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Artrite Reumatoide

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REUMATOLOGIA Talita B. Valente 
ATM 2023A 
 1 
ARTRITE REUMATOIDE 
• A artrite reumatóide (AR) é a artrite inflamatória mais comum, afetando aproximadamente 1 por cento da 
população. 
• Resulta de interações complexas entre genes e ambiente, levando a uma quebra da tolerância imunológica e 
à inflamação sinovial em um padrão simétrico característico. Mecanismos distintos promovem e regulam a 
inflamação e a destruição da matriz, incluindo danos ao osso e cartilagem. 
• Etiologia desconhecida. 
• Poliartrite simétrica, levando a deformidades e erosões. 
• Acomete 2-3 mulheres:1 homem. 
• Idade de início: 35-50 anos. 
• Tem curso intermitente, com períodos de remissão e exacerbação. 
• Componente genético HLA-DR4 em 70% dos casos. 
• Quando extra-articular, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de 
vida em 10 anos. 
• Com a progressão da doença, desenvolve-se incapacidade para realização de atividades diárias e 
profissionais. 
 
FISIOPATOLOGIA: 
• Alterações microvasculares, aumento de 
sinoviócitos e acúmulo de macrófagos e 
linfócitos T (sinovite inflamatória = pannus); 
• Mediadores inflamatórios (principalmente IL1 
e Fator de necrose tumoral alfa) destrõem a 
cartilagem articular, provocam erosões 
ósseas, inflamação com retrações, 
relaxamento e roturas tendíneas que resultam 
em subluxações e anquilose articular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fator 
desencadeante
Mecanismos 
imunes celulares 
e humorais
Lesão 
microvascular
Proliferação de células 
sinoviais
Inflamação mononuclear
Edema e infiltrado 
perivascular
Hiperplasia celular
Formação do 
Pannus
Sinovite crônica 
destrutiva
REUMATOLOGIA Talita B. Valente 
ATM 2023A 
 2 
ETIOLOGIA: 
• Não é 1 único fator isolado, são vários. 
• HF, tabagismo, P. gengivalis, vírus, microbioma intestinal, hábitos de vida. 
• Estímulo desencadeante: 
o Vírus: Ebstein Barr, Parvovirus, Retrovirus. 
o Bactérias: Mycoplasma, Micobactérias, Yersinia 
 
FASES: 
QUADRO CLÍNICO: 
• Instalação insidiosa e progressiva (semanas-meses). 
o Início agudo ou subagudo (dias-semanas) em 15-30%. 
• Acometimento simétrico, aditivo. 
• Dor moderada, inflamatória, rigidez matinal > 1 hora (atividade). 
• Calor, edema, derrame articular, rubor leve, limitação do movimento. 
 
Manifestações articulares e periarticulares: 
• Articulações tipicamente envolvidas precocemente: MCFs, IFPs das 
mãos, MTFs, IFs dos polegares, punhos, ombros e joelhos. 
• Outras articulações afetadas com a evolução: Tornozelos, cotovelos, 
IFPs dos pés, coluna cervical (C1-C2), esternoclaviculares, ATMs, 
coxofemorais, cricoaritnóides. 
• Desvio ulnar dos dedos 
• Hipotrofia dos músculos interósseos 
• Mãos em dorso de camelo: Tumefação principalmente das 2º e 3º 
MCFs e punhos 
• Dedos em fuso: Tumefação das IFPs 
• Dedos em pescoço de cisne: Hiperextensão das IFPs e flexão das IFDs 
• Dedos em botoeira: Flexão das IFPs e hiperextensão das IFDs 
• Polegares em Z: Flexão das MCFs e hiperextensão das Ifs 
• Acometimento periarticular: Tenossinovite de De Quervain, dedo em 
gatilho, S. do túnel do carpo e tarso, rupturas tendinosas, bursites e 
cistos sinoviais 
 
 
 
 
REUMATOLOGIA Talita B. Valente 
ATM 2023A 
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Manifestações extra-articulares: 
� Gerais: astenia e febre pouco elevada 
� Cutâneas: a) nódulo reumatóide b) manifestações de vasculite (úlceras...) 
� Hematológicas: anemia normocítica 
� Oculares: esclerite e episclerite, S. Sjögren (pode ocorrer sozinha ou em 
associação) 
� Respiratórias: pneumopatia intersticial usual/fibrose pulmonar, pleurite 
com ou sem derrame pleural; S. de Caplan (AR + Pneumoconiose) 
� Cardíacas: pericardite, IAM por vasculites das coronárias, nódulos 
reumatóides no miocárdio, distúrbios de condução 
� Neurológicas: sind. Túnel do carpo e do tarso, mononeurite múltipla, 
subluxação atlantoaxial 
� Renais: nefropatia membranosa, associadas à AR e 
às medicações para AR, glomerulonefrite 
mesangial,, vasculite, amiloidose 
 
Manifestações laboratoriais: 
• Anemia normo/normo 
• VSG e PCR elevados 
• FAN e pANCA (pedir em pacientes com vasculite) 
presentes em 30 % dos casos, 
• Líquido sinovial inflamatório 
• Fator reumatóide: presente em 80 % dos casos é 
positivo também em: LES, Sjogren, hepatopatias, 
sarcoidose... 
o Altos títulos de Fator Reumatóide estão 
relacionados a doença mais severa. 
• Anticorpos anti CCP (anti peptídeos citrulinados 
cíclicos): alta especificidade (>95%) e sensibilidade (80%) para AR. (Não pedimos pois é muito caro) 
 
Manifestações radiológicas: 
• Iniciais: 
o Edema de tecidos moles 
o Redução do espaço articular, osteopenia 
periarticular, erosões ósseas 
• Quadros avançados: destruição articular, anquilose 
fibrosa, anquilose óssea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REUMATOLOGIA Talita B. Valente 
ATM 2023A 
 4 
DIAGNÓSTICO: 
 
• Sintomas com mais de 6 semanas. 
• Diagnóstico: 6 pontos. 
• AR precoce = Menos de 1 ano de início dos sintomas. 
 
Diagnóstico diferencial: 
• Pedir hepatites sempre. 
 
 
 
 
 
 
AR inicial 
• Menos de 3 meses a um ano 
• Presença de sinovite persistente, em pelo menos 3 
articulações 
• Ou dolorimento à compressão das MCF, ou rigidez 
matinal por pelo menos 30 min 
• Poderá ser indicado uso de DMCD, mesmo na 
ausência dos critérios de classificação da ACR 
• Diagnóstico e tratamento devem ser feitos idealmente 
entre 6 sem e 3 meses 
• FR ou anti-CCP 
 
Avaliação da atividade da doença: 
• DAS28 (principal): 
o Remissão <= 2,6 
o Baixa > 2,6 e =< 3,2 
o Moderada > 3,2 e =< 5,1 
o Alta > 5,1 
o 
 
 
Pontos: 
Dolorosos, edemaciadas, VSG ou PCR +, EVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REUMATOLOGIA Talita B. Valente 
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TRATAMENTO 
 
Não medicamentoso: 
• Fisioterapia e terapia ocupacional 
• Proteção articular 
• Condicionamento fisico: atividade aeróbia, alongamentos 
• Restrição de movimentos-órteses 
• Suspender o tabagismo: é desencadeante e agravante, também diminui o efeito das DMCDs sintéticas. 
 
Medicamentoso: 
• Sintomáticos: 
o AINEs associados a doses baixas de glicocorticoides. 
o Suplementação de vit. D e de cálcio se glicocorticóides por tempo prolongado. 
o Opióides pode ser necessário. 
o Infiltrações com glicocorticoides. 
• Prevenção de osteoporose induzida por corticoide: 
o Carbonato de cálcio 500mg 1x 
o Vitamina D 1000 UI (Aderogil 12 gotas 1x) 
o Dependendo da idade e fatores de risco adicionar Bifosfonato 
o O pico de perda da massa óssea ocorro nos primeiros 6 meses. 
• DMARDS (Drogas Modificadoras de Doença Reumática) 
 
 
 
 
 
 
o Bi0lógicos e imunossupressores: 
§ Usar todos com MTX exceto ritolisumabe (pode ser usado quando há intolerância ao MTX). 
§ Pedir RX de tórax, Mantoux, testes rápidos. -> Obrigatório. 
REUMATOLOGIA Talita B. Valente 
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