o 
cálcio plasmático seja depositado e 
absorvido no osso. 
 
Vitamina D 
- a vitamina D promove a absorção de 
cálcio pelo intestino; 
- a vitamina D não é a substância ativa 
real indutora destes efeitos. Em vez disso a 
vitamina D deve sofrer uma série de reações 
no fígado, convertendo-se ao produto final 
ativo, o 1,25-diidroxicolecalciferol – 1,25 
(OH2)D3; 
- a vitamina D3 (colecalciferol) é formada na 
pele em consequência da irradiação do 7-
deidrocolesterol pelos raios ultravioletas 
provenientes do sol; 
- a exposição ao sol evita a deficiência da 
vitamina D; 
- o colecalciferol é convertido em 25-
hidroxicolecalciferol no fígado; 
- esse processo é restrito já que a 
apresenta um efeito inibitório por feedback, 
regulando as concentrações no plasma; 
- formação de1,25-diidroxicolecalciferol nos 
rins e seu controle pelo paratormônio; 
- sendo assim a forma mais ativa da 
vitamina D; 
- a vitamina D perde sua eficácia na 
ausência dos rins; 
- essa conversão requer a presença de PTH. 
 
No caso de declínio das concentrações de 
cálcio as glândulas paratireoides aumentam 
sua taxa de excreção e seu tamanho: 
Tornam-se aumentadas nos seguintes casos: 
- raquitismo, deficiência de cálcio; 
- gestação, ainda que essa diminuição seja 
difícil de mensurar; 
- lactação, já que o cálcio é utilizado na 
formação do leite. 
De modo inverso, condições de um aumento 
das concentrações de cálcio provocam 
diminuição na atividade, como: 
- quantidade excessiva de cálcio na dieta; 
- teor elevado de vitamina D na dieta; 
- absorção óssea causada por fatores 
extras ao PTH. 
 
Os ossos podem servir como amplos 
reservatório, liberando cálcio em caso de 
declínio na concentração do líquido 
extracelular e armazenando cálcio em caso 
de excessos. 
 
- após um aumento das concentrações do 
cálcio iônico, ocorre uma diminuição das 
taxas de secreção do PTH. Concomitante, 
ao declínio do PTH, a calcitonina sofre um 
aumento; 
- a calcitonina provoca uma rápida 
deposição de cálcio nos ossos e, talvez, em 
algumas células de outros tecidos; 
- por esse motivo, em humanos, o excesso 
da calcitonina pode fazer com que uma 
alta concentração de cálcio iônico retorne 
ao normal de forma consideravelmente 
rápida; 
- em caso de deficiência ou excesso 
prolongados de cálcio, apenas o 
mecanismo do PTH parece ser realmente 
importante na manutenção de uma 
concentração plasmática normal dos íons 
cálcio; 
- quando um indivíduo sofre uma 
deficiência continua de cálcio, o PTH pode 
muitas vezes estimular uma absorção óssea 
deste elemento, o suficiente para manter a 
concentração plasmática normal do cálcio 
iônico por 1 ano ou mais, no entanto até 
mesmo os ossos acabam sofrendo 
esgotamento do cálcio; 
- dessa forma, os ossos constituem um 
grande reservatório de cálcio que pode ser 
manipulado pelo PTH. Contudo, quando 
ocorre depleção ou saturação de cálcio 
no reservatório ósseo, o controle da 
concentração de cálcio iônico extracelular 
em longo prazo conta quase que 
exclusivamente com os papeis do PTH e da 
vitamina D para controlar a absorção 
intestinal e a excreção renal desse 
elemento. 
 
Vias de excreção 
- sendo as principais vias de exceção 
urinária e a fecal; 
- pequenas quantidades são perdidas por 
tecidos e fluidos, como o suor. 
 
Fontes alimentares e recomendações de 
ingestão 
 
Assim, a alimentação humana moderna 
geralmente não fornece quantidades 
suficientes de cálcio para que uma 
densidade óssea ótima seja mantida. 
Atualmente, o grupo alimentar que fornece 
a maior quantidade de cálcio em um 
padrão alimentar ocidental é o grupo dos 
laticínios. A ingestão de cálcio provém não 
apenas das fontes alimentares, mas também 
dos suplementos. O consumo desses 
suplementos tem aumentado 
significativamente nos últimos anos, 
principalmente entre mulheres na pós-
menopausa. A água, dependendo da 
localização geográfica, fornece apenas 
pequenas quantidades do mineral. 
 
Biodisponibilidade 
 
- seres humanos absorvem 30% do cálcio 
proveniente dos alimentos; 
- a % varia de acordo com o tipo de 
alimento; 
- a biodisponibilidade se eleva quando o 
cálcio está bem solubilizado, e se reduz na 
presença de agentes quelantes ou que 
formam sair insolúveis de cálcio; 
- se um alimento contém compostos que se 
ligam ao cálcio ou que interferem em sua 
absorção, tais como os ácidos oxálicos e 
fítico, esse alimento é considerado uma 
fonte pobre e cálcio; 
 
Alimentos com elevada concentração de 
ácido oxálico. Sendo o ácido oxálico um 
inibidor potente da absorção de cálcio: 
- espinafre, couve-manteiga, batata doce, 
ruibarbo e feijão; 
Alimentos com elevada concentração ácido 
fítico. Sendo o ácido fítico um inibidor 
moderado da absorção de cálcio: 
- grãos integrais ricos em fibras; 
- farelo de trigo, feijão, sementes, nozes e 
isolados de soja. 
 
- a biodisponibilidade de cálcio pode ser 
aumentada com a ingestão de hidróxido 
de alumínio, pois promove a absorção de 
cálcio; 
- a 1,25(OH)2D3 exercer influência 
significativa na biodisponibilidade de 
cálcio, pois estimula a absorção no 
duodeno via transporte ativo; 
- a lactose aumenta a biodisponibilidade 
de cálcio em criança; 
- a biodisponibilidade de cálcio é reduzida 
por agentes que se ligam a esse metal, 
como a celulose, os fosfatos e o oxalato; 
- a as condições patológicas que afetam o 
intestino delgado, como espru e síndrome 
do intestino curto, podem resultar em má 
absorção. 
 
Deficiência 
 
- dentre os minerais envolvidos na formação 
óssea, o que mais está sujeito à 
inadequação na ingestão é o cálcio; 
- é possível afirmar que a deficiência de 
cálcio, entendida como concentrações 
séricas de cálcio ionizado abaixo dos 
valores normais de referência, ocorrerá 
apenas em circunstâncias extremas, tais 
como na desnutrição grave; 
 
- caso esse tipo de deficiência ocorra em 
adultos, por falha no sistema que regula as 
concentrações séricas do cálcio, ou por 
doenças associadas, os sintomas mais 
comumente evidenciados são dores e 
espasmos musculares, sensação de 
formigamento ao redor da boca e nos 
dedos das mãos e dos pés, maior 
incidência de cáries dentais, unhas 
quebradiças, cabelos e pele opacos, 
intolerância ao frio, insônia, hipertensão, 
convulsões e cólicas menstruais. 
 
Por outro lado, a maior parte do cálcio 
encontrado no organismo humano localiza-
se em tecidos mineralizados, como ossos e 
dentes, fornecendo rigidez e estrutura. Assim, 
as possíveis consequências da deficiência 
em cálcio relacionadas ao sistema ósseo 
são o raquitismo, a osteomalacia e a 
osteoporose. O crescimento e o 
desenvolvimento normais do esqueleto 
dependem de cálcio, de forma que até a 
fase da adolescência e o início da vida 
adulta (por volta dos 20 anos de idade) 
há um acúmulo do mineral no esqueleto que 
gira em torno de 150 mg/dia. Após esse 
período, durante a maturidade, há certo 
equilibrio entre acúmulo e perda de cálcio. 
A partir dos 50 anos de idade em homens, 
e a partir da menopausa em mulheres, o 
balanço ósseo torna-se negativo, 
ocorrendo perda óssea em todos os locais 
do esqueleto. Essa perda se associa à 
osteoporose, com um aumento importante 
no índice de fraturas em ambos os gêneros, 
mas com predominância nas mulheres. 
 
Em casos de desnutrição intrauterina ou nos 
primeiros anos de vida, crianças podem 
desenvolver o raquitismo. 
 
Osteoporose 
A osteoporose é uma doença 
osteometabólicaque se caracteriza pela 
redução da densidade mineral óssea, com 
degeneração da microarquitetura óssea, 
culminando em fragilidade do esqueleto. 
Essa doença tem como principais 
manifestações clínicas as fraturas ósseas, 
mais comumente vistas em vértebras, fêmur e 
antebraço em indivíduos após os 50 anos 
de idade, principalmente em mulheres na 
menopausa. A etiologia é multifatorial, 
sendo que fatores genéticos contribuem 
com aproximadamente 46 a 62% de 
densidade mineral óssea. Diversas 
condições clínicas são associadas 
secundariamente à osteoporose, incluindo 
hipercortisolismo, hiperparatireoidismo 
primário ou secundário, hipertireoidismo, 
acromegalia, neoplasias do sistema 
hematopoético, cirrose biliar primária, 
doenças inflamatórias intestinais, doença 
celíaca, pós-gastrectomia, homocistinúria, 
hemocromatose, doenças reumáticas 
inflamatórias e alcoolismo. 
Os principais fatores de risco incluem 
gênero feminino, massa óssea reduzida, 
histórico de fraturas prévias, etnia branca 
ou asiática, idade avançada em ambos os 
gêneros, história materna de fratura do colo 
do fêmur e/ou osteoporose, menopausa 
precoce não tratada e tratamento 
farmacológico com glicocorticoides. A 
alimentação pobre em cálcio, bem como 
diversos outros fatores, é classificada como 
fator de risco menor. 
 
Toxicidade 
 
- o excesso da ingestão ocorre em razão 
do uso de suplementos; 
- a toxicidade refere se ao aumento nas 
concentrações sanguíneas; 
- hipercalcemia; 
- em razão do consumo excessivo ou do 
aumento da excreção urinária até um 
ponto em que os rins se calcificam ou que 
cálculos renais se desenvolvam; 
- essa condição pode ser provocada pela 
ingestão excessiva de cálcio e também de 
vitamina D; 
- podendo ocorrer devido ao 
hiperparatireoidismo primário; 
- os sinais clínicos podem varias 
dependendo da magnitude da 
hipercalcemia; 
- observam-se: anorexia, perda de peso, 
poliúria, arritmias cardíacas, fadiga e 
calcinose, hipercalciúria; 
- A hipercalcemia também pode causar 
insuficiência renal, calcificação de tecido 
vascular, nefrocalcinose e nefrolitíase. 
Interação nutriente-nutriente 
 
Sódio 
- cálcio e sódio compartilham do mesmo 
sistema de transporte no túbulo renal 
proximal; 
- alta ingestão de cloreto de sódio (NaCl) 
resultam em maior absorção de sódio, com 
aumento do sódio urinário e 
obrigatoriamente maior perda de cálcio na 
urina; 
- como a perda de cálcio na urina é 
responsável por 50% na variabilidade de 
retenção de cálcio, a ingestão de sódio 
tem influência bastante considerável na 
perda óssea; 
- a perda óssea pode ser prevenida com o 
incremento de cálcio na dieta ou reduzindo 
à metade a ingestão de sódio. 
 
Cafeína 
- a cafeína pode ter impacto negativo a 
retenção de cálcio e tem sido associada 
com aumento no risco de fraturas no 
quadril; 
 
Razão cálcio/fósforo 
- quanto ao fósforo, a relação do mesmo 
com o cálcio é de cerca de 1/2,2 sendo 
assim é necessário manter essa relação 
para que haja melhor absorção do cálcio; 
- quando o fósforo se encontra em excesso, 
se liga ao cálcio diminuindo sua absorção, 
por isso que mesmo estando em deficiente 
quantidade, aumenta a absorção de 
cálcio. 
 
Referências 
 
Bases Bioquímicas e Fisiológicas da 
Nutrição: nas diferentes fases da vida, 
na saúde e na doença, 1º edição, 
capítulo: Cálcio. 
 
Biodisponibilidade de Nutrientes – Silvia 
M. Franciscato Cozzolino, 4º edição, 
capítulo: cálcio.

Outros materiais

Outros materiais